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DIREITO PENAL III CC10

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DIREITO PENAL III - CCJ0110 
Título 
Caso Concreto 10 
Descrição 
APLICAÇÃO: Lenocínio, em sentido lato, é o fato de prestar assistência à libidinagem de outrem ou dela tirar 
proveito. A nota diferencial, característica do lenocínio (em cotejo com os demais crimes sexuais) está em 
que opera em torno da lascívia alheia. Lenões são aqueles que exercem o lenocínio. São as seguintes 
espécies: a) mediação para servir à lascívia de outrem (proxenetismo); b) favorecimento à prostituição 
(proxenetismo); c) manutenção de casa de prostituição (proxenetismo) e d) aproveitamento parasitário do 
ganho de prostitutas (rufianismo). 
Considerando a introdução acima, analise o seguinte caso concreto: ANA BELLA, 32 anos, mãe de 
MARVILLE, 11 anos, NAÍRA, 15 anos e ABRILINDA, 16 anos, tomou conhecimento de que APOLINÁRIO, 
48 anos, pipoqueiro que trabalhava à porta do colégio onde as três irmãs estudam, estava assediando as 
meninas. As investidas de APOLINÁRIO se deram das seguintes maneiras: 
1) Quanto a MARVILLE, APOLINÁRIO a assediava ofertando gratuitamente pipocas solicitando à menor 
que, ao final das aulas o acompanhasse até a garagem em que ele guardava seu carrinho de pipocas com 
o intuito de que a criança ficasse de ?calcinha? para CLAUDIOBERTO, pessoa que havia pedido ao referido 
pipoqueiro o respectivo serviço 
2) Quanto a NAÍRA, APOLINÁRIO a induzia para que esta pudesse fazer um show de Striptease também 
para CLAUDIOBERTO, cujo pedido foi para este respectivo serviço na casa deste. 
3) Quanto a ABRILINDA, APOLINÁRIO a fez uma proposta para que ela pudesse ?ganhar uns trocados?, 
consistente em fazer com que ela ficasse, após as aulas, duas vezes por semana, em um determinado 
apartamento do centro da cidade, atendendo sexualmente clientes que lá visitavam, em troca a jovem 
receberia R$ 100,00 por cada programa. 
Considerando que MARVILLE não aceitou o convite de APOLINÁRIO; considerando que NAÍRA não era 
mais virgem, aceitando o convite e, depois de ficar embriagada por exesso de vódika, CLAUDIOBERTO, 
aproveita a oportunidade e manteve relações sexuais com ela; considerando que ABRILINDA também não 
aceitou o convite de APOLINÁRIO e, finalmente, considerando que ANA BELLA, desde o início, já sabia das 
intenções de APOLINÁRIO, no entanto, por ser apaixonada por ele, nada fez, capitule a conduta de todos 
os envolvidos. 
Resposta: Apolinário praticou o crime previsto no art. 218 do CP, tendo como vítima a menor Marville, e o 
crime previsto no art. 218-B do CP, tendo como vítima a menor Abrilinda, ambos os crimes na forma 
tentada, de acordo com o inciso II do art. 14 do CP. 
Apolinário praticou também, tendo como vítima a menor Naíra, o crime previsto no art. 227 do CP. 
Claudioberto praticou o crime insculpido no art. 217-A do CP, tendo como vítima a menor Naíra. 
Já Ana Bela, mãe das vítimas, responde como autora de todos os crimes acima expostos, uma vez que 
era agente garante e tomou conhecimento das intenções de Apolinário, não agindo para evitar o resultado, 
segundo previsão do art. 13, §2º, a, do Código Penal. 
QUESTÕES OBJETIVAS 
1) Aquele que, durante o carnaval, em pleno bloco de rua, livre e consciente, embora jacandi animu, no alto 
do trio elétrico, arria sua sunga, expondo ao público suas partes íntimas: 
a) não comete crime por ausência de dolo. 
b) não comete crime por estado de necessidade. 
c) responde por ato obsceno (CP, art. 233). 
d) responde por atentado violento ao pudor. 
Resposta: Letra C.

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