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Processo Civil III Novo CPC Casos Concretos Corrigidos Ajuda Jurídica

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17 DE DEZEMBRO DE 2016
Processo Civil III –
Novo CPC – Casos
Concretos
Corrigidos
Written by Guilherme Cruz in Direito Civil e
Empresarial, Resumos e Casos Concretos
Ajuda Jurídica / Direito Civil e Empresarial /
Resumos e Casos Concretos /
Processo Civil III – Novo CPC – Casos Concretos
Corrigidos
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Fontes: Universidade Estácio de Sá e meu
colega Leonardo Lacerda
SEMANA 1 João ingressou com uma ação de
reintegração de posse em face de Valdomiro
visando obter a retomada de seu imóvel como
também a indenização por perdas e danos. A
pretensão foi acolhida em parte pelo juízo tão
somente para determinar a reintegração do
autor na posse do imóvel. O autor interpõe
recurso de apelação para o respectivo Tribunal
de Justiça visando obter a indenização por
perdas e danos, o que foi negado pela Câmara
que apreciou o recurso. O recorrente, diante da
omissão do colegiado acerca de pontos
relevantes abordados no recurso, apresenta
pedido de reconsideração no prazo de 15 dias,
que foi rejeitado imediatamente pelo relator.
Diante do caso indaga-se:
a) ) O pedido de reconsideração possui
natureza recursal?
Resposta: Não, o pedido de reconsideração tem
natureza jurídica de Sucedâneo Recursal, ou
seja, têm os mesmos objetivos do Recurso mas
não é considerado como tal, tendo em vista
que para tal deveria estar na legislação vigente,
perante o Princípio da Taxatividade, não
havendo Lei que o considere um Recurso.
b) Poderia o relator aplicar o princípio da
fungibilidade recursal nesse caso?
Resposta: Não, pois não vem a ser um Recurso,
deste modo a Fungibilidade Recursal só
poderia ser aplicada caso estivesse previsto na
Legislação vigente e houvesse uma dúvida
objetiva além da interposição no prazo do
recurso correto. O princípio só poderia ser
aplicado quando houver duvida objetiva sobre
qual o Recurso a ser interposto, ademais cabe
ressaltar que no caso concreto estaríamos
diante da necessidade de interposição dos
embargos de declaração, pois o problema
relata uma omissão no julgamento.
**Devemos lembrar que para aplicação deste
princípio da Fungibilidade Recursal é preciso
observar o prazo correto para oferecimento do
recurso adequado.
2) São princípios fundamentos dos recursos
previstos no Código de Processo Civil
(Promotor de Justiça/SP-2006):
a) o duplo grau de jurisdição, a taxatividade, a
singularidade, a infungibilidade e a garantia do
reformatio in peius;
Correta ⇒ b) o duplo grau de jurisdição, a
taxatividade, a singularidade, a singularidade, a
fungibilidade e a proibição do reformatio in
peius;
c) o duplo grau necessário de jurisdição, a
taxatividade, a singularidade, a fungibilidade e
a garantia do reformatio in peius;
d) o duplo grau necessário de jurisdição, a
ausência de taxatividade, a singularidade, a
infungibilidade e a garantia do reformatio in
peius;
e) o duplo grau de jurisdição, a ausência de
taxatividade, a singularidade, a infungibilidade
e a proibição do reformatio in peius;
3) Considerando o que dispõe o CPC a respeito
de recursos, assinale a opção correta (OAB
Nacional – 2009/1)
Correta ⇒ a) Havendo sucumbência recíproca e
sendo proposta apelação por uma parte, será
cabível a interposição de recurso adesivo pela
outra parte; NCPC, Art. 997 , além do recurso
adesivo, cada parte interporá o recurso
independentemente, no prazo e com
observância das exigências legais.
b) A procuração geral para o foro, conferida por
instrumento público, habilita o advogado a
desistir do recurso;
c) O MP tem legitimidade para recorrer
somente no processo em que é parte;
d) A desistência do recurso interposto pelo
recorrente depende da concordância do
recorrido.
SEMANA 2
1) Marcos Antônio ingressou com uma ação
declaratória em face do plano de saúde Vida
Saudável, responsável por atender importante
parcela da população brasileira, visando obter
reconhecimento da abusividade de
determinada cláusula que impede o tratamento
de pacientes com doenças infectocontagiosas.
Diante da repercussão social do julgado, a
associação de portadores de HIV solicitou seu
ingresso como amicus curiae, o que foi
prontamente autorizado pelo juiz da causa.
Diante do caso indaga-se:
a) Poderá a associação atuar como se parte
fosse?
Resposta: Não poderá atuar como se parte
fosse, ingressando como amicus curiae tendo
em vista que vem a juízo para dar mais
amplitude a discussão, assim como
representatividade. Conforme entende o STF
no informativo 656 e na ADI 3615, relatora
Carmen Lúcia. Vem apenas para auxiliar o
julgador com informações das quais possui
domínio em virtude de sua formação técnica.
De forma alguma confunde-se com a !gura do
Assistente, que demonstra interesse jurídico e
comparece ao processo para auxiliar uma das
partes.
**O NCPC redimensionou esta !gura,
inserindo-a no capítulo destinado a Intervenção
de Terceiros e aumentando sua aplicação até
então reservada às ações constitucionais.
b) Qual a diferença entre amicus curiae e a
assistência simples?
Resposta: A diferença é que o amicus curiae é
alguém que, mesmo não sendo parte, em razão
de seus conhecimentos especí!cos e técnico
além de sua representatividade, é chamado ou
se oferece para intervir em processo relevante
com o objetivo de apresentar ao Tribunal a sua
opinião sobre o debate que está sendo travado
nos autos, estando presente em demandas que
tratam de direitos metaindividuais, de interesse
coletivo já a assistência simples vem a ser
quando um terceiro juridicamente interessado
apresenta interesse jurídico na demanda mas
não poderia ter !gurado como réu.
A principal diferença reside no aspecto formal.
O assistente precisa demonstrar interesse
jurídico enquanto que o amicus curiae, precisa
demonstrar representatividade adequada nas
causas de forte repercussão social. ADPF 186 e
132.
2) Indique, dentre as alternativas abaixo, o
requisito extrínseco de admissibilidade dos
recurso em geral (Promotor de Justiça/ MG –
2005):
a) cabimento;
b) legitimação para recorrer;
c) interesse para recorrer;
Correta ⇒ d) inexistência de fato impeditivo ou
extintivo do poder de recorrer.
3) De acordo com o Código de Processo Civil,
assinale a alternativa correta (Juiz de Direito –
SC – 2009):
a) A insu!ciência no valor do preparo implicará
deserção independentemente de intimação;
b) Cabe agravo na forma retida da decisão que
não admite apelação;
c) Das decisões interlocutórias proferidas na
audiência de instrução e julgamento caberá
agravo imediatamente, na forma retida ou por
instrumento no prazo de dez dias, quando se
tratar de decisão suscetível de causar lesão
grave ou de difícil reparação;
Correta ⇒ d) O recorrente poderá, a qualquer
tempo, sem anuência do recorrido, desistir do
recurso; Art.998 NCPC.
e) Decisão além ou fora do pedido é passível de
interposição de embargos de declaração
apenas quando resultar contradição.
SEMANA 3
1) Carlos ingressou com uma ação indenizatória
em face da Construtora JSP com o objetivo de
obter indenização pela demora na entrega de
seu imóvel. Após a citação, constatou-se que a
construtora encerrou suas atividades
irregularmente, o que motivou o autor a
requerer a desconsideração da personalidade
jurídica, que foi indeferido de plano pelo juiz.
Terminada a instrução, o juiz condenou a
construtora a indenizar ao autor no valor de
R$10.000,00, devidamente atualizado e com
juros legais. Irresignado com a sentença o autor
interpôs recurso de apelação visando reformar
a decisão interlocutória que indeferiu a
desconsideração da personalidade como
também aumentar o valor !xado a título de
indenização. Diante do caso indaga-se:
a) A apelação de Carlos foi formulada
adequadamente?
Resposta: Não, pois da decisão que rejeita o
incidente de desconsideração da personalidade
jurídicacaberá agravo por instrumento,
Art.1015 do NCPC.
b) O juiz sentenciante poderá inadmitir o
recurso de Carlos?
Resposta: No caso concreto, o sistema afasta a
veri!cação dos requisitos pelo magistrado (
juízo ad quo), sendo realizada diretamente pelo
tribunal, juízo ad quem. Sobretudo por tratar-
se do Recurso de Agravo por Instrumento.
Art.1010, parágrafo 3*. § 3o, NCPC: Após as
formalidades previstas nos §§ 1o e 2o, os autos
serão remetidos ao tribunal pelo juiz,
independentemente de juízo de
admissibilidade. ⇒ o exame do agravo de
instrumento é feito no juízo de admissibilidade
ad quem.
2) O recurso de apelação será recebido
somente no efeito devolutivo quando
interposto conta sentença que julgar ação
(Promotor de Justiça – RO – 2006):
a) de manutenção de posse ou interdito
proibitório referentes a posse nova;
Correta ⇒ b) condenatória de prestação
alimentícia; c) de reparação de danos causados
em acidente de veículos processada pelo rito
sumário; Art.1012, II , NCPC
d) de reparação de danos morais, sem
repercussão patrimonial, fundamentada no
Código de Defesa do Consumidor;
e) não con!rmando os efeitos da tutela.
3) É correto a!rmar que o recurso de apelação
comporta juízo de retratação nas seguintes
hipóteses (XLIV Concurso para ingresso da
Magistratura do TJ/RJ) :
(A) excepcionalmente, nos casos em que há
deferimento de tutela de urgência, seja
antecipada ou cautelar.
(B) em regra, nas hipóteses do art. 520 do CPC,
em que não há recebimento no efeito
suspensivo.
Correta ⇒ (C) excepcionalmente, nos casos de
julgamento liminar de improcedência e nos de
indeferimento da inicial. Art.331 e Art.332, § 3°,
NCPC
(D) em regra, em todas as ações de
conhecimento, seja o procedimento ordinário
ou sumário, cautelar ou execução.
SEMANA 4
1) Rafael e José impetraram Mandado de
Segurança em face do Município visando obter
a reintegração na Guarda Municipal,
considerando que foram exonerados
arbitrariamente por abuso de poder da
municipalidade. O juiz excluiu José sob o
fundamento de que, na hipótese, não cabe
litisconsórcio. José interpôs agravo de
instrumento que, após a devida distribuição, foi
encaminhado pelo relator para o julgamento
eletrônico, dispensando-se a sessão de
julgamento. Agiu adequadamente o relator?
Resposta: Em virtude da revogação do Art. 945,
NCPC, o relator não agiu adequadamente (lei
13.256/16)
2) Da decisão que julgar a liquidação de
sentença caberá ( MPE-SP – 2011 – MPE-SP –
Promotor de Justiça):
a) embargos do devedor, seguro o juízo;
b) recurso de apelação;
c) exceção de pré-executividade;
d) objeção de pré-executividade;
Correta ⇒ e) recurso de agravo de instrumento;
Art.1015, parágrafo único, NCPC.
3) Em um processo que observa o rito comum
ordinário, o juiz profere decisão interlocutória
contrária aos interesses do réu. É certo que, se
a decisão em questão não for rapidamente
apreciada e revertida, sofrerá a parte dano
grave, de difícil ou impossível reparação. Assim
sendo, o advogado do réu prepara o recurso de
agravo de instrumento, cuja petição de
interposição contém a exposição dos
fundamentos de fato e de direito, as razões do
pedido de reforma da decisão agravada, além
do nome e endereço dos advogados que atuam
no processo. A petição está, ainda, instruída
com todas as peças obrigatórias que irão
formar o instrumento do agravo. Contudo, o
agravante deixou de requerer a juntada, no
prazo legal, aos autos do processo, de cópia da
petição do agravo de instrumento e do
comprovante de sua interposição, assim como
a relação dos documentos que instruíram o
recurso, fato que foi arguido e provado pelo
agravado. Com base no relatado acima,
assinale a alternativa correta a respeito da
consequência processual decorrente ( FGV –
2011 – OAB – Exame de Ordem Uni!cado – III –
Primeira Fase).
a) Haverá prosseguimento normal do recurso,
pois tal juntada caracteriza mera faculdade do
agravante;
Correta ⇒ b) Não será admitido o agravo de
instrumento; Art.1016 e 1017 do NCPC.
c) O agravo de instrumento será julgado pelo
tribunal, inviabilizando-se, apenas, o exercício
do juízo de retratação pelo magistrado; d)
Estará caracterizada a litigância de má-fé, por
força de prática de ato processual
manifestamente protelatório, devendo a parte
agravante ser sancionada, e o feito, extinto sem
resolução do mérito.
SEMANA 5
1) Marcia ingressou com uma ação de revisão
de cláusulas contratuais em face da Editora
Encanto no I Juizado Especial da Comarca de
Salvador. Após a realização da audiência de
instrução e julgamento o juiz proferiu sentença
julgando procedente o pedido da autora. A ré
opôs embargos de declaração, sob o
argumento de que houve erro material e
omissão no julgado, no prazo legal, sendo este
rejeitado pelo julgador. Após a publicação da
decisão que julgou os embargos a empresa
embargante interpôs recurso inominado no
prazo de 10 dias. O recurso foi inadmitido pelo
juiz por intempestividade, considerando a regra
disposta no art. 50 da Lei nº 9.099/95. Agiu
adequadamente o juiz?
Resposta: Não agiu adequadamente,
considerando que o Art.1065 do NCPC, que
alterou o Art.50 da Lei 9.099/95. Com a
alteração prevista no NCPC, os embargos de
Declaração interrompem o prazo, não mais o
suspendem em hipótese alguma.
2) Sobre os embargos de declaração, é
INCORRETO a!rmar que (Técnico Judiciário do
TJ/RJ – Prova 1 – Concurso 2014):
(A) têm por !nalidade primordial o aclaramento
ou a integração da decisão judicial;
(B) devem ser interpostos no prazo de cinco
dias;
Correta ⇒ (C) suspendem o prazo para a
interposição de outro recurso, por qualquer
das partes; Art.1026, NCPC.
(D) podem dar azo à aplicação de multa, caso o
órgão jurisdicional os reconheça como
manifestamente protelatórios;
(E) não estão sujeitos a preparo.
3) O TRF da 2a Região denegou a ordem de
segurança pleiteada em processo de sua
competência originária. Nesse caso, qual seria
o recurso cabível contra tal decisão?
a) Recurso Extraordinário ao STF, se a decisão
contrariar dispositivo constitucional;
b) Recurso Especial ao STJ, se a decisão
contrariar lei federal;
c) Recurso Ordinário ao STJ, se a decisão
contrariar lei federal;
d) Recurso Ordinário ao STF,
independentemente do conteúdo da decisão;
Correta ⇒ e) Recurso Ordinário ao STJ,
independentemente do conteúdo da decisão.
Art.1027, II, a, NCPC
AjudaJuridica.com
SEMANA 6
1) Determinado Tribunal Regional Federal
con!rmou a sentença proferida por juízo
federal no sentido de negar a equiparação de
soldos entre militares das forças armadas.
Inconformado, o recorrente interpôs recurso
extraordinário, que foi encaminhado ao
Supremo Tribunal Federal. O Ministro Relator
entendeu que a violação ao texto constitucional
era re"exa, por necessitar de revisão de lei
federal, e inadmitiu o recurso extraordinário.
Agiu adequadamente o relator?
Resposta: Não o relator deveria converter o
recurso extraordinário (RE) em recurso especial
(REsp), conforme Art.1033 do CPC 2015, por
entender que a questão diz respeito a norma
federal.
2) Em sede de recurso extraordinário, a
questão constitucional nele versada deverá
oferecer repercussão geral sob pena de
(OAB/SP – 2007)
a) não ser provido pelo STJ;
b) não ser provido perante o juízo a quo;
Correta ⇒ c) não ser conhecido pelo juízo ad
quem; Art. 1035, NCPC
d) não ser provido pelo juízo ad quem.
3) Em relação ao recurso extraordinário, a
decisão do Supremo Tribunal Federal que não
admite a repercussão geral é (OAB/RS – 2007)
Correta ⇒ a) irrecorrível.
b) passível de embargos infringentes.
c) passível de reclamação.
d) agravável.
P R E V I O U S P O S T
Responsabilidade Civil
– Casos Concretos
Corrigidos
N E X T P O S T
Processo Civil I – Novo
CPC – Casos Concretos
Corrigidos
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29 DE NOVEMBRO DE 2018 AT 07:14
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