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Reclamatória Trabalhista com Rescisão Indireta

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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DA ___ VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE OSASCO – SP.
EMPREGADO A, brasileiro, xxxxxxx, metalúrgico, devidamente inscrito no RG sob nº xxx.xxx.xxx-xx, e no CPF sob nº xxx.xxx.xxx-xx com domicílio à Rua xxxxxxxxxxxxx, nº xxxx, Município de xxxxxxxxx – xx, por seu advogado que assina digitalmente, devidamente constituído por instrumento particular de procuração em anexo, vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com base nos artigos 29; 59; 223-C da CLT; 483 “d” da CLT; e artigo. 5º, incisos, III, V e X da CF/88, interpor a presente RECLAMAÇÃO TRABALHISTA COM PEDIDO DE RESCISÃO INDIRETA, em face de EMPRESA B, pessoa jurídica de direito privado, devidamente inscrita no CNPJ sob nº xxxxxxxxxxxxx, com sede à Rua xxxxxxxxxx, nº xxxx, no município de OSASCO - SP, o que faz pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos:
DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
Cumpre salientar que a Requerente não possui condições financeiras de arcar com custas processuais e honorárias advocatícias, sem prejuízo ao seu próprio sustento e de sua família, requerendo desde já os benefícios da justiça gratuita, nos termos do artigo 4º da Lei 1.060/50, com redação introduzida pela Lei 7.510/86.
DOS FATOS
O autor desta ação fora demitido no dia 11 de agosto de 2015 na Empresa B, porém este foi registrado apenas no dia 01 de dezembro de 2015; fato ilegal, conforme o Artigo 29 da CLT.
O reclamante, exercia suas funções durante 6 (seis) dias da semana, de segunda a sábado, no período das 08:00 AM às 18:00 PM com o período de uma hora de intervalo, sendo assim, exercia 1 (uma) hora extra por dia, sendo assim, o empregador (na persona da Empresa B) seria obrigado a pagar pelas horas extras trabalhadas, conforme o artigo 59 da CLT.
Tendo em vista que o empregador não cumpriu com suas pertinentes obrigações, ocorre a rescisão indireta do contrato de trabalho, prevista no artigo 483 da CLT, é uma modalidade de rescisão caracterizada pela falta grave que o empregador comete com o funcionário. 
Ademais, o autor desta ação possui direito para que haja ressarcimento c/c danos morais praticados pelo empregador contra o empregado, conforme será explicitado.
 
DO DIREITO
Conforme o artigo 29 da CLT (Lei nº 7.855/89), expresso à seguir, o empregador possui o prazo de até 48 Horas para admissão ser anotada na carteira de trabalho do funcionário. 
Art. 29 - A Carteira de Trabalho e Previdência Social será obrigatoriamente apresentada, contra recibo, pelo trabalhador ao empregador que o admitir, o qual terá o prazo de quarenta e oito horas para nela anotar, especificamente, a data de admissão, a remuneração e as condições especiais, se houver, sendo facultada a adoção de sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho. (Redação dada pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989).
É clara a violação de lei expressa, visto que o registro fora feito com mais de 3 (três) meses após a admissão real.
Sobre a jornada de trabalho do reclamante, como citado, era das 08:00 AM até às 18:00 PM, com duração de 1 hora de intervalo, o que deixa explícito que este realizada 01 (uma) hora extra todos os dias. No artigo 59 da mesma lei expressa anterior, fica cristalino o dever do empregador em realizar o pagamento destas, o que não fora feito enquanto meu cliente era seu funcionário.
Art. 59. A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número não excedente de duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017).
§ 1º - Do acordo ou do contrato coletivo de trabalho deverá constar, obrigatoriamente, a importância da remuneração da hora suplementar, que será, pelo menos, 20% (vinte por cento) superior à da hora normal. (Vide CF, art. 7º inciso XVI).
Com o não cumprimento de obrigações explicitadas na Lei nº 7.855/89, fica transparente que o empregador não cumpriu com as obrigações devidas e dispostas nesta, vide as situações explicitadas acima, deste modo, o artigo 483, alínea “d”, da CLT, como vemos abaixo, explícita o direito do reclamante de rescindir o contrato. 
Artigo 483 da CLT: O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização quando:
d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato;
É necessária a reparação de danos morais sofridas pelo meu cliente ao ter seus direitos violados, onde esta (indenização por danos morais) tem fundamento na consagrada CFRB em seu artigo 5º, incisos III, V e X, e no artigo 223/CLT, conforme exposto:
Art. 223-C:
A honra, a imagem, a intimidade, a liberdade de ação, a autoestima, a sexualidade, a saúde, o lazer e a integridade física são os bens juridicamente tutelados inerentes à pessoa física. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017).
Além disso, requer a condenação do réu nas custas processuais e honorários advocatícios, é o que se requer por questão de direito.
OS PEDIDOS
Diante o exposto, o autor requer de Vossa Excelência:
a) a intimação da parte ré para responder no prazo legal, sob pena de preclusão;
b) a negação do provimento a resposta do réu, constituindo a parte ré em obrigação de reparação dos danos morais sofridos pelo autor, além do pagamento das horas extras não recebidas;
c) o acolhimento do pedido de rescisão indireta e a retificação da data de início do vínculo empregatício, restando provado que o empregador não cumpriu com as obrigações;
d) requer também que a parte ré seja condenada por danos morais, além do pagamento dos honorários advocatícios e das despesas e custas processuais;
e) a produção de todos os meios de prova em direito admitidos, inclusive a oitiva de possíveis testemunhas;
Dá-se à causa o valor de: R$ xx.xxx,xx (xxxxxxxx mil reais).
Termos em que,
Pede deferimento.
Osasco – SP, 04 de Outubro de 2019.
Jehad Jelles Lopes Ibrahim
OAB/MS 0.000

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