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CONTESTAÇÃO-Ticio

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EXCELENTISSO DR. SR. JUÍS DE DIREITO DA –VARA DO FORO DA COMARCA DE ------ESTADO.
PROCESSO N°XXXXX
Ticio, já qualificado nos autos da Ação de Cobrança, que lhe move HOTEL, também já qualificado, vem, por seu advogado (instrumento anexo, doc 1), nos termos do artigo 336 do código de Processo Civil, apresentar CONTESTAÇÃO, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas, que desta fazem parte integrante.
I-BREVE SÍNTESE DOS FATOS
	O réu Ticio esteve por nove vezes hospedado no hotel da parte autora, quando em trabalho, no mês de dezembro de 2011 por três vezes e no mês de fevereiro do ano seguinte, por mais três vezes.
	A parte autora juntou documentos que comprovam a utilização dos serviços do hotel e que por estes serviços o Réu deixou de pagar a quantia diária de R$ 250,00 (duzentos e cinqüenta reais).
	 assim, o autor pleiteia o pagamento do valor total da divida acrescidos de multa de 10% (dez por cento) a titulo de indenização.
	É a breve síntese do necessário.
II. DAS PRELIMINARES
Do defeito de representação.
	Inicialmente, há que se observar que a procuração do advogado não foi anexada na exordial, e que conforme artigo 104, Código de Processo Cível estipula que não será admitido postular em juízo sem procuração. 
Da ilegalidade passiva da Empresa.
	É necessário ressaltar que Ticio é representante comercial autônomo, que apenas presta serviço pra a empresa, mas não a representa. Diante o exposto pela autora da ação, é transparente a ilegalidade da Empresa figurar como parte passiva da presente demanda. Conforme traz a denuncia o réu Ticio foi quem utilizou os serviços do comercio da autora, como profissional autônomo, não havendo correspondência entre a autora e a Empresa para quem trabalha o réu e as partes contratantes do serviço de hotelaria.
	Nesse sentido a jurisprudência é clara:
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. ISS. PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. COMPROVAÇÃO DA INOCORRÊNCIA DO FATO GERADOR EM PARTE DOS EXERCÍCIOS FISCAIS COBRADOS. MANUTENÇÃO DO CADASTRO MUNICIPAL. IRRELEVÂNCIA. 1. É inexigível a cobrança do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza, na medida em que não restou configurado o fato gerador do tributo – prestação de serviços – no Município de Santana do Livramento no período da cobrança. 2. A existência de inscrição do profissional nos cadastros municipais enseja presunção relativa do exercício da atividade profissional, o qual pode ser elidido por prova em contrário. 3. Hipótese em que o embargante demonstra que somente atuou como Responsável Técnico pelo comércio de medicamentos de uso veterinário da empresa Pontalti Comércio de Produtos Agropecuários Ltda do período de 19-06-2007 a 28-01-2009, aparentemente de forma autônoma, já que inexiste registro na sua carteira de trabalho. 4. Comprovada a inexistência da dívida em razão da cessação da atividade de médico veterinário a partir de janeiro de 2009, nos termos do art. 3º, parágrafo único, da LEF, a execução fiscal deve prosseguir somente em relação a parte dos exercícios fiscais. 5. Sentença reformada. Embargos à execução fiscal parcialmente acolhidos. Ônus de sucumbência redimensionados. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.(Apelação Cível, Nº 70081350746, Primeira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Sergio Luiz Grassi Beck, Julgado em: 15-05-2019)
	Diante do acima exposto, requer seja acolhida as preliminares e a extinção do feito sem resolução do mérito, em virtude da carência de ação, segundo prevê arts. 485,VI E 337, XI, CPC/2015.
Portanto estão justificados os pedidos.
III. DO MÉRITO.
	Conforme narrado pela autora nos autos, o réu esteve hospedado por seis vezes no HOTEL. Não obstante, nota-se a prescrição do direito de agir do hospedeiro, em referente a estadia do réu. O Código Civil Brasileiro, em seu artigo n° 206, parágrafo 1°, Inc. I prevê: “I - a pretensão dos hospedeiros ou fornecedores de víveres destinados a consumo no próprio estabelecimento, para o pagamento da hospedagem ou dos alimentos;”
	No Direito Civil, a prescrição é conceituada como a perda da pretensão do titular de um direito que não o exerceu em determinado lapso temporal, causando assim, a extinção de uma ação ajuizável, em virtude da inércia de seu titular durante certo lapso de tempo, na ausência de causas preclusivas de seu curso
	Nas palavras de Maria Helena Diniz: “Esse instituto foi criado como medida de ordem pública para proporcionar segurança às relações jurídicas, que seriam comprometidas diante da instabilidade oriunda do fato de se possibilitar o exercício da ação por prazo indeterminado. (Diniz, 2003: 337)”.
	Como o acima exposto, o pedido encontra-se prescrito. Assim, nos termos do artigo 487, inc. II, do Código de Processo Civil de 2015, deve haver a resolução do mérito em virtude da prescrição;
Haverá resolução de mérito quando o juiz: 
I - acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção; 
II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição;
	Caso Vossa Excelência entenda por afastar a prescrição do feito, impõe-se o afastamento da multa pleiteada de 10%, visto que não a formalização contratual que comprove a preexistência de multa e aceitação da clausula pela parte ré. 
IV- DO PEDIDO. 
	Diante o exposto requer,
Seja acolhida a inépcia da inicial;
Seja a demanda julgada improcedente devido a preliminar de prescrição do direito de agir da autora;
Seja acolhida a ilegalidade passiva da EMPRESA no feito;
A condenação do autor ao pagamento de custas, despeças processuais e honorários advocatícios a serem arbitrados por Vossa Excelência.
Protesta provar o alegado por todos os meios em direito admitidos, especialmente documentais, periciais e outros que se fizerem necessários.
Termos em que, pede deferimento.
 
Local e data
Advogado
OAB/UF, N°

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