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A Necessidade das Tecnologias no Ensino de Física

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Metodologia do 
Ensino de Ciências
A Necessidade das Tecnologias no Ensino de Física
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Esp. Diego Ferreira Coelho 
Prof. Me. Eduardo Jesus Dias
Revisão Textual:
Prof. Me. Claudio Brites
5
• A tecnologia a nosso serviço
• A tecnologia a nosso serviço
• As Tecnologias como Metodologia de Ensino de Física
É importante analisar o uso da tecnologia em nossa sociedade, a forma como ela é utilizada 
no dia-a-dia e, principalmente, na educação, levando em consideração os objetivos que se 
pretende alcançar com esse uso.
É feita uma análise sobre as Tecnologias da Informação e Comunicação, e são apresentados 
alguns exemplos do uso de algumas tecnologias como metodologia de ensino no fomento 
de práticas criativas e inovadoras no ensino de Física.
Nesta unidade, veremos: como usar as tecnologias da atualidade 
como facilitadoras no ensino de Física; as competências 
desenvolvidas nos alunos quando usamos essa metodologia 
de ensino; uma noção sobre o que são as Tecnologias da 
Informação e Comunicação;, e exemplos de práticas que podem 
ser adotadas ao utilizarmos computadores, tablets, celulares, 
vídeos, ou jogos no ensino de Física.
A Necessidade das Tecnologias no 
Ensino de Física
6
Unidade: A Necessidade das Tecnologias no Ensino De Física
Contextualização
Os jogos para computador, smartphones e tablets são tão difundidos hoje que qualquer 
criança ou jovem os possui em seus aparelhos portáteis. Como, então, utilizar um desses jogos 
de uso comum para ensinar e concretizar conteúdos de Física na escola?
Uma das opções é o Angry Birds Space, jogo da Rovio, em que pássaros devem acertar 
porquinhos em cenários espaciais. Os resultados dos lançamentos dependem da interação 
gravitacional com planetas, asteroides, e outros astros.
O jogo para download (inclusive com algumas versões gratuitas) pode ser encontrado em: 
http://space.angrybirds.com/launch; as versões mais utilizadas são para smartphones e tablets.
Uso do jogo em sala:
Independente do objetivo que se queira desenvolver, é mais fácil associar as características 
desse jogo aos temas Movimento: variações e conservações ou Universo, Terra e Vida.
Vamos supor que se queira averiguar o conhecimento adquirido referente às Leis de Newton, 
aplicação de forças e aos campos gravitacionais.
O jogo pode ser propagado entre os alunos (em seus próprios aparelhos portáteis) e, assim 
que as fases desejadas forem atingidas, o roteiro pode ser entregue e respondido pelos estudantes 
– ou por grupos de alunos. Um clima de competição pode ser gerado, pois os jovens são bem 
competitivos, mas, para realizar tal tarefa, supõe-se que os alunos já tiveram contato com os 
conteúdos citados no parágrafo acima.
Então, pede-se para que os alunos analisem as fases indicadas no roteiro com um olhar 
científico, respondendo às seguintes questões:
No jogo, algumas características precisam ser esclarecidas:
 » A função do estilingue é aplicar uma força sobre os pássaros para que sejam lançados;
 » O campo gravitacional dos astros coincide com a atmosfera dos mesmos (um porquinho 
só pode sobreviver dentro de uma bolha, ou da atmosfera, caso contrário ele morre).
Fases 1-1, 1-6.
Qual a diferença entre a trajetória dos pássaros dentro de um campo gravitacional e fora 
dele? Justifique.
Fases 1-9, 1-11, 1-16, 1-18, 1-19
No espaço, os corpos se encontram em repouso. Eles só entram em movimento se uma força 
for aplicada sobre eles. Que lei Física enuncia esse fenômeno? Quando um corpo entra no 
campo gravitacional dos astros, que força passa a agir sobre ele?
7
Fases 1-14, 1-15, 1-17
No espaço, temos o vácuo, portanto, um corpo em movimento tende a continuar em 
movimento até que uma força o faça parar. Isso ocorre nessas fases, ou os corpos vão 
ficando mais lentos e tendem a parar? Qual das situações é fisicamente correta?
Fase 2-2, 2-8, 2-23
No espaço, é possível usar a gravidade de um astro para desviar a trajetória? Quais as condições 
para que isso ocorra? (Como exemplo, lance os pássaros com diferentes velocidades).
Há uma versão on-line para esse jogo, diferente da versão para download nos aparelhos 
tecnológicos portáteis, disponível em: http://clickjogos.uol.com.br/jogos/angry-birds-space; 
mas, se for analisado, pode abordar diferentes conteúdos, como o Movimento de projéteis.
Cabe ao professor ter criatividade para inovar, ou seguir a tendências na produção 
acadêmica sobre o ensino de Física com o uso de novas tecnologias.
8
Unidade: A Necessidade das Tecnologias no Ensino De Física
A tecnologia a nosso serviço
A Física e a tecnologia caminham lado a lado, porém cada uma tem um interesse diferente: a 
Física estuda os fenômenos naturais (movimento dos corpos, interação gravitacional entre eles, 
conceitos de calor e temperatura, a luz e suas características, o eletromagnetismo, as partículas 
elementares, entre outros), conceitos reunidos, organizados e classificados em cada observação 
e descoberta feita por filósofos e cientistas; a tecnologia é uma aplicação prática das ciências (a 
Física entre elas) que, através de ferramentas, máquinas, equipamentos ou processos, coloca-se 
a nosso serviço para dar maior conforto para nossa vida diária.
Mas a aplicação da tecnologia pode ter diferentes pontos de vista: da mesma forma que ela 
pode ser usada para empregar o bem social, diminuir a desigualdade dentro de um país ou entre 
diferentes povos, descobrir a cura para doenças que aparentemente não possuam tratamento, 
enfim, ser utilizada como solução para os males que afetem as pessoas; ela também pode 
ser manipulada para que uma minoria gere riquezas e as utilize para benefício próprio, para 
produzir desequilíbrio social, para destruir ou dizimar povos (por meio da indústria bélica e de 
bombas atômica, ou ainda pela criação de armas biológicas).
As pessoas que detém o conhecimento e as aplicações das ciências (engenheiros, técnicos, 
cientistas) em suas diversas áreas devem entender as leis científicas e usá-las para criar 
instrumentos com utilidades práticas, porém, as consequências também devem ser analisadas: 
a produção em massa de equipamentos tecnológicos acaba gerando também uma quantidade 
de lixo tecnológico que, se não for devidamente armazenado ou reciclado, pode prejudicar 
a natureza; a produção de combustíveis fósseis acaba, cada vez mais, com a quantidade de 
petróleo do planeta, e seu consumo exacerbado gera indícios do aquecimento global. Nesses 
casos, a própria tecnologia pode trazer a solução para tais problemas.
A tecnologia a serviço da educação
E como fazer com que essa tecnologia toda seja usada para fins educacionais? Como torná-
la uma aliada no processo de ensino-aprendizagem? É possível que ela traga práticas de ensino 
que facilitem o entendimento dos alunos?
Uma coisa é fato: a tecnologia já está presente no cotidiano dos alunos, em seus computadores, 
videogames, tablets, celulares, e em suas casas, nos equipamentos que seus pais utilizem. Por 
que não tornar tudo isso uma ferramenta para o ensino de Física?
As Orientações Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN+) do Ensino 
Médio retratam a ciência e a tecnologia, dentre várias formas, como maneiras de representação 
e comunicação a serem desenvolvidas nos alunos (Quadro 1). 
9
Quadro 1
Reconhecer e utilizar adequadamente na forma oral e escrita símbolos, códigos 
e nomenclatura da linguagem científica (símbolos, códigos e nomenclaturas da 
ciência e da tecnologia).
Ler, articular e interpretar símbolos e códigos em diferentes linguagens e 
representações: sentenças, equações, esquemas, diagramas, tabelas, gráficos 
e representações geométricas (articulação dos símbolos e códigos da ciência 
e da tecnologia).
Elaborar comunicações orais ou escritas para relatar, analisare sistematizar 
eventos, fenômenos, experimentos, questões, entrevistas, visitas, 
correspondências (elaboração de comunicações).
 
Fonte: Thinkstock / Getty Images
O uso da tecnologia e a avaliação sobre a forma desse uso revelam, muitas vezes, um 
desempenho satisfatório dos alunos, além de desenvolver determinadas competências ligadas à 
interpretação, comunicação e expressão dos temas de Física.
10
Unidade: A Necessidade das Tecnologias no Ensino De Física
Noção sobre as Tecnologias da Informação e Comunicação
As Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) surgem a partir da ascensão tecnológica 
que teve início na segunda metade do século XX. Além de contribuírem com a promoção de 
diversas áreas de trabalho, fazendo com que a eficiência das empresas aumentasse, e tornarem 
a comunicação e a troca de informações praticamente instantâneas, elas podem ser aplicadas 
ao ensino de Física.
Mas o que exatamente são as Tecnologias da Informação e Comunicação? Ramos (2008, p. 
5) descreve as TIC da seguinte forma:
Chamamos Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) aos procedimentos, 
métodos e equipamentos para processar informação e comunicar que surgiram 
no contexto da Revolução Informática, Revolução Telemática ou Terceira 
Revolução Industrial, desenvolvidos gradualmente desde a segunda metade 
da década de 1970 e, principalmente, nos anos 90 do mesmo século. Estas 
tecnologias agilizaram e tornaram menos palpável o conteúdo da comunicação, 
por meio da digitalização e da comunicação em redes para a captação, 
transmissão e distribuição das informações, que podem assumir a forma de 
texto, imagem estática, vídeo ou som. Considera-se que o advento destas novas 
tecnologias e a forma como foram utilizadas por governos, empresas, indivíduos 
e sectores sociais possibilitaram o surgimento da Sociedade da Informação.
As TIC aliadas ao ensino de Física devem seguir três regras básicas, de acordo com Ward 
(2010, p. 197):
 » O uso da Tecnologia da Informação e Comunicação deve estar alinhado à boa prática 
no ensino;
 » Ela deve possibilitar que os alunos satisfaçam a meta de aprendizagem;
 » A Tecnologia da Informação e Comunicação deve fazer algo que não possa ser alcançado 
sem seu uso ou possibilitar que tal conhecimento seja alcançado de forma mais efetiva.
Vale a pena ressaltar que o uso das TIC não torna necessariamente uma “aula ruim” numa 
“aula boa”. Quando se opta por passar um filme que traz conteúdos de Astronomia a serem 
trabalhados sobre o tema Universo, Terra e Vida (tema estruturador sugerido pelas Orientações 
Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio), se o filme não 
for discutido em aula, com as questões relacionadas ao tema esclarecidas e orientadas pelo 
professor, não vale a pena utilizá-lo; nesse caso, habilidades como a observação, interação, 
participação e comunicação dos alunos é fundamental para que as TIC sejam eficientes.
Se a aula apenas permite que os alunos assistam algo em um quadro branco interativo, 
passivamente, e não promove ou possibilita que façam suas próprias perguntas ou criem suas 
próprias ideias, essa não é ‘boa ciência’ ou mesmo boa aprendizagem (WARD, 2010, p. 198).
Portanto, essas técnicas devem estar aliadas a outras metodologias e abordagens diferentes, 
fazendo com que os alunos desenvolvam as competências desejadas para o tema trabalhado.
11
Se, ao ensinar em sala de aula sobre os Movimentos de Projéteis (queda 
livre, lançamento horizontal, lançamento vertical, lançamento oblíquo), um 
professor utilizar um simulador num computador em que cada aluno tenha 
que seguir procedimentos para poder chegar a conclusões sobre os diversos 
tipos de movimentos, e ensinar aos alunos como manusear o simulador exigir 
mais tempo da aula do que trabalhar com ele, não convém que seja realizado 
esse processo. A aprendizagem dos alunos em torno dos conteúdos abordados 
é mais importante do que o ensino de como manusear o programa utilizado, 
e as aulas de Física podem acabar perdendo seu foco, como afirma Ward 
(2010, p. 199): “Se a maior parte da aula for gasta ensinando os alunos a 
usar o hardware ou os programas, não será uma aula de ciências, mas uma 
aula baseada nas habilidades das TIC”.
O uso da Tecnologia da Informação e Comunicação ainda deve ser comparado às outras 
práticas de ensino e analisado, verificando se é o método mais eficaz para que o aluno concretize 
seu aprendizado.
Esse é o princípio mais importante relacionado ao uso da TIC. Se um livro tradicional for a 
forma mais rápida e eficiente de encontrar as informações necessárias, ou se o uso de imagens 
em uma tela não aumentar a aprendizagem, a opção da informática não deve ser utilizada 
(WARD, 2010, p. 200).
Portanto, a TIC se faz presente na educação para agregar e facilitar os métodos já utilizados 
pelo professor, usando os diversos tipos de tecnologia e as formas de comunicação e transmissão 
de informação a seu favor.
Figura 1 – regras básicas para o usa da TIC
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Unidade: A Necessidade das Tecnologias no Ensino De Física
As Tecnologias como Metodologia de Ensino de Física
O ensino de Física tem ganhado muitas ferramentas nos últimos anos: a produção de vídeos 
educativos com o atrativo da tecnologia para tornar mais atraente o tema abordado; a difusão 
do conhecimento através da internet, tornando experimentos, cientistas e a própria Física 
mais conhecidos; a divulgação de ferramentas como programas e aplicativos, acessíveis em 
computadores, celulares e tablets, etc.
Podemos destacar diversas tecnologias existentes e promissoras para a área da educação, 
principalmente no que se refere ao ensino de Física, mas vamos analisar somente algumas 
dessas tecnologias, as mais presentes e utilizadas em todas as realidades.
Uso de Vídeos
A utilização dos vídeos no ensino de Física, se 
bem feita pelo professor, pode: fazer com que o 
aluno visualize algo que o professor não poderia 
demonstrar usando giz e lousa; desenvolver um 
grau de abstração no aluno necessário para a 
compreensão de vários fenômenos; contextualizar 
determinado tema trabalhado em sala de aula.
Souza e Moreira (2005 apud TONIATO, 2005, 
p. 3) afirmam o seguinte: “[...] a proposta de 
utilização de vídeos como método auxiliar no 
Ensino de Física é viável, permitindo explorar 
ao máximo a discussão dos conceitos físicos 
envolvidos e motivando o aluno para a sua 
compreensão”. Portanto, como já foi mencionado, não basta passar um vídeo (seja um filme, 
um documentário) e esperar que os alunos tirem suas próprias conclusões e façam ligações com 
os conteúdos a serem estudados; o professor deve tomar a iniciativa de criar um ambiente de 
discussão e reflexão sobre o vídeo assistido.
E, com todo o acesso à tecnologia que temos atualmente, há outra possibilidade: a produção 
de vídeos pelos alunos. Essa uma forma de avaliar como se expressam em linguagem científica 
e sua oralidade como um todo, além da criatividade que utilizam na criação dos mesmos.
 
 Explore
Existem várias propostas de trabalho sobre o uso de vídeos para o ensino de Física. Um 
deles é o da produção de vídeos educativos por meio dos alunos, projeto desenvolvido 
no Rio de Janeiro, que pode ser acessado em: http://www.educacaopublica.rj.gov.br/
biblioteca/fisica/0029.html.
13
Computadores, tablets e celulares
Com as transformações tecnológicas de nosso tempo e certa acessibilidade de todos a 
essas tecnologias (mesmo as pessoas de renda mais baixa), o uso dos computadores como 
ferramenta de trabalho e lazer, e os tablets e celulares como instrumentos de comunicação e 
acesso à informação, traz grandes mudanças e impactos no comportamento social, como nunca 
visto antes, gerando “[...] um novo perfil de cidadão mais receptível a artefatos portáteis [...], 
provocando assim padrões comportamentais sociaisde grande impacto na vida cotidiana das 
pessoas” (DIAS, 2014, p.32).
As escolas começam, agora, a notar o potencial desses equipamentos (principalmente os 
portáteis) para uso em prol da educação. Os computadores já se tornaram velhos conhecidos, 
até mesmo dos professores mais tradicionais, seu uso em pesquisas na internet, para digitação 
de trabalhos, preparo de aulas em PowerPoint e outros programas, e as inúmeras funções que 
ele tem só tende a facilitar a difusão do conhecimento e torná-lo um facilitador na aprendizagem 
do aluno. Todo tipo de informação pode ser acessada nele com uma conexão à internet, o que 
pode ser bom e ruim, afinal, todas as informações estarão corretas?
Pense
A função do computador e, mais especificamente, da internet pode substituir a função 
do professor? Com o acesso à internet, o aluno pode adquirir conhecimento de várias formas, sob 
diversos métodos (videoaulas, resolução de exercícios, informações de todos os tipos), mas esse 
conhecimento obtido pode ser igualado a aprendizagem concretizada? E quem poderia avaliar esse 
aprendizado, supondo que ele tenha ocorrido, sem a interação com um professor orientador? E qual 
o diferencial do Ensino a Distância nesse contexto?
Usar tais tecnologias a favor da educação é uma nova realidade, à qual não estamos 
acostumados ainda. Werthein (2000, apud DIAS, 2014, p.33) confirma que:
As novas tecnologias de informação e comunicação tornam-se, hoje, parte 
de um vasto instrumental historicamente mobilizado para a educação e 
aprendizagem. Cabe a cada sociedade decidir que composição, do conjunto de 
tecnologias educacionais, mobilizar para atingir suas metas de desenvolvimento 
(WERTHEIN, 2000, p.77).
14
Unidade: A Necessidade das Tecnologias no Ensino De Física
E agora os aparelhos portáteis (tablets, smartphones, celulares), além de desempenharem 
o papel do computador, trazendo informações e tornando a comunicação mais ágil, fazem 
com que seus usuários fiquem conectados (quase o tempo todo) uns aos outros por meio de 
programas e aplicativos.
É possível, então, usar esses aparelhos para se atingir alguma meta no ensino de Física? Essa 
é uma questão que norteia o estudo de várias linhas de pesquisa atuais, que buscam como usar 
essa tecnologia nas escolas para um avanço significativo na aprendizagem dos alunos. Ainda 
de forma tímida, mas com um enorme potencial, alguns professores começam a desenvolver 
didáticas voltadas a essa área. O compartilhamento de informações e de resultados (muitas 
vezes divulgados em simpósios e congressos) pode contribuir com a propagação dessas práticas, 
buscano maior eficiência da educação.
Simuladores (programas e jogos)
Fonte: Thinkstock / Getty Images
Ainda com o auxílio dos computadores e tablets é possível utilizar programas desenvolvidos 
especificamente para a aprendizagem de um determinado tema. Podem ser simuladores 
(programas desenvolvidos que simulam uma atividade experimental que pode ser feita, ou não, 
na prática), programas de uso comum utilizados para fins educacionais (como o Excel, com 
registro de dados e construção de gráficos sobre uma determinada atividade), ou, ainda, jogos 
que podem ser abordados com a finalidade de desenvolver determinadas competências nos 
alunos (há vários jogos que podem ser baixados nos celulares e tablets, e ainda há a opção dos 
jogos on-line).
Os simuladores trazem um diferencial na aprendizagem dos alunos:
1. Temos em nossas salas de aula uma geração de jovens que manuseiam as tecnologias 
ao seu redor com muita facilidade e, ao usarmos um programa que faça a simulação 
de um experimento, esperamos que a aprendizagem do manuseio por parte dos alunos 
seja rápida;
2. Ao simular um experimento, por exemplo, o aluno desenvolve habilidades voltadas 
à representação e comunicação de temas ligados à ciência e à tecnologia, além da 
15
investigação e compreensão dos fenômenos observados. Ele não manuseará um 
experimento, mas, em compensação, terá dados mais exatos do que os obtidos em 
uma montagem experimental convencional;
3. São opções viáveis à prática experimental quando a escola ou o professor carecem dos 
materiais necessários para determinada experiência;
4. Podem acelerar um processo que levaria horas, dias ou anos em apenas alguns minutos, 
através de opções direcionadas pelo professor;
5. Promovem a interatividade do aluno com o fenômeno em questão.
Existem vários simuladores que podem ser encontrados gratuitamente na internet, em 
diversos sites, desenvolvidos por universidades conceituadas, por grupos de pesquisas, e 
voltados especificamente para o ensino.
 
 Explore
Para conhecer alguns simuladores usados no ensino de Física, acesse:
 » https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulations/category/physics
O uso de jogos também é uma alternativa bem atraente para o ensino de Física. Os jogos 
sempre estimulam a competitividade entre os jovens e, na era digital em que vivemos, é 
conveniente que se adapte, na medida do possível, os jogos acessíveis em tablets e celulares – 
até mesmo aplicativos – em ferramentas para o aprendizado dos alunos.
Alguns jogos sempre trazem elementos a serem abordados: fontes de energia, fenômenos ópticos 
e ondulatórios, cinemática, mecânica, entre outros – depende do tipo de jogo que é estudado.
Existem estudos, por exemplo, de como utilizar o Angry Birds no ensino de Física (jogo 
em que pássaros devem acertar porquinhos, impulsionados por meio de um estilingue, para 
destruí-los). O jogo traz a conversão de energia potencial elástica em energia cinética e potencial 
gravitacional, dependendo do lançamento dos pássaros. Pode ser analisada a conservação da 
quantidade de movimento de um dos pássaros que se multiplica ou, ainda, o estudo sobre 
movimento de projéteis em geral.
Há também a opção de jogos on-line para escolas que tenham um laboratório de informática 
com acesso à internet – embora nada impeça o professor recomendar para que os alunos 
acessem em casa.
 
 Explore
Nos sites abaixo, existem dois jogos (semelhantes, pois se apresentam nas versões 
1 e 2) cujo objetivo é levar energia elétrica ao ponto final. Para isso, é necessário 
instalar vários equipamentos (que vão aumentando o grau de dificuldade conforme 
se avança no jogo) que fazem todos os tipos de transformações de energia. Uma 
diversão agregada ao aprendizado. 
 » http://clickjogos.uol.com.br/Jogos-online/Puzzle/Electric-Box/
 » http://clickjogos.uol.com.br/Jogos-online/Puzzle/Electric-Box-2/
16
Unidade: A Necessidade das Tecnologias no Ensino De Física
Lembrando que, sempre que uma dessas tecnologias é utilizada, o professor deve reger e 
orientar o método que os alunos devem adotar ao jogar, ao analisar os simuladores, ao assistir 
ou produzir vídeos – uma espécie de roteiro de como proceder com essas tecnologias, para que 
o aproveitamento dos alunos seja máximo e o aprendizado seja concretizado.
17
Material Complementar
Para saber mais sobre o tema estudado nesta unidade, acesse: http://www.if.ufrgs.br/cref/
ntef/publica.html, onde você poderá encontrar diversos artigos e textos relacionados às novas 
tecnologias no ensino de Física.
Como visto na unidade, há um site para ser explorado com vários simuladores gratuitos: o 
Phet Interactive Simulations, da Universidade de Colorado em Boulder. Isso pode ser acessado 
em: https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulations/category/physics. O site tem simulações para 
conteúdos relacionados ao movimento, ao som e às ondas, aos fenômenos quânticos, à luz e 
radiação, entre outros.
Para usar jogos no ensino de Física, o site http://clickjogos.uol.com.br possui vários jogos 
on-line que podem ser analisados e relacionados com os diversos temas de Física – basta que o 
professor tenha criatividade o suficiente para relacionar os temas a serem estudados em Física 
com algumdesses jogos em específico.
No blog http://cineaprendizagem.blogspot.com.br, intitulado Filmes para serem usados em 
sala de aula, há diversos filmes e documentários divididos em seções, que podem ser usados no 
ensino. Há uma parte dedicada à Física, onde há mais de 40 vídeos para a serem trabalhados 
na escola.
18
Unidade: A Necessidade das Tecnologias no Ensino De Física
Referências
BRASIL, Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais 
(Ensino Médio). Brasília: Ministério da Educação e Cultura (MEC), 2000.
_______, Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Orientações Complementares aos 
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN +) Ciências da Natureza e suas Tecnologias. 
Brasília: Ministério da Educação e Cultura (MEC), 2002.
DIAS, Eduardo Jesus. . O uso dos tablets nas aulas de matemática no ensino médio. 
2014. 116 f. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática) – Universidade 
Cruzeiro do Sul, São Paulo, 2014.
LARA, Alessandro L. de; et al. Ensino de Física mediado por Tecnologias De Informação 
e Comunicação: Um Relato de Experiência. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE ENSINO DE 
FÍSICA, 20., 21 – 25 jan. 2013, São Paulo. Paraná: Universidade Federal Tecnológica do Paraná. 
Disponível em: < >. Acesso em: 10 ago. 2014.
RAMOS, Sérgio. Tecnologias da Informação e Comunicação – Conceitos Básicos. 
Aveiro, 2008. Disponível em: <http://livre.fornece.info/media/download_gallery/recursos/
conceitos_basicos/TIC-Conceitos_Basicos_SR_Out_2008.pdf>. Acesso em: 3 ago. 2014.
TONIATO, Júnior Diniz; et al. Tecnologia no Ensino de Física: Uma Revisão do XVI Simpósio 
Nacional do Ensino de Física, Espírito Santo, Universidade Federal do Espírito Santo, 2005. 
Disponível em: <http://www.cienciamao.usp.br/dados/epef/_tecnologianoensinodefisi.trabalho.
pdf>. Acesso em: 5 ago. 2014.
WARD, Helen. Uso e abuso da tecnologia da informação e da comunicação. In: WARD, 
Helen et al. Ensino de Ciências. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010. p. 195-215.
19
Anotações
www.cruzeirodosulvirtual.com.br
Campus Liberdade
Rua Galvão Bueno, 868
CEP 01506-000
São Paulo SP Brasil 
Tel: (55 11) 3385-3000
www.cruzeirodosulvirtual.com.br
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