Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP FRANCISCO ERLANDIO S DE SOUZA FRANCIMARA GALVAO DE LIMA JOAO LUCAS FERREIRA CAMARGO JOSE G MORENO MARTINIANO FILHO NAIANNY PEREIRA MARTINS NATALIA CRISTINA DA S NEVES VERIANE DA SILVA SERRAO ANÁLISE DE HEMOGRAMA MANAUS 2019 2 UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP FRANCISCO ERLANDIO S DE SOUZA FRANCIMARA GALVAO DE LIMA JOAO LUCAS FERREIRA CAMARGO JOSE G MORENO MARTINIANO FILHO NAIANNY PEREIRA MARTINS NATALIA CRISTINA DA S NEVES VERIANE DA SILVA SERRAO ANÁLISE DE HEMOGRAMA Trabalho apresentado para obtenção de nota na disciplina atividades práticas supervisionadas APS curso de graduação em Biomedicina apresentado à Universidade Paulista – UNIP. Professora: Leila Fabar MANAUS 2019 3 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Resultados referidos no exame quantitativo com os valores de referência para eritrograma ....................................................................................... 11 Tabela 2: Resultados referidos no exame quantitativo com os valores de referência para leucograma....................................................................................... 13 Tabela 3: Resultados referidos no exame quantitativo com os valores de referência para plaquetograma ................................................................................. 16 4 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 5 2. ANÁLISE QUE COMPOEM O HEMOGRAMA ................................................. 6 2.1 Glóbulos vermelhos ................................................................................... 6 2.2 Glóbulos brancos ....................................................................................... 6 2.3 Plaquetas .................................................................................................. 7 3. ANÁLISE DA SÉRIE VERMELHA (ERITRÓCITOS) ........................................ 8 4. HEMOGRAMA ........................................................................................... 10 5.ANÁLISE QUANTITATIVA DOS RESULTADOS REFERIDOS NO EXAME, COMPARANDO-O COM OS VALORES DE REFERÊNCIA PARA ERITROGRAMA ... 11 6.ANÁLISE DA SERIE BRANCA (LEUCOCITOS) ......................................... 12 7.ANÁLISE QUANTITATIVA DOS RESULTADOS REFERIDOS NO EXAME, COMPARANDO-O COM OS VALORES DE REFERÊNCIA PARA LEUCOGRAMA ..... 13 8. ANÁLISE DE PLAQUETAS ........................................................................... 14 8.2 Análise das plaquetas .......................................................................... 14 9 ANÁLISE QUANTITATIVA DOS RESULTADOS REFERIDOS NO EXAME, COMPARANDO-O COM OS VALORES DE REFERÊNCIA PARA PLAQUETOGRAMA16 Tabela 3: Resultados referidos no exame quantitativo com os valores de referência para plaquetograma ...................................................................................................... 16 9.1 Resultados............................................................................................... 16 CONCLUSÃO .................................................................................................... 17 REFERÊNCIAS ................................................................................................. 18 5 1. INTRODUÇÃO O hemograma é o nome dado ao conjunto de avaliações das células do sangue que, reunido aos dados clínicos, permite conclusões diagnósticas e prognósticas de grande número de patologias. A introdução do hemograma na prática médica ocorreu em 1925 por meio de critérios estabelecidos pelo médico e farmacêutico alemão V.Schilling. Entre todos os exames laboratoriais atualmente solicitados por médicos de todas as especialidades, o hemograma é o mais requerido. Por essa razão reveste- se de grande importância no conjunto de dados que devem ser considerados para o diagnóstico médico, não se admitindo erros ou conclusões duvidosas. 6 2. ANÁLISE QUE COMPOEM O HEMOGRAMA O hemograma é composto por três determinações básicas que incluem as avaliações dos eritrócitos (ou série vermelha), dos leucócitos ou série branca e das plaquetas (ou série plaquetárias). 2.1 Glóbulos vermelhos Os glóbulos vermelhos (também chamados eritrócitos) compõem cerca de 40% do volume do sangue. Os glóbulos vermelhos contêm hemoglobina, uma proteína que confere a cor vermelha ao sangue e que permite a este transportar oxigênio dos pulmões a todos os tecidos corporais. Oxigênio é utilizado pelas células na produção da energia de que o corpo necessita, o que origina dióxido de carbono como produto residual. Os glóbulos vermelhos transportam o dióxido de carbono dos tecidos de volta para os pulmões. Quando o número de glóbulos vermelhos é demasiadamente baixo (anemia), o sangue transporta menos oxigênio, provocando fadiga e fraqueza. Quando o número de glóbulos vermelhos é elevado demais (eritrócitos, como na policitemia vera), o sangue pode se tornar muito espesso, fazendo com que a sua coagulação aconteça mais facilmente e elevando o risco de infartos do miocárdio e acidentes vasculares cerebrais. (NAOUM,2013, p.01). 2.2 Glóbulos brancos Os glóbulos brancos (também denominados leucócitos) existem em menor quantidade do que os glóbulos vermelhos, numa proporção aproximada de um glóbulo branco para cada 600 a 700 glóbulos vermelhos. Os glóbulos brancos são responsáveis, sobretudo, pela defesa do corpo contra infecções. Existem cinco tipos principais de glóbulos brancos. (NAOUM,2013, p.06). ● Neutrófilos ● Linfócitos ● Monócitos ● Eosinófilos ● Basófilos 7 2.3 Plaquetas As plaquetas (também chamadas trombóticos) são partículas semelhantes a células, menores dos que os glóbulos vermelhos ou brancos. As plaquetas existem em menor número do que os glóbulos vermelhos, numa proporção de cerca de uma plaqueta para cada vinte glóbulos vermelhos. As plaquetas atuam no processo de coagulação reunindo-se no local da hemorragia e se aglutinando, de maneira a formar um tampão que ajuda a vedar o vaso sanguíneo. Ao mesmo tempo, elas liberam substâncias que favorecem a coagulação. Quando a quantidade de plaquetas é demasiadamente baixa (trombocitopenia), hematomas e hemorragias anormais se tornam mais prováveis. Quando a quantidade de plaquetas é demasiadamente elevada (trombocitemia), o sangue pode coagular de maneira excessiva causando um ataque isquêmico transitório. Quando a quantidade de plaquetas é extremamente elevada, elas podem absorver as proteínas de coagulação e, paradoxalmente, causar hemorragias. (GONÇALVES,1999, p.93). 8 3. ANÁLISE DA SÉRIE VERMELHA (ERITRÓCITOS) É constituída pelas seguintes determinações básicas: Contagem de Eritrócitos (CE): Determina o número de hemácias no sangue; usada no diagnóstico e na monitoração de distúrbios que afetam as hemácias. Dosagem da Hemoglobina (Hb): esse exame mede a quantidade de hemoglobina, uma proteína das hemácias, em uma amostra de sangue, o que indica a capacidade do sangue de transportar oxigênio para os tecidos. Quando a hemoglobina está baixa, a pessoa está com anemia, estado em que o corpo não recebe oxigênio suficiente, o que causa fadiga e fraqueza. Hematócrito (Ht): é um índice expresso em porcentagem representando qual parcela do volume total do plasma é composto somente pelas hemácias. Volume Corpuscular Médio (VCM): indica a média do tamanho das hemácias. Saber a quantidade de VCM é particularmente importante para auxiliar o diagnóstico da anemia e para fazer o acompanhamento do doente após o início do tratamento. Hemoglobina Corpuscular Média (HCM): este parâmetro do exame de sangue mede tamanho e a coloração da hemoglobina dentro da célula sanguínea. O HCM, assim como o VCM são pedidos num hemograma a fim de identificar o tipo de anemia que a pessoa possui, hipercrômica, normocrômica ou hipercrômica. Concentração da Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM): os valores de CHCM servem para verificar a quantidade de hemoglobina presente nas hemácias. E através desse índice que se conta e se avalia as características dos glóbulos vermelhos. Quando o valor de CHCM está alto, os eritrócitos são mais escuros. Se a pessoa estiver com anemia, ela é chamada hipercrômica. Por outro lado, se a CHCM estiver baixa, as hemácias estão mais claras e a anemia é denominada hipocrômica. Quando os valores de CHCM estão dentro do normal, a coloração dos glóbulos vermelhos é considerada normal. Logo, em caso de anemia, ela é classificada como normocrômica. Red Cell Distribution Wirth (RDW): o que em português significa Amplitude de Distribuição dos Glóbulos Vermelhos, e que avalia a variação de tamanho entre as hemácias, sendo essa variação denominada anisocitose Dessa forma, 9 quando o valor está elevado no hemograma significa que os glóbulos vermelhos têm um tamanho superior ao normal. (GONÇALVES,1999, p.73). 10 4. HEMOGRAMA 11 5.ANÁLISE QUANTITATIVA DOS RESULTADOS REFERIDOS NO EXAME, COMPARANDO-O COM OS VALORES DE REFERÊNCIA PARA ERITROGRAMA Tabela 1 - Resultados referidos no exame quantitativo com os valores de referência para eritrograma ERITROGRAMA PACIENTE VALORES DE REFERENCIA HEMACIAS 3,53 MILHOES ( mm ) 4.2 a 6.1 milhoes (mm) HEMOGLOBINA 10,7 g/dL 12,0 a 16,0 g/dL HEMATOCRITO 32,8 % 37 a 47,0 % M.C.V 92,9 fl 81 a 99,0 fL M.C.H 30,3 pg 27 a 31,0 pg M.C.H.C 32,6 g/dL 33 a 37,0 g/dL R.D.W 14,1 % 11,5 a 14,5% Fonte: próprio autor, 2019 12 6.ANÁLISE DA SERIE BRANCA (LEUCOCITOS) Essa análise é também conhecida por leucograma e avalia as contagens total e diferencial (valores relativo e absoluto) dos leucócitos, bem como a morfologia dos neutrófilos, linfócitos e monócitos, principalmente. Os neutrófilos são o tipo mais numeroso, e servem para ajudar a proteger o corpo contra infecções, seja matando e ingerindo bactérias e fungos ou ingerindo resíduos estranhos, A redução do número de neutrófilos, associada a um aumento de bastonetes indica uma inflamação grave e neutrófilos altos é causado por alguma infecção no corpo Os linfócitos consistem em três tipos principais: As células T (linfócitos T) e as células natural killer, que ajudam na defesa contra infecções virais e que também podem detectar e destruir algumas células cancerosas, e as células B (linfócitos B), que se transformam em células que produzem anticorpos. Os monócitos ingerem as células mortas ou danificadas e ajudam na defesa contra muitos organismos infecciosos. Os eosinófilos matam parasitas, destroem células cancerosas e estão envolvidos nas reações alérgicas, eosinófilos altos são causados por alergias e verminoses Os basófilos também participam das reações alérgicas. 13 7.ANÁLISE QUANTITATIVA DOS RESULTADOS REFERIDOS NO EXAME, COMPARANDO-O COM OS VALORES DE REFERÊNCIA PARA LEUCOGRAMA Tabela 2: Resultados referidos no exame quantitativo com os valores de referência para leucograma LEUCOGRAMA PACIENTE VALORES DE REFERENCIA Leucócitos 9640/mm 4.000 a 10.800/mm Neutrófilos 60,3% 6.418,0/mm 42,0 % a 75,2 % Eosinófilos 0,8% 158,0/mm 0,0 % a 8,0 % Basófilos 0,1% 65,0/mm 0,0 % a 3,0 % Linfócitos 31,3% 1.938,0/mm 20,0 % a 51,1 % Linf. Atípicos 0,0% 0/mm 0 % Monócitos 7,5% 736,0/mm 1,70 % a 9,30 % Fonte: próprio autor, 2019 14 8. ANÁLISE DE PLAQUETAS As plaquetas são também produzidas na medula óssea e derivam da fragmentação do citoplasma dos megacariócitos. Tem forma discoide, são enucleares e estão presentes no sangue em quantidades variáveis entre 140 e 450 x 103 /mm3. Seu tempo de vida média é variável entre nove e doze dias. A atuação fisiológica das plaquetas é fundamental no processo inicial da hemostasia, promovendo a agregação dessas células e a adesividade delas com as células endoteliais próximas às lesões. Durante essas atividades hemostáticas, as plaquetas funcionam como tampões e promovem o desencadeamento da coagulação sanguínea. Por essas razões a contagem total de plaquetas e a análise da sua morfologia são muito importantes. 8.2 Análise das plaquetas Consiste em quatro índices plaquetárias, além da contagem de plaquetas. Estes índices são PCT – plaquetócrito, PDW – Amplitude de variação do tamanho das plaquetas, MPV – volume plaquetárias médio e P-LCR – percentual de plaquetas grandes (com volume maior que 12 fL) MPV - É uma medida do tamanho médio das plaquetas. Plaquetas novas são maiores, e um aumento do MPV ocorre quando aumenta a produção de plaquetas. O MPV dá ao médico uma indicação da produção de plaquetas na medula óssea. Esse parâmetro representa um importante marcador para a atividade e função plaquetárias, sendo muito importante na avaliação de diversas desordens clínicas de origem hematológica ou não, tais como diabetes mellitus, infarto agudo do miocárdio, leucemia linfoide aguda, leucemia mieloide aguda, entre outras doenças onco-hematológicas, bem como na avaliação da resposta medular. PCT - Representa o equivalente ao hematócrito para as plaquetas e corresponde ao volume total de plaquetas num determinado volume de sangue e está diretamente relacionado com a contagem de plaquetas e com seu volume. 15 PDW - É um análogo do RDW, e mede a anisocitose plaquetárias. Pode ser utilizado também para distinguir uma trombocitopenia por destruição (PDW aumentado) de uma situação de diminuição de produção (PDW normal ou diminuído). Um PDW aumentado reflete uma maior variedade da população plaquetárias, o que acontece em situações como ativação plaquetárias na trombose e produção de plaquetas devido ao consumo. Embora não seja específico, quando associado a outros parâmetros pode trazer sugestões diagnósticas importantes. 16 9 ANÁLISE QUANTITATIVA DOS RESULTADOS REFERIDOS NO EXAME, COMPARANDO-O COM OS VALORES DE REFERÊNCIA PARA PLAQUETOGRAMA Tabela 3: Resultados referidos no exame quantitativo com os valores de referência para plaquetograma Fonte: próprio autor, 2019 9.1 Resultados Ao observar o resultado do hemograma relacionada ao presente trabalho verificou-se que houve variação nos valores de hemácias, a hemoglobina, hematócrito e de CHCM, sendo a alteração dos valores abaixo do valor padrão. As hemácias, a hemoglobina, o hematócrito e o CHCM baixos sugerem o diagnósticos de anemia, neste caso anemia normocitica, porque o VCM está dentro do valor padrão e normocrômica por o HCMestá com valor considerado normal. A alteração no valor CHCM indica hipocromia, que e uma doença na qual os glóbulos vermelhos contem menos hemoglobinas e caracteriza a diminuição da pigmentação da pele. Diagnosticado neste caso a Talessemia beta maior, que e uma doença hereditária resultante de um defeito genético na síntese de um ou mais cadeias globínicas da hemoglobina PLAQUETOGRAMA PACIENTE VALORES DE REFERENCIA Plaquetas contagem 296000 mm3 130.000 a 400.000 mm M.P.V 8,4 fL 7,40 a 10,4 fL P.C.T 0,2% 0,13 a 0,41% P.D.W 19,8 16,3 - 17,9% 17 CONCLUSÃO Neste trabalho abordamos a análise de um hemograma, que possibilita a descoberta de vários tipos de complicações como: anemia, doenças autoimunes e leucemia, é muito solicitado pois mede a saúde geral do paciente. O diagnóstico vai além do que apenas avaliar os valores do eritrograma, leucograma e plaquetograma, também se correlaciona com possíveis sintomas apresentados, o resultado de outros exames se solicitados e o histórico do paciente. Após concluirmos que os valores de hemácias, hemoglobina, hematócrito e CHCM foram abaixo do valor padrão, obtemos a conclusão que o paciente está com Talessemia beta maior, que é uma anemia severa e hereditária, há tratamento medicamentoso e de transfusão, podendo assim com os cuidados necessários levar uma vida normal e até atingir a fase adulta. 18 REFERÊNCIAS Bain B.J.: Células Sanguíneas :2ª edição: Artes Medicas. Porto Alegre,1997. Hoffbrand AV, Petit JE: Hematologia Clinica Ilustrada: Editora Manole Ltda. São Paulo, 1988. Hoffbrand AV, Petit JE, Moss PAH – Essential haematology. 4th edition, Blackwell Science, Oxford, 2002. Lorenzi TF et al – Manual de Hematologia. Propedêutica e clínica. 3ª edição, Editora Médica Científica, São Paulo, 2003. Mcdonald GA, Paul J, Cruickshank B – Atlas de hematologia. Ed. Médica Panamericana, Madrid, 1995. Naoum PC, Naoum FA – Hematologia Laboratorial. Eritrócitos. Editora Academia de Ciência e Tecnologia, S.J. Rio Preto, 2005. Naoum FA, Naoum PC – Hematologia Laboratorial. Leucócitos. Editora Academia de Ciência e Tecnologia, S.J. Rio Preto, 2006.
Compartilhar