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sCRAPIE Achados e diagnostico

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Achados de Necropsia e Histopatológico
Macroscopicamente, os achados de necropsia estão associados a alguns sinais clínicos da doença, como escore corporal baixo, alopecia e pode ou não estar acompanhada de crosta, pode apresentar escaras de decúbito (MEGID, J. et al.,2016).
O animal também pode apresentar nenhuma alteração significativa, toda via, histologicamente, as lesões podem ser variadas, porém são mais frequentes no tronco encefálico. Pode ser achado vacuolização neuronal e vacúolos bem delimitados no pericárdio e distribuídos pelo neurópilo (MARTINS, H. M. et al.,2012). No scrapie clássico é observado alterações espongiformes da neurópila com frequência, e achados como astrocitose e perda neuronal, são descritos, no entanto não são comuns em todos os casos de scrapie (SOTOMAIOR, C. S. et al.,2012). Em lâminas histológicas de útero gravídico de ovelhas, fixadas em HE e marcadas com anticorpo monoclonal R145, foi detectado PrPSc no óbex da mãe e no placentoma (SPIROPOULOS, J. et al., 2014).
Diagnóstico
Geralmente nos diagnósticos para a detecção de PrPSc precisa que seja resistente a protease e identificação utilizando anticorpos anti-PrP. Na maioria dos casos a PrPSc é identificado em líquido cefalorraquidiano antes que no cérebro. Tecidos de eleição para a coleta são do encéfalo, principalmente óbex, e tecidos linfoides, por apresentarem maior sensibilidade na detecção (LEAL, J.S., 2013).
O diagnóstico confirmatório de scrapie é através de exames histológicos de animais que apresentam os sinais clínicos. Na histologia apresentará lesões do tecido nervoso e detecção através da imuno-histoquímica (IHQ) de PrPSc. A técnica de IHQ é utilizada para detectar a doença na fase inicial, ela também é útil para detectar o PrPSc na fase pré-clínica em tecidos linfoides como tonsilas, terceira pálpebra e mucosa retal (LEAL, J.S. et al., 2012).
Em casos de scrapie atípica se difere da forma clássica é baseada na diferença da distribuição neuroanatomica das lesões, a deposição de PrPSc e é confirmada pelo teste de Western blot pelo perfil eletroforético que migra rapidamente de uma banda aproximadamente 12KDa (SOTOMAIOR, C. S. et al.,2012).
Diagnóstico Diferencial
A histopatologia associada com casos clínicos e epidemiológicos contribuem para o melhor diagnóstico e podendo assim diferenciar as doenças. Ovinos com alta carga de endoparasitas apresentam apática, emagrecimento progressivo, como nos casos de hemoncose. Além disso, formas de intoxicação por Brachiaria sp., intoxicação por cobre e hepatopatias podem sugerir diagnóstico diferencial. Nestas afecções o animal apresenta incoordenação motora, decúbito, tremores musculares, sialorreia, movimentos de pedalagem e opistótono (MARTINS, H. M. et al.,2012). 
Referências
MEGID, J.; RIBEIRO, M. G.; PAES, A. C. Doenças infecciosas em animais de produção e companhia. Rio de Janeiro: Roca, 2016. 1272 p.
SPIROPOULOS, J.; HAWKINS, S. A. C.; SIMMONS, M. M.; BELLWORTHY, S. J. Evidence of In Utero Transmission of Classical Scrapie in Sheep. Journal of Virology, Surrey - Inglaterra, v.88, n.8, p. 4591– 4594, abr. 2014.
SOTOMAIOR, C.S.; RIBEIRO, F.T.L.; OLLHOFF, R. D. Scrapie em ovinos: etiologia e diagnóstico in vivo. Veterinária em Foco, Canoas, v.9, n.2, jan./jun. 2012.
MARTINS, H.M.; CARVALHO, N.M.; RIBAS N.L.K.S.; DRIEMEIER, D.; LEMOS, R.A.A.; GUIMARAES, E.B. Scrapie e seu diagnóstico diferencial no Mato Grosso do Sul. Pesquisa Veterinária Brasileira, vol.32, n.12, pp.1230-1238, dez. 2012.
LEAL, J.S. Scrapie: Diagnóstico por imuno-histoquimica, caracterização de surtos e genótipos em ovinos no Brasil. 62 (Tese de Doutorado). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2013.
LEAL, J.S.; CORREIA, G.L.F.; DALTO A.G.C.; BOOS, G.S.; OLIVEIRA, E.C.; BANDARRA, P.M.; LOPES, R.L.L.; DRIEMEIER, D. Utilização de biopsia de terceira pálpebra e mucosa retal em ovinos para diagnóstico de scrapie em uma propriedade da região Sul do Brasil. Pesquisa Veterinária Brasileira, vol.32, n.10, pp.990-994, out. 2012

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