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ALEITAMENTO MATERNO X OBESIDADE INFANTIL 1 INTRODUÇÃO Nos últimos anos tem se observado um grande aumento na prevalência da obesidade, em diversos países, e em diversas faixas etárias, inclusive pediátrica, onde mostra um maior impacto. A obesidade é uma doença multifatorial, ou seja, existe várias causas que pode levar o indivíduo a obesidade, estando envolvido fatores genéticos e ambientais (ENEAS, 2010). Durante as últimas décadas, o número de crianças com sobrepeso ou em situações de risco de obesidade, quase duplicaram, a estimativa é que tenha mais de 17,6 milhões de crianças menores de 5 anos com sobrepeso ou com risco de sobrepeso em todo o mundo. Em todo o mundo a obesidade infantil tem se tornado uma doença muito preocupante, já que ela constitui um fator de risco para morbidades e mortalidades do adulto podendo desencadear doenças cardiovasculares, dislipidemias, câncer, diabetes tipo 2 e artrite e desencadear também, outros distúrbios, como hipertensão arterial, doenças na vesícula biliar, entre outras disfunções mórbidas (BATISTA FILHO; RISSIN, 2003). Crianças obesas tendem está mais expostas a grandes estresses psicológicos, devido as relações sociais. Também são frequentes as complicações respiratórias, problemas ortopédicos, dermatológicos, imunológicos e hormonais. Independente da causa a obesidade infantil, pode se estender por toda a vida. Desta forma, é de suma importância que a criança tenha acompanhamentos no desenvolvimento e crescimento desde o nascimento, e principalmente no primeiro ano de vida, que é exatamente onde ocorre com frequência o desmame precoce, e a introdução incorreta de alimentos, tanto em questões de quantidade como em qualidade. (SILVA; COELHO, 2009) Ressaltando ainda os benefícios do aleitamento para a mãe, sabe-se que essa prática pode reduzir vários tipos de fraturas ósseas,assim também como câncer de mama e de ovários, além de atenuar o risco de morte por artrite reumatoide.. No que se refere à família, existem grandes vantagens que estão relacionadas com o custo, a praticidade e maior estímulo ao vínculo de mãe e filho. Principalmente nos países em desenvolvimento é de suma importância que sejam feitas orientações adequadas sobre a alimentação do lactente, de modo a informar com toda clareza seus benefícios, assim como a importância de iniciar a alimentação complementar e como escolher os alimentos da melhor forma e de acordo com os recursos disponíveis, aliado com as necessidades da criança (MONTE; GIUGLIANI, 2004) É sabido que alimentação nos primeiros anos de vida está diretamente ligada a saúde da criança no futuro, pois possui todos os nutrientes envolvido no desenvolvimento saudável do bebê, e supri todas as necessidades nutricionais até o sexto mês de vida, e atuando também como importante fonte de nutrientes, como proteína, minerais e gorduras. Existe uma associação entre o aleitamento materno e o excesso de peso, e é comprovado que o leite materno além de prevenir tantas outras doenças, tem um efeito protetor contra a obesidade infantil. (LIBRELÃO; DINIZ, 2017). 2 OBJETIVO Evidenciar a importância do aleitamento materno, no desenvolvimento e crescimento saudável do bebê, mostrando sua atuação e benefícios. Sobre essa relação, entre o aleitamento materno e a obesidade infantil, procurando esclarecer os fatores potencialmente envolvidos. 3 JUSTIFICATIVA O aleitamento materno é uma prática de suma importância para o bebê, desde o seu primeiro dia de vida. É responsável por diversos benefícios já conhecidos, como o fortalecimento do sistema imunológico, resistência no sistema gastrointestinal, cognitivo e nervoso. O que pouco sabemos ainda é a interação entre a amamentação e a obesidade infantil. A obesidade infantil tem crescido significativamente nas últimas décadas, podendo não só desencadear doenças durante a fase infantil, como também se estender ao logo de sua vida adulta. Evidências mostram a interação desses dois fatores em relação a amamentação eficiente na prevenção da obesidade, e a devida importância de abordar esse tema. REFERÊNCIAS BATISTA FILHO, Malaquias; RISSIN, Anete. A transição nutricional no Brasil: tendências regionais e temporais. Cadernos de saúde pública, v. 19, p. S181- S191, 2003. ENES, Carla Cristina; SLATER, Betzabeth. Obesidade na adolescência e seus principais fatores determinantes. Revista Brasileira de epidemiologia, v. 13, p. 163-171, 2010. LIBRELÃO, Valéria Hemsing Dornelas; DINIZ, Jordânia Castanheira. ALEITAMENTO MATERNO: EFEITO PROTETOR FACE AO DESENVOLVIMENTO DE OBESIDADE INFANTIL. Revista Brasileira de Ciências da Vida, v. 5, n. 2, 2017. MONTE, Cristina MG; GIUGLIANI, Elsa RJ. Recomendações para alimentação complementar da criança em aleitamento materno. J Pediatr, v. 80, n. 5, p. 131-41, 2004. SILVA, ANDREA SOUZA; COELHO, Simone Côrtes. OBESIDADE INFANTIL: INFLUÊNCIA DE HÁBITOS ALIMENTARES INDEQUADOS. Saúde & Ambiente em Revista, v. 4, n. 2, p. 9-14, 2009.
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