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1 Materiais Poliméricos Materiais Metálicos Cerâmicos Poliméricos Polietileno (PE) Poliestireno (PS) Polietileno (PE) Poliamidas (nailon) Poli(teraftalato de etileno) PET Poli(cloreto de vinila) (PVC) Polímero: macromolécula constituída por vários meros. 4 Molécula de Polietileno 2 Histórico • Experiência Amazónica • Charles Goodyear (1849) • Conceito de Macromolécula? • 1920: Staudinger (prêmio Nobel de química, 1953) propõe a idéia das macromoléculasmacromoléculas • 1940: Kühn propõe a flexibilidade das molécula Fragile Objects: Soft Matter, Hard Science, and the Thrill of Discovery, Pierre Gilles de Gennes, Jacques Badoz, Springer Verlag, 1996 Uma Experiência Amazônica • Na Amazônia, os índios recolhem a seiva das seringueiras. Eles coletam um suco branco que eles passam no pé. Esse i i b i i id d ( ) ó suco primeiramente tem baixa viscosidade (escoa) e após cerca de 25 minutos coagula formando uma bota no pé do índio • O látex da seringueira contem moléculas com cadeias longas. Essas cadeias são flexíveis. • Depois que o índio passou o suco no pé o que acontece??? O oxigênio do ar aglomera as moléculas. í ó ó• Infelizmente, a bota do índio dura um só dia. Após cerca de um dia a bota arrebenta. O oxigênio corta as moléculas. Parece como se um par de tesoura corta uma rede de pesca. Fragile Objects: Soft Matter, Hard Science, and the Thrill of Discovery, Pierre Gilles de Gennes, Jacques Badoz, Springer Verlag, 1996 Charles Goodyear (1800-1860) • 1849: Rápida Expansão da química, todo mundo tenta sintetizar novas moléculas. Em particular, Charles Goodyear, por curiosidade, ferve o látex da seringueira com enxofre (ele não sabia direito o que era látex elátex da seringueira com enxofre (ele não sabia direito o que era látex e muito menos o que eram macromoléculas). Ele descobre um produto com propriedades muito interessantes. Esse produto hoje em dia é conhecido com borracha natural e é muito usado (pneus...) • Porque Goodyear usou o enxofre, ninguém sabe. Mas a explicação do sucesso do enxofre é a seguinte: o enxofre posicionado na mesma coluna na tabela periódica dos elemento que o oxigênio é menos reativo porém com propriedades muito semelhantes. Ele une as moléculas mas não as cortacorta. • Essa reação envolve só cerca de 1 átomo de S para cada 200 átomos de C. Assim com uma ação exterior pequena, o látex passa de líquido para sólido. Conceito de Macromoléculas • 1849: Goodyear inventa a borracha natural nas não conhece o conceito de macromoléculas. • Na verdade nenhum químico imagina o conceito de macromoléculas. Muitos químicos tentam fazer reagir produtos A e B para dar C. Eles analisam C. No caso de macromoléculas eles não conseguem obter um produto com uma certa temperatura de fusão. Hoje em dia nós sabemos que macromoléculas possuem na verdade uma faixa de temperatura de fusão. Os químicos daquela época acreditam que o produto é na verdade uma coleção de compostos não puros e não reconhecem o potencial das macromoléculas. Esses químicos jogam literalmente as macromoléculas na pia retardando a descoberta dos polímeros em 50 anos. • 1920: Staudinger (prêmio Nobel de química, 1953) propõe a idéia das macromoléculas, ele sintetiza moléculas de 20 átomos que ele consegue analisar e i i lé l i O i d lé l q g pouco a pouco sintetiza moléculas maiores. O conceito de macromoléculas aparece. Porém, ele ainda pensa que cada macromolécula é um bastonete de cerca de 1m de comprimento. • 1940: Kühn propõe a flexibilidade das moléculas. Fragile Objects: Soft Matter, Hard Science, and the Thrill of Discovery, Pierre Gilles de Gennes, Jacques Badoz, Springer Verlag, 1996 3 Polímero Invenção Comercialização Baquelite (resina fenólica) 1906: Baekeland (Bélgica) 1909 Policloreto de vinil (PVC) 1835: Regnault 1927 I.G. Farbenindustrie (Alemanha) Goodrich (Estados Unidos) Poliestireno (PS) 1839: E. Simon 1930 I.G.Farbenindustrie (Alemanha) Dow Chemical (Estados Unidos) Polietileno de baixa densidade (PEBD) 1933: Fawsett e Gibson (Inglaterra) ICI: 1939 Poliamida (nylon) 1937: Wallace Carothers (USA) 1937: Dupont USA Politetraflúoretileno (PTFE) Teflon 1938: R.J. Plunkett Du Pont de Nenmours & Co. 1938 Policarbonato 1898: Einhorn 1956: Bayer; General Electric Copolímero de acrilonitrila-butadieno- i 1932 Farben Industries 1936: Naugatuck Chem.Co. estireno Resina ABS Polietileno de alta densidade (PEAD) 1953: K. Ziegler (Alemanha) Polipropileno 1954 Natta 1957: Hoescht/Montecatini/ Hercules Kevlar 1971 S Kwolek Du Pont de Nenmours & Co. 1970 Poli(teraftalato de etileno) ICI 1953 Encyclopaedic Dictionary of Commercial Polymer Blends [Utracki 1996] e Introduction à la physique des polymeres [Etienne e David 2002] 6000 7000 e l a d a s ) 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07 08 0 1000 2000 3000 4000 5000 P r o d u ç م o d e R e s i n a s ( 1 0 0 0 t o n e 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07 08 Ano Figura 4.1.: Evolução do consumo de Termoplásticos e Elastômeros no mundo e no Brasil (dados obtidos do boletim anual da ABIPLAST) Polisacarídeos Polímeros Sintéticos Termoplásticos Termofixos Naturais Borracha Natural 11 Termofixos Definições : Mero, Monômero, Polímero • Macromoléculas • Polímeros: moléculas (macromoléculas) carcterizadas pela repetição de grupo de átomos (unidade constitucional ou mero) ligados covalentemente entre si, em quantidade suficiente para produzir um conjunto de, q f p p j propriedades que praticamente não varia com a adição ou remoção de uma ou poucas unidades constitucionais . Alta massa molar, acima de 10.000, podendo chegar a 10 milhões. • Oligômero: molécula contendo poucos grupos de átomos que se repetem (unidade constitucional), ligados covalentemente entre si. As propriedades físicas dos oligômeros variam com adição ou remoção de uma ou poucas unidades constitucionais. Baixa massa molar, < 10.000 g/molunidades constitucionais. Baixa massa molar, 10.000 g/mol • Unidade constitucional ou mero: grupo de átomos presente na cadeia do polímero ou oligômero. • Monômero: composto formado por moléculas onde cada molécula pode produzir 1 ou mais unidades constitucionais. 4 Definições Unidade de repetição constitucional (CRU) :a menor unidade constitucional, cuja repetição descreve um polímero regular. Polimero regular: macromolécula com 1 única espécie de mero. Mero = ‐CH2‐CH2‐ CRU = ‐CH2‐ Molécula de Polietileno POLIMERIZAÇÃO Os monômeros reagem entre si formando uma longa sequência de unidades repetitivas (meros). Os mecanismos de polimerização podem ser classificados em: adição e condensação. A polimerização em cadeia (ou poliadição): formação da cadeiaA polimerização em cadeia (ou poliadição): formação da cadeia polimérica por instabilidade da dupla ligação do monômero, e sua reação com outras duplas. Ex: Polietileno 1) Iniciação: formação de sítio reativo a partir de um iniciador (R) e monômero: R + CH2=CH2 R-CH2CH2 14 2) Propagação da reação a partir dos centros reativos: R-CH2CH2 + n CH2=CH2 R-(CH2CH2)nCH2CH2 3) Terminação da reação: R- (CH2CH2)nCH2CH2 + R’ R-(CH2CH2)nCH2CH2-R’ Polimerização em etapa (ou condensação): as reações químicas intermoleculares ocorrem por etapas, e em geral envolvem mais de um tipo de monômero. Reação sucessiva dos grupos funcionais presentes no material inicial Polimerização presentes no material inicial. Exemplo: formação do poliéster (reação entre hidroxila e carboxila) glicol diácido 15 Representação de um passodo processo de polimerização por condensação de um poliéster (este passo se repete sucessivamente, produzindo-se uma molécula linear) Massa molar • Um polímero é constituído de longas cadeias de tamanho não- uniforme (natureza estatística da reação de polimerização). Nele existe uma quantidade (i) de cadeias com massas molares iguais (Mi). i i i ii n n Mn MMassa molar numérica média: iiMn 2 onde: ni, número de moléculas que possuem massa Mi (massa molar da cadeia i). Massa molar ponderada média: i ii i ii i iiw Mn MwM onde: Mi massa molar da cadeia i, ni: Número de moléculas com Massa Mi. 16 5 Polidispersão e Grau de Polimerização • Polidispersão: relação entre a massa molar numérica média e a massa molar ponderada média. • Quanto mais variados forem os tamanhos das moléculas, maior será a polidispersão (que sempre é maior que 1) • Quando os tamanhos das cadeias são próximos, a polidispersão é p p p aproximadamente 1. nw MMMWD /Polidispersão molecular: •O Grau de Polimerização (n) representa a quantidade média de meros existentes numa molécula (tamanho médio da cadeia): Mn MwGrau de polimerização: o m n nn mn w w Grau de polimerização: ou onde: , massa molar numérica média massa molar ponderada média , massa molar do mero wM nM m 17 Massa molar média numérica Massa molar édi Massa molar aumenta da Sensível a moléculas de menor massa Sensível a moléculas de maior Número de moléculas média viscosimétrica Massa molar média ponderada Massa molar aumenta da direita para esquerda de maior massa molar Massa molar Massa molar média viscosimétrica – 18 avMK Métodos para avaliar massa molar • Métodos Químicos • Métodos Coligativos (pressão de vapor, temp. de ebulição, pressão osmótica) – Osmometria de membrana – Osmometria por pressão de vapor – Ebuliometria Espalhamento de luz• Espalhamento de luz • Viscosidade intrínsica • Cromatografia por Exclusão de Tamanho 19 Caracterização de Polímeros, E.F.Lucas, B.G. Soares, E. Monteiro, e-papers, 2001 20 6 Estrutura molecular linear ramificada 21 com ligações cruzadas em rede Monômero A Monômero B Homopolímero Copolímero 22 Copolímero Copolímero estatístico: distribuição estatística mas influenciada pela reatividade dos monôneros Copolímeros Em função da configuração dos meros na cadeia: dos monôneros EX: SBR borracha sintética de estireno e butadieno Copolímero randômico: estatístico mas com distribuição não influenciada pela reatividade dos monôneros Copolímero alternado: 2 meros de maneira alternada Ex: copolímero de anidrido maleico ( ) -estireno Copolímero em bloco: seqüência de blocos de 1 mero (ou porção de molécula polimérica) que se liga a outra seqüência. Ex: SBS – borracha termoplástica de estireno e butadieno (tribloco) Copolímero enxertado (graftizado): sobre a cadeia de um homopolímero (poliA) se liga de modo covalente outra cadeia (poliB) EX: ABS Copolímero de acrilonitrila-butadieno-estireno Cadeia principal de butadieno com adição de estireno acrilonitrila Copolímeros estireno-acrilonitrila Copolímero graftizados contíguos: Forma uma rede, não solúvel. Redes poliméricas interpenetrantes: Interpenetração de 2 polímeros (com ligação cruzada) sem ligação entre eles. 7 Microestrutura Não há ordem entre cadeias, e as distâncias intercadeias são irregulares Cadeias dispostas de forma ordenada, 25 Microestrutura de um polímero semi- cristalino apresentando regiões cristalinas e amorfas. Cadeias dispostas de forma ordenada, próximas entre si e com intensa força de interação intermolecular. Polímeros termoplásticos e termofixos Os polímeros podem ser classificados em termoplásticos e termofixos. Termoplásticos Amolece sob aquecimento, flui sob pressão, solidifica sob resfriamento, num processo reversível. É moldável e • Podem ser conformados mecanicamente repetidas vezes, desde que reaquecidos (são facilmente recicláveis). • Parcialmente cristalinos ou totalmente amorfos. • Lineares ou ramificados. remoldável. 26 Exemplos: Polipropileno PP, polietileno PE, poliestireno PS, ABS ( acrilonitrila-butadieno- estireno), PA "nylon", policarbonato PC, poliéster termoplástico PET 27 Termofixos Podem ser conformados plasticamente apenas em um estágio intermediário de sua fabricação. O produto final é duro e não amolece com o aumento da temperatura. Eles são insolúveis e infusíveis Polímeros termoplásticos e termofixos Eles são insolúveis e infusíveis. Mais resistentes ao calor do que os termoplásticos. Completamente amorfos. Possuem uma estrutura tridimensional com ligações cruzadas. Exemplos: Resinas de poliéster insaturadas, éster - vinílicas, epóxis, uretânicas e fenólicas Utilização do polímero de acordo com a temperatura Termoplástico Termofixo Linear Semi- Cristálino Tg, Tm Linear ou Ramificado Amorfo Tg Ligações Cruzadas Amorfo Tg 28 Tg < Tamb Produto macio Tg > Tamb Produto rígido Tg < Tamb Elastômero Tg > Tamb Termorrígido 8 Elastômeros • Quando submetidos a tensão, os elastômeros se deformam, mas voltam ao estado inicial quando a tensão é removida. • Os elastômeros apresentam baixo módulo de elasticidade. 29 Os elastômeros apresentam baixo módulo de elasticidade. • São polímeros amorfos ou com baixa cristalinidade (obtida sob tensão). • Apresentam geralmente altas deformações elásticas, resultantes da combinação de alta mobilidade local de trechos de cadeia (baixa energia de interação intermolecular) e baixa mobilidade total das cadeias (ligações covalentes cruzadas entre cadeias ou reticuladas). Exemplos: borracha natural, polibutadieno, Silicone, Neoprene Estado amorfo 30 FASE CRISTALINA FASE AMORFA Tm Tg Estado Ordenado Estado Ordenado Líquido viscoso Estado Vítreo Estado Borrachoso Líquido Viscoso T E M P E R A T U R A (volume livre aumenta significativamente) Não existem polímeros 100% cristalinos. Se fossem passariam diretamente do estado cristalino para líquido. Estado vítreo: estrutura sólida desordenada. Estado borrachoso: acima da Tg, moléculas podem assumir diferentes conformações. Observação: não existem polímeros 100% cristalinos, apenas semicristalinos e amorfos • Os polímeros 100% amorfos possuem apenas uma Temperatura de transição vítrea, Tg (Tv) . Estado amorfo • Se Temp <Tg o polímero é rigido •Se Temp > Tg o polímero passa para estado “borrachoso” • Se T >> Tg a viscosidade do polímero diminui progressivamente com o aumento da temperatuta até alcançar a temperatuta até alcançar a temperatura de degradação • A Tg (para a maior parte dos polímeros) > Tamb os polímeros são utilizados, normalmente, sólidos • Os polímeros semicristalinos possuem: – Duas transições térmicas Estado amorfo Duas transições térmicas • Tg (Tv) transição vítrea • Tm fusão (ou Tf) • Se Temp > Tf o arranjo cristalino é destruído • Tg (freqüentemente) < Tamb • Rigidez dos polímeros semicristalinos estrutura cristalina • Plasticidade dos polímeros semicristalinos estrutura amorfa 9 Transição Vítrea Movimentos Macromoleculares • Vibração Rotação TranslaçãoVibração Rotação Translação H H H H H ‐ C ‐ C ‐ H H ‐ C ‐ C ‐ H H H H H = 1013 Hz = 1011 Hz Movimento freqüente Moléculas pequenas Movimento de cadeia Não muito importante Mudança de conformação Macromoléculaem relação à outra Definições • Glass transition temperature (Tg) • É a temperatura em que se iniciam as rotações livres internas na cadeia polimérica, por aumento dos vazios na matriz, com tamanho suficiente que permitam ocorrer as rotações. Definições Transição vítrea Processo termodinâmico ou processo cinético?Processo termodinâmico ou processo cinético? Modelo termodinâmico: transição no equilíbrio (propriedades independem do tempo) Modelo cinético: aplicada um estímulo externo, verifica- se como a propriedade se modifica com o tempo (fora do equilíbrio) Definições • Tg : Glass transition temperature • Não é uma transição de primeira ordem pois não há descontinuidade na Entropia e nem no Volume de descont nu dade na Entrop a e nem no Volume de polímero em função da Temperatura ou Pressão. • Temperatura na qual o coeficiente de expansão térmica sofre descontinuidade V P G T GS TP Termodinâmica TP G VT V V P 211 PT GTCp ][ 2 2 T V g 10 Conceito de Volume Livre • O volume livre é o volume não ocupado por moléculas na matéria polimérica devido ao empacotamento ineficiente das cadeias. Vsp g f Se T<Tg Vf constante V foesp VVV Vesp: Volume específico Vo: Volume real ocupado pelas moléculas Vf: Volume livre J.M.G. Cowie: Polymers: Chemistry and Physics of Moderns Materials, 2nd Edition, Cap 12, Blackie, USA (1992) Tg Vo Se T>Tg Vf Vo Conceito de Volume Livre f/BLnALn Equação Empírica de Doolitle Dependência do fluxo viscoso com T f: fração em volume do volume livre = Vf/Vo Vsp fg:: fração de volume livre na Tgg f viscoso com T )( gfgT TTff fT:: fração de volume livre na Temperatura Tf : coeficiente de expansão acima da Tg Tg g Equação de Williams-Landell-Ferry WLF )(417 TT )(6,51 )(4,17 )log( g g Tg T TT TT Rápido aumento da Viscosidade na Tg. Quando T↓ a viscosidade↑. Para T ↓ ↓ ↓ a viscosidade tende ao infinito e equilíbrio configuracional não pode ser atingido. Definições Temperatura de Transição vítrea: Para um polímero amorfo: abaixo da Tg estado vítreo• Para um polímero amorfo: abaixo da Tg → estado vítreo (líquido resfriado randomicamente). Movimentos moleculares resfriados. As moléculas não tem energia suficiente para transpor barreira de energia rotacional. • Com aumento de temperatura > Tg: estado borrachoso. Há movimento de cadeia relativamente rápido. 11 Definições Vsp lento rápido Tg Tg • Experimentalmente a Tg não é uma temperatura bem definida • Um material esfriado a 100oC/min vai possuir uma Tg 6oC mais alta do que um material esfriado a 1oC/min Transição Vítrea • Transição é função de movimento molecular e a temperatura em que ocorre é função da estrutura do polímero. • Fatores que afetam a Tg: 1 – Flexibilidade da cadeia principal: habilidade de rotação das cadeias. Flexível: baixa Tg (rotação é fácil) Rígida: alta Tg Exemplo: presença de grupos p-fenileno (rígida) e O e S (flexível)(flexível) PET Polietileno adipato (PEA) (Tg = 69ºC) (Tg=-46ºC) Transição Vítrea Fatores que influenciam • Flexibilidade da cadeia principal Poli (oxi etileno) -(CH2-CH2-O)n- Tg = - 120oC PE (CH2-CH2)n Tg = - 100oC Transição Vítrea Fatores que influenciam • Estrutura da cadeia principal Impedimento estérico polaridade– Impedimento estérico, polaridade Polímero (CH2-CHX)n Tg (oC) Grupo X PE -80 -H PP -20 -CH3 PS +100 Anel benzenico P li( i il bif il) +145 D l lPoli(vinil bifenil) +145 Duplo anel PVC +80 -Cl PAN +105 -CN 12 http://pslc.ws/mactest/level3.htm Temperatura de Transição Vítrea Fatores que influenciam • Efeito configuracional: isomerismo (cis e trans) para polidienos e taticidadepolidienos e taticidade • Ex: Polibutadieno cis Tg= -108ºC trans Tg = -18ºC • Ligações cruzadas – Se ligações cruzadas aumentam Tg aumenta • Adição de aditivosAd ção de ad t vos – Plastificantes: aumentam o volume livre – Ex: PVC Tg = 80ºC Com 50% de plastificante Tg=-30ºC Estado Ordenado • Estrutura cristalina, possui regularidade a longas distâncias atômicas, e possui temperatura de fusão. • Essa definição é a mesma do que para pequenas moléculas, entretanto, devido ao comprimento das cadeias e aos emaranhamentos devido ao comprimento das cadeias e aos emaranhamentos “entanglements” os polímeros nunca são 100% cristalinos. Eles são parcialmente cristalinos. Estado ordenado • Para se formar uma fase ordenada tridimensional, partir de p uma fase desordenada (líquido viscoso → sólido ordenado) Fator entrópico é contrário. Para energia livre de Gibbs favorável, deve haver grande contribuição de energia negativa Força intermoleculares 13 Condições para se forma uma fase ordenada tridimensional Para a cadeia cristalizar: • Cadeia simétrica que permite empacotamento regular • Forte força intermolecular (termodinâmicos) • Flexibilidade e mobilidade das cadeias (cinético) Como se forma a estrutura ordenada? Liquido viscoso pode assumir diferentes conformações mas há tendência de assumir conformação ordenada (cadeias em d d )estado de menor energia) Processo em 2 etapas, realizado a partir do líquido viscoso (cristalização): 1 – Nucleação: ordenamento de cadeias (forças intramoleculares) seguido por ordenamento intermolecular m u ) gu p m m u → estrutura ordenada tridimensional 2 – Crescimento: cresce o núcleo por adição de mais cadeias ordenadas (tamanho: velocidade de adição de + cadeias). Contrabalanceado por: redispersão térmica. Também há entrelaçamento e alta viscosidade. Microestrutura Microestrutura • O modelo para explicar a morfologia da região ordenada “Miscela Franjada” foi aceito até cerca de 1950cerca de 1950. • Cristalitos: região ordenada, formada a partir do polímero fundido, por difusão de cadeias. • O tamanho dos cristalitos é pequeno em l h d d l érelação ao tamanho da cadeia polimérica estendida. Cada cristalito pode ser formado por mais de 1 cadeia polimérica. Cadeia alinhadas paralelamente, umas em relação as outras. 14 Microestrutura • Cristalitos: região ordenada, formada a partir do polímero fundido, por difusão de cadeiascadeias. • O tamanho dos cristalitos é pequeno em relação ao tamanho da cadeia polimérica estendida. Cada cristalito pode ser formadop por mais de 1 cadeia polimérica. Cadeia alinhadas paralelamente, umas em relação as outras. Microestrutura O modelo contém regiões cristalinas de cerca de 100 Å de comprimento e outras regiões amorfas. As cadeias passam através de vários cristalitos. Esse modelo permite explicar a morfologia de polímeros que apresentam baixa cristalização. William D Callister, Material Science and Engineering, Wiley and Sons. Microestrutura Teoria das cadeias dobradas e lamelas: E l l• Esses cristais apresentam estrutura lamelar (100 a 200Å de espessura e vários microns de dimensões laterais). Cadeias poliméricas orientadas na direção normal a superficies das lamelas e dobradas (espessura das lamelas é muito menor que o comprimento de cadeia) muito menor que o comprimento de cadeia) . Microestrutura LAMELAS e s p e s s u r a Modelos para as lamelas: - dobramento regular d dj d d i d dcom re-entrada adjacente das cadeias e perda de dobramento (amorfa) algum dobramento, com re-entrada de cadeia randômica 15 Microestrutura • Durante o resfriamento a partir do estadofundido, a primeira microestrutura que se forma são redes alinhadas de polímeros que dão origem a estrutura lamelar, com mínima quantidade de movimento das cadeias e extensivo dobramento e enrolamento (amorfa). • A estrutura cristalina formada é regular, com simetria circular→ Esferulito • Esferulito: cresce radialmente a partir de 1 núcleo (início do crescimento). Microestrutura • Esferulito: fibrilas (série de lamelas) que espalham radialmente a partir do núcleo com fase amorfa entre as fibrilasfase amorfa entre as fibrilas. Microestrutura Morphology of a blend of poly(hydroxylbutyrate) with EPDM Before (left) and after biodegradation (right) – Trabalho de Doutorado da Patricia Schmid- Calvão 16 Microestrutura • Conceito moderno: polímero cristalino é tratado como uma única fase cristalina com defeitosdefeitos. • Se for pouco cristalino há autores que consideram 2 fases: cristalina e amorfa. Fusão • Sólido cristalino → líquido • 1 temperatura bem definida e 1 mudança de ol mevolume. • Para polímeros: faixa de temperatura. Fatores que afetam a cristalização e a Tm • Afim de poder cristalizar as cadeias de um polímero Afim de poder cristalizar as cadeias de um polímero precisam ser agrupadas “economicamente” em três dimensões. • Os fatores que influenciam a cristalinidade e a temperatura de fusão são: – A simetria das moléculas As f ç s int m l cul s– As forças intermoleculares – A massa molar – As ramificações • Simetria: para formar estrutura cristalina moléculas simétricas são melhores. Fatores que afetam a cristalização e a Tm • EX: PE assume conformação Zig-Zag planar → fácil de alinhar • Cadeias com irregularidades dificultam a formação de estrutura ordenada 17 • Se a cadeia possui grupos laterais aumenta rigidez (bom para cristalizar) mas dificulta a formação de estrutura ordenada. Fatores que afetam a cristalização e a Tm Propriedade a PS s PS i PS Tg 373 372 Tm amorfo 543 516 (hélice) n g M xKT 5109.1373)( Demarquette N.R, Carastan D.J., Valera T.S, Clay-containing styrenic compounds in Sabu Thomas; Gennady Zaikov. (Org.). Recent Advances in Polymer Nanocomposites. 327-378, Nova Science Publishers, 2008 • A presença de grupos como o p-fenileno na cadeia i i l d lí t bé t s i id Fatores que afetam a cristalização e a Tm principal do polímero também aumenta sua rigidez. Polietileno Adipato (PEA) Tm = 45ºC PET Tm = 265ºC • A possibilidade de cristalizar e a temperatura de fusão dos polímeros depende da regularidade configuracional dos polímeros. Fatores que afetam a cristalização e a Tm Tf = 403K ρ = 0.94-0.97 g/cm3 Tf = 383K ρ = 0.92 g/cm3 Ramificação: diminui eficiência para cristalizar (↓cristalinidade e ↓Tm) Fatores que afetam a cristalização e a Tm Forças intermoleculares: ajudam a manter a estrutura cristalina e aumentam a Tm. http://www.pslc.ws/mactest/index.htm Nylon 6,6 18 Fatores que afetam a cristalização e a Tm Polaridade: Polietileno Tm=135ºC http://www.pslc.ws/mactest/index.htm Nylon 6 Tm = 220ºC Fatores que afetam a cristalização e a Tm Massa Molar: terminação de cadeia pode se f l d d mover com maior facilidade . Como ↓ massa molar ↑ terminação, há redução na temperatura de fusão com a redução da massa molar (menor energia http://www.pslc.ws/mactest/index.htm redução da massa molar (menor energia para movimento de cadeia). Temperatura de Transição Vítrea e Temperatura de Fusão Como avaliar? http://pslc.ws/mactest/level3.htm Como Medir a Transição Térmica? • Análise térmica DSC, DTA (ASTM D3418) – Amostra e referência aquecidas a uma velocidade constante • Se não há transição Tamostra = Treferência • Se há transição térmica Tamostra Treferência – Em DTA, T é medido, entre amostra e referência – Em DSC, fluxo de calor (1 forno) ou compensação de fornecimento de energia (2 fornos) para haver as duas Temp. iguais 19 Curvas de DSC ∆T = TS – TR Pico exotérmico: Ts > TR ∆T > 0 Pico endotérmico: Ts < TR ∆T < 0 73 DSC por fluxo de calor. b) Fusão e cristalização: Fusão: transição de primeira ordem, e ocorre numa faixa de temperatura, devido a distribuição de tamanho das regiões cristalinas. Cristalização: liberação de calor, pico exotérmico. A área do pico de fusão deve ser ~ igual a do pico de cristalização (depende do grau de super- resfriamento). Resfriamento rápido 10ºC/min 74Bem definida (amorfo) Calor de fusão Algumas aplicações - Identificação de misturas: PE/PP 75 Algumas aplicações - Identificação de misturas: HDPE(135°C) e PP (163°C) 76 Calor de fusão do PP = 60J/g Calor de fusão do PP exp. = 14,3J/g Fração de PP = 14,3/60 = 0,2383 ou 23,8% 20 DSC Tg PT GTCp ][ 2 2 DSC Para blendas poliméricas: Algumas aplicações 10 mícrons - Grau de cristalinidade }100]/{[][ xHHX off Hf = calor de fusão da amostra Hf ° = calor de fusão 100% cristalino 79 Algumas aplicações }100]/{[][ xHHX off Hf = calor de fusão da amostra Hf ° = calor de fusão 100% cristalino PTFE Hf °= 82J/gHf = 43,1 e 25,9 Cristalinidade = 43,1/82 = 52,6% 25,9/82 = 31,6% (resfriamento rápido) 80 21 Referências • J.M.G. Cowie: Polymers: Chemistry and Physics of Modern Materials 2nd edition 1991 BlackieModern Materials, 2nd edition,1991, Blackie Academic and Professional. • L. H. Sperling “Introduction to Physical Polymer Science”2nd Edition 1992, John Wiley and Sons, New York • Ciência dos polímeros: um texto básico para tecnólogos e engenheiros, Sebastião V. Canevarolo Jr., Editora Artliber, 2º edição, 2006.