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MARTINS PENA

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MARTINS PENA
Luís Carlos Martins Pena (1815-1848) nasceu no Rio de Janeiro, no dia 5 de novembro de 1815, dramaturgo brasileiro, o introdutor da comédia de costumes no teatro no Brasil, e um dos principais autores do Teatro no Romantismo do país, no século XIX.
Suas obras retratam a vida das pessoas do Rio de Janeiro, produzidas em 1833 e 1847 abrangendo o final da Regência e o início do segundo reinado, grande crescimento urbano da capital do império.
Com a vinda da família real para o Brasil em 1808, se instalando no Rio de Janeiro, a cidade passa a por uma mudança de modernização, onde eles exigiam casas melhores, pinturas em fachadas de casas, maior distribuição do comércio, o que fez a população aumentar por causa da procura de emprego na cidade. Além de que com a presença de artistas portugueses e companhias teatrais portuguesas trouxeram para o Brasil com eles, seu modo de fazer arte, teatro, música, literatura, criando a Escola de Belas Artes. 
A partir da independência do Brasil, essas companhias portuguesas perderam sua importância, pois os brasileiros passaram a desenvolver uma produção independente onde se tinha como foco histórias nacionais, tendo nossa identidade. 
Alguns escritores haviam se arriscado na dramaturgia brasileira, como Castro Alves e José de Alencar, cujas obras eram baseadas nas europeias, ainda não havia uma discussão sobre o perfil do teatro brasileiro.
Em 1822 o sentimento nacionalista tomou conta das manifestações culturais, inclusive o teatro, onde a partir de 1838 peças nacionais foram criadas e influenciadas pelo romantismo da época. O romantismo foi um movimento onde evidenciou os valores da subjetividade e nos sentimentos e tinha como objetivo agradar as elites brasileiras. 
Soube como poucos aproveitar o momento em que se acelerava a criação do teatro romântico no Brasil, o que o possibilitou tratar de diversas situações e personagens do cotidiano, mostrando a realidade de um país completamente atrasado.
Martins Pena, influenciado pela criação de um teatro brasileiro e pelo interesse do famoso ator e encenador João Caetano, passa a escrever obras do gênero comédia de costumes, peças ligeiras e repletas de ironia e caracterizada pela representação do cotidiano de um grupo social, que prendiam o público por causa da identificação pelas situações vividas pelos personagens. 
Relatando esses conflitos sociais, ele apresentava em suas peças diversos temas, como os problemas familiares, os casamentos, as heranças deixadas, os dotes, as dívidas, a corrupção, as injustiças, as festas populares e diversos outros assuntos, todos mantendo uma relação direta com a sociedade, independente da sua classe.
Suas comédias retratavam o a cidade do Rio de Janeiro e a parte rural perto dela, sendo assim seus personagens eram lavradores, estrangeiros, malandros, moças casadoiras entre outros. 
PRINCIPAIS PEÇAS:
O juiz de paz da roça: Primeira comédia de Martins Pena, foi representada em 1838 no Teatro de São Pedro de Alcântara pela companhia teatral de João Caetano, o mais famoso ator e diretor teatral da época. Satiriza os costumes rurais, os costumes da “roça”, onde a ironia – quase sempre ingênua – atinge somente os pequenos proprietários. Retrata a vida popular e cotidiana e mostrar situações que fugiam ao controle, a precária administração da justiça, a ausência ou desmandos da polícia, o recrutamento forçado, as mazelas sociais. 
O noviço: Comédia romântica que explora o maniqueísmo: na dualidade entre enganados e enganadores, entre fracos e fortes, enfim, entre o bem e o mal. A história de Carlos, rapaz endiabrado, que é enviado a um convento por decisão de sua tia e tutora. Não tendo vocação para a vida religiosa, Carlos foge do convento e dedica-se a desmascarar o ambicioso Ambrósio, segundo marido de sua tia.
Em 1838, entrou para o Ministério dos Negócios Estrangeiros, onde exerceu cargos, até chegar ao posto de adido à Legação do Brasil em Londres. Doente de tuberculose, e fugindo ao frio de Londres, veio a falecer em Lisboa, em trânsito para o Brasil.
VÍDEOS: 
https://www.youtube.com/watch?v=Z_XqYrsQBvw – vídeo o juiz de paz da roça.
https://www.youtube.com/watch?v=tqTtwU6mbmE&t=814s – vídeo sobre Martins Pena.
https://www.youtube.com/watch?v=X4R-L5IEhf8 – vídeo sobre Martins Pena e o romantismo.
https://www.youtube.com/watch?v=HfnmzY12aGk&t=4s – vídeo sobre o romantismo no Brasil.
FRANÇA JÚNIOR
Joaquim José da França Júnior nasceu no Rio de Janeiro, em 18 de Março de 1838 e faleceu em 27 de Setembro de 1890 em Poços de Caldas, Minas Gerais. Pintor, dramaturgo, comediógrafo, jornalista e advogado. Como pintor fez aulas de paisagem na Academia Imperial de Belas Artes explorando as pinturas ao ar livre.
Em 1861 começou sua carreira de dramaturgo com comédias de costumes acadêmicas, sendo assim nomeado o continuador de Martins Pena, suas comédias eram pequenas caricaturas de aspectos do cotidiano e da família fluminense, conhecidas por “tipos de atualidade”. 
Em 1862, estreou no Ginásio Dramático (RJ) Tipos da atualidade, comédia mais conhecida como O Barão de Cutia, graças à extrema popularidade do personagem do mesmo nome, um fazendeiro rico que uma viúva interesseira deseja ardentemente ter por genro. 
Suas comédias tinham como alvo o estrangeiro sobretudo o inglês e os seus privilégios que obtém do governo brasileiro. O comediógrafo faz da mediocridade e do interesse do fio condutor das relações interpessoais na sociedade fluminense utilizando de recursos cômicos. 
CARACTÉRISTICAS
Agilidade das falas curtas.
Peças de um ato.
Linguagem coloquial.
Jogo cênico rápido.
Ambiguidade.
Ritmo teatral.
OBRAS:
Maldita Parentela: Damião tem uma filha, Marianinha, que é completamente apaixonada por Aurélio, um moço órfão e pobre, e por isso o pai não aceita o romance dos dois. Decidido a pôr um ponto final nessa história, Damião resolve dar uma festa em sua casa e apresentar Joaquim Guimarães à filha. Guimarães é dono de um armazém, motivo pelo qual Damião faz gosto nesse casamento. Convida a nata da sociedade paulistana para a festa, mas para o seu desespero toda a parentela pobre de sua mulher Raimunda resolve comparecer, criando muitas confusões.
O Defeito da Família: A história de Matias, um capitão de cavalaria muito "culto" que espera a visita de Artur, um jovem carioca de Petrópolis e filho de um rico fazendeiro, com quem pretende unir sua filha Josefina por meio dos laços da Santa Madre Igreja. Porém, Josefina esconde as visitas de um tal André Barata, um grande segredo que compartilha apenas com sua mãe, Dona Gertrudres. Quando a criada Ruprecheta, xodó de Senhor Matias, descobre as visitas secretas da jovem, ela resolve contar tudo ao noivo. 
VIDEO:
https://www.youtube.com/watch?v=BI3-Q6BYL-E – vídeo maldita parentela.

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