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AÇÃO ANULATÓRIA DE NEGÓCIO JURÍDICO POR ESTADO DE PERIGO AO DOUTOR JUIZ DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE FLORIANOPOLIS - SC Ana, casada, portadora do CPF xxxxxx-xx, RG xxxxxxxxx-x domiciliada na casa S/N, rua Maldivas, por seu advogado devidamente constituído, com escritório situado nesta cidade, à rua Alecrim, onde recebe intimações e avisos, com base legal nos arts. 156 e 171, II do Código Civil e sob o procedimento comum (CPC, art. 318), ajuizar a presente. AÇÃO ANULATÓRIA DE NEGÓCIO JURÍDICO Contra Gabriela, tendo em vista as seguintes razões de fato e de direito: DOS FATOS Ana, brasileira, casada. Foi surpreendida com uma situação emergencial de saúde de seu esposo em que o mesmo precisaria de uma angioplastia de emergência. Consultando o plano observou-se que não teria a cobertura total do procedimento. Temendo a saúde do marido a autora conversa com sua amiga de trabalho Gabriela sobre uma provável venda de seu veículo avaliado no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais), porém o custo sobre a cirurgia seria de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais). Gabriela viu que a amiga colocou em um site anunciando seu carro no valor de R$ 45.000,00 a mesma então solicita objetivando ajudar a amiga e conseguir um carro com o custo abaixo do mercado, comprar o veículo. Então realizado o negócio jurídico naquela data, juntamente com a entrega do bem. Ana recebe a ligação do plano afirmando que havia um erro e que o seu esposo, seu Antônio fazia parte da categoria GOLD e estaria comtemplado o pagamento do dispositivo. É evidente que a obrigação assumida pelo suplicante em situação de desespero é excessivamente onerosa para si, já que a mesma estava em constante estado de perigo a seu familiar, levando-a à presente ação. DO DIREITO A luz da lei o art. 156 do Código Civil configura-se estado de perigo, quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecimento pela outra parte, assume obrigação onerosa. No fato relatado acima pelo autor o estado de perigo subtende-se e é abordado no artigo onde a mesma por insuficiência e medo de perder o marido encontra-se inválida pondo a venda do próprio veículo para pagamento da cirurgia do mesmo. Gabriela agiu de má fé pois de acordo com o artigo 5 do NCPC relata que aquele que de qualquer forma participar do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé. Logo, há medidas cabíveis na má fé da parte contrária tendo em vista que a mesma se aproveitou do valor exorbitantemente baixo, não sendo visto como ajuda a autora. Houve motivo justo e suficiente para que se declare a anulação do negócio jurídico que ocorreu entre as partes em data de Gabriela, que se impõe contrária a aceitação das condições impostas pela autora. O art. 171 do Código Civil destaca além dos casos declarados na lei, é anulável o negócio jurídico... III - por vício resultante de erro, coação, estado de perigo, lesão. Já se decidiu que: AÇÃO DE COBRANÇA -PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS HOSPITALARES - PAGAMENTO - ESTADO DE NECESSIDADE - VÍCIO NA MANIFESTAÇÃO DE VONTADE - INVALIDAÇÃO DO NEGÓCIO. Caracteriza estado de perigo invalidado do negócio jurídico o comportamento de paciente, ou pessoa da família, que assume obrigação onerosa perante entidade hospitalar em situação de grave enfermidade, tornando de nenhum valor o termo de responsabilidade assinado pela parte por vício resultante do erro contra a seguradora de saúde. DO PEDIDO Em observância ao fato avaliado nos autos propõe-se a presente ação que mesma haverá de ser julgada como procedente, de modo a ser decretada anulação do negócio jurídico mencionado, voltando-se as partes ao estado anterior, condenando-se o requerido nos efeitos sucumbenciais. Dá-se à causa o valor de R$ 45.000,00 objetivando o ressarcimento do valor a parte contrária e a entrega do veículo. Pede deferimento (Florianópolis, SC) Erika Ferreira OAB XXX/XX
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