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Relatório de Estágio Análises Clinicas

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FACULDADES PEQUENO PRÍNCIPE
CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA
AMANDA DA COSTA CIRILO
RELATÓRIO DE ESTÁGIO – ASSOCIAÇÃO HOSPITALAR DE PROTEÇÃO À INFÂNCIA DR. RAUL CARNEIRO
CURITIBA
2018
AMANDA DA COSTA CIRILO
RELATÓRIO DE ESTÁGIO – ASSOCIAÇÃO HOSPITALAR DE PROTEÇÃO À INFÂNCIA DR. RAUL CARNEIRO
Relatório de Estágio Parcial apresentado como requisito final de avaliação da Disciplina Estágio para a Conclusão de Curso de Graduação em Biomedicina das Faculdades Pequeno Príncipe - FPP.
Supervisão: Profª Bruno Rizzo Osternack
CURITIBA
2018
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
O Estágio Obrigatório em Analises Clínicas é uma disciplina obrigatória do Curso Superior de graduação em Farmácia, e tem como objetivo complementar o ensino e a aprendizagem do graduando. O estágio terá duração de 324 horas, onde o mesmo teve início no dia 19 de fevereiro de 2018 e será finalizado em 29 de junho de 2018. O estágio está sendo realizado na Associação Hospitalar de Proteção à Infância Dr. Raul Carneiro no setor de Laboratório. As atividades que estão sendo desenvolvidas são supervisionadas pela supervisora local de estagio Fernanda Natali Anderle e pelo supervisor orientador o professor Bruno Rizzo Osternack. O presente relatório de Estágio Obrigatório tem como objetivo descrever as atividades desenvolvidas durante o período de estágio, as quais se destinam a abordar as experiências adquiridas. 	Ao decorrer desse relatório serão abordadas todas as atividades desenvolvidas nas áreas específicas, serão também abordadas as matérias relacionadas a este estagio, uma descrição do local de estagio e os objetivos percorridos.
LOCAL
A Associação Hospitalar de Proteção à Infância Dr. Raul Carneiro tem os princípios baseados no amor à criança, a busca pela excelência e a multiplicação do conhecimento. O Hospital Pequeno Príncipe esteve sempre voltado ao cuidado da saúde numa concepção integral, para a associação o cuidado da saúde está diretamente relacionado com a integralidade do Hospital. 
O Hospital Pequeno Príncipe foi pioneiro na implantação no conceito de humanização como um de seus principais valores, esse conceito é feito pela a utilização de sistemas integrados e multiprofissionais de atendimento que percebem o ser humano na sua totalidade e individualidade, onde sempre procura respeitar sua dignidade e oferecer também aos familiares o acolhimento.
A história do inicio do Hospital Pequeno Príncipe se iniciou quando ocorria a primeira guerra mundial. Foi originado por um pequeno grupo de mulheres de Curitiba, onde queriam atender crianças carentes da região. Com a disposição das tais, elas se associaram a alguns médicos e então receberam os primeiros pacientes em outubro de 1919. Após 11 anos de trabalho foi inaugurado o Hospital de Crianças em 1930, e em 1971 foi inaugurado o que conhecemos hoje, Hospital Pequeno Príncipe. 
O laboratório do Hospital Pequeno Príncipe, desde 2013 passou a fazer parte da gestão do Hospital, sendo assim trouxe muitos benefícios aos pacientes, conseguindo ter agilidade na entrega dos resultados e possui uma integração com os médicos. Com a integração do laboratório a gestão do Hospital, também ouve uma integração com as Faculdades Pequeno Príncipe e o Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe. 
1.1 OBJETIVO GERAL
Acompanhar e conhecer a rotina do profissional e as técnicas desenvolvidas em um Laboratório de Analises Clinicas. 
1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
Colocar em pratica com conhecimentos teóricos e práticos concebidos no decorrer do curso em Graduação em Farmácia.
Desempenhar as atividades propostas no laboratório de forma ética e precisa.
Entender as técnicas realizadas em cada setor do laboratório de Análises Clínicas;
Acompanhar a rotina e as funções do profissional em cada setor, sendo eles Microbiologia, Hematologia, Bioquímica, Urianálise, Parasitologia, Imunologia.
DESENVOLVIMENTO
O laboratório do Hospital Pequeno Príncipe é setorizado da seguinte forma: são duas estruturas de prédio, na parte da frente onde fica diretamente para a Rua Silva Jardim, se localiza o ambulatório, ou seja o setor da coleta e o segundo ambiente é o setor da área técnica, onde é dividido pelas salas da coordenação e o laboratório em si, que possui o setor da triagem, hematologia, bioquímica e microbiologia. O laboratório do período da manhã tem o apoio de quatro analistas, quatro técnicos e uma estagiaria remunerada, além dos 4 estagiários obrigatórios. O laboratório presta serviço através do ambulatório os convênios e particulares e também toda a demanda do hospital, ou seja internações e UTIs. 
2.1 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
	
	Durante o período de realização do estagio Obrigatório, foram realizadas as seguintes atividades, sendo elas organizadas por datas e setores pela coordenação do laboratório. Os meus setores encarregados de acordo com o período estão demonstrados na tabela a seguir.
	Setor
	Período
	Hematologia
	19/02/2018 à 16/03/2018
	Bioquímica
	19/03/2018 à 13/04/2018
	Microbiologia
	16/04/2018 à 11/05/2018
	Coleta
	14/05/2018 à 01/06/2018
	Triagem
	04/06/2018 à 29/06/2018
CIRILO, A. 2018
2.2 HEMATOLOGIA
	Hematologia é a área de Análises Clínicas que estuda os elementos figurados do sangue, como as hemácias, leucócitos e plaquetas. No setor de hematologia do Hospital Pequeno Príncipe são realizados os seguintes exames Hemograma, Tripagem Sanguínea, Combs Direto, Tempo de trombina e tromboplastina parcial ativada, velocidade de hemossedimentação e contagem de reticulócitos.
	Os desenvolvimentos das atividades se iniciam com a recepção das amostras deixadas em uma raque pela triagem, após a retirada das amostras desse local, são colocados os tubos EDTA no homogeneizador e os tubos de citrato são levados para o equipamento que será descrido logo em seguida. Quando são colocados os tubos no homegenizador, já é feita a analise de quais são os exames que são necessários serem feitos, assim tendo um fluxo melhor no setor. 
2.2.1 Hemograma
	O hemograma é exame realizado para a identificação da contagem das células do sangue, sendo elas as hemácias, leucócitos e plaquetas, contagem diferencial dos cinco tipos leucocitários e quantidade de hemoglobina e hematócrito (LEWIS, 2006) . O exame realizado no laboratório de Análises Clínicas do Hospital Pequeno Príncipe é feito através das seguintes etapas, o primeiro passo é desenvolvimento da lâmina de esfregaço sanguíneo com a identificação do nome do paciente e identificando se é uma urgência. Após feita a lâmina é colocado no aparelho para a coloração. O aparelho utilizado é o Colorgram, o equipamento tem velocidade para 60 lâminas por hora e tem um espaço para 25 laminas por uso, e as laminas feitas a partir do equipamento são liberadas seca e prontas para a leitura no microscópio. 
IMAGEM 1: Corador automático das lâminas para a microscopia de hemograma. Fonte: banco de dados do Google.
Após esse passo é feito a contagem do hemograma no equipamento Cell Dyn Ruby, o equipamento tem a capacidade de fazer 84 hemogramas por hora. 
Segundo o site Abottt, o equipamento utiliza de volume 150 &mgr/L no modo aberto, onde seria o modo manual, nesse modo o técnico introduz o tubo EDTA aberto em uma agulha sugadora e inicia a leitura da amostra. Já no modo fechado é utilizado 230 &mgr/L de amostra, nesse modo os tubos EDTA são colocados em uma raque com o código de barras posicionados para a frente para a leitura no equipamento, com tampa, e assim é selecionado o modo, o equipamento inicia o modo fazendo a leitura de 10 amostras por vez (suportado por cada raque). O Cell Dyn Ruby possui diversas tecnologias para cada parâmetro analisado, sendo eles os leucócitos e diferenciais tem uma análise de gráficos de dispersão múltipla, as plaquetas possuem analise ótica de dois ângulos sem necessidade do teste de reflexo e o reticulócitos também é feito no equipamento, é analisado pelo método NCCLS
com azul de metileno e uma coloração supravital, a técnica do reticulócitos será descrita ao decorrer do relatório. 
IMAGEM 2: Equipamento Cell Dyn Ruby. Fonte: banco de dados do Google.
Após feita a análise técnica do hemograma pelo equipamento, é feita uma pequena analise dos resultados, pois alguns ‘flags’ podem ser obtidos na contagem, e dependendo de cada um deles, o exame deve ser repetido para se obter um resultado correto. Quando é expresso o flag RRBC (Resistant Red Bood Cell) é repedido o hemograma na função RRBC, quando é expresso o flag NRBC/RRBC (resto de fragmentos na execução da lise) também é repetido na mesma função do anterior descrito, também pode ser obtido um erro na aspiração da amostra, esse erro pode ser por diversos motivos, sendo eles, quantidade suficiente de amostra, mal posicionamento do tubo no equipamento, entre outros. Sendo assim é necessário repetir a aspiração da amostra. Após essa analise é impresso o resultado obtido e entregue junto com a lâmina previamente corada para as Analistas responsáveis pelo setor para a contagem manual. A entrega em ordem dos hemogramas é feita de acordo com o tipo de paciente, podendo ser de UTI, emergência, internação ou ambulatório. Sempre é priorizado os pacientes de emergência ou UTI, para poder ter uma liberação do resultado mais rápida. 
A contagem manual do hemograma é feita pela técnica básica, é colocada a lâmina no microscópio e feita à contagem de 100 células no campo da ‘prainha’. Para a contagem dessas células é feita com o auxilio de um contador de células automático e anotado o valor obtido após a contagem. Todos os hemogramas liberados são a partir da contagem manual, que é feita para a confirmação do diagnostico e comparação dos resultados obtidos no equipamento. Normalmente devido a esse procedimento a um atraso na liberação dos resultados, pois sempre há uma grande demanda de hemogramas no laboratório. 
2.2.2 Reticulócitos
	O exame de reticulócitos é utilizado para avaliar a capacidade de produção de hemácias da medula óssea e identificar se a anemia causada é por perda de sangue ou por destruição nas hemácias. É também importante no controle de pacientes que realizar quimioterapia, transplante de medula óssea ou para aqueles que realizam tratamento para anemia. O reticulócito é uma hemácia imatura, ele é identificado entre os eritroblástos e as hemácias. (PAGANA, 2014).
	Esse exame é realizado no setor de hematologia, com uma amostra de sangue coletada em um tudo EDTA. Normalmente o pedido é realizado no mesmo tubo que será feito o hemograma. Esse é um exame 100% automatizado, só em casos de problemas no equipamento é feito manualmente. A realização desse exame é feita no mesmo equipamento onde é realizado os hemogramas, o Cell Dyn Ruby.
O principio do teste é a partir do contraste aos etritrócitos maduros, ou seja, ou reticulócitos, os quais contem RNA ribossômico, esse RNA poderá ser visualidade se utilizado certos corantes catiônicos que simultaneamente precipitam o poli ânion para formar uma rede. Essa análise é feita no canal de contagem óptica do equipamento e é diluída com o reagente de lise do mesmo, assim os eritroblastos poderão adquirir uma forma esférica. A leitura no equipamento é feita na dispersão da luz, podendo ser ela a 0º, 10º e 90º pa para até 30.000 células.
Para a realização do exame é feito com 20 µL da amostra de sangue, e um tubo de reagente. Após esse processo é necessário reagente reagir por 20 minutos em local sem iluminação. Após aguardado este tempo é feita a leitura no equipamento com o parâmetro para reticulócitos. Para iniciar esse procedimento é necessário alterar a função de leitura do equipamento para o modo de reticulócitos. Antes da leitura da amostra, é necessário realizar o controle do equipamento, apirando primeiramente o reagente sem amostra, o background, para ter certeza se resultado é confiado, a amostra só pode ser feita no equipamento quando se obtiver um resultado a baixo de 100 eventos, sendo assim pode ser realizado o exame. Após esse procedimento é entregue para as analistas liberarem o laudo, para poder ter a liberação correta do laudo dos reticulócitos, é necessário a analise com os resultados obtidos do hemograma. Essa analise é essencial para ter uma diferenciação dos reticulócitos, eritrócitos maduros, agregados plaquetários e células nucleares. O valor de referencia usado para o laudo é de 0,5 a 1,5% para adultos e de 2,0 a 6,0% para recém nascidos. Sendo assim, quando é feito a solicitação do pedido do exame de reticulócitos, sempre é acompanhada do hemograma. 
2.2.3 Tempo de trombina (TP) e tempo de tromboplastina (TTPA)
	Esses exames são realizados para a prevenção de procedimentos cirúrgicos ou para o diagnostico de causas de sangramentos. O TP avalia a via extrínseca e a comum da coagulação e o TTPA avalia a via intrínseca e a comum da coagulação (NAOUM, 2014).
	Esses exames são enviados pela coleta pelo tudo azul onde contem o anticoagulante citrato, esse tubo ser centrifugado com velocidade de 3000 rpm, essa centrifugação é realizada pelo setor da triagem em um equipamento especifico. Quando é recebida a amostra no setor, é rapidamente levada para o equipamento. O equipamento utilizado é o ACL Elite pro-instrumentation laboratory, ele tem uma capacidade do walk-away para 40 amostras e aproximadamente 260 cubetas a bordo. 
IMAGEM 3. Equipamento ACL Elite Pro-Instrumentation Laboratory. Fonte: banco de dados do Google.
	O inicio da técnica para a colocação no equipamento, é iniciada retirando a tampa do tubo e colocando em uma posição livre para uso, normalmente é usada a posição 1 e assim por diante. Ao colocar a amostra no equipamento é iniciado a leitura do código de barras. Depois de ser realizada essa leitura são adicionados os exames necessários a serem feitos correspondentes aquela amostra. Sendo assim é iniciado o processo. Após a realização da leitura é entregue o resultado do equipamento para as Analistas analisarem o resultado de acordo com o valor de referencia para a liberação do laudo. Esse exame é de urgência, então não pode ter demora para a entrega dos resultados. 
2.2.4 Tipagem Sanguínea
Esse é um exame que normalmente é realizado no banco de sangue do hospital, mas em pequena escala é enviados alguns para serem feitos no laboratório. A tripagem sanguínea é a técnica que determina os grupos sanguíneos, sendo caracterizados pela presença ou ausência de antígenos na membrana eritrocitária (PARUSSINI, 2012).
A técnica utilizada é a por aglutinação, onde primeiramente são identificados quatro tubos cristal com as identificações A, B, AB e Rh. Para a realização do exame é feita uma diluição do sangue com a proporção de 1 gota de sangue para 9 gotas de salina, feita essa diluição e passada uma gota do sangue diluído para cada tubo cristal. Feito esse procedimento é colocado em cada tudo correspondente 2 gotas dos soros anti-A, anti-B, anti-AB e o rH. E colocado em centrifugação por 1 min com a frequência de 1.000 rpm para se obter uma suspensão. Feito esses procedimentos é entregue para as analistas os tubos. Os resultados são liberados havendo aglutinação ou não nos tubos. 
2.2.5 Coombs Direto
Esse exame é realizado com certa frequência do laboratório. O coombs direto é usado para identificar a presença de anticorpos que atuam contra os eritrócitos no organismo. Ele é usado para o diagnostico de anemia hemolítica e também no recém nascido para detectar se se a mãe (rh-negativo) produziu anticorpos contra o antígeno, que pode ser passado pela placenta ao bebê (rh-positivo) (HENRY, 2012). 
Para dar o inicio da realização do exame, é feito primeiramente a identificação dos tubos cristal (utilizado dois tubos), após esse processo são feitas duas diluições com a amostra, a primeira é feita a partir de 1 gota de sangue e 9 gotas de salina e a segunda diluição é feita com 1 gota da primeira diluição e mais 9 gotas de salina. A partir do tubo dessa segunda diluição, é colocado em centrifugação por 1 min.
Após a centrifugação teremos uma primeira suspenção, onde é retirado todo o liquido do tubo e deixado apenas o precipitado, então é colocado novamente a salina no tubo e colocado para a centrifugação. Esse processo é feito mais 2 vezes. Na ultima vez é retirado o líquido do tubo e é colocada 2 gotas do soro de Coombs (anti-Ig), e colocado para centrifugá-la mais uma vez. Quando acaba este procedimento é entregue para as analistas analisarem o resultado obtido. Onde que se ocorre uma homogeneização completa do sangue com o soro o resultado é negativo e quando as partículas do sangue permanecem aglutinadas após a homogeneização o resultado é positivo. 
2.2.6 Velocidade de Hemossedimentação
O exame de VHS, ou Velocidade de Hemossedimentação é realizado para a detecção de inflamação ou infecção no organismo. A metodologia usada para a realização é pela separação dos glóbulos vermelhos do plasma por capilaridade. Assim quando há existência de um processo inflamatório são formadas proteínas que aceleram a hemossedimentação do sangue, assim obtendo um resultado alto nos testes (DICKINSON, 1998).
Esse procedimento é analisado com a medição da altura da camada dos eritrócitos que sedimentam em um tubo de vidro graduado por o intervalo de tempo de 1 hora. O exame é realizado no seguinte processo, é iniciado com o tubo de EDTA, esse tubo é apoiado em uma raque própria para a realização do VHS, onde que dentro desse tubo é inserido um tubo graduado próprio para o VHS com um tubo de plástico por dentro. Para iniciar o exame é necessário retirar esse tubo de plástico contido dentro do tubo de vidro, e assim começa a contagem do tempo de sedimentação, ou seja, a espera de 1 hora. Passado esse tempo é analisado o resultado e entregue as analistas para a liberação. 
IMAGEM 4. Tubo graduado para a realização de VHS. Fonte: banco de dados do Google.
O valor de referencia varia de acordo com a idade e sexo. O valor aumentando do VHS é o resultado de um processo de infecção no organismo, e o valor do VHS baixo normalmente não indica nenhuma patologia, porém ele pode estar associado com outra patologia, que pode confundir a detecção da infecção no paciente (DICKINSON, 1998).
2.2.7 Contagem de Plaquetas
	A realização do exame de contagem de plaquetas tem como finalidade a avaliação citológica da célula, ou seja, a avaliação do tamanho e se há presença de grânulos (NAOUM, 2014).
	Esse exame é realizado no equipamento Cell Dyn Ruby, a contagem de plaquetas é um parâmetro em conjunto com o hemograma, porém em alguns casos é feito separadamente. O procedimento de realização é o mesmo de se fazer um hemograma, a única diferença é que para a contagem de plaquetas não é feito o esfregaço sanguíneo, é somente realizado o procedimento automatizado.
	A contagem de plaquetas é importante para a identificação de algumas anemias, leucemias, linfomas, infecções e entre outras patologias (NAOUM, 2014).
2.2.8 Hematócrito e Hemoglobina
Esse exame é um parâmetro do hemograma, porém em alguns casos o pedido é feito separadamente do hemograma. A Hemoglobina é uma proteína presente nas hemácias, essa proteína é responsável pela pigmentação do sangue e pelo transporte de oxigênio para o organismo. Quando os resultados estão diminuídos pode ter uma descoloração do sangue e falta de oxigênio nos órgãos. O hematócrito é o parâmetro que mede a porcentagem de sangue ocupado pelas hemácias, quando o resultado obtido é aumentado, pode representar policitemia e quando o resultado é diminuído pode representar casos de anemia (LEWIS, 2006). 
Quando é realizado esse exame no laboratório, ele é feito em outro aparelho o Hemacounter 60, ele realiza hemogramas também, porém é desatualizado tecnologicamente comparando com o Cell Dyn Ruby. O exame de hematócrito e hemoglobina é realizado nele, por questões de custo. O procedimento de realização do exame é o mesmo da contagem de plaquetas, é feito a partir da amostra em um tudo EDTA, e é processada no equipamento, que nele é necessário do cadastro manual da identificação do paciente. Quando é obtido o resultado, é entregue para as Analistas analisarem e liberarem os resultados obtidos.
IMAGEM 5.: Hemacounter 60. Fonte: Banco de dados do Google.
2.3 BIOQUÍMICA
O setor da bioquímica é responsável por analisar amostras como o sangue e a urina e os resultados obtidos são considerados alterações metabólicas. Os diagnósticos bioquímicos podem ser feitos pelos exames de Ácido Úrico, Albumina, Amilase, Amônia, Bilirrubina Direta, Bilirrubina Total, Cálcio, CK, CKMB, Capacidade de Fixação de Ferro (TIBC), Cloreto (Direto), Colesterol Total, Colesterol HDL Direto, Colinesterase, Creatinina, Dióxido de Carbono, Ferro, Fosfatase Alcalina, Fosfatase Acida, Fósforo, Gama GT, Lactato, LDH, Lipase, Magnésio, Potássio (Direto), PCR – Proteína C Reativa, Proteínas na Urina, Proteínas no Líquor, Proteínas Totais, Sódio (Direto), TGO, TGP, Triglicérides, Uréia, Glicose, Acetominofenol, Álcool, Salicilato, Carbamazepina, Digoxina, Fenitoína, Fenobarbital, Lítio, Teofilina, Ácido Valpróico, Gentamicina, Tobracimina, Vancomicina, Anfetaminas, Barbitúricos, Benzodiazepinas, Cocaína, Metadona, Opiáceos, THC, a-1 Antitripsina (AAT), Apo A1, Apo B, ASO, C3, C4, CRP, Colesterol HDL Direto, Fator Reumatoide, Haptoglobina, IgA, IgG, IgM, Microalbuminuria, PCR – Proteína Ultra Sensível, Pré-albuminuria, Tranferrina, Acetominofeno – NAPA, Carabinóides, Homocisteína, Haptoglobina, Hemoglobina Glicosilada, IPTH, Capacidade de Fixação de Ferro Direta (TIBC Direta), LDL Direto. Todos esses exames são realizados pelo equipamento Vitros 5.1, ele tem a capacidade para 150 amostras de rotina e 10 amostras de emergência (ORTHO-CLINICAL DIAGNOSTIC, 2017).
IMAGEM 6.: Equipamentos Vitros 5,1. Fonte: Banco de dados do Google.
 	A tabela demostrada a seguir, apresenta os principais exames realizados no Laboratório no equipamento com os filtros para nome, amostra, intervalo de medição e referência. 
	Nome do teste
	Amostra
	Intervalo de medição
	Intervalo de Referência
	Albumina (ALB)
	Soro ou plasma com heparina
	1,00–6,00 g/dL
10,0–60,0 g/L
(g/L = g/dL x 10)
	3,5–5,0 g/dL
	Fosfatase alcalina (ALKP)
	Soro ou plasma com heparina
	20–1500 U/L
	38–126 U/L
	Alanina Aminotransferase (ALT)
	Soro, plasma com heparina ou plasma com EDTA
	6–1000 U/L
	Adulto: 13–69 U/L
Feminino: 9–52 U/L
Masculino: 21–72 U/L
	Amônia (AMON)
	Plasma com heparina ou plasma com EDTA
	8,7–500,0 μmol/L
	9–30 μmol/L
	Amilase (AMYL)
	Plasma com heparina ou plasma com EDTA
	30–1200 U/L
	Adulto: 30–110 U/L
32–641 U/L
	Aspartato Aminotransferase (AST)
	Soro ou plasma com heparina
	3,0–750,0 U/L
	Adulto: 15–46 U/L Feminino: 14–36 U/L 
Masculino: 17–59 U/L
	Bilirrubina, não-conjugada e conjugada (BuBc)
	Soro ou plasma com heparina
	Bu: 0,0–27,0 mg/dL 
0–462 μmol/L 
Bc: 0,0–27,0 mg/dL 
0–462 μmol/L (μmol/L = mg/dL x 17,1)
	Adulto: 
Bu: 0,0–1,1 mg/dL 
Bc: 0,0–0,3 mg/dL
Recém-nascido: Bu: 0,6–10,5 mg/dL 
Bc: 0,0–0,6 mg/dL
	Cálcio (Ca)
	Soro, plasma com heparina ou urina.
	Soro: 1,00–14,00 mg/dL 0,25–3,49 mmol/L (mmol/L = mg/dL x 0,2495)
Urina: 1,00–17,80 mg/dL 0,25–4,44 mmol/L (mmol/L = mg/dL x 0,2495)
	Soro: 8,4–10,2 mg/dL
Urina: 
Sem Ca: 5–40 mg/dia 
Baixo a médio: 50–150 mg/dia Médio: 100–300 mg/dia
	Creatina Cinase (CK)
	Soro ou plasma com heparina
	20–1600 U/L
	Feminino: 30–135 U/L 
Masculino: 5–170 U/L
	Creatinina (CREA)
	Soro, plasma com heparina ou urina.
	Soro: 0,05–14,0 mg/dL
4–1238 μmol/L
(μmol/L = mg/dL x 88,4)
Urina: 1,2–346,5 mg/dL
106–30 631 mol/L
após 21x diluição em água (μmol/L = mg/dL x 88,4)
	Soro: Masculino: 0,66–1,25 mg/dL Feminino: 0,52–1,04 mg/dL
Urina: 24 horas Masculino: 1000–2000 mg/dia Feminino: 800–1800 mg/dia
	Proteína C Reativa (PCR)
	Soro, plasma com heparina ou plasma com EDTA
	5–90 mg/L 0,5–9,0 mg/dL (mg/dL = mg/L / 10)
	<10mg/L
	Ferro (Fe)
	Soro ou plasma com heparina
	10,1–600,0 μg/dL 1,81–107,46 μmol/L (μmol/L = μg/dL
x 0,1791)
	Feminino: 37–170 μg/dL 
Masculino: 49–181 μg/dL
	Gama Glutamiltrans-ferase (GGT) 
	Soro, plasma com heparina ou plasma com EDTA
	10–1400 U/L
	Adulto: 12–58 U/L
Feminino: 12–43 U/L
Masculino: 15–73 U/L
	Glicose (GLU)
	Soro , plasma com heparina, plasma com EDTA, plasma com fluoreto de sódio/ oxalato de potássio, urina ou LCR.
	Soro: 20,0–625,0 mg/dL 1,11–34,69 mmol/L (mmol/L = mg/dL x 0,05551)
Urina: 20,0–650,0 mg/dL 1,11–36,08 mmol/L (mmol/L = mg/dL x 0,05551)
LCR: 20,0–650,0 mg/dL 1,11–36,08 mmol/L (mmol/L = mg/dL x 0,05551)
	Soro: Adulto em jejum: 74–106 mg/dL
Urina: 24 horas: <500 mg/dia
Aleatório: <30 mg/dL
LCR: 40–70 mg/dL
	Potássio (K+)
	Soro, plasma com heparina ou urina.
	Soro: 1,00–14,00 mmol/L
Urina: 2,50–175,00 mmol/L após 5x diluição em UED
	Soro: 3,5–5,1 mmol/L
Plasma: 0,1–0,7 mmol/L inferior ao intervalo do soro
Urina 24 horas: 25,0–125,0 mmol/dia (dependendo da dieta)
	Lactato Desidrogenase (LDH)
	Soro ou plasma com heparina
	100–2150 U/L
	313–618 U/L
	Magnésio (Mg)
	Soro, plasma com heparina ou urina
	Soro: 0,20–10,0 mg/dL 0,08–4,11 mmol/L (mmol/L = mg/dL x 0,4114)
Urina: 1,20–60,0 mg/dL 0,49–24,68 mmol/L após 6x diluição em água (mmol/L = mg/dL x 0,4114)
	Soro: 1,6–2,3 mg/dL
Urina 24 horas: 73,0–122,0 mg/dia
	Sódio (Na)
	Soro, plasma com heparina ou urina
	Soro: 75,0–250,0 mmol/L
Urina: 5,0–250,0 mmol/L após 5x diluição em UED
	Soro: 137–145 mmol/L
Urina:
24 horas: 40–220 mmol/dia
Aleatório: 30–90 mmol/L
	Fósforo (PHOS)
	Soro, plasma com heparina ou urina
	Soro: 0,50–13,00 mg/dL 0,16–4,20 mmol/L (mmol/L = mg/dL x 0,3229)
Urina: 5,50–143,00 mg/dL 1,78–46,17 mmol/L após 11x diluição em água (mmol/L = mg/dL x 0,3229)
	Soro: 2,5–4,5 mg/dL
Urina 24 horas: 0,4–1,3 g/dia
	Proteína no Líquido Cefalorraquidiano (PROT)
	LCR
	10–300 mg/dL 100–3000 mg/L (mg/L = mg/dL x 10)
	12–60 mg/dL
	Triglicéridos (TRIG)
	Soro ou plasma com heparina
	10,0–525,0 mg/dL 0,11–5,93 mmol/L (mmol/L = mg/dL x 0,01129)
	Normal:
<150 mg/dL
Fronteira elevado:
150–199 mg/dL
Elevado:
200–499 mg/dL
Muito elevado:
≥500 mg/d
	Ácido Úrico (URIC)
	Soro, plasma com heparina ou urina
	Soro: 0,50–17,00 mg/dL 29,7–1011,2 μmol/L (μmol/L = mg/dL x 59,48)
Urina: 5,50–187,00 mg/dL 327,1–11122,8 μmol/L após 11x diluição em água (μmol/L = mg/dL x 59,48)
	Soro: Masculino: 3,5–8,5 mg/dL Feminino: 2,5–6,2 mg/d
Urina 24 horas: 250–750 mg/dia
ORTHO-CLINICAL DIAGNOSTIC, 2017.
	Todos esses exames citados na tabela a cima, são realizados no equipamento Vitros 5,1. O procedimento padrão é a recepção das amostras, analise do plasma, e a colocação no equipamento. Cada raque tem o suporte para 10 amostras. O equipamento tem um sistema de interface onde é feita a leitura do código de barras de cada amostra e é onde ele analisa os exames necessários a serem feitos. Quando há o termino dos mesmos, eles são diretamente interfaceados para o sistema, e assim podem ser liberados pela Analista responsável pelo setor. Sendo assim analisados os resultados com os valores de referência.
	O exame para dosagem de albumina avalia as doenças renais ou o estado hepático do paciente. Sendo que a albumina é uma proteína presente no plasma humano que impede que a água saia dos vasos sanguineos, ela também transporta vitaminas, hormônios e medicamentos (LABTEST, 2012).
	A fosfatase alcalina quando aumentada investiga distúrbios hepáticos e nos ósseos. Ela é uma enzima encontrada em maiores concentração no fígado e nos ossos (LABTEST, 2009).
	A Alanina Aminotransferase é encontrada em grande quantidade no fígado e em pequena quantidade nos rins, coração e músculos. Os níveis de ALT estão aumentados o diagnostico pode ser de uma lesão hepática, e os níveis muito alterados, a causa pode ser uma hepatite aguda por infecção viral (LABTEST, 2006).
	A dosagem de amônia é mensurada para identificar doenças hepáticas ou algumas alterações no ciclo da ureia (hereditária). O nível aumentado da amônia em recém nascidos por exemplo, podem ser observados no ciclo da ureia ou também no diagnostico da doença hemolítica do recém-nascido (LABTEST, 2008). No Hospital Pequeno Príncipe, devido a estabilidade da amostra, o resultado deve ser liberado no período de uma hora, pois a partir desse tempo a amostra pode sofrer alterações e pode ser obtido uma resultado maior do que o esperado.
	A dosagem do Aspartato Aminotransferase é realizada para a detecção de lesão hepática. Essa enzima é encontrada em todo o corpo, sendo em maior quantidade no fígado. Ela e liberada quando há lesão das células. Quando se obtém um resultado superior ao valor de referência, ela pode indicar hepatite aguda ou ate exposição do fígado a substâncias tóxicas (LABTEST, 2006).
	A bilirrubina conjugada é formada pelo fígado na adição de moléculas de açúcar à bilirrubina não conjugada. A ação dela no sangue é se ligar a albumina. Já a bilirrubina não conjugada é formada pela quebra da hemoglobina. A dosagem dela é necessária para ó monitoramento de doenças hepáticas e de anemia hemolítica. Quando está aumentada em recém-nascidos pode dar diagnostico de icterícia fisiológica, até porque ainda não se tem imaturidade hepática (LABTEST, 2008).
	O monitoramento de Cálcio é para a identificação de doença nos rins, ossos ou nervos. Quando se obtém uma hipercalcemia, isso pode ter um diagnostico de hiperparatireodismo ou até o câncer. Já um resultado de hipocalcemia, pode-se entender uma dosagem baixa de albumina, ou deficiência de vitamina D, deficiência de magnésio, insuficiência renal, entre outros (LABTEST, 2007).
 	A dosagem de Creatinina é importante para o monitoramento de doenças renais. Quando se obtem resultados aumentados, pode se diagnosticar glomerulonefrite, pielonefrite, necrose tubular renal. O exame é normalmente solicitado como rotina para pacientes renais (LABTEST, 2012). 
	O exame de Proteina C Reativa, é necessário para a avaliação de pacientes com possível incidência de doença cardíaca. Essa proteína é produzida pelo fígado e liberada na corrente sanguinea, que quando aumentada pode se diagnosticar uma inflamação e também é liberada em altas dosagens após um infarto do miocárdio, cirurgia ou trauma (LABTEST, 2008).
	A dosagem de ferro é necessária para a identificação de varias doenças, variando na sua forma de apresentação, resultando um nível baixo ou alto. Quando expressa um resultado alto pode indicar hemocromatose, anemia hemolítica, anemia sideroblástica ou envenenamento por ferro, já quando se obtém um resultado baixo pode indicar a deficiência ou uma doença crônica (LABTEST, 2009). 
	O exame que dosa a GGT é necessária para o diagnostico diferencial da doença hepática e óssea como causa de elevação da fosfatase alcalina. Ela é ligada na detecção também do alcoolismo. Quando a GGT está aumentada no organismo, ela alerta um dano agudo no fígado, sendo eles principalmente nos dutos hepáticos (LABTEST, 2010).
	O LDH é a indicação de lesão tecidual, normalmente estão aumentados logo quando ocorre essa lesão, pois quando passa-se um tempo essas dosagens voltam ao normal. Os níveis elevados podem representar AVC, uso de drogas, anemias e entre outras doenças. O lactato desidrogenase é uma enzima encontrada em todos os tecidos do corpo e é facilmente detectada no sangue (LABTEST, 2007).
	O Sódio é usado para a detecção de desidratação, edema ou monitoramento de hipertensão ou hipotensão arterial. O sódio é vital para o funcionamento dos processor naturais do corpo, porém quando é expressado uma quantidade alterada, esses sistemas que utilizam sódio podem estar com alterações. Quando se tem um alto nível de sódio no organismo, pode ser diagnosticada uma desitratação (LABTEST, 2008). 
	Os triglicerídeos são uma fonte de energia para o organismo, eles estão concentrados no tecido adiposo. Ele é usado para o diagnostico do risco de doenças cardíacas, além de sedentarismo, fumo excesso no consumo de álcool, diabetes tipo 2, doença renal, hipotireoidismo e até fatores genéticos (LABTEST,
2009). 
	
2.3.1 Gasometria
	O exame denominado Gasometria é realizado no laboratório de Análises Clínicas do Hospital Pequeno Príncipe com a finalidade de avaliar o estado ácido base ou o estado de oxigenação respiratória do paciente. Para a realização deste exame é necessário o uso de uma amostra de sangue total heparinizado e a leitura é feita pelo equipamento GEM 3500-werfen.
IMAGEM 7.: Equipamento GEM 3500. Fonte: Banco de dados do Google.
	Para a realização desse exame é pego a amostra, e retirada uma pequena parte dela para a análise de coagulação do sangue. Esse teste só é realizado com a certeza de que a amostra não está coagulada, sendo assim é feita a leitura no equipamento. Após essa leitura é feita a analise dos resultados para então poder ser feita a liberação, pela analista responsável pelo setor. Quando é feito esse exame é feita a analise se no pedido do paciente a uma solicitação de valor de hematócrito e hemoglobina, se sim, é necessário fazer uma conta bem simples, que é a divisão do valor obtido de hemoglobina pelo hematócrito e multiplicado por 100, o valor de referência para esse resultado é entre 31,0 e 35,0.
2.4 MICROBIOLOGIA
2.4.1 Limpeza de bancadas e câmera de fluxo
	Antes de iniciar-se a rotina pela manhã, deverá ser realizada uma limpeza nas superfícies das bancadas, onde deverá ser limpo com álcool 70% todo o local que futuramente serão processadas as amostras. A câmera de fluxo deverá ser limpa por um profissional técnico, onde primeiramente deverá ser retirado todo o material que está dentro do fluxo laminar, a após isso, deverá ser feita uma higienização de todo o local, para evitar contaminações nas amostras a serem processadas. Após ser feita a higienização, deverá ser reposto os materiais, como os ágares que serão utilizados, as alças, lâminas, lamínulas, gaze esterilizada e um descarte para alças contaminadas. Após todo este procedimento, a luz UVA (radiação ultravioleta) deverá ser ligada para esterilização de microorganismos durante um período de 30 minutos. 
	No fluxo laminar deverão ficar no mínimo 4 ágares de: CPS (para semeadura de urina), triplaca (Ágar Sangue, Chocolate e Mac Conkey), Ágar chocolate, ágar sangue e ágar Mac conkey, pois estes ágares são os mais utilizados para a realização da rotina. 
 2.4.3 Recebimento de Amostras
	Na triagem quando chegar uma amostra do setor de microbiologia, as amostras devem ser analisadas visualmente, pois a mesma tem que conter etiqueta com a identificação do paciente, deve estar em recipientes adequados, o material a ser analisado deverá estar identificado corretamente (líquidos, secreções, fezes, swab retal, nasal, entre outros), o local da coleta deverá estar descrito (o membro que foi coletado, o que foi coletado, quem coletou, e horário). Não deverão ser aceitas amostras contaminadas, materiais não identificados, sem horário e sem identificação de quem fez a coleta do mesmo. Após realizar estes procedimentos, a amostra deverá ser recebida no setor, onde é o recebimento é através de um sistema informatizado chamado Lisnet.	
2.4.4 Cadastro De Amostras
	Toda amostra a ser processada deverá ser cadastrada em uma planilha, ou mapa para ter-se um controle de cada paciente. 
2.4.4.1 Parcial de Urina
	As urinas que chegarem ao setor deverão ser recebidas no sistema, e analisadas visualmente, após isto, deverá verificar quais exames serão realizados para aquele paciente. Se houver somente parcial de urina (URI), o mesmo deverá ser cadastrado em um mapa de parcial de urina (anexo 1), onde deverá conter as seguintes informações: Etiqueta contendo nome, requisição e os exames do paciente e qual recipiente está à amostra (Coletor Estéril ou Frasco Estéril), bem como o número da urina que está sendo processada (Ex. 01, que foi a primeira urina do dia). 
2.4.4.2 Culturas em geral
	As amostras que contêm cultura deverão ser identificadas em um mapa de cultura geral (anexo 2), onde neste mapa deverá conter a etiqueta do paciente com o nome, requisição, e o exame solicitado, data, o número da cultura, além de ser identificado qual é o material (Urina, Escarro, Fezes, Swab Retal, Swab Nasal, Escarro de fibrose cística, coprocultura, secreção em geral, secreção vaginal, cateter, líquor, líquidos estéreis, raspado ósseo, secreção de ferida, brônquica e traqueal). Além do mapa de cultura, deverá ser registrado todas as amostras em uma planilha de cultura, e deve conter todas as características, data, nome do paciente, número de registro, e quem processou as amostras. 
2.4.4.3 Hemoculturas
	As hemoculturas serão cadastradas em um livro de registros de hemoculturas, onde este livro será anexado uma etiqueta com a identificação do paciente, e outra etiqueta com o número do frasco de hemocultura. Neste livro deverá ser registrado quem coletou, a data, o horário, e o local de coleta (Membro Superior Esquerdo (MSE), Membro Superior Direito (MSD), Membro Inferior, Catéter, entre outros). Quando não houver todas estas informações, não deverá ser recebido pelo setor. 
	Quando alguma hemocultura der o resultado positivo, deverá ser feita uma outra análise, que será descrita depois. Mas a mesma deverá ser cadastrada em um mapa de hemocultura positiva (anexo 3), que deverá conter uma etiqueta com o nome do paciente, as observações do frasco, como quem coletou, membro e data, além das informações do equipamento: Data e hora em que o frasco foi colocado no mesmo, tempo de positividade, e hora em que a hemocultura deu positivo.
2.4.4.4 Testes manuais
	Os exames que são realizados de forma manual, que são os testes rápidos, são cadastrados também em um mapa (anexo 4), onde deverá conter a etiqueta com o nome do paciente, nome do técnico que está realizando o procedimento, hora, nome do teste, marca do teste, lote e validade, e qual foi o resultado, positivo, ou negativo. 
2.4.5 Procedimentos 
2.4.5.1 Exame Parcial de Urina 
	O exame parcial de urina é muito importante no diagnóstico laboratorial pois é de fácil obtenção e com ela é possível avaliar muitas funções metabólicas do organismo. Além dos problemas renais, é possível avaliar outros problemas de saúde, como problemas hepáticos, diabetes, entre outros. Este exame é de baixo custo, e a sua avaliação pode alertar casos clínicos assintomáticos (DALMOLIN, 2011; DELLALIBERA-JOVILIANO, 2010). 
	A formação da urina é a partir dos rins, onde tem-se uma filtração glomerular, que formará um ultrafiltrado do plasma, o qual foi reabsorvido glicose, aminoácidos, e outras substâncias essenciais ao organismo. A sua excreção é a partir da filtração glomerular, reabsorção das substâncias dos túbulos renais para o sangue, e a secreção de substância do sangue para os túbulos renais (GUYTON; HALL, 2002).
	A urina é constituída por ureia, mas também por outras substância químicas orgânicas e inorgânicas. Pode ocorrer variações nas suas concentrações, devido a influência da ingestão alimentar, atividade física, metabolismo, entre outros. A ureia é produzida no fígado a partir de proteínas e aminoácidos, que faz parte da composição da parte metabólica, já algumas substância orgânicas que estão presentes, encontram-se a creatinina e o ácido úrico, e de componente inorgânico, tem-se o cloreto, sódio e potássio. Outras substâncias importantes e que são encontradas na urina são os hormônios, vitaminas e até mesmo medicamentos. Alguns elementos não fazem parte do filtrado plasmático, mas que são de suma importância para o diagnóstico clínico da urianálise são as células, cristais, muco e bactérias, que quando são encontrados em grandes quantidades, podem ter um significado clínico (GUYTON; HALL, 2002).
	Ao exame físico-químico deverá constar a descrição da coloração da urina, a densidade, pH, concentração de glicose, proteína, corpos cetônicos, hemoglobina e bilirrubinas. Essas determinações são obtidas a partir de uma fita absorvente a qual é colocada em um equipamento específico e que permite a interpretação dos resultados em segundos (CARVALHAL;
ROCHA; MONTI, 2006).
	O volume urinário deverá ser no mínimo 1 mL a 10 mL para o exame parcial de urina, ou entre 1200mL a 1800 mL na urina de 24 horas. Pode haver poliúria, uma ingestão maior de 2000 mL, indicativo de glomerulonefrite crônica, ou diabetes insípido, ou até mesmo o frio ou a ingesta de líquidos e alimentos pode interferir no resultado. Oligúria, com um volume menor do que 400 mL indicativo de diarreias, vômitos, sudorese, glomerulonefrite aguda, ou insuficiência cardíaca, e até mesmo ao ingesta de líquidos, ou anúria, quando o paciente tem um volume urinário menor do que 100 mL, indicando problema renal. A densidade é a avaliação da capacidade de reabsorção renal sob um estado de hidratação, e o seu valor de referência é entre 1,015 a 1,025. A coloração da urina pode ser um indicativo de pigmentos como urocromo e urobilina, e está relacionada também com a densidade e o volume urinário. A coloração indicativa é entre amarelo-claro e amarelo-citrino, mas pode variar entre amarelo escuro, verde, vermelho, alaranjado, castanho e âmbar. É importante fazer uma análise o quanto antes da urina, pois a luz e a exposição ao ar podem interferir nos resultados. O Aspecto é a partir de um exame visual, onde será observado se está límpido, turvo, e parcialmente turvo. Quando o exame apresenta-se turvo, pode ser indicativo de cristais, leucócitos, hemácias, células epiteliais, muco e bactérias. O exame químico analisa o pH, proteínas, substâncias redutoras,corpos cetõnicos, bilirrubina, urubilinogênio, hemoglobina, e nitrito. O valor de pH deve estar entre 5,0 e 6,0. O valor de referência de Proteína, Hemoglobina, Bilirruibina, Cetona, Nitrito, Glicose, e Leucócitos, é negativo, e o de Urubilinogênio deverá ser normal, ou 1+ (TONET, 2017).
	Se o exame de proteína der alterado, deverá ser confirmado por ácido sulfossalicílico, onde tem-se uma desnaturação e precipitação do ácido, ou pelo reativo de Robert, ácido tricloroacético. O exame de microalbuminúria não é detectado por tiras reativas, portanto deverá ser analisado separadamente, e o valor de referência é entre 30 e 300 mg em 24 horas, e é indicativo de complicações renais. Outro exame confirmatório, é o de Urobilinogênio, que deverá ser feito com o Reativo de Ehrlich, com a substância p-dimetilaminobenzaldeído, que em contato com a urina quando for positivo, a urina passará a ficar com coloração avermelhada (TONET, 2017).
	O exame microscópico determina a presença de cristais, células, leucócitos, hemácias, bactérias, artefatos, espermatozoides, cilindros, muco, leveduras, e paratistas. A urina é um ambiente estéril, portanto tudo o que estiver em anormalidade, deverá ser analisado com precisão. Os resultados falsos-positivos, ou negativos, dá-se a partir da contaminação na hora da coleta, por isso é muito importante a assepsia do local antes da coleta, e a primeira micção do dia. A contaminação geralmente pode ser por células epiteliais escamosas. Quando encontra-se leucócitos com mais de 4 a 5 leucócitos por campo, é indicativo de inflamação. Já quando ocorre uma infecção do trato urinário, descreve-se uma leucocitúria acompanhado de bacteriúria. A presença de hematúria também é um achado clínico importante, pois pode ser indicativo de infecção, bem como doença renal (CARVALHAL; ROCHA; MONTI, 2006).
	O exame de urocultura é solicitado quando existe uma suspeita de infecção urinária, e o tempo para a amostra ser processada, é no máximo 20 minutos. Classifica-se uma urocultura positiva, quando tem-se uma contagem bacteriana superior a 100.000 (10^5) unidades formadoras de colônia (UFC) por mL de urina (CARVALHAL; ROCHA; MONTI, 2006).
	No Hospital Pequeno Príncipe, usa-se para realizar a semeadura das urinas o ágar cromogênico CPS (Chromogen-Agar Mbiolog), que é um meio de cultura que tem por finalidade a identificação dos principais patógenos que causam a infecção do trato urinário. Este meio contém dois substratos cromogênicos que são clivados por enzimas porduzidas a partir de Enterococcus spp., Escherichia coli e coliformes, mas também possui fenilalanina e triptofano. Este ágar é capaz de fazer a identificação a partir da coloração da colônia, como por exemplo a E. coli, que crescerá no meio com coloração rósea, ou branca com centro rosa, ou a Klebsiella spp, que crescerá em um tom azul-esverdeado, entre outros (MBIOLOG, 2010).
	Todas as urinas deverão ser recebidas no setor, e deverão ser cadastradas conforme a solicitação de exames. Quando houver somente parcial de urina (URI), cadastrar a mesma no mapa de parcial de urina, e quando tiver URI e cultura de urina (URO), a mesma deverá ser cadastrada no mapa de parcial de urina, no mapa de cultura de urina, bem como na planilha de cultura. Após o recebimento e cadastro de todas as urinas, as mesmas poderão ser processadas passo a passo:
Homogeinizar a amostra e transportar para um tubo cônico limpo 10 ml de amostra, ou o necessário para poder fazer o exame, sendo que o mínimo é 1 ml;
Quando houver URO, logo após a homogeinização, deverá ser realizada a semeadura em ágar CPS, para evitar a contaminação sempre;
Se houver solicitação de bacterioscopia urinária, deverá confeccionar-se uma lâmina com a urina ainda não centrifugada.
Verificar ainda no fluxo laminar o volume, cor e o aspecto da amostra;
Cadastrar as amostras no equipamento URISCAN PRO II;
Após todas as amostras serem cadastradas, deverá mergulhar uma tira absorvente de teste em cada urina, retirar o excesso da mesma em um papel toalha, e colocar a tira na badeja do equipamento para leitura;
Deverá realizar todo esse procedimento com todas as urinas, até todas serem lidas pelo equipamento, e deverá aguardar a impressão de resultados;
Observar sempre se a sequência das urinas estão corretas;
Destacar os resultados e grampear em cada mapa o resultado correspondente;
Centrifugar todas as urinas em 1500 rpm por um período de 5 minutos;
Retirar todo o sobrenadante, e deixar somente 1 mL do centrifugado;
Colocar cada amostra em uma placa de acacel para realizar a leitura microscópica;
Ler todos os resultados;
Divulgar o laudo no sistema, ou quando der algum resultado anormal, conversar diretamente com o médico solicitante. 
2.4.5.2 Técnica De Coloração De Gram
	A técnica de coloração de Gram foi descoberta em 1884, por Hans Cristian Joaquim Gram, que observou uma variação na coloração das bactérias quando submetidas a diferentes corantes. Dois grupos foram então classificados de acordo com a coloração que obtêm: roxo e vermelho. Foram assim denominadas de bactérias Gram-positivas as que adquiriam coloração azul (roxa), e Gram-negativas as de coloração vermelha (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001).
	Quando as bactérias são coradas por derivados da rosanilina (violeta genciana, cristal violeta, entre outros) e depois são tratadas pela solução iodo-iodetada (lugol), estes formam uma coloração escura, reação entre o corante e o iodo, formando então a iodopararosanilina. Esse composto em bactérias Gram-positivas é retido e não pode ser facilmente removido com álcool, já as bactérias Gram-negativas conseguem ser descoradas pelo álcool (NOGUEIRA, MIGUEL, 2009).
	Todas as bactérias absorvem o corante primário, o cristal violeta, assim como o fixador, o lugol, sendo que as mesmas adquirem uma coloração violeta à partir de um complexo cristal violeta-iodo, que é insolúvel em seus citoplasmas. Logo após, é utilizado um solvente orgânico, o etanol-acetona, que é capaz de dissolver a porção lipídica das membranas externas das bactérias Gram-negativas, então o complexo cristal violeta-iodo é removido, descorando as células. Já as paredes celulares das bactérias Gram-positivas são desidratadas com o solvente, e provoca então a contração dos poros do peptidoglicano, que as tona impermeáveis ao complexo, e o corante cristal violeta é retido, e as células permanecem coradas. É muito importante a fase de descoloração, pois quando utilizado em abrangência, os dois tipos celulares são capazes de sofrer descoloração, provocando desta
forma um resultado falso-negativo, ou falso-positivo. A retenção do corante primário depende das propriedades físico-químicas das paredes celulares bacterianas, como a espessura, densidade, porosidade e a integridade das mesmas. A última fase da coloração de gram é um corante secundário, a fucsina, onde as células serão tratadas com o mesmo. Após todas estas etapas, as células gram-positivas aparecerão coradas ao microscópio em tom violeta, e as gram-negativas em vermelho (VALÉRIA, 2005).
	Se houver solicitação de exames de bacterioscopia, deverá ser confeccionada uma lâmina para coloração de gram da amostra, seguindo passo a passo:
Cobrir a lâmina com corante Cristal Violeta por 1 minuto.
Lavar com água corrente, retirando o excesso do corante;
Cobrir o esfregaço com corante Lugol para gram, e aguardar 1 minuto;
Lavar com água corrente;
Descorar com Álcool-Acetona, ou descorante para gram por aproximadamente 2 segundos, até que não haja mais desprendimento do corante;
Lavar com água imediatamente;
Cobrir o esfregaço com Fucsina de gram e aguardar 30 segundos;
Lavar com água e aguardar a secagem da lâmina ao ar ambiente, ou em estufa por 35ºC. 
Realizar leitura em microscópio óptico;
Assinar laudo.
2.4.5.3 Teste Rápido Estrepto A
	O Streptococcus pyogenes caracteriza-se por ser de espécie anaeróbia facultativa, gram-positivas, catalase negativa, β-hemolítica e imóvel. Cresce em temperatura de 37ºC e é inibido por altas concentrações de glicose. Esta espécie coloniza-se na pele e também em mucosas, mas podem ser isolados da microbiota respiratória e do trato genital. É o agente patogênico mais comum em crianças e adolescentes, e é um importante colonizador, pois as infecções podem ser superficiais, como a faringite e piodema, podendo acarretar em patologias mais graves, como endocardites, e se não tratado corretamente, pode acarretar em escarlatina, e síndrome do choque tóxico. As sequelas por infecções recorrentes inclui febre reumática, artrites reactivas, glomerulonefrite e eritema nodoso (LINO, 2010).
	Existe um teste rápido para o Estrepto da classe A, ou seja, o S. pyogenes, e o teste rápido é feito a partir de amostra de orofaringe, que deve seguir o seguinte protocolo:
A partir do kit do teste, pegar um tubo plático fornecido, e pingar 3 gotas do reagente A e 3 gotas do reagente B;
Homogeinizar e deixar o tubo na estante do kit;
Com o swab estéril, coletar a amostra de secreção de orofaringe;
Colocar o swab dentro do tubo, pressionando o algodão do swab, e girar o swab 10 vezes para dispersar o material;
Retirar o swab do tubo e descartar em lixo hospitalar. Deixar o tubo na estante do kit;
Abrir o envelope com a tira do teste e colocar a tira dentro do tubo, com as setas azuis apontando para baixo;
Não mexer tubo durante a realização do teste;
Cronometrar por 5 minutos para fazer a primeira leitura;
Se o teste for positivo, liberar REAGENTE no sistema;
Se o teste for negativo, liberar NÃO REAGENTE no sistema.
2.4.5.4 Teste Rápido Rsv – Vírus Sincicial Respiratório
	O vírus sincicial respiratório (VSR), é um vírus RNA, envelopado, não segmentado, e que pertence a família Paramyxoviridae. É capaz de afetar indivíduos de todas as faixas etárias, mas as crianças são as mais afetadas já no primeiro ano de vida, podendo ocorrer re-infecções durante toda a vida. A infecção acarreta toda a árvore respiratória, podendo ocasionar em bronquiolite (BEREZIN, et al, 2011).
	Existem diversos diagnósticos laboratoriais, mas o que é utilizado no Hospital Pequeno príncipe, é o Teste Rápido de amostra de aspirado de nasofaringe, ou swab nasal (Swab de rayon), com o seguinte procedimento:
 Utilizando a pipeta que acompanha o teste, pipetar 250 uL de tampão diluente em um tubo;
Adicionar 200 uL de amostra (no caso do swab, agitar dentro do tubo para dissolver a amostra);
Remover a tira da embalagem e colocar dentro do tubo com as setas voltadas para baixo;
Interpretar o resultado com 15 minutos, não ultrapassando o tempo;
Se o resultado for positivo, liberar o resultado como REAGENTE;
Se o resultado for negativo, liberar o resultado como NÃO REAGENTE;
2.4.5.5 Teste Rápido – Sangue Oculto Nas Fezes
	A pesquisa de sangue oculto nas fezes é importante na investigação de doenças gastrointestinais que tenham perda de sangue oculto, como o câncer de colorretal. Os pólipos adenomatodos são precursores do câncer de colorretal, por isso, a prevenção primária é muito importante, e com ela, o diagnóstico primário, como o teste rápido. Ao ser detectado, é possível remover lesões precursoras, bem como realizar a prevenção secundária ao se detectar lesões malignas (JATOBÁ, et al, 2008). 
	O teste rápido consiste na detecção de sangue oculto nas fezes para diagnóstico de câncer de colorretal, para realizar o diagnóstico, é necessário coletar fezes in natura em recipiente limpo e seco.
Retirar a tampa da garrafa de coleta e espetar o stick em pelo menos 3 lugares diferentes da amostra;
Fechar a tampa do frasco da amostra, e agitar vigorosamente;
Remover a tira teste da embalagem, sem tocar a membrana;
Segurar o tubo de coleta na vertical e retirar a tampa superior. Transferir duas gotas da amostra extraída no receptor da tira teste;
Cronometrar por 5 minutos e realizar a leitura. Não interpretar após 10 minutos;
Se o resultado for positivo, liberar o resultado como REAGENTE;
Se o resultado for negativo, liberar o resultado como NÃO REAGENTE;
Assinar o resultado
2.4.5.6 Teste Rápido Influenza A, B e A (H1N1)
	Os vírus influenza são capazes de ocasionar epidemias anuais recorrentes, e atinge todas as faixas etárias em um espaço curto de tempo, e isto é devido a capacidade de adaptação do vírus. Estes vírus são partículas envelopadas de fita RNA simples segmentadas, e são divididos nos tipos A, B e C, mas os de relevância clínica são somente os tipos A, B. Ainda são subdivididos de acordo com as diferenças das glicoproteínas de superfície, que são chamadas de hemaglutininas (H) e neuraminidase (N). Existem três hemagltininas conhecidas (H1, H2, e H3), e somente duas neuraminidases (N1 e N2). O agente etiológico do vírus é o Myxovirus influenzae, denominado vírus influenza. Existem algumas variações que podem ocorrer com este vírus, que pode ocorrer uma mutação, tendo uma substituição completa dos segmentos do genoma viral, que controlam a produção de glicoproteínas da superfície (NETO, et al, 2003). 
	O teste rápido para a detecção destes vírus é feito a partir de amostras de swab nasal, de orofaringe, aspirado nasal/nasofaringe, e é feito da seguinte forma:
Em um tubo de cristal, pipetar o tampão diluente até a marca da pipeta fornecida com o kit, aproximadamente 300 uL.
Inserir o swab contendo a amostra no tubo de ensaio. Agitar o swab e comprimir o algodão na parede do tubo para dispersar o material;
Retirar a tira da embalagem e colocar no tubo de cristal com as sestas apontando para baixo. Não mover a tira durante a corrida;
Interpretar o resultado entre 10 a 15 minutos;
Identificar qual vírus, Influenza A, B, ou H1N1;
Se o resultado for positivo, liberar o resultado como REAGENTE para determinado vírus;
Se o resultado for negativo, liberar o resultado como NÃO REAGENTE para determinado vírus;
Assinar o resultado.
2.4.5.7 Teste Rápido De Rotavírus Nas Fezes 
	A doença diarreica água (DDA) é uma síndrome causada por diferentes agentes etiológicos que causam um aumento no número das evacuações com fezes aquosas, ou de pouca consistência. A Gastroenterite, ou DDA é muito comum em todo mundo, e independe de classe econômica, porém a classe mais afetada, é a classe média baixa, que possui populações sem saneamento básico. Apesar de ser ocasionadas por diversos patógenos, a gastroenterite á mais comumente associada ao Rotavírus (OLIVEIRA; LINHARES, 1999).
	Os rotavírus pertencem ao gênero Rotavírus e a família Reoviridae. Suas partículas virais são esféricas, possuem capsídeo com simetria icosaédrica, e não possuem envoltório. O capsídeo é formado
por três camadas proteicas, o capsídeo interno, intermediário e externo. Os rotavírus tem um tropismo por células apicais que são capazes de recobrir as vilosidades do intestino delgado, infectando os enterócitos, provocando uma desnaturação. Com isto, existe uma perda temporária da absorção do instestino, o que ocasiona em diarreia (LUCHS; TIMENETSKY, 2016).
	A amostra do teste de rotavírus são fezes in natura em recipiente limpo e seco, e o procedimento para realização do exame é:
Em um tubo cristal, adicionar 1 mL de tampão de extração;
Transferir 50 mg de fezes para o tubo e ressuspender no tampão de extração, e se as fezes forem líquidas, transferir 100 uL da amostra;
Agitar vigorosamente a aguardar 3 minutos para que as partículas sólidas decantem no fundo do tubo. Transferir o sobrenadante para outro tubo limpo;
Retirar a tira de reação da embalagem e colocar no tubo que contêm o sobrenadante, com as setas voltadas para baixo, e mergulhar apenas a ponta da seta. Não molhar as setas;
Fazer a leitura dos resultados após 5 minutos;
Se o resultado for positivo, liberar o resultado como REAGENTE para determinado vírus;
Se o resultado for negativo, liberar o resultado como NÃO REAGENTE para determinado vírus;
Assinar o resultado.
2.4.5.8 Hemoculturas
	A infecção hospitalar pode ser adquirida por qualquer pessoa, a manifestação ocorre durante a internação, ou após a alta do paciente. Classificam-se de duas formas, a exógena e endógena, sendo que as exógenas atingem o hospedeiro diretamente a partir de um reservatório ou fonte externa, e as endógenas provêm da microbiota normal. A septicemia é caracterizada por acometer diversos órgãos e sistemas, e além da infecção, ocorre uma inflamação, que compromete a defesa imunológica (ALVES, et al, 2012).
	As infecções causadas por patógenos na circulação sanguínea é de extrema importância para o diagnóstico preciso, e o tratamento terapêutico do paciente. A identificação ocorre a partir de análise bacteriológica no sangue a partir de hemocultura. Podem ocorrer contaminações na hora da coleta, utilização de antibióticos, que podem proporcionar o surgimento de novas cepas bacterinas (ALVES, et al, 2012).
	É utilizado um equipamento chamado BactAlert, que utiliza a detecção colorimétrica do meio de cultura, onde tem-se uma tecnologia sofisticada. Este equipamento utiliza sensores de emulsão de líquidos que é especializado no fundo de cada frasco de hemocultura, onde estes líquidos mudam de coloração conforme a alteração de pH e ao aumento de CO2, produzido pelos microorganismos. Este equipamento mede a coloração a cada 10 minutos a analisa as suas alterações. Existe um algoritmo original que é limiar, ou seja, é possível ter certeza da detecção precisa dos microorganismos (BIOMÉRIEUX, 2001).
FIGURA 1: FRASCO DE HEMOCULTURA POSITIVO E NEGATIVO
REF: Biomérieux, 2001. 
FIGURA 2: EQUIPAMENTO BACTALERT
REF: Biomérieux, 2001. 
2.4.5.8.1 Hemoculturas Positivas
	As hemoculturas positivas deverão ser processadas imediatamente após o aviso do equipamento, incluindo semeadura, que deverá ser feita em uma triplaca de ágar chocolate, manitol, e sangue, além de ser confeccionada uma lâmina e coloração por método de Gram. Deve-se colocar em um mapa de hemocultura, anotar a data, horário, tempo da positividade, e local da coleta. O médico deverá ser avisado sobre a positividade, e caso haja dúvidas sobre a metodologia, a lâmina deverá ser repetida. 
2.5 COLETA
O estágio decorreu no posto de Coleta no Laboratório de Análises Clínicas do Pequeno Príncipe com o auxílio das técnicas em enfermagem. Após a solicitação dos exames pelo clínico, começam o processo de obtenção das amostras clínicas. Cabe ao coletador das amostras, o conhecimento e observação das informações relevantes junto ao paciente, bem como variação cronobiológica, gênero, idade, posição do corpo, jejum, dieta e uso de drogas para fins terapêuticos, podendo assim influenciar e comprometer a exatidão de resultados. Além disto, o coletador deverá verificar a solicitação do médico e o cadastro do pedido, feito isto, apresenta-se ao paciente estabelecendo uma comunicação e ganhando sua confiança exemplificando sobre o procedimento de coleta ao qual será submetido, seguindo a política institucional para o procedimento. Deve também respeitar as normativas de biossegurança e instruções escritas, como manuais padronizados de coleta de sangue venoso e arterial, para proporcionar um procedimento de coleta seguro, tanto para o coletador como para o paciente (GUIMARÃES, et al, 2011).		O coletador deve respeitar a sequência correta de tubos que serão utilizados, bem como o volume de sangue que deve ser colocado em cada tubo e realizar homogeneização dos mesmos, pois os fatores fundamentais na obtenção de amostras podem ocorrer. Para a coleta de sangue periférico total, deverão encher-se os tubos necessários as análises requeridas pela seguinte ordem:
•	Seringas para Hemocultura;
•	Tubos para soro com Ativador de Coágulo, com ou sem Gel separador;
•	Seringa para Gasometria;
•	Tubo de Citrato (Tampa Azul Claro);
•	Tubo seco
•	Tubo de Heparina com ou sem Gel separador de plasma (Tampa Verde);
•	Tubo de EDTA (Tampa Roxo);
•	Tubos com fluoreto (Cinza);
	A coleta de sangue com seringa e agulha são materiais essenciais para o funcionamento de uma instituição de saúde, pelo menor custo do produto. Porém pode trazer impacto em maior escala na qualidade da amostra obtida, bem como em riscos de acidente com materiais perfuro cortantes (MACHADO et al, 2014).		
O laboratório deve solicitar uma autorização ao paciente para realizar o procedimento de coleta, obtendo maior segurança na identificação do paciente e da amostra, de forma clara e objetiva deve-se perguntar o nome completo e a data de nascimento do paciente, e após confirmação dos dados as amostras devem ser identificadas no momento da coleta ou da sua entrega ao laboratório clínico. Para facilitar a identificação, transporte, armazenamento e rastreabilidade das amostras biológicas são feitas o uso de etiquetas com código de barras que a vinculam, de forma segura, demonstrando todas as fases do processo em que a amostra seguirá o seu trajeto (GUIMARÃES et al, 2011) .						
O procedimento de coleta de sangue é realizado a partir da verificação se a cabine de coleta está limpa e com todos os materiais para a realização das coletas, assim solicitando ao paciente que diga seu nome completo para confirmação de pedido médico e etiquetas. Conferindo e ordenando todo material a ser utilizado no paciente, sendo os tubos, gazes, torniquete e entre outros, identificando os tubos na frente do paciente. Em seguida, posiona-se o braço do paciente, inclinando-o para baixo na altura do ombro, se o torniquete for utilizado para a seleção preliminar da veia, pedir que o paciente abra e feche a mão, fazendo a escolha da veia a ser puncionada, esperando em média 2 minutos para utiliza-lo novamente, caso não o consiga. Promovendo a assepsia do local, faz-se o garroteando no braço para a punção imediata em uma angulação oblíqua de 30º, com o bisel da agulha voltada para cima, para visualizar a veia. Após o sangue começar a fluir dentro da seringa ou tubo, faz imediatamente o desgarroteamento do torniquete. Após a aspiração do sangue para dentro dos tubos e da quantidade necessária para a realização dos exames, retirar a agulha da veia do paciente minuciosamente exercendo uma pressão no local com gazes, em geral de 1 a 2 minutos, evitando a formação de hematomas e sangramentos. Orientando o paciente, se estiver em condições de fazê-lo, para pressionar até que o orifício da punção pare de sangrar (MACHADO et al, 2014).									Para a coleta de urina, devem-se cuidados mais específicos, bem como deve ser a primeira urina da manhã, se não for possível, a urina tem que estar em estado pelo menos durante 3 horas na bexiga, deve ser em obtenção de jato médio, mantendo o prepúcio retraído ou os pequenos lábios da vagina afastados e promovendo assepsia do
canal antes da micção. Sendo o mesmo procedimento para a urina 24 horas. Para secreções de orofaringe, solicita-se ao paciente que abra boca intensamente, utilizando iluminação adequada, utiliza-se um abaixador de língua e introduz o swab de modo a atingir a área de coleta sem tocar as outras partes da boca. Pressiona-se levemente o swab na área mais suspeito (pontos com pus, edemaciados ou avermelhados), rodando-o no ponto de coleta (PARDINI, 2013).						
As amostras biológicas devem ser transportadas e preservadas em recipientes isotérmicos, quando requerido, higienizável, impermeável, identificado com a simbologia de risco biológico com os dizeres “Espécies para Diagnóstico” e com o nome do laboratório responsável pelo envio, garantindo a sua estabilidade desde a coleta até a realização dos exames. O transporte das amostras deve ser em áreas comuns a outros serviços ou de circulação em condições de biossegurança. Podem ser enviados no sistema de correio pneumático, por meio de cápsulas pneumáticas, acondicionadas e transportadas a um adequado transporte, lembrando sempre que devem ser identificadas (GUIMARÃES et al, 2011).
2.6 TRIAGEM
	O setor da triagem é o setor crucial do Laboratório de Análises Clínicas do Hospital Pequeno Príncipe. Ele é dividido de uma forma simples, possuem dois computadores para a realização da triagem no sistema que o hospital usa (LisNet], possui uma geladeira, uma centrifuga e uma centrifuga refrigerada e um sistema de recebimento de amostras via capsulas.
	O inicio da rotina é feito primeiramente a limpeza das bancadas, e o descarte das amostras de sobras, essas amostras são as que foram coletadas a mais pela equipe de coleta ou enfermagem. 
	Todas as amostras que chegam no laboratório precisam passar basicamente pelo mesmo procedimento, é analisado o nome do paciente, visto se está com identificação de etiqueta dos exames em cada tubo, se não está é necessário a colocação delas. Essa impressão é feita pelo sistema do hospital buscando o nome do paciente ou a solicitação do exame. Após essa impressão é identificado os tubos corretamente. Também em todas as amostras que chegam no hospital é necessário incluir uma “ocorrência” (aba fornecida pelo próprio sistema), onde nela é necessário escrever por onde foi enviada aquela amostra, quem coletou, horário da coleta e quem fez a triagem, ela é o passo mais importante da triagem, pois ali é que pode identificar qualquer problema futuro que possa ter tido. 
	Após o procedimento de analise das amostras, é feito a triagem em si, no mesmo sistema, que nela analisamos se os exames serão feitos no laboratório do Hospital Pequeno Príncipe ou será enviado para o laboratório de referência. Quando é enviado para o laboratório precisam ser feitos alguns procedimentos, que são eles a analise se se a amostra precisa ser congelada ou só refrigerada, se existe formulário para algum tipo de exame específico, como por exemplo de doenças raras. 
	O envio de matérias pela capsula é a forma mais rápida da chegada das amostras pela triagem, é também o meio de envio de amostras do centro cirúrgico para o laboratório. Normalmente são enviadas gasometrias do centro cirúrgico, e deve ser realizada a triagem da forma mais rápida possível, pois os resultados precisam ser liberados em 15 minutos para o setor. Então, uma amostra do centro cirúrgico sempre é preferência no setor. 
As amostras coletadas no posto de coleta também são entregues diretamente ao setor da triagem pelas coletadoras, uma das amostras entregues [e a urina 24 horas. Quando se possui essa amostra, é necessário fazer a alíquota dela para a realização dos exames necessários. Ela é feita começando com a análise do volume de urina no recipiente, de quantos recipientes foram entregues do paciente. É necessário para esse procedimento os tubos certos para a quantidade de exame pedido e o frasco estéril de urina, que nele colocamos uma amostra do total da urina, para poder guardar como sobra, pois seria inviável para o laboratório guardar um recipiente de mais de 1000 mL de urina 24 horas. O procedimento é feito em uma sala separada do laboratório onde ficam as geladeiras de soroteca, nesse ambiente possui um expurgo, onde pode ser feito o descarte da urina de sobra. 
2.7 DEMAIS SETORES
	Os setores como Analise de Fluidos corporais, parasitologia e imunologia não são realizados no período de vigência do estágio. Os exames parasitológicos são realizados no período da tarde pelo setor de microbiologia, e já os exames de imunologia são somente realizados no Laboratório de Análises Clínicas, os de teste rápido, como o de HIV, os demais são enviados para os laboratórios de referência. Como também outros exames nos setores de hematologia, microbiologia e bioquímica, que também são enviados para alguns laboratórios de referência.
	
	
 DISCUSSÃO
3.1 HEMATOLOGIA
As atividades desenvolvidas no setor da hematologia foram a execução de lâminas para hemograma, o processo da realização do hemograma pelo equipamento, coombs direto, tipagem sanguínea, colocação de amostras no equipamento para a realização dos exames de Tempo de trombina (TP) e tempo de tromboplastina (TTPA), realização do exame de VHS, leitura de laminas de hemograma com a supervisão da analista do setor e a soroteca das amostras.
3.2 BIOQUIMICA
	As atividades desenvolvidas no setor da bioquímica foram a colocação dos exames de sorologia no equipamento, realização do exame de gasometria e a soroteca das amostras. 
3.3 MICROBIOGIA
	As atividades desenvolvidas no setor foram o descarte das amostras guardadas no período indicado, semeadura dos exames nas placas, realização de parcial de urina, colocação de hemoculturas no equipamento e realização das amostras de hemoculturas dadas como positivas, colocação de gram e ziehl-nelseen e leitura do crescimento de bactérias nas placas com a supervisão da analista responsável pelo setor, além também da microscopia do parcial de urina.
3.4 COLETA
As atividades desenvolvidas no setor foram o acompanhamento das coletas realizadas no hospital, a entrega das amostras coletadas para a triagem e a coleta.
3.5 TRIAGEM
	As atividades desenvolvidas no setor da triagem foram a triagem de amostras, colocação das amostras para a centrifugação, a recepção de amostras enviadas pela capsula e pela enfermagem, o descarte das amostras de sobra, a alíquota de urina 24 horas e dos exames terceirizados. 
 CASO CLÍNICO
O caso a ser abordado é de Meningite Viral, foi escolhido esse tema, pois um dos exames para o diagnostico é o estudo do líquor. Esse exame é realizado por todos os setores no Laboratório de Analises Clinicas, no setor da microbiologia é feita a bacterioscopia e a cultura, no setor da bioquímica é feita a avaliação de cloro, cálcio, potássio, glicose e lactado e na hematologia é realizada a contagem de leucócitos presentes no material, além de estar relacionado com os outros exames que podem ser feitos para a confirmação do diagnostico, como hemograma, testes sorológicos e PCR.
HPP, 4 anos, feminino, parda, curitibana. Foi admitida no dia 15/03/2018 no Hospital Pequeno Príncipe. A paciente apresenta dor de cabeça e vômitos a 1 dia, sua mãe afirmou que ela estava bem, quando de repente começou a ter episódios de vômitos a 3x ao dia e cefaleia que não cedia com o uso de dipirona e possuía tosse seca esporádica. Não tem nenhum antecedente grave de doenças, todas as vacinas em dia e não teve icterícia ou cianose neonatal no nascimento. 
	O exame físico apresentou hipoativa, reativa, febril, eupnéica, acianótica, anictérica, corada e hidratada. Frequência cardíaca de 96 bpm, frequência respiratória de 18 ipm e temperatura corpórea de 39º C. Presença de rigidez na nuca, abdômen flácido, indolor a palpitação e plano. 
O exame de diagnostico do Líquor deve como aspecto ligeiramente opalescente, citologia de 820 células/mm3, glicose de 60mg%, globulinas negativa e proteínas de 30 mg%. 
A evolução da paciente se teve com o uso apenas de sintomáticos,
com melhora importante do estado geral, afebril, sem sinais de irritação meníngea, recebendo alta hospitalar no 3° dia. 
CONCLUSÃO
O estágio de Análises Clínicas foi muito vantajoso em ser feito no Hospital Pequeno Príncipe, pois adquiri conhecimentos práticos de todos os conhecimentos abordados ao longo da graduação em Farmácia. Estar em contato direto com os exames e todos os procedimentos a serem feitos no laboratório possibilitou ter uma visão geral de como será o campo profissional após a formação. 
Considero e afirmo que todos os conhecimentos recebidos nesses meses de estágio serão levados como experiencia para toda a bagagem profissional, pois afirmo que o Laboratório de Análises Clínicas do Hospital Pequeno Príncipe é referência para execução dos exames. 
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