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1 HIPOPARATIROIDISMO INTRODUÇÃO ◼ Desordem clínica infreqüente em todas as suas formas, decorrentes da secreção e/ou ação deficiente do PTH; ◼ Etiologia: - deficiência da secreção do PTH; - deficiência da ação; 1 2 2 Produção insuficiente do PTH ◼ A secreção deficiente de PTH pode resultar de causas congênitas ou adquiridas (que ocorrem com maior frequência). ◼ Principal causa de hipoparatiroidismo é a excisão cirúrgica e/ou injúria das glândulas paratireóides; ◼ Após injúria mecânica, vascular ou extração inadvertida de todo o tecido paratireoidiano; Causas não cirúrgicas ◼ Agenesia/hipoplasia de paratireóides ◼ Mutações no gene do PTH ou do receptor Ca sensível ◼ Causas autoimunes ▪ Causas infiltrativas ▪ Defeitos na secreção do PTH ▪ Resistência periférica ao PTH 3 4 3 Causas genéticas Causa auto-imune Síndrome poliglandular autoimune tipo I ◼ Mutação no gene AIRE, no cr 21q, herdada como traço autossômico recessivo; ◼ Hipofunção das paratireóides: início entre os 6 meses e 20 anos; ◼ Associação mais comum: hipoparatireoidismo, insuficiência adrenal, candidíase mucocutânea; ◼ Anticorpos direcionados contra o tecido paratiróideo (41%); 5 6 4 Causas infiltrativas ◼ Hemocromatose; ◼ Talassemia; ◼ Doença de Wilson: depósito de cobre; ◼ Depósito de alumínio em pacientes submetidos a diálise; ◼ Metástases; Deficiência transitória na secreção de PTH ◼ Hipomagnesemia: devido a alterações na absorção intestinal ou reabsorção renal; ➢ PTH – (receptor é Mg dependente) ➢ Alcoolismo crônico, terapia com cisplatina, nutrição parenteral prolongada; 7 8 5 ◼ Pode ocorrer após retirada de adenoma produtor de PTH, por supressão do restante da glândula; ◼ Edema ou hemorragia na paratireóides e hipomagnesemia pós-operatória; Deficiência transitória na secreção de PTH Deficiência da ação do PTH PSEUDO-HIPOPARATIREOIDISMO (PHP) ◼ Defeito no receptor do PTH ou na proteína Gs resultando em resposta deficiente da adenilciclase ao PTH; ◼ A administração de PTH aos pacientes não aumenta a excreção urinária de fósforo e não leva ao aumento do Ca sérico; ◼ Foi demonstrado posteriormente que os pacientes apresentam níveis elevados de PTH e que sua infusão não aumenta a produção renal de AMPc; 9 10 6 Existem dois tipos de pseudo-hipoparatiroidismo ◼ Tipo 1A: mutação inativadora da subunidade alfa da proteína estimuladora Gs (gene GNAS1) Gsα ; • PHP tipo 1A: transmissão materna; ◼ Tipo 1B: deficiência de Gsα aparentemente restrita aos túbulos proximais renais.; • PHP tipo 1B: transmissão é materna ou paterna; ◼ Pacientes com PHP tipo 1 A possui: - baixa estatura, pescoço curto, face arredondada, encurtamento do 4° e 5° metacarpos - Osteodistrofia hereditária de Albright (AHO); ◼ Pseudopseudo-hipoparatiroidismo: Indivíduos herdam o fenótipo da AHO sem que tenham qualquer distúrbio do metabolismo do cálcio. - Não há resistência ao PTH. 11 12 7 A – Mulher jovem com baixa estatura, encurtamento desproporcional dos membros, obesidade generalizada e face arredondada. B – Radiografia da mão mostrando encurtamento do 4° e 5° metacarpos. C – Punho com “covinhas” características sobre o 3°, 4° e 5° dedos em lugar da proeminência das metacarpofalangeanas de uma mão normal. DESORDENS RELACIONADAS À VITAMINA D Deficiência de vitamina D ◼ Causas: exposição inadequada ao sol, nutrição inadequada ou má absorção, fármacos; ◼ Campanhas de prevenção ao câncer de pele: menor exposição solar e uso de bloqueadores: aumento da incidência de hipovitaminose D e da dependência das fontes dietéticas; 13 14 8 Deficiencia de vitamina D ◼ Diminuição da 1α-hidroxilação da 25-OH vitamina D nos rins (doença renal crônica) ◼ Baixa absorção intestinal (síndromes de má absorção) ◼ 25-hidroxilação limitada da vitamina D no fígado (doenças hepáticas graves ou cirrose), ◼ Ativam o catabolismo da vit D: fenobarbital, fenitoína, rifampicina, etc. OUTRAS CAUSAS DE HIPOCALCEMIA ◼ Depósito excessivo no esqueleto: - Metástases osteoblásticas; - Distúrbio de magnésio ; - Síndrome da fome óssea: após paratireoidectomia (hiperpara): hipocalcemia, hipocalciúria e hipofosfatemia por remineralização do esqueleto; 15 16 9 Neonatal ◼ Hipocalcemia neonatal pode resultar de prematuridade, asfixia ao nascimento, hipomagnesemia, diabetes melito materno, aporte dietético excessivo de fosfato (decorrente, por exemplo, da administração de leite de vaca, o que pode refletir uma inabilidade do rim imaturo para secretar fosfato) ◼ Filhos de mãe com hiperparatireoidismo (Ca elevado inibindo PTH da criança), diabéticas, prematuros (hipopara funcional); ◼ Infecção pelo HIV: hipocalcemia é 6X mais prevalente nesta população, conseqüente à antibióticos, antimicóticos, deficiência de vitamina D e hipomagnesemia; ◼ Pancreatite aguda: freqüente e preditor de mau prognóstico; ◼ Septicemia e queimaduras extensas: devido a hipomagnesemia e ações de citocinas inflamatórias nas paratireóides, rins e osso. 17 18 10 QUADRO CLÍNICO ◼ Sinais de irritabilidade neuromuscular – parestesia perioral e dos dedos, cãibras musculares, tetania; ◼ Casos graves: tetania espontânea: espasmo carpopedal, laringoespasmo e convulsões generalizadas; ◼ Fraqueza muscular; ◼ Insuficiência cardíaca, prolongamento do ST e QT, arritmias cardíacas, hipotensão; ◼ Hipocalcemia crônica leve a moderada: cãibras, catarata, pele seca, queda de cabelos, alterações dentárias; ◼ Sintomas extrapiramidais (calcificações dos gânglios da base); ◼ Em crianças: hipoplasia do esmalte dentário, defeitos da dentina, retardo da erupção dentária e até perda de todos os dentes; ◼ Os sintomas podem ser discretos e serem evidenciados em períodos de maior demanda: gestação, lactação, ciclo menstrual; 19 20 11 ◼ Tetania latente ➢ Sinal de Chvostek: percussão do nervo facial. Presente em 10 a 30% das pessoas normocalcêmicas; ➢ Sinal de Trousseau: pressão oclusiva por 3 minutos. Mais específico (1 a 4% indivíduos normais); 21 22 12 Diagnóstico clínico e laboratorial ◼ História e exame clínico; ◼ Hipocalcemia e hiperfosfatemia; ◼ Cálcio urinário baixo; ◼ Níveis séricos de PTH estão baixos (altos) ◼ Níveis séricos de 1,25 (OH)2 baixo; ◼ Dosar albumina e magnésio TRATAMENTO Crise aguda: ◼ 10-20 ml de Gluconato de cálcio a 10% lentamente. Não mantém o Ca normal por mais de 2 horas: iniciar infusão lenta e contínua de Ca (0,5-1,5 mg/kg/hora); ◼ Calcitriol 0,25 a 0,5 mcg/dia – efeito mais rápido; ◼ Corrigir hipomagnesemia se houver; 23 24 13 Tratamento da hipocalcemia crônica ◼ Cálcio + vitamina D; ◼ Aliviar os sintomas e manter Ca sérico em torno de 8,5 - 9,2 mg/dL. - Níveis mais altos: aumentam calciúria e o risco de nefrolitíase e nefrocalcinose; ◼ Reposição de cálcio: cálcio oral. - Carbonato de cálcio: menor custo e maior conteúdo de cálcio elementar (40%). Vitamina D e análogos ◼ Calcitriol ou 1,25-diidroxivitamina D. Maior rapidez de ação, meia vida curta (4 a 6 h), não requer hidroxilação hepática ou renal. Custo elevado. ◼ Vitamina D3 (Colecalciferol) ou Vitamina D2 (Ergocalciferol): custo mais baixo, necessita de metabolismo hepático e renal. Início e duração mais lentos. 25 26 14 Efeitos colaterais: ◼ Hipercalcemia e hipercalciúria – monitorizar no primeiro mês e depois a cada 3 a 6 meses; ◼ Intoxicação pela vitamina D: poliúria, polidipsia, constipação, anorexia; 27
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