Buscar

20 - TRAQUEOSTOMIA 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DEPARTAMENTO DA ÁREA DA SAÚDE 
CURSO DE ENFERMAGEM 
SEMIOTÉCNICA 
Página 1/5 
Bancada nº. 20 
Técnica TRAQUEOSTOMIA 
INTRODUÇÃO 
O termo traqueostomia refere-se à cirurgia realizada para fazer uma abertura na traquéia e criar uma 
comunicação da luz traqueal como exterior. 
O procedimento da traqueostomia é simples. O pescoço do paciente é limpo e coberto e logo são feitas incisões 
para expor os anéis cartilaginosos que formam a parede externa da traquéia. Posteriormente, o cirurgião corta 
dois desses anéis e insere uma cânula no orifício. 
 
 
 
 
O termo traqueostoma se aplica ao estoma cicatricial permanente obtido com a fixação da traquéia à pele. 
 
TIPOS 
Temporário: Percutâneas ou Cirúrgicas – com cânula 
Permanente: cirúrgicas – com ou sem cânula 
Podem ser: cânula de plástico descartável ou cânula traqueal metálica. 
 
A cânula traqueal metálica é um tubo cilíndrico curvo, de metal, usado para criar uma comunicação entre a luz 
traqueal e o exterior. As cânulas traqueais metálicas variam de acordo com seu diâmetro interno e ângulo de 
curvatura. É composta de três peças: 
1- Uma parte externa não removível, que fica presa por um cadarço no pescoço do paciente 
2- Uma parte interna, de diâmetro menor, chamada de endocânula ou cânula interna (subcânula) 
3- Um mandril que funciona como guia ou condutor na ocasião da introdução da cânula na traquéia, facilitando o 
acesso à luz traqueal. 
INDICAÇÕES 
 Obstrução das vias aéreas superiores: 
 Infecções 
 Queimaduras 
 Apnéia do sono 
 Disfunção laríngea 
 Manejo pós-operatório 
 Aspiração de corpos estranhos 
 Acidentes com substâncias corrosivas 
 Neoplasias de faringe, laringe, traquéia ou esôfago 
 Anomalias congênitas do trato respiratório superior 
 Traumas do esqueleto facial causando edema de laringe, de traquéia, língua ou faringe 
 Suporte ventilatório 
 Eliminação ineficaz de secreções das vias aéreas inferiores. 
 Problemas que alteram a ventilação pulmonar: 
 Estados comatosos 
 Intoxicação por barbitúricos 
 Paralisia diafragmática 
 DPOC 
 Eliminação Ineficaz de secreções das vias aéreas inferiores: 
 Idade avançada 
 Fraqueza 
 Afecções neuro-musculares 
 Pacientes que necessitam Suporte ventilatório prolongado 
COMPLICAÇÕES DE TRAQUEOSTOMIA 
 Complicações no P.O. imediato: 
Hemorragia 
Enfisema subcutâneo 
Obstrução da cânula 
Deslocamento da cânula 
Pneumotórax ou pneumomediastino 
 Complicações no P.O. tardio 
Infecção (51% dos casos) 
Granuloma 
Disfagia 
Estenose traqueal e subglótica 
Fístula traqueoesofágica 
Fístula faringocutânea 
Dificuldade de extubação 
FINALIDADE 
 Prevenir a infecção 
 Manter a área limpa 
 Manter a via aérea desobstruída 
 Verificar condições do estoma 
 Diminuição do calibre para “desmame” 
MATERIAL 
 Pacote de curativo 
 Conjunto de cânula de traqueostomia 
 Lâmina de bisturi 
 Dois pares de luvas 
 Gases estéreis 
 Cadarço 
 Solução anti-séptica 
 Solução fisiológica 
 Água oxigenada 
 Saco plástico pequeno (lixo) 
 Cuba rim ou redonda estéril (caso não tenha a cânula interna para trocar) 
 Forro 
 Máscara e Óculos 
 Material para aspiração traqueal (se necessário) 
 Biombo 
TÉCNICA TROCA DO CONJUNTO METÁLICO DA TQT 
Ação Justificativa 
1. Verificar prontuário  Certificar-se quanto ao tipo e tamanho da cânula 
traqueal 
2. Analisar paciente: confirmar o tipo de 
traqueóstomo. 
 Tipo de cânula traqueal 
3. Lavar as mãos  Prevenir infecção 
4. Encaminha-se ao leito do paciente, deposita a 
bandeja sobre a mesa de cabeceira 
 
5. Explicar ao paciente o que será feito.  
6. Analisar o ambiente: cama com acesso a 
oxigênio, vácuo e ar comprimido, conexões 
instaladas e prontas para ser usado 
 
7. Fechar portas, janelas e colocar biombo (SN).  
8. Calça a luva e realiza a limpeza da mesa de 
alimentação, parte inferior da bandeja, passa 
para a mesa de alimentação e limpe manivela da 
cama 
 
9. Retira as luvas  
10. Preparar o cadarço para fixação  Mensurar da comissura labial até a região occipital 
multiplicar por 3 
11. Colocar o EPI (máscara, luva de procedimento e 
óculos de proteção) 
 Prevenir infecção do paciente e do profissional 
12. Posicionar o paciente em decúbito fowler a 45º,  Promover conforto e segurança 
13. Retirar travesseiros e proteger tórax com forro 
ou toalha 
 
14. Realizar a ausculta pulmonar  Verificar presença de secreções 
15. Aspirar se necessário, retirar as luvas, lavar as 
mãos e colocar nova luva 
 Remover as secreções presentes. Se houver a 
aspiração trocar as luvas. 
16. Abrir pacote de curativo com técnica asséptica  Prevenir infecção 
17. Dispor gaze e o conjunto da cânula dentro do 
pacote 
 Manter técnica asséptica 
18. Testar o conjunto de traqueóstomo (números 
iguais do guia, cânulas interna e externa) 
 Verificar as numerações compatíveis: guia, cânulas 
interna e externa 
19. Remover o curativo antigo com auxílio da pinça 
dente de rato 
 Desprezar o conteúdo no saco de lixo 
20. Desprezar a pinça dente de rato na extremidade 
do campo 
 Manter o campo interno estéril 
21. Montar pinça Kelly com gaze, auxiliada com a 
pinça anatômica 
 Fazer um chumaço com a gaze para ser utilizada 
posteriormente na limpeza 
22. Umedecer com soro fisiológico 0,9% e limpar a 
região Peri - estoma e secar logo em seguida 
 Seguir a técnica do “mais limpo” para o “mais sujo” 
utilizando as duas faces da gaze. Seqüência: 
 Superior – de fora para dentro - distal para proximal 
 Lateral distal – de fora para dentro – cima para baixo 
 Lateral proximal – de fora para dentro – cima para 
baixo 
 Inferior – de fora para dentro – distal para proximal 
23. Passar anti-séptico na região Peri-estoma e 
secar logo em seguida 
 Na mesma seqüência da limpeza 
24. Desamarrar o cadarço distal  
25. Retirar todo o conjunto da cânula com giro de 
90º e colocá-lo sobre a borda contaminada do 
campo (distal) 
 
26. Verificar a condição do estoma  Verificar presença de eritema, edema, pus ou 
sangramento 
27. Pegar o conjunto da cânula estéril pelas laterais 
(montado a externa com mandril) sem tocar no 
tubo e introduzi-lo lentamente pelo orifício da 
traqueostomia, girando-o 90º, sem forçar 
 Manter a técnica asséptica. 
 Introduzir a cânula confortavelmente na traquéia do 
paciente. 
28. Segurar a cânula externa e retirar o mandril 
imediatamente após a introdução da cânula 
 Permitir a respiração do paciente 
29. Amarrar o cadarço, distal e proximal  Apertar o bastante para manter o tubo fixo, mas 
frouxa o suficiente para permitir a passagem de dois 
dedos entre as fitas e o pescoço, para não apertar 
as veias jugulares 
30. Adaptar a cânula interna com auxílio da pinça 
anatômica ou com as mãos, não tocando na 
parte interna da cânula 
 
31. Com auxílio das pinças kelly e anatômica, 
adaptar a gaze dobrada sob a cânula 
 
32. Trocar luva de procedimento se houver sujidade 
na luva 
 
33. Realizar nova ausculta pulmonar  
34. Aspirar se necessário  
35. Deixar o paciente confortavelmente  
36. Recompor a unidade e recolher o material  
37. limpar as mesas utilizadas  
38. Retirar as luvas e lavar as mãos  
39. Anotar no prontuário o procedimento  
TÉCNICA - Limpeza da cânula interna e troca do curativo 
Ação Justificativa 
1. Verificar prontuário  Certificar-se quanto ao tipo e tamanho da cânula 
traqueal 
2. Analisar paciente: confirmar o tipo de 
traqueóstomo. 
 Tipo de cânula traqueal 
3. Lavar as mãos  Prevenir infecção 
4. Encaminha-se ao leito do paciente, deposita a 
bandeja sobre a mesa decabeceira 
 
5. Explicar ao paciente o que será feito.  
6. Analisar o ambiente: cama com acesso a 
oxigênio, vácuo e ar comprimido, conexões 
instaladas e prontas para ser usado 
 
7. Fechar portas, janelas e colocar biombo (SN).  
8. Calça a luva e realiza a limpeza da mesa de 
alimentação, parte inferior da bandeja, passa 
para a mesa de alimentação e limpe manivela da 
cama 
 
9. Retira as luvas  
10. Preparar o cadarço para fixação  Mensurar da comissura labial até a região occipital 
multiplicar por 3 
11. Colocar o EPI (máscara, luva de procedimento e 
óculos de proteção) 
 Prevenir infecção do paciente e do profissional 
12. Posicionar o paciente em decúbito fowler a 45º,  Promover conforto e segurança 
13. Retirar travesseiros e proteger tórax com forro 
ou toalha 
 
14. Realizar a ausculta pulmonar  Verificar presença de secreções 
15. Aspirar se necessário, retirar as luvas, lavar as 
mãos e colocar nova luva 
 Remover as secreções presentes. Se houver a 
aspiração trocar as luvas. 
16. Abrir pacote de curativo com técnica asséptica  Prevenir infecção 
17. Acrescentar gaze suficiente no campo  
18. Abrir uma cuba estéril e acrescentar água 
oxigenada 
 Caso não tenha outra endocanula estéril 
19. Remover o curativo antigo com auxílio da pinça 
dente de rato 
 Desprezar o conteúdo no saco de lixo 
20. Retirar a cânula interna com a pinça dente de 
rato, ou então com a mão enluvada, pinçando a 
parte externa da cânula e colocar imergindo na 
água oxigenada 
 Remoção de secreções aderidas (possível 
formação de rolha) na extensão da cânula. 
 
19. Trocar a luva de procedimento se a endocânula 
for retirada com a luva. 
 
20. Desprezar a pinça dente de rato na extremidade 
do campo 
 Manter o campo interno estéril 
21. Montar pinça Kelly com gaze, auxiliada com a 
pinça anatômica 
 Fazer um chumaço com a gaze para ser utilizada 
posteriormente na limpeza 
22. Umedecer com soro fisiológico e limpar a região 
Peri – estoma e secar logo em seguida 
 Seguir a técnica do “mais limpo” para o “mais sujo” 
utilizando as duas faces da gaze. Seqüência: 
 Superior – de fora para dentro - distal para proximal 
 Lateral distal – de fora para dentro – cima para baixo 
 Lateral proximal – de fora para dentro – cima para 
baixo 
 Inferior – de fora para dentro – distal para proximal 
23. Passar anti-séptico na região Peri-estoma e 
secar logo em seguida 
 
24. Desamarrar o cadarço distal 
25. Retirar o cadarço e imediatamente fixar o novo 
do mesmo lado 
 Garante a segurança de manter a cânula fixa, 
evitando a retirada acidental 
26. Retirar o cadarço proximal e fixar o novo do 
mesmo lado 
 
27. Com auxílio das pinças kelly e anatômica, 
adaptar a gaze dobrada sob a cânula 
 
28. Introduzir outra cânula interna estéril  Caso não tenha a cânula interna estéril, higienizá-
la em solução de água oxigenada, enxaguar com 
soro fisiológico 0,9% com auxílio de uma gaze, 
observando retirada de toda secreção. Seca-la e 
recoloca-la no conjunto 
29. Realizar nova ausculta pulmonar 
30. Realizar aspiração traqueal se necessário 
30. Deixar o paciente confortavelmente 
31. Recompor a unidade e recolher o material 
32. Fazer a limpeza das mesas utilizadas 
31. Retirar as luvas e lavar as mãos 
33. Anotar no prontuário o procedimento feito 
OBSERVAÇÃO 
 Desmame da cânula significa realizar a troca do conjunto de cânula para a numeração menor, de acordo com 
a prescrição médica. 
 A primeira troca da cânula descartável para o conjunto de cânula metálica é realizada pelo médico (72 horas 
a cinco dias, seguindo a recomendação da CCIH). 
 Não deve encharcar a gaze com soro fisiológico na limpeza, para não possibilitar a “entrada” acidental do 
soro na traquéia. 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
 
POTTER, Patrícia A.; PERRY, Anne G. Fundamentos de Enfermagem. Tradução: Ritomy et al. 8ª Edição. Rio 
de Janeiro: Elsevier, 2013. 
 
TIMBY, Bárbara K. Conceitos e habilidades fundamentais no atendimento de enfermagem. Tradução: 
UNICOVSKY, Margarita Ana Rubin. 10ª edição. Porto Alegre: Artmed, 2014. 
 
Elaborado por 
Profa. Denise, Profa. Flávia, Profa. Lígia, Profa. Maria do Carmo e 
Profa. Marieta 
Data da Criação 2002 
Revisado por 
 
Professores: Carla Oliveira, Luciana Cariri, Fabiana 
Brito, Larissa Almeida, Raquel Araújo, Janile 
Bernardo, Nathalia Vasconcelos, Lenilson Trindade 
 
 
Data da última 
Revisão 05/2016

Continue navegando