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GE - História da Aviação_UNIDADE 02

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História da Aviação
UNIDADE 2
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HISTÓRIA DA AVIAÇÃO
UnIDADe 2
PARA InícIO De cOnVeRSA
Como você pôde ver na unidade anterior, vários fatores contribuíram para o início e desenvolvimento da 
aviação. Um desses fatores foi à base tecnológica, que por algum tempo limitou que ideias adquiridas ao 
longo do tempo tomassem forma efetiva, como no caso dos aviões Flyer e 14 Bis, que dispunham de pouca 
potência para realização plena de seus voos.
Essa limitação começou a ser eliminada pelo contexto histórico da revolução industrial, em sua segunda 
fase, ocorrida principalmente na Europa, e que possibilitou o desenvolvimento de motores mais leves e 
potentes, e junto com o avanço da metalurgia, permitiu a construção de aeronaves maiores e mais resis-
tentes. 
Certamente os grandes aeronautas da virada do século foram Santos Dumont e os irmãos Wright. Estes 
se encontram num momento oportuno da história, enquanto Santos Dumont desenvolve seus projetos em 
meio a uma Europa pujante culturalmente, os irmãos Wright em contrapartida se situam num país aberto 
a novas oportunidades, tendo ambos, porém, objetivos e métodos bem distintos. 
Enquanto Santos Dumont se conduz pelo lado romântico da aviação, abrindo mão de inventos e patentes, 
os irmãos Wright fechavam suas experiências e testes. Ambos, porém, em muito contribuíram para o 
desenvolvimento do avião como o aperfeiçoamento dos controles de voo, agora independentes pelos três 
eixos da aeronave, o que aumentou a estabilidade e o controle. 
Permitiu aos irmãos Wright a execução de “voos longos” variando entre 17 e 38 minutos e percorrendo 
entre 17,7 e 38,6 km, o motor a explosão de combustível fóssil, aeronaves teladas na sua fuselagem foram 
alguns exemplos deste. 
VISITe A PágInA
Recomendo a leitura das páginas 19 e 20 de nosso livro-texto, bem como do link.
1. O PeRíODO QUe AnTeceDe A PRIMeIRA gUeRRA 
O grande impulso inicial na aviação neste período que antecede a primeira guerra se deu na formação 
das forças aéreas. Em 1911, a Itália utilizou aviões para realizar o primeiro bombardeio, em uma coluna 
inimiga, durante a Primeira Guerra dos Bálcãs. 
http://escola.britannica.com.br/article/482887/Wright,%20irm%C3%A3os
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Assim em 1912, o rei Britânico Jorge V, aprova a criação da Royal Flying Corps, a precursora da Royal Air 
Force do Reino Unido e em 1913 é criada a Aeronáutica Militar Espanhola pelo Real Decreto Espanhol. 
Recomendo ainda para a melhor compreensão que você realize a leitura de nosso livro-texto, nas páginas 
17 a 22. 
Santos Dumont sempre foi contrário ao uso de aviões para fins militares, porém contrasta com seus escri-
tos o fato de Santos Dumont chegou, porém, a tentar persuadir o presidente da república do Brasil para 
o incremento das atividades militares, tanto da Marinha do Brasil, como do Exército Brasileiro. Chegou, 
como grande incentivador da atividade aérea aqui no Brasil, a demonstrar preocupação com o atraso da 
aviação e da indústria aeronáutica militar. 
Sobre isso, transcreveu cartas em 1917 ao Presidente da República da época, salientando a necessidade 
da instalação de campos de pouso militares tanto do Exército como da Marinha, onde colocava que o 
assunto não era tratado com a atenção devida, sendo que na Europa, nos Estados Unidos da América e 
mesmo na América do Sul, o tema já era amplamente desenvolvido. 
Na Europa, nos Estados Unidos e também no Brasil, os progressos alcançados no primeiro decênio do 
século XX desencadearam uma avalanche de experimentos e protótipos na aviação, mas não passaram 
disso. 
O “Aeroclube do Brasil”, criado neste período, foi a primeira escola de aviação criada no Brasil e a segun-
da mais antiga do mundo atrás apenas do “AeroClub de France”, que inicia a formação de mão de obra 
de mecânicos e pilotos. 
No âmbito do Exército, a Arma de Aviação foi criada em 1927, passou a ter evolução própria ao lado das 
armas tradicionais de Artilharia, Cavalaria e Infantaria. Neste período iniciou-se a demanda por aviões 
para a Marinha, Exército e aeroclubes e que deu seguimento posterior à instalação das primeiras fábricas 
de aviões no Brasil, como você pode conferir no link. 
2. A PRIMeIRA gUeRRA MUnDIAL 
ARMAS AÉReAS
Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, somente umas pouquíssimas pessoas pensavam no aeroplano 
como possível instrumento bélico. A maioria limitava-lhe o uso a tarefas de reconhecimento, assim o ae-
roplano militar de 1914, sem posse de armas, com velocidade de 80 a 120km/h, teto de 3.000 m e reduzido 
raio de ação, não encorajava propósitos mais ambiciosos. 
No curso de poucos meses, os fatos fizeram modificar a opinião das pessoas. Os aeroplanos de madeira 
e tela, sem instrumentos e pilotados por homens corajosos começaram a chamar a atenção por meio de 
uma série de ações sensacionais. Dentro deste contexto, a aviação terá um grande impulso com o advento 
da primeira guerra mundial.
http://www.centrohistoricoembraer.com.br/sites/iba/pt-BR/Historia/Paginas/Detalhes.aspx?IDI=6
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Aeronaves, antes leves, desarmadas e pouco potentes se tornarão cada vez mais velozes e robustas, sen-
do produzidas para atender as demandas crescentes do conflito. As aeronaves passaram a carregar mais 
que uma pessoa, os motores passaram a ser mais potentes e no final da guerra já atingiam a velocidade 
de 230 km/h. 
Os franceses esforçaram-se em resolver o problema de controlar o avião e atirar em aviões inimigos que 
porventura encontravam durante o voo no final de 1914. Novos desenhos de aviões surgiram, motores 
passaram a ser colocados à frente da aeronave, aviões deixaram de ser feitos em madeira e passaram a 
ser construídos em alumínio.
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Neste Link, você poderá comprovar a rápida evolução do avião neste período e obser-
vará ainda a multiplicidade de funções atribuídas ao mesmo. 
Em janeiro de 1915, a Alemanha empregou uma nova arma contra o Reino Unido na Primeira Guerra Mun-
dial: os dirigíveis. Os ataques aéreos tornaram-se possíveis graças ao invento do Conde Ferdinand Von 
Zeppelin. Aos 25 anos, ele foi enviado pelo rei para observar a Guerra da Secessão nos Estados Unidos. 
Lá, viajou num balão para analisar as vantagens de atacar os inimigos do céu e anotou que, “nenhum meio 
é mais eficiente para conquistar uma região desconhecida ocupada pelos inimigos”. 
Os Zepelins do Império Alemão realizaram 51 operações aéreas contra a Inglaterra, causando a morte de 
58 soldados e 500 civis. Um dos pilotos ressaltou mais tarde que, na noite da primeira ofensiva, ninguém 
tinha noção de que cidades estavam atacando. A confirmação veio apenas nos jornais ingleses na manhã 
seguinte.
Porém, o desenvolvimento do sistema de defesa também foi rápido. Em pouco tempo, os “charutos” 
tornaram-se alvos das baterias antiaéreas. Pelo seu tamanho, cada tiro era um acerto fatal em virtude do 
gás hidrogênio utilizado. Não demorou em que os militares alemães desistissem de usar dirigíveis, bem 
antes do final da guerra.
ASeS DA AVIAÇÃO
Neste mesmo contexto, inicia-se o surgimento dos chamados “ases” ou heróis de combate como o fran-
cês Roland Garros e o alemão Manfred Albrecht Freiherr von Richthofen, que a bordo de uma aeronave 
Albatros D. II, obteve sua primeira vitória aérea sobre Camabai, França. 
Este piloto alemão é considerado ainda hoje como o “ás dos ases”. Foi um piloto de combate bem-sucedi-
do, um líder militar e um ás do voo que obteve 80 vitórias em combates aéreos durante a Primeira Guerra 
Mundial. Sua morte tem sido creditada ao piloto australiano Roy Brown. Todavia, é bem possível que 
tenha sido derrubado por um tiro a longa distância de um soldado australiano em solo. 
http://www.cavok.com.br/blog/100-anos-da-primeira-guerra-mundial-avioes/
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Richthofen ficou conhecido como Der rote Kampfflieger (guerreiro-voador vermelho) pelos alemães, Petit 
Rouge (pequeno vermelho) e Le Diable Rouge (diabo vermelho) pelos franceses, e Red Knight (Cavaleiro 
Vermelho) e Red Baron (Barão Vermelho) pelos ingleses cujos feitos citadosem nosso livro-texto ajudaram 
na popularização do uso do avião. 
Peço, porém, que você dê uma especial atenção ao piloto francês Roland Garros, este teve participação 
em vários fatos marcantes nesta fase, tais como a participação no desenvolvimento do Demoiselle de 
Santos Dumont. 
Ele iniciou o treinamento do Tenente Ricardo Kirk, que depois se tornaria o primeiro piloto militar brasi-
leiro, realizou a primeira travessia aérea, sem escalas do Mediterrâneo, se transformou em ás da aviação 
francesa na primeira guerra mundial com cinco vitórias e ajudou o aperfeiçoamento do mecanismo de 
tiros de metralhadora através da hélice do avião, também durante a primeira guerra mundial. 
 
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Aprenda mais sobre Roland Garros com a leitura do texto da página 34 em nosso livro-
texto e pela visita ao link.
OUTRAS InOVAÇÕeS
Não só a aviação foi beneficiada pelos avanços causados pela primeira guerra mundial. A Primeira Guerra 
Mundial foi o primeiro conflito em que o uso de tecnologia foi decisivo. 
Algumas inovações reescreveram a forma de lutar e algumas destas inovações foram aproveitadas em 
prol da humanidade, tais como o desenvolvimento de máscaras de gás em função das armas químicas, 
hoje fundamentais na indústria e laboratórios, o sonar como uma maneira de detectar icebergs, e que 
ajudou a encontrar os submarinos, a exposição à luz ultravioleta durante o inverno prolongado com forma 
de combate ao raquitismo, causado pela falta de alimentos ao final da guerra e os fertilizantes industriais, 
utilizados para acelerar a produção de nitratos artificiais para a fabricação de explosivos. 
PARA PeSQUISAR
Veja outras inovações herdadas da primeira guerra mundial, no link.
http://aeromagazine.uol.com.br/artigo/roland-garros-um-heroico-pioneiro_936.html
http://opiniaoenoticia.com.br/internacional/como-a-1%C2%AA-guerra-mudou-o-mundo-100-anos-do-inicio-do-conflito/
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cOnSeQUÊncIAS DO FInAL DA gUeRRA PARA A AVIAÇÃO 
Com o final da guerra, os aperfeiçoamentos obtidos deixaram como herança uma aviação aperfeiçoada 
e mais segura, com aeronaves de maior capacidade, velocidade e alcance que serviu ao uso dos desbra-
vadores aéreos que quebraram as barreiras e limites do ar, realizando feitos como os de Henry Farman, 
Louis Blériot, João Ribeiro de Barros e Amélia Earhart entre outros, cuja descrição você encontrará no 
livro-texto nas páginas 33 a 38. 
Alguns desses contribuíram também com invenções ou melhorias nos procedimentos aeronáuticos da 
época, como no caso dos portugueses Gago Coutinho e Sacadura Cabral com seu “Corretor de Rumos”, 
instrumento que revolucionou a navegação aérea. 
 
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Você pode saber mais sobre os feitos desses pilotos em nosso livro-texto na página 36 
ou no link.
Outra utilização da aviação ao final da primeira guerra foi para o desenvolvimento inicial da aviação 
comercial. Agora com os limites do ar desbravados, equipamento de maior confiabilidade oriunda do 
conflito e melhores regras e regulamentos internacionais definidas pelos tratados ao final da guerra, o 
transporte aéreo consagra definitivamente o avião como meio de transporte seguro e confiável. 
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Neste momento, começam a surgir empresas de transporte aéreo, inclusive no Brasil no caso do Condor 
Syndikat, com o hidroavião “Atlântico”, que você pode melhor verificar no link, e que será objeto de 
estudo em nossa próxima unidade.
Ao longo dos anos 1930 e 1940 prosperaram várias iniciativas civis e militares para a fabricação seriada 
de aviões, tanto das empresas que montavam aeronaves sob licença de empresas europeias e norte-a-
mericanas. 
Em relação à indústria aeronáutica brasileira, foi criada a Comissão de Estudos para Instalação de uma 
Fábrica de Aviões (CEIFA) e ainda durante o governo provisório de Getúlio criou-se o processo de uma 
fábrica de aviões denominada “Fábrica do Galeão”, implantada em 1938. 
Acompanhe no link outras informações sobre a fábrica de aviões do Galeão.
http://www.citi.pt/cultura/historia/personalidades/gago_coutinho/percurso_da_viagem.html
http://culturaaeronautica.blogspot.com.br/2013/05/o-nascimento-da-aviacao-comercial.html
http://www.centrohistoricoembraer.com.br/sites/iba/pt-BR/Historia/Paginas/Detalhes.aspx?IDI=5
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3. A eRA De OURO DA AVIAÇÃO 
Entre a primeira Guerra Mundial e a segunda Guerra Mundial foram anos nos quais a tecnologia de ae-
ronaves em geral desenvolveu-se bastante. Neste período, rápidos avanços foram feitos no desenho de 
aviões, materiais, propulsão e as linhas aéreas começaram a operar. 
Também foi época na qual os aviadores começaram a impressionar o mundo com seus feitos e suas habili-
dades. Os aviões pararam de ser feitos de madeira, para serem construídos com alumínio. Os motores das 
aeronaves foram melhorados bastante, com um notável aumento da potência que os motores da época 
eram capazes de gerar. 
Esta grande série de avanços tecnológicos juntamente com o crescente impacto socioeconômico que tor-
nava cada vez mais urbana a sociedade da época, fato que fortaleceu em muito a aviação comercial, e a 
audácia na quebra de limites por alguns pilotos que ajudaram a popularizar este novo meio de transporte, 
fez este período ficar conhecido como a “Era de Ouro da Aviação”.
eRSOnAgenS e FATOS
Alguns feitos e personagens contribuíram para o rápido desenvolvimento da ciência aeronáutica neste 
período, tais como o de Henry Farman, um aviador inglês, radicado na França. Foi considerado um dos 
principais aviadores de seu tempo, conquistando “Grande Prêmio da Aviação”, em 1908, onde com um 
aeroplano cumpriu a meta de realizar um voo de um quilômetro em circuito fechado. 
Foi à primeira prova pública da dirigibilidade de um aeroplano, uma vez que os voos de Santos Dumont 
e de outros aviadores até esta data não conseguia fazer muito mais que voar em linha reta por conta da 
pouca potência disponível no motor para realização de manobras. Farman ainda conseguiu fazer outro 
voo, que percorreu 27 quilômetros de distância, no primeiro voo interdoméstico do mundo.
A partir do domínio pleno da dirigibilidade iniciou-se a busca dos limites geográficos, o que levou consigo 
contínuo aperfeiçoamento do avião. Já em 1909, pilotando uma aeronave de projeto próprio, o francês 
Luis Blériot, realizou o primeiro voo internacional da história. 
Partindo de Les Barraques (perto de Calais) na França, percorreu 35 quilômetros em 37 minutos, chegando 
a Dover na Inglaterra. O imperador Guilherme II da Alemanha fez uma declaração sobre este acontecimen-
to que se tornou famosa na época: “A Inglaterra não é mais uma ilha”.
Em 1913, o pioneiro da aviação francesa, Roland Garros, entrou para a história ao realizar a primeira 
travessia aérea, sem escalas do Mediterrâneo, em 7h53m, apesar de problemas com o motor quando 
sobrevoava a Córsega. A aventura dele começou na cidade de Fréjus, na costa sul da França e terminou 
em Bizerte, na Tunísia. 
Outro marco significativo por envolver uma mulher à época se deu com Anésia Pinheiro Machado, a se-
gunda mulher a conseguir o brevet de piloto no Brasil. Iniciou seus estudos em 1921 e já no ano seguinte 
recebia seu brevet internacional pelo AeroClube do Brasil.
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Ainda no mesmo ano, realizou seu primeiro voo interestadual de São Paulo ao Rio de Janeiro, como parte 
das comemorações do centenário da independência do Brasil e participou de uma apresentação de acro-
bacias aéreas. 
Foi homenageada por Santos Dumont. Entre 1927 e 1929, manteve uma coluna dominical sobre aviação 
no jornal carioca “O Paiz”. Em 1943, fez curso nos Estados Unidos, onde também se licenciou como piloto 
e instrutora de voo. Entre os feitos pioneiros, destacam-se uma travessia dos Andes e uma viagem trans-
continental pelas três Américas em 1951. 
Em março de 1922, os aeronautas portugueses Gago Coutinho e Sacadura Cabral fizeram a primeira 
travessia aérea do Atlântico Sul com escalas. No hidroavião batizado de Lusitânia, empregaria durante a 
viagem, um horizonte artificial adaptadoa um sextante, a fim de medir a altura dos astros, invenção que 
revolucionou a navegação aérea à época. 
Esta viagem aérea de Lisboa até o Rio de Janeiro constituiu um marco importante na aviação mundial, 
pois veio comprovar a eficácia do sextante aperfeiçoado por Gago Coutinho, com a ajuda de Sacadura 
Cabral, que permitia a navegação aérea astronômica com uma precisão nunca antes conseguida. 
A sequência histórica apresenta uma nova travessia do atlântico, agora sem escalas, realizada por João 
Ribeiro de Barros, aviador brasileiro e seus companheiros, em 1927, a bordo do hidroavião “Jahu”. A via-
gem foi realizada com os próprios recursos e sem nenhuma ajuda governamental. João Ribeiro de Barros 
adquiriu na Itália uma aeronave Savoia S 55 avariada e promoveu reformas na mesma, melhorando assim 
a sua velocidade e autonomia.
Seu avião foi sabotado numa das escalas, sendo assim necessária uma parada na Espanha, onde se 
descobriu uma peça de bronze no cárter além de água, areia e sabão no sistema de alimentação. O JAHÚ 
aterrissou no rio Potengi, na cidade de Natal, no dia 14 de maio de 1927, completando sua travessia sobre 
o Oceano Atlântico.
 
VejA O VíDeO!
No vídeo abaixo, você pode conferir a chegada do brasileiro João Ribeiro de Barros com 
sua aeronave “Jahu”. Ele efetuou a primeira travessia do atlântico sem escalas. Sugiro 
que você leia na página 36 de nosso livro-texto, a epopeia da realização deste feito. 
Acesse o link. (Duração: 2:22)
Em maio do mesmo ano, pilotando o Spirit of Saint Louis, o americano Charles Lindbergh, partiu da costa 
oriental dos Estados Unidos, em direção a Paris, França. Este foi o primeiro voo solitário a cruzar o oceano 
atlântico sem escalas, tendo pousado na capital francesa no dia seguinte após sua decolagem. 
O voo de Lindbergh durou 33 horas e 31 minutos. O feito de Lindbergh, porém, conta como primeira traves-
sia solitária, já que o feito enquanto primazia da travessia do Atlântico foi realizado pelo brasileiro João 
Ribeiro de Barros, alguns meses antes.
https://www.youtube.com/watch?v=VFSk10JGhFM
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Outro americano, Howard Robard Hughes Jr., um aviador, engenheiro aeronáutico, industrial, produtor de 
cinema e um dos homens mais ricos do mundo. Ficou famoso ao quebrar o recorde mundial de velocidade 
e construir aviões, e por se tornar dono de uma das maiores empresas aéreas norte-americana, a TWA. 
O primeiro voo de Hughes com o avião H-1, em 1935, foi um sucesso por quebrar o recorde mundial de ve-
locidade ao voar a 566 Km/h. Hughes desenvolveu dois projetos para uso do exército americano. O avião 
espião XF-11 e o avião de carga Hércules (conhecido como “Spruce Goose”, por ser feito de madeira), este 
talvez tenha sido o mais famoso, o H-4 Hércules. 
 
VOcÊ SAbIA?
Ao construir este gigantesco hidroavião, Hughes bateu mais um recorde, o do hidroa-
vião com a maior envergadura da história. 
O Spruce Goose tinha como seu propósito inicial bélico e como meio viável de transporte de tropas e 
equipamento através do Atlântico, evitando assim as perdas provocadas pelos submarinos alemães. Só 
foi completado depois de a guerra acabar, e chegou a voar uma vez em Long Beach Harbor, em 1947.
Ainda em 1947, o piloto Charles “Chuck” Yeager realizou, com uma aeronave Bell X-1, o primeiro voo su-
persônico da história com a velocidade de 1540 Km/h, estabelecendo um importante marco na história da 
aviação mundial. Além do fato histórico deve-se realce ao desenvolvimento tecnológico, tais como a fu-
selagem reforçada de alumínio, para que sua estrutura não se despedaçasse ao romper a barreira do som 
e o motor feito em aço para que suportasse o impacto das explosões geradas por uma eficiente mistura 
de álcool etílico e oxigênio líquido, que seriam aplicados às novas gerações de aeronaves supersônicas 
militares e comerciais, como o Concorde e o Tupolev, nas décadas seguintes. 
VejA O VíDeO!
Veja no vídeo o lançamento desta aeronave a partir de um bombardeiro B-29, no link. 
(Duração: 0:39)
Dentro agora do período chamado de “Guerra Fria”, Yuri Alekseievitch Gagarin, um cosmonauta soviético, 
foi o primeiro homem a viajar pelo espaço em 1961. A bordo da astronave Vostok I, que tinha 4,4 m de 
comprimento, 2,4 m de diâmetro e pesava 4.725 quilos kg. É dele a frase: “Terra é azul. Como é maravi-
lhosa. Ela é incrível”.
 
???
https://www.youtube.com/watch?v=aV5YrQY-VGg
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PALAVRAS FInAIS
Olá, aluno(a)!
Nesta unidade, você foi capaz de verificar que o desenvolvimento da aviação toma um rápido impulso com 
o advento da primeira guerra mundial.
O avião outrora frágil e pouco prático deixa a forma de protótipo e com a sua versão mais encorpada pelos 
conceitos e modelos de Santos Dumont e dos irmãos Wright sai ao final da guerra, tornando-se uma útil 
ferramenta, que foi aprimorada seguidamente com as necessidades dos protagonistas do voo, ampliaram 
os limites e diminuíram distâncias, caracterizando a chamada era de ouro da aviação. 
Este cenário também viabilizou o mercado aeronáutico comercial e industrial, que num mundo em cons-
tante transformação e mudanças, recebeu outro grande impulso com a próxima guerra mundial. 
No próximo Guia de Estudos mostraremos os avanços e fatos relativos à aviação, decorrentes do novo 
conflito mundial e discorreremos sobre a aviação contemporânea. 
Lembre-se! Em caso de dúvidas, procure o seu professor. Ele está a sua disposição para ajudá-lo(a) no 
que for necessário.
Agora, você deve ir ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e realizar as atividades referentes ao 
conteúdo aprendido nesta segunda unidade. 
Encontramos-nos na próxima unidade. Até lá!

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