Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 PRÓTESES AUDITIVAS ANA CLARA Prótese auditiva é um sistema que capta o som do meio ambiente, aumenta sua intensidade e o fornece, amplificado, ao usuário. ↪ A função mais importante das próteses auditivas é a de restaurar a compreensão da fala para os deficientes auditivos que, em função de suas perdas de audição, recebem, de modo distorcido, a informação da fala. O CANDIDATO AO USO DE PRÓTESES AUDITIVAS ● Todo indivíduo portador de uma perda de audição pode ser considerado como candidato em potencial ao uso de próteses auditivas. ● Candidatos difíceis para adaptação de uma prótese auditiva são aqueles que apresentam uma perda de audição muito leve ou severa. ● Nas perdas bilaterais a aceitação e adaptação da prótese são mais fáceis. A prótese auditiva é composta por: ↪MICROFONE: é responsável pela captação e transformação do som acústico em energia elétrica. TRANSDUTOR DE ENTRADA Existem dois tipos: direcional (capta o som em um campo de 180° (não pega o ruído que vem de trás), melhora a discriminação em ambiente ruidoso, reduz o som posterior indesejado e diminui a capacidade de reverberação) e multidirecional (capta todo o ruído do ambiente e dificulta a discriminação. Possui um campo de 360°). ↪AMPLIFICADOR: aumenta a intensidade de um sinal elétrico captado pelo microfone. ↪RECEPTOR: transforma a energia elétrica em onda sonora. TRANSDUTOR DE SAÍDA ↪CONTROLE DE VOLUME: gradua a intensidade de saída: é uma pequena rodinha cuja a rotação permite o ajuste manual de acordo com a necessidade do indivíduo. ↪CHAVE LIGA/DESLIGA: controle de mudança de função - aparelhos retroauriculares: possuem uma chave liga/desliga com cognição M (microfone) para ativar o microfone e O (off) para desligar o microfone. - intracanais: é comum a chave liga/desliga encontrar-se no próprio controle de volume. ↪CHAVE DE SELEÇÃO DE ENTRADA: - os aparelhos de amplificação retroauricular podem ter uma chave onde aparecem as letras M, MT ou T, sendo que em alguns aparelhos podem estar juntamente com a chave liga/desliga. Quando presente, normalmente deve estar na posição M, ativando o microfone para amplificação, tanto dos sons ambientais, quanto de fala. A posição T ativa a bobina telefônica, que possibilita a captação e amplificação somente dos sons oriundos do telefone. A posição MT permite tanto a recepção dos sons ambientes, quanto do telefone. ↪LIMITADOR DE SAÍDA:recurso encontrado em alguns aparelhos para graduar a saída do som. ↪BATERIA:fonte de energia que alimenta todos os componentes. - o tipo de bateria vai depender do modelo da prótese auditiva: retroauricular - 675; mini retroauricular - 13; intrauricular e microcanal ou CIC - 230 ou 190 e intracanal - 312. ↪MOLDE: tem a função de fixação, vedação e condução do som amplificado para membrana timpânica do usuário do aparelho. ↪CONTROLES UNIVERSAIS: (TRIMMERS) - podem ser encontrados em próteses auditivas de tecnologias analógica ou digital. - controle de ganho: controla o ganho ideal para o cliente de acordo com sua perda auditiva, sendo determinado de acordo com as limitações permitidas pelo catálogo de prótese auditiva indicada. - controle de tonalidade: tem a função de alterar ganho em função da frequência ou a resposta de frequência da prótese auditiva, fazendo com que haja um destaque para os sons agudos e/ou graves, de acordo com a necessidade individual do cliente. -controle de saída: regula o nível de pressão sonora que será transmitido ao usuário de prótese auditiva, tornando os sons audíveis. Devemos observar o nível de desconforto do cliente, evitando evitando uma super amplificação dos sons, controlando a saída máxima. O nível de saída máxima deve ser ajustado logo abaixo do limiar de desconforto, permitindo maior área dinâmica possível (prevenindo a saturação frequente da prótese). Isto pode ser feito por sistemas tipo corte de picos de intensidade ou por compressão do sinal. Esta característica é definida em decibel nível de pressão sonora, em uma frequência em particular, ou em um gráfico em função da frequência. - controle de volume: tem a função de permitir ao usuário de prótese auditiva ajustar a intensidade em que está recebendo os estímulos sonoros, adaptando-se, dessa forma, aos diferentes ambientes acústico. 3 - AGCi ou SG (automatic gain control input ou gain control): controle automático de ganho de entrada ou compressão de entrada. Forma de se manter a amplificação em níveis estáveis. - ACCo (automatic gain control output): controle automático de ganho de saída ou compressão de saída. Deve ser ajustado logo abaixo do limiar de desconforto. -G (gain control): ganho máximo que o aparelho pode dar em cada frequência. As modificações mais usadas são: ventilação (controle de frequências baixas), filtros (controle de frequências médias) e efeito corneta (controle de frequências altas). - P ou MPO (power): controle de saída máxima - regula o ganho independente do potenciômetro. Valor transmitido para ao cliente (valor de entrada + ganho do aparelho) - PC (peak clipping): corte de picos sonoros. É comum quando ocorre a entrada de um som muito alto que pode causar lesão. Indicado, principalmente, para casos de recrutamento. - LC ou L ou NL (low frequency control): controle de frequências graves. - H ou NH (high frequency control): controle de frequências agudas. - MPO: ajuste de potência máxima de saída. -AGRAM: para clientes com graves preservados. - T (bobina de indução telefônica): é um sistema destinado a transformar variações em um campo eletromagnético em sinais elétricos equivalentes, sinais estes que podem ser processados pela prótese auditiva e transmitidos aos seus usuários em forma de som. - M (microfone): recebe sinais externos - D (direcional): identifica que o aparelho possui um microfone direcional. - entrada direta de áudio: são entradas elétricas alternativas na prótese. Estão disponíveis, principalmente, nas próteses retroauriculares. O que se espera de uma prótese auditiva? - amplificação dos sons de fraca intensidade para que estes se tornem audítiveis. - a introdução de alguma forma de compreensão para manter o nível do sinal confortável. - evitar ultrapassar o limiar de desconforto. - Não usar a compressão até um ponto determinado, permitindo antes disso, a amplificação linear. TIPOS DE PRÓTESES AUDITIVAS RETROAURICULAR: (convencionais, mini retro e tubo fino) - modelo de prótese auditiva mais usados. - microfone (normalmente se situa no topo ou do lado de trás da prótese), amplificador e receptor. - o som é conduzido ao conduto auditivo externo por meio de um tubo de plástico e um molde. - controles externos: chave MTO e volume → localizados atrás da orelha. Outros controles normalmente se encontram sob uma tampa e devem ser manuseados por profissionais. - pode ser adaptados em perdas de leve à profunda e em tamanhos retro e mini retro. - em perdas bilaterais é recomendado a adaptação binaural . INTRAAURAL: (intrauricular, intracanal e microcanal) - os componentes estão completamentes inseridos dentro do molde auricular do usuário, na área da concha e meato acústico externo.- podem ser adaptadas a graus de perdas leves até moderadamente severas. - quanto menor o aparelho e mais interno no meato acústico externo, maior será o aproveitamento das funções acústicas da orelha, localização do som e ênfase das frequências altas INTRAURICULAR: - ocupa parte do conduto auditivo externo da concha do pavilhão auricular de forma completa ou incompleta (tipo concha ou meia concha). - possui recursos para uma boa adaptação em perdas auditivas do tipo leve à severa. 5 - são as próteses que possibilitam maior ganho acústico, versatilidade de uso de ventilação e maior número de controles internos. INTRACANAL: - controles externos: chave liga-desliga e o volume. Outros controles estão normalmente no compartimento da bateria ou no interior da prótese. - estas próteses são indicadas para perdas auditivas de leves à severas. MICROCANAL OU CIC: - são colocados completamente dentro do canal auditivo externo. - cobre perdas auditivas leves e moderadas. - vantagens: menor distorção; menor possibilidade de realimentação acústica; melhora a localização sonora; facilidade ao telefone, possibilidade de utilizar fones de ouvido, facilidade de remoção e estética. CONVENCIONAL OU CAIXA: - todos os componentes eletrônicos estão localizados em uma caixa, geralmente presa na roupa do cliente na altura do peito. - são indicados em alguns casos: crianças com alterações neurológicas com grave comprometimento motor, em clientes que não podem utilizar a amplificação por via aérea decorrente de alteração de orelha externa. TIPO DE PROCESSAMENTO DO SINAL . PRÓTESES AUDITIVAS ANALÓGICAS: - São as que utilizam do processamento analógico do sinal, ou seja, utilizam a eletrônica convencional para converter a onda sonora, captada pelo microfone, em um sinal elétrico equivalente ou análogo. - Vantagens: baixo custo, baixo consumo de energia, miniaturização dos seus componentes - microfone → amplificador → receptor - Em uma prótese auditiva analógica é necessário que os ajustes nos controles sejam realizados com o auxílio de uma pequena chave de fenda. PRÓTESES AUDITIVAS DIGITAIS: - Tem a mesma aparência da prótese analógica - As diferenças estão no hardware e no software do processamento de sinal, entre o microfone e o receptor. Em termos de hardware, as próteses digitais não têm amplificadores, filtros e compressores, controle de volume e limitadores de saída. Em vez disso, apresentam conversores analógicos/ digitais e digitais/ analógicos que convertem o sinal de entrada de analógico em digital, e vice-versa. - Todos os clientes com perda auditivas são candidatos ao uso de próteses auditivas digitais, com exceção dos clientes portadores de perdas de grau profundo, que necessitam de grande ganho e saída. PRÓTESES AUDITIVAS DIGITALMENTE PROGRAMÁVEIS: - utilizam amplificação analógica e programação digital. - O circuito analógico funciona exatamente como nas próteses analógicas convencionais. A porção digital do circuito é utilizada para programar as características da resposta de frequência e os filtros de compressão que irão estabelecer a forma de desempenho do amplificador analógico. - são aparelhos com múltiplas memórias. - O número de ajustes permitidos dependerá da quantidade de memórias existentes na prótese auditiva e do modo de acesso que o usuário terá a elas, isto é, controle remoto ou chaves mecânicas. PROCESSAMENTO DOS SINAIS SONOROS NAS PRÓTESES AUDITIVAS: COMPRESSÃO ÁREA DINÂMICA DA AUDIÇÃO - diferença entre o limiar de audibilidade e o nível de desconforto. As próteses auditivas precisam, portanto, necessariamente respeitar os limites da área dinâmica de audição de seu usuário, transformando os sons inaudíveis em sons audíveis e não ultrapassando o nível de desconforto. Indivíduos com PA neurossensorial recrutante têm uma redução da diferença entre o limiar de audibilidade e o nível de desconforto, ou seja, uma redução da área dinâmica de audição. 7 TIPOS DE AMPLIFICAÇÃO AMPLIFICAÇÃ LINEAR: - O ganho (amplificação) da prótese é constante para todas as intensidades de sinal de entrada, até o limite de saturação do aparelho. - A amplificação linear é também descrita como tendo, na região de operação de 1:1 dB; inclinação de 45 graus ou ganho constante. - A amplificação linear é bastante comum e possui uma qualidade sonora boa, se o ganho da prótese não for muito grande, e o limite de saturação não for muito baixo. - Pode ser utilizado com sucesso em indivíduos portadores de perdas auditivas poucos ou não recrutantes. AMPLIFICAÇÃO NÃO LINEAR: - A maioria dos sistemas de amplificação não linear consiste em alguma forma de compressão. - Compressão ou controle automático de ganho (ACG) é um sistema utilizado para descrever a redução automática do ganho da prótese auditiva a partir de um determinado NPS de entrada, normalmente para evitar um nível de saída excessivamente intenso. O resultado é uma razão de entrada e saída da prótese menor que 1:1. O ganho é reduzido por outros meios que não o corte de picos. Os instrumentos de compressão tradicionais tem um circuito de monitorização em algum ponto do circuito, que, automaticamente, reduz o ganho da prótese de acordo com a magnitude do sinal amplificado. - Regra geral: os sistemas não lineares seriam indicados para pacientes com lesão exclusivamente de células ciliadas externas (PANS de grau leve e moderado). CARACTERÍSTICA ELETROACÚSTICA DO AASI As características eletroacústicas de uma prótese auditiva são a descrição de seu desempenho operacional quando processam o sinal sonoro. ↪ As principais características eletroacústicas das próteses auditivas estão em correlação direta às características de uma audição deficiente. Elas são, basicamente: o ganho acústico, relacionado com o grau de perda auditiva; a resposta de frequências, relacionada com a configuração do audiograma do indivíduo, e a saída máxima, relacionada com o nível de desconforto para sons intensos apresentados pelo mesmo. GANHO ACÚSTICO: É a diferença de intensidade em decibéis (dB), entre o som que sai e o som que entra na próteses auditiva. Dessa forma, para uma prótese auditiva com 40 dB de ganho, um som ambiente de 60 dB será fornecido ao usuário com uma intensidade de 100 dB. ↪ Quantidade de amplificação fornecida pela prótese. - As modificações mais utilizadas são: a ventilação para controlar a resposta de baixa frequência, os filtros acústicos para o controle de frequências médias, e o efeito corneta para enfatizar a resposta em altas frequências. - Quando o ganho de uma prótese é definido em termos da diferença dos limiares de audibilidade em campo livre e com e sem a prótese auditiva, dá-se a este valor o nome de ganho funcional. - Quando o ganho acústico da prótese é definido, em termos de pressão sonora, em um ponto da orelha do usuário com a prótese e o nível de pressão sonora neste mesmo ponto sem a prótese, dá se a este valor o nome de ganho de inserção. RESPOSTA EM FREQUÊNCIA: É a resposta do sistema de amplificação para cada frequência dentro da faixa de frequência do aparelho. Cada aparelho possui uma faixa de frequência diferenciada. Uns são mais agudos, outros mais graves e outros mais lineares. - Cálculo da faixa de frequência: 500Hz + 2000 Hz = x/3 - 15 dB SAÍDA MÁXIMA: Todos os indivíduos, normais ou com perdas de audição, possuem um limite a partir do qual qualquer som mais forte se torna desconfortável. Este limite é chamado nível de desconforto. Saída máxima de uma prótese auditiva é o maior nível de pressão sonora que ela deve ou é capaz de produzir. 9 Se a saída máxima de uma prótese auditiva não for adequada, pode impedir a utilização da prótese ou, ainda, gerar um deslocamento temporário ou, mesmo permanente, dos limiares de audibilidade. DISTORÇÃO ** É considerada distorção qualquer falha do sistema de amplificação em transmitir ou reproduzir a onda sonora recebida com exatidão, ou seja, qualquer componente do sinal presente na saída que não estava presente na entrada. REALIMENTAÇÃO** Entende-se por realimentação qualquer processo em que o sinal de saída de um circuito é mandado de volta para a entrada do mesmo, com objetivos diversos. INDICAÇÃO, SELEÇÃO, ADAPTAÇÃO E ORIENTAÇÃO AOS USUÁRIOS INDICAÇÃO: - Antes da indicação do AASI devemos solicitar uma avaliação ORL do cliente, a fim de descartar a possibilidade de uma intervenção medicamentosa e/ou cirúrgica que auxiliasse na recuperação auditiva, ou ainda uma outra indicação ao uso do aparelho. Após a avaliação ORL, quem assume a orientação é a fonoaudiologia, responsável por indicar, selecionar, adaptar e acompanhar a prótese auditiva para o usuário. - Indicação de prótese auditiva em crianças e adolescentes: sempre retroauriculares. - Indicação de prótese auditiva para idosos: os aparelhos intracanais, minicanais e SIC atendem a presbiacusia. SELEÇÃO: - Após a indicação da prótese auditiva, devemos selecionar o tipo e o modelo (marca) de AASI e o tipo de adaptação a ser utilizado. PROCESSO DE ADAPTAÇÃO E ORIENTAÇÃO: - O protocolo do processo de adaptação e seleção das próteses auditivas deve incluir as seguintes etapas: A. A avaliação do candidato ao uso da amplificação B. O planejamento da intervenção e identificação das dificuldades e necessidades individuais C. A seleção das características físicas e eletroacústicas das próteses auditivas D. A verificação do desempenho das próteses auditivas. E. A orientação e o aconselhamento do cliente quanto ao uso e manipulação da prótese auditiva. F. A avaliação, em que é avaliado o impacto de intervenção na percepção da incapacidade e do handicap. - Alguns passos da seleção e adaptação de AASI devem ser considerados: Assessoramento: determinação da causa e da extensão da perda auditiva, bem como a necessidade de uso da amplificação com base na história audiológica. Planejamento: análise dos resultados da avaliação audiológica e identificação das áreas de dificuldades auditivas e necessidades específicas. Seleção: decisão quanto ao tipo de adaptação (monoaural ou binaural), tipo de prótese auditiva e suas características eletroacústicas. Verificação: constatação de que as características selecionadas são adequadas às necessidades do cliente, como: acústica, aspectos estéticos, conforto auditivo e desempenho do AASI nas diversas situações que o indivíduo se encontra durante o uso do mesmo. Orientação: aconselhamento quanto ao uso e cuidados com a prótese auditiva, de acordo com uma expectativa realista frente às dificuldades características quanto ao tipo e grau de perda auditiva, explorando conforme a necessidade, o uso de acessórios e recursos auxiliares. Validação: uso de questionário de autoavaliação, escala de benefícios durante o processo de adaptação, objetivando a satisfação do cliente. - Quanto às dificuldades mais comuns relacionadas com a amplificação, podemos citar: Desconforto auditivo para sons de intensidade forte Efeito de oclusão “Feedback” Percerpção de ruídos ambientais SELEÇÃO DO GANHO ACÚSTICO . O principal objetivo de todo e qualquer processo de seleção e adaptação de próteses auditivas é assegurar que os sons ambientais, especialmente os sons de fala, sejam audíveis sem ser excessivamente intensos. 11 A adaptação de próteses auditivas pressupõe um ganho por frequência adequado à perda auditiva de cada cliente, ou seja, a prótese deverá ser capaz de amplificar os sons para que a “fala” se torne audível e, ao mesmo tempo, deverá evitar que determinados sons sejam superamplificados a ponto de se tornarem desconfortáveis ao usuário. O único meio de se conseguir este objetivo é através de métodos prescritíveis. ↪ “ Os métodos prescritíveis foram elaborados para calcular o ganho por frequência. São fundamentados na amplificação seletiva, que,de maneira simples, pode ser definida como a manipulação da resposta de frequência para obter um desempenho ideal por parte do cliente. Em outras palavras, o ganho, ou amplificação, deve ser maior, onde a perda auditiva é maior. O objetivo de todos os métodos prescritíveis é fornecer ao audiologista a meta a ser alcançada, o que, na verdade, representa o ponto de partida para se chegar a uma amplificação ideal”. Métodos prescritéveis para amplificação LINEAR: ↪ Amplificação linear é aquela que fornece um ganho constante para todos os sinais até que o limite de saturação (ou de controle de saída máxima) do aparelho seja atingido. A amplificação linear fornece sempre o mesmo ganho para todos os sons, sejam eles baixos, médios ou intensos, até o limite de saída máxima do aparelho. Quando é usado uma prótese auditiva linear, um único valor de ganho (por frequência) costuma ser prescrito como o mais adequado: esse valor permite que a fala em intensidade média seja ouvida em nível adequado, embora os sons poucos intensos fiquem talvez pouco inaudíveis, e os mais intensos tenham de ser limitados de algum modo. Métodos prescritível do meio ganho: Sabe-se hoje que a regra do meio ganho pode não ser válida para perdas auditivas de grau leve. National Acoustic Laboratories of Australia (NAL): Os autores observaram que clientes, portadores de perdas auditivas severas e profundas (>70dB), necessitavam de ganho adicional e menor ênfase em sons de alta frequência. Desired Sensation Level (DSL): O objetivo desta fórmula não é proporcionar ao usuário da prótese auditiva que a fala seja igualmente audível em todas as frequências, embora queira deixá-la confortavelmente audível em cada faixa de frequência. Para cada grau de perda auditiva, o método especifica um determinado nível de sensação. Exemplo: Se os limiares auditivos aumentarem, o nível de sensação diminui, pois diminui também o campo dinâmico da audição, entre o limiar e o desconforto. Memphis State Univerdity (MSU): O objetivo deste método foi promover a amplificação dos sons da fala a um nível correspondente ao ponto médio entre o limiar de audibilidade e o limite superior de sensação de intensidade de maior conforto. Adaptação para perdas condutivas: Cálculo do ganho acústico prescrito e do ganho em acopladores de 2ML: Valores de correção CORFIG: Métodos prescritíveis para amplificação NÃO LINEAR: Independent Hearing Aid Fitting Forum (IHAFF/VIOLA): O IHAFF tem por objetivo normalizar as experiências de sensação de intensidade dos indivíduos com perdas de audição, de forma que sons julgados “baixos” pelos ouvintes normais sejam audíveis e considerados “baixos” pelos indivíduos com perda usando prótese auditiva; e os sons “confortáveis” para os sonsnormais sejam “confortáveis” para os com perda auditiva; e os sons “altos” para os ouvintes normais sejam julgados “altos”, mas não “desconfortavelmente altos” pelos indivíduos com perda de audição usando aparelho. O VIOLA é um algoritmo visual para geração de prescrição do ganho de prótese auditiva cujo objetivo é garantir a amplificação das falas baixa, média e alta para mais ou menos a mesma sensação de intensidade de um ouvinte normal típico. Ele é oferecido em programas para computadores com sistemas operacionais MS-DOS ou MS-Windows. Desired Sensation Level Input/Output (DSL [i/o]): É um sistema de prescrição de valores de saída considerados adequados, tanto em adultos como em crianças, para uma ampla gama de valores de entrada. Esta fórmula foi desenvolvida no intuito de maximizar a amplificação do sinal de entrada sem causar desconforto. 13 Há dois tipos de procedimentos DSLi/o: linear e curvilinear. No primeiro, o termo linear não deve ser confundido com amplificação linear; significa que a razão de compressão é constante em toda a extensão da compressão. No DSLi/o curvilinear, a razão de compressão pode variar. National Acoustic Laboratories - No linear (NAL-NL1): É um método que se baseia na equalização das diferentes faixas de frequências, buscando uma resposta de ganho/frequência que forneça a melhor inteligibilidade possível, mantendo, no entanto, a sensação de intensidade global da fala em um nível não superior àquele percebido por uma pessoa normal. O objetivo deste método é maximizar a inteligibilidade de fala para determinado som de entrada, de forma que o deficiente auditivo, usuário de prótese auditiva, perceba o som da mesma forma que um ouvinte. Leva-se em conta o sinal de entrada, o grau de perda auditiva e a idade do cliente. VERIFICAÇÃO E VALIDAÇÃO DO PROCESSO DE SELEÇÃO DE PRÓTESES AUDITIVAS A verificação é realizada após as etapas de avaliação do cliente e seleção das características eletroacústicas do aparelho de amplificação, com o objetivo de verificar se as características projetadas na etapa de seleção foram realmente obtidas. Os procedimentos de verificação podem ser comportamentais ou eletroacústicos. Nos comportamentais está incluído o ganho funcional, e nos eletroacústicos estão as medidas de inserção. TESTE DE RECONHECIMENTO DE FALA: Os testes de reconhecimento de fala é que avaliam a habilidade de o indivíduo escutar e reconhecer a fala, portanto, muito importantes no processo de seleção e adaptação de próteses auditivas, tanto para avaliar o desempenho social do cliente em situações cotidianas, como para determinar de que maneira a prótese auditiva permite ao seu usuário receber as informações acústica da fala. VALIDAÇÃO: A validação de um sistema de amplificação é a medida do benefício fornecido pela amplificação, refletindo em melhorias na qualidade de vida do deficiente auditivo, quer seja nas atividades de escuta, quer seja no relacionamento social e estado emocional. Testes de fala são também usados como importantes instrumentos de validação, porém, questionários de autoavaliação são um meio extremamente eficaz e muito utilizado para avaliar, subjetivamente, os resultados de intervenção. QUESTIONÁRIOS DE AUTOAVALIAÇÃO: A autoavaliação é um procedimento rápido, simples e eficiente, sem a necessidade de equipamentos específicos, que permite avaliar a adaptação do indivíduo ao uso da prótese auditiva. PROCESSAMENTO DOS SINAIS SONOROS NAS PRÓTESES AUDITIVAS: COMPRESSÃO ÁREA DINÂMICA DA AUDIÇÃO - diferença entre o limiar de audibilidade e o nível de desconforto. As próteses auditivas precisam, portanto, necessariamente respeitar os limites da área dinâmica de audição de seu usuário, transformando os sons inaudíveis em sons audíveis e não ultrapassando o nível de desconforto. Indivíduos com PA neurossensorial recrutante têm uma redução da diferença entre o limiar de audibilidade e o nível de desconforto, ou seja, uma redução da área dinâmica de audição. 15 QUESTÕES PARA ESTUDO 1-) No que se refere às mensurações das características eletroacústicas das próteses auditiva é incorreto afirmar: - O nível de pressão sonora de saída da prótese auditiva registrado no acoplador é superior ao nível de pressão sonora de saída registrada na orelha humana, isto é, o acoplador de 2cc superestima o que vai ocorrer na orelha humana. 2-) Assinale as afirmações como sendo verdadeiras e falsas. Nas questões falsas, justifique de forma correta: a.( F) Limiar de compressão ou ponto de joelho corresponde ao limiar máximo de amplificação ou saturação do sistema. - Compressão : é a diminuição no ganho conforme o nível de entrada se torna mais forte - Ponto de joelho: é o nível de entrada onde a compressão inicia a redução do ganho. b.(V) c. (V) d.( V) e. (V) 3-) A etapa de verificação do processo de seleção das próteses auditivas consiste em: - Conjunto de procedimentos que avaliam o desempenho das próteses auditivas. 4-) Assinale as alternativas V ou F: a.) ( V) Equipamentos de FM podem ser utilizados para recepção e transmissão de mídias eletrônicas. b.) ( V ) Há vários dispositivos (amplificação sonora, eletromagnética, bluetooth) para auxiliar a comunicação no telefone. c.) ( V ) Todos os sistemas de compressão apresentam limiar e razão de compressão d.) ( V) Bobina telefônica possibilita a conexão com equipamentos auxiliares da audição como FM. e.) ( V )O fornecimento de implantes cocleares é feito pelo SUS em … f.) ( F ) Crianças só podem ser implantadas após completarem 2 anos de idade g.) ( V ) Equipamentos auxiliares podem ser usados em conjunto com as próteses auditivas h. ( F ) Para seleção de prótese auditiva em crianças usamos os mesmos procedimentos que aparece para o adulto i.( V ) Quanto mais cedo a identificação da perda auditiva ocorrer mais cedo pode ser iniciado a protetização em bebê j.( F ) Não há sistemas de telefone para surdos profundos. 5-) Cite três orientações sobre o uso, manutenção e ou cuidados com as próteses auditivas para um adulto novo usuário. - Não entrar em piscinas/mar e tomar com a prótese - Lembrar sempre de tirar a pilha e colocar o aparelho no desumidificador - Fazer a primeira manutenção após 30 dias, depois após 90 dias e 180 e dias. 6-) Em relação aos métodos prescritivos para seleção do ganho e saída, está correto afirmar que: - A prescrição correta de saída máxima evita que o nível de pressão sonora exceda os níveis de conforto auditivo individual. 7-) Sobre os procedimentos de verificação e validação do processo de seleção e adaptação de próteses auditiva, é incorreto afirmar: - O ganho funcional é um procedimento comportamental e refere-se à obtenção dos limiares de audibilidade com prótese auditiva. 8-) Em relação à utilidade clínica dos algoritmos de processamento do sinal, assinale a alternativa incorreta: - Melhorar o reconhecimento de fala por meio da redução d0 ruído. 9-) Defina o que são equipamentos auxiliares para o deficiente auditivo. Cite, pelo menos, 3 exemplos de equipamentos auxiliares, para que e para qual tipo se destinam. -São equipamentos que transmitem o som via ondas eletromagnéticas, de rádio infravermelhas e bluetooth. ● Sinalizador de alerta ● Sistema de indução magnética ● Sistema de FM 17 10-) Em relação ao implantecoclear, assinales como F ou V a-) ( V) A cirurgia e o equipamento de IC unilateral são disponibilizados pelo SUS b-) (v) O IC está indicado para crianças com perda auditiva sensorioneural de grau severo a profundo .. c-) (F) A cirurgia do IC es d-) ( F ) - PQ a perda tem que ser neurossensorial ou severo profundo bi p adultos e-) ( v ) f-) ( v ) 10-) Em relação ao protocolo de adaptação de amplificação pediátrica, assinale as afirmações abaixo com sendo V ou F: a-) (F ) b-) ( F ) c-) (F ) d-) ( F ) e-) (V ) f-) ( V ) 11-) Segundo as diretrizes para tratamento e reabilitação/habilitação de pessoas com deficiência auditiva pelo SUS é incorreto afirmar: - Os serviços de saúde auditiva média complexidade devem ser referência para diagnóstico, tratamento clínico, protetização, acompanhamento e terapias de crianças menores de 3 anos. 12-) 48 anos, otosclerose, tem indicação p cirúrgica, mas n quer operar a-) bilateral b-) microcanal, pois serve para perdas de grau leve à moderado como apresenta o paciente. c-) molde: microcanal - pois serve para perdas de grau leve à moderado como apresenta o paciente. / material: silicone - / modificação acústica:
Compartilhar