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17/01/2013 1 ASPECTOS NEUROLÓGICOS DO MOVIMENTO HUMANO Prof. Everton Rocha Soares MOVIMENTOS COORDENADOS X MECANISMOS DE CONTROLE ORGANIZAÇÃO SISTEMA NERVOSO MOTRICIDADE SOMÁTICA SISTEMA MOTOR: todos os elementos (fibras musculares e neurônios) envolvidos com a motricidade (somática). As atividades motoras somáticas permitem ao organismo relacionar-se com o ambiente : a) Manter-se em posição, apesar da gravidade tender a aproximá-lo do chão b) Locomover-se c) Reagir a estímulos sensoriais específicos d) Manipular objetos e) Realizar comunicação (linguagem e expressão facial) Tipos de expressões motoras somáticas a) Reflexas (involuntárias) b) Voluntárias 17/01/2013 2 REFLEXO MIOTÁTICO ELEMENTOS DO SISTEMA MOTOR SOMÁTICOS EFETUADORES -Músculos esqueléticos que realizam a atividade ORDENADORES -Motoneurônios (da medula e do tronco encefálico) que comandam as fibras musculares CONTROLADORES -Cerebelo e núcleos da base que modulam a atividade motora PROGRAMADORES e INICIADORES -Áreas corticais motoras associativas e primária. SISTEMA VESTIBULAR: ouvido interno, sensível ao movimento da cabeça,equilíbrio durante o movimento Tronco cerebral Cérebro Cerebelo Manutenção da postura, tônus muscular e reflexos Coordenação Organização de movimentos complexos, armazenamento, Recepção sensorial Unidade motora: o neurônio e as fibras musculares por ele invervada. Um músculo é controlado por mais de um motoneurônio; possui várias unidades musculares. Unidade motora: uma unidade funcional onde há trocas de fatores tróficos. Quando um deles morre o outro sofre atrofia. 17/01/2013 3 Junção Neuromuscular (JNM) ou Placa Motora Terminal Características JNM 1- Células de Schwann; 2- ACh; 3-Membrana pré-sináptica; 4-Membrana pós-sináptica (receptores para ACh); 5-Microtúbulos transmissores de sinais elétricos. RELAÇÃO DE INERVAÇÃO Alta: PRECISÃO Poucas fibras musculares inervadas pelo mesmo neurônio Baixa: POTÊNCIA MECÂNICA muitas fibras musculares inervadas pelo mesmo neurônio JUNÇÃO NEUROMUSCULAR A sinapse neuromuscular ocorre na região do sarcolema denominada placa motora para onde os NT são liberados. Sinapse Nervo a Músculo (Junção Neuromuscular) Potencial Pós-sináptico Excitatório (PPSE) Potencial Pós-sináptico Inibitório (PPSI) Acetilcolina Contração Muscular (Kandel et al,1995) É o encontro de um neurônio motor com uma ou mais fibras musculares > Facilitação ↓Pot. membrana de repouso Inibição ↑ Pot. membrana de repouso Vs. CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS DA UNIDADE MOTORA A UM contém apenas um tipo específico de fibra muscular: tipo I ou II (ou uma de suas subdivisões) Características: 1. Característica de Contração 2. Característica de Tensão 3. Fatigabilidade 17/01/2013 4 As fibras musculares de uma unidade motora são todas do mesmo tipo mas ficam dispersas no músculo. Um músculo é formado de vários tipos de fibras musculares, portanto é controlado por mais de um motoneurônio. 1-CARACTERÍSTICAS DE CONTRAÇÃO Tipo I Tipo IIa Tipo IIb 1-CARACTERÍSTICAS DE CONTRAÇÃO 1-CARACTERÍSTICAS DE CONTRAÇÃO Estimulação < Freq. + prolongada 17/01/2013 5 A força de contração muscular varia de leve a máxima devido a dois mecanismos: (a) Somação de força = Maior frequência de descarga das unidades motoras recrutadas; (b) Gradação de Força = Maior número de unidades motoras recrutadas. 2-CARACTERÍSTICAS DE TENSÃO Somação da Força (a) Somação espacial = Aumento do recrutamento das unidades motoras; quando 2 ou mais entradas pré-sinápticas chegam a célula pós sináptica ao mesmo tempo. (b) Somação temporal = Aumento da frequência do estímulo; quando 2 ou mais entradas pré-sinápticas chegam a célula pós sináptica em rápida sucessão. Gradação de Força Quanto maior o número de UM estimuladas maior será a força desenvolvida. > Exigência de Força > tamanho motoneurônio recrutado Contração máxima T e n s ã o E s tí m u lo v o lt a g e m Estímulo para o nervo Limiar Proporção de fibras nervosas excitadas Gradação de Força Somação de Unidades Motoras Múltiplas → regulação da força requerida: Ativação Sincrônica (Força) Ativação Assincrônica (Recuperação) 17/01/2013 6 CONTRAÇÕES MUSCULARES DE FORÇA DIFERENTE Somação da Força Somação de múltiplas fibras Somação de frequência Tetanização Tetania - é a tensão máxima que uma UM pode desenvolver. A estimulação repetitiva da célula pré-sináptica faz com que a resposta da célula fique maior que a esperada. 17/01/2013 7 17/01/2013 8 17/01/2013 9 17/01/2013 10 RECEPTORES NOS MÚSCULOS, ARTICULAÇÕES E TENDÕES: OS PROPRIOCEPTORES Proprioceptores Órgãos sensoriais responsáveis pela condução das informações para o SNC a partir dos músculos, tendões, articulações e ligamentos; Cinestesia ou Sentido Cinestésico - reconhecimento consciente da posição de certas partes do corpo em relação a outras e ao meio ambiente, assim como da amplitude do movimento dos membros. Fuso Muscular Monitorar o alongamento ou estiramento do músculo ao qual estão inseridos Localizados nas fibras intrafusais - porção central não possui contratilidade, diferente de suas extremidades; Paralelas as fibras extrafusais ou regulares; Bainha de Tecido conjuntivo Fibras extrafusais Fibras intrafusais F. de cadeia nuclear F. em saco nuclear Neurônio Gama Alfa Placa motora terminal Terminação nervosa sensorial Terminação em fluorescência Terminação anuloespiral Fuso Muscular Responde à tensão dentro do tendão e a diminuí quando se tornar-se excessiva, protegendo o sistema muscular de uma possível lesão; Sistema Gama Neurônios motores gama inervam a parte contrátil do fuso muscular; Imprescindível na realização de movimentos regulares, voluntários e precisos; O sistema gama pode ativar os motoneurônios Alfa que inervam as fibras regulares. Órgãos Tendinosos de Golgi Localiza-se dentro dos tendões musculares; O neurônio sensitivo de um OTG faz sinapse com os motoneurônios alfa. Ativação dos músculos antagonistas; 17/01/2013 11 Orgãos Tendinosos De Golgi FLEXIBILIDADE FLEXIBILIDADE ? ALONGAMENTO “ Capacidade motora determinada pela genética e pelo meio ambiente. É expressa pela maior medida possível de movimento de um grupo músculo articular, sem provocar lesões.” ACHOUR, JR 1999 FLEXIBILIDADE ALONGAMENTO “É a amplitude máxima fisiológica passiva de um dado movimento articular” (Barros Neto & Ghoraveb, 1999; Araújo, 2000) “Exercício físico que tem por finalidade manter ou desenvolver a flexibilidade”. (ACHOUR, JR 1999) 17/01/2013 12 Melhora da Performance atlética Prevenção de lesões Melhoria da postura Alívio da dor após o Exercício Relaxamento Alívio da tensão muscular Benefícios da Flexibilidade IMPORTÂNCIA DA FLEXIBILIDADE A Flexibilidade pode acarretar em alguns benefícios, entre eles: Maior amplitude dos movimentos; Perfeito relaxamento dos antagonistas; A melhoria da técnica; Prevençãode lesões; Podemos citar ainda como importância da flexibilidade: a) Aperfeiçoamento motor b) Eficiência mecânica c) Profilaxia de lesões d) Expressividade e consciência corporal ALONGAMENTO Formas de Alongamento Soltura Balanceamento dos membros que, se realizados por outra pessoa, podem sofrer uma leve tração. Possui um efeito relaxador por desconectar as ligações de actina-miosina remanescentes ao facilitar o contato destas com moléculas de ATP e por provocar uma desativação do fuso muscular. A soltura propicia o relaxamento da musculatura na qual se observou uma contração residual. Normalmente é realizada durante a atividade, nos intervalos entre duas sequências ou exercícios. 17/01/2013 13 FLEXIBILIDADE MÉTODOS DE TREINAMENTO FLEXIBILIDADE Método Ativo ou Flexibilidade Dinâmica Método Passivo ou Flexibilidade Estática Utiliza-se posturas estáticas, foi inspirado na yoga e é 20% mais eficaz que o método ativo. Realizado através da execução de exercícios dinâmicos (balísticos). Aproveita a inércia do segmento corporal em movimento e forçar amplitudes maiores que as normais. Devido aos constantes estiramentos a que submete o músculo, a flexibilidade ativa os fusos musculares provocando contração muscular e tornando o trabalho mais difícil e doloroso. Método Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (FNP) Originários dos estudos de Kabat (1952), realizados inicialmente para fins terapêuticos, os princípios da FNP foram utilizados por Holtz (1967) para desenvolver o Scientífic Stretching for Sports (3S). -Scientific Stretching for Sports (3S) 1º – mobilização do segmento corporal até o seu limite de amplitude. 2º – realização de uma contração isométrica máxima durante 8 segundos. 3º – forçamento do movimento além do limite original, durante o relaxamento da musculatura do atleta após a contração. Este método utiliza-se da influência recíproca entre o fuso muscular e o órgão tendinoso de Golgi de um músculo entre si e com os do músculo antagonista para obter maiores amplitudes de movimento. Método Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (FNP) 17/01/2013 14 OBRIGADO!!!
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