Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Reações qualitativas para caracterização de carboidratos Tatiane f. vieira Maringá 2019 Laboratório de biomoléculas Universidade Estadual de Maringá Introdução O que são carboidratos? Como são classificados? O que são carboidratos redutores? Poli-hidroxialdeídos ou poli-hidroxicetonas, ou substâncias que, por hidrólise liberam estes compostos. Fórmula empírica: (CH2O)n (podem possuir N, P ou S). A cada ano, a fotossíntese converte mais de 100 bilhões de toneladas métricas de CO2 e H2O em celulose e outros produtos vegetais. Alguns carboidratos são os principais elementos da dieta em muitas partes do mundo, e a sua oxidação é a principal via de produção de energia na maioria das células não fotossintéticas. Classificação Monossacarídeos (1 uni. monomérica) ; Dissacarídeos (2) ; Oligossacarídeos (2-10) ; Polissacarídeos (>10). Definição Monossacarídeos ALDOSE CETOSE Monossacarídeos Cereais em fase de germinação; Hidrólise parcial do amido Dissacarídeos e oligossacarídeos 2 a 10 monossacarídeos na molécula Mais abundante; Principais fontes: cana de açúcar e beterraba Encontrada no leite; produzida pelas glândulas mamárias Polissacarídeos Carboidratos complexos: condensação de um grande número de monossacarídeos (iguais ou diferentes). Mais importantes: AMIDO: polímero de glicose armazenado pelas plantas; GLICOGÊNIO: polímero de glicose, principal reserva energética das células animais (músculo e fígado); CELULOSE: polímero de glicose, componente estrutural da parede celular das plantas. Glicogênio Amido Celulose Homopolímeros Açúcares redutores e não-redutores Redutores: carboidratos que apresentam a hidroxila do carbono anomérico livre. Átomo de carbono no qual o grupo aldeído ou cetona está presente na forma cíclica. São capazes de reduzir íons metálicos – como a prata e o cobre - em reações nas quais o açúcar se oxida formando ácidos carboxílicos. LACTOSE MALTOSE GLICOSE FRUTOSE Açúcares redutores e não-redutores Não-redutores: carbono anomérico envolvido na ligação glicosídica. Sacarose Pode tornar-se um açúcar redutor se sofrer ação enzimática ou hidrólise ácida, formando assim monossacarídeos redutores. Objetivos da prática Empregar métodos qualitativos para a identificação de carboidratos. Detectar carboidratos; Detectar a presença de polissacarídeos; Distinguir açúcares redutores e não-redutores; Distinguir monossacarídeos e dissacarídeos; Detectar a presença de pentoses; Distinguir aldoses e cetoses. Reação de Molish Objetivo: detectar carboidratos em quaisquer materiais. Resultado positivo para qualquer carboidrato livre ou associado à outra molécula. Complexo violeta OBS: o teste falha para tetroses e trioses, pois estas não formam furfural por desidratação. Pentoses e hexoses. Reação de Molish Água Glicose Frutose Sacarose Lactose Amido Carboximetil celulose Reação de Molish Técnica: 2 mL da solução (glicose, frutose, sacarose, lactose, amido, carboximetilcelulose) ou de água - 2 gotas do reagente de Molish Misturar! - 2 mL de ácido sulfúrico com o tubo inclinado Reação positiva: formação de um anel de cor violeta. Reação com iodo Complexo Azul escuro Objetivo: detectar polissacarídeos. A estrutura helicoidal da amilose pode acomodar os íons tri iodeto (I3-) formando um complexo intermolecular de transferência de carga de cor azul escuro. Teste mais conhecido para a presença de amido. Teste de Lugol Lactose Sacarose Glicose Amido Água Carboximetil celulose Frutose Fatores que determinam o desenvolvimento de coloração quando o iodo interage com os polissacarídeos: comprimento e a ramificação da cadeia sacarídea. Maior ramificação da cadeia, menos Intensa será a coloração desenvolvida. Reação com iodo Técnica: - 2 mL da solução 1% (glicose, frutose, sacarose, lactose, amido, carboximetilcelulose) ou de água - 2 gotas de lugol Aquecer o tubo com solução de amido 1% em bico de Bunsen. Resfriar o tubo em água corrente. Reação positiva: coloração azul escura. Reação de Fehling e de Benedict Objetivo: detecção de açúcares redutores. Baseiam-se no uso de solução cupro-alcalina capaz de oxidar o grupo aldeído (redutor) dos açúcares a ácido carboxílicos. Reagentes: fortemente alcalinos, contém íons cúpricos, formando um complexo íon cúprico-tartarato de sódio e potássio (reação de Fehling) ou com o citrato (reação de Benedict). Nestas condições, o cobre é reduzido por ação de açúcares redutores, formando-se o óxido cuproso (Cu2O), precipitado vermelho tijolo. Reação de Fehling e de Benedict Reação de Fehling e de Benedict Lactose Sacarose Frutose Glicose Amido Água Carboximetil celulose Lactose Sacarose Frutose Glicose Amido Água Carboximetil celulose Lactose Sacarose Frutose Glicose Amido Água Carboximetil celulose Lactose Sacarose Frutose Glicose Amido Água Carboximetil celulose Técnica: 2 mL da solução 1% (glicose, frutose, sacarose, lactose, amido, carboximetilcelulose) ou de água 1 mL da solução de Fehling A 1 mL da solução de Fehling B Misturar! Aquecer em banho-maria fervente (aproximadamente 1 minuto) Reação positiva: formação de precipitado vermelho tijolo. Reação de Fehling Reação de Benedict Técnica: 2 mL da solução 1% (glicose, frutose, sacarose, lactose, amido, carboximetilcelulose) ou de água 2 mL do reagente de Benedict Misturar! Aquecer em banho-maria fervente (aproximadamente 1 minuto) Reação positiva: formação de precipitado vermelho tijolo. Reação de Barfoed Objetivo: distinguir monossacarídeos de dissacarídeos redutores. Velocidade com que se forma óxido cuproso a partir da reação entre o acetato cúprico e o carboidrato. Os dissacarídeos com um grupo aldeído livre darão redução somente depois de prolongado aquecimento com o reagente. Redução do cobre em meio ácido Cu(CH3COO)2 Lactose Sacarose Frutose Glicose Amido Água Carboximetil celulose Reação de Barfoed Lactose Sacarose Frutose Glicose Amido Água Carboximetil celulose Precipitado vermelho Precipitado vermelho Reação de Barfoed Técnica: 2 mL da solução 1% (glicose, frutose, sacarose, lactose, amido, carboximetilcelulose) ou de água 2 mL do reagente de Barfoed Aquecer em banho-maria fervente (aproximadamente 2 minutos) Reação positiva para monossacarídeo: coloração azul mais escura com precipitado vermelho. Reação de Bial Objetivo: distinguir pentoses de hexoses. Pentoses formam furfural em meio ácido que condensa com orcinol na presença de íon férrico para dar um complexo de cor verde azulado. Δ Δ Sacarose Glicose Xilose Xilano Água Reação de Bial Técnica: 1 mL da solução 1% (xilano, xilose, glicose, sacarose) ou de água 10 gotas do reagente de Bial 1 mL de ácido clorídrico concentrado Aquecer em banho-maria fervente (2 minutos) Reação positiva para pentose: coloração verde, com formação de um precipitado verde azulado. Reação de Selivanoff Objetivo: distinguir aldoses de cetoses. Permite identificar cetoses que sob a ação desidratante do HCl são transformadas em derivados de furfural, que se condensam com o resorcinol formando um composto vermelho. Reação com cetose: rápida e mais intensa, fácil formação do derivado furfural. A sacarose dá reação positiva, visto que ao ser hidrolisada pelo HCl produz frutose. Aldoses: se o aquecimento for prolongado dão reação positiva (sob a ação catalítica do HCl, a glicose se transforma em frutose). Água Sacarose Glicose Frutose Água Sacarose Glicose Frutose Água Sacarose Glicose Frutose 2 min. 6 min. Reação de Selivanoff Reação de Selivanoff Técnica: 1 mL da solução 1% (frutose, glicose, sacarose) ou de água 3 mL de ácido clorídrico 8M 1 mL do reagente de Selivanoff Aquecer os tubos em banho-maria fervente por 1 minuto. Reação positiva para cetoses: coloração vermelha. SACAROSE LACTOSE MALTOSE FRUTOSE GLICOSE GALACTOSE GLICOSE GLICOSE GLICOSE
Compartilhar