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QUESTÕES CLÍNICA MÉDICA II - PROVA ORAL 1- Quais métodos do exame físico do abdome e sua sequência: 1- Inspeção 2- Ausculta 3- Percussão 4- Palpação 2- Como deve estar o paciente quanto a posição do exame físico do abdome? Ele deve estar na posição ortostática e decúbito dorsal. 1. Depender da manobra que será realizada e das estruturas que serão analisadas. 2. Paciente deve ficar exposto o menor tempo possivel durante a realização das manobras. 3. Não deve causar nenhum tipo de constrangimento ou desconforto. 4. Posições utilizadas: sentada, fowler, decúbito dorsal, litotômica, posição de Sims, decúbito ventral, decúbito lateral e genupeitoral. 3- O que é avaliado na inspeção estática e dinâmica do abdômen? ESTÁTICA Deve-se averiguar observar o paciente, buscando na região abdominal: lesões, distribuição anormal de pêlos, estrias, circulação colateral venosa (veias ao redor da cicatriz umbilical), cicatrizes, dentre outras características que podem ser visualizadas no abdômen. O formato do abdômen também deve ser observado na inspeção, podendo ser: • Plano: formato normal do abdômen. • Globoso: abdômen aumentado de maneira uniforme com predomínio na região anterior. • Batráquio: abdômen aumentado com predomínio transversal (parece barriga de sapo). Ocorre nos pacientes que tem ascite (presença de líquido na cavidade abdominal). • Avental: parede abdominal cai sobre as pernas do paciente, comum em obesos. • Pendular: quando apenas a porção inferior do abdome protrui com o aumento do volume abdominal. • Escavado: aspecto visto nas pessoas muito emagrecidas. DINÂMICA Observar o tipo respiratório, movimentos peristálticos, pulsações, hérnias. 4- Quais as regiões que dividem o abdômen? O abdômen pode ser dividido em três andares com três regiões cada, sendo elas: abdômen superior ( hipocôndrio direito, epigástrio e hipocôndrio esquerdo ), abdômen médio ( flanco direito, mesogástrio e flanco esquerdo ) e abdômen inferior ( fossa ilíaca esquerda, hipogástrio, fossa ilíaca direita ). 5-Lateral - Abdome de batráquio- caracterizada por dilatação exagerada de flanco, com aumento de diâmetro lateral, ocorrendo em indivíduos com ascite e obesos com diminuição da tonicidade da musculatura de parede abdominal. 6- Na inspeção dinâmica devemos avaliar: presença de hérnias, respiração, movimentos peristálticos visíveis e pulsação 7 – Na inspeção estática, o que podemos observar no abdome? As premissas básicas para a inspeção do abdome são iluminação adequada, desnudamento dessa área corporal e conhecimento de suas características normais, especialmente a projeção dos órgãos na parede abdominal. A pele, o tecido celular subcutâneo, a musculatura e a circulação venosa podem ser avaliadas. Além das lesões elementares da pele e da circulação venosa colateral superficial, deve-se investigar a coloração da pele, a presença de estrias, manchas hemorrágicas e a distribuição dos pelos, bem como a eventual existência de soluções de continuidade da parede, representadas pela diástase dos músculos retos anteriores do abdome e pelas hérnias. Diástase dos músculos retos anteriores: estando o paciente em decúbito dorsal, pede-se a ele para contrair a musculatura abdominal, seja elevando as duas pernas estendidas, seja levantando do travesseiro a cabeça, sem mover o tórax. Esta mesma manobra serve também para se investigar a presença de hérnias da parede abdominal. As hérnias inguinais e crurais tornam-se evidentes quando o paciente sopra com força sua própria mão, posicionada na boca para impedir a eliminação do ar. À inspeção abdominal, os seguintes parâmetros devem ser investigados: forma e volume do abdome, cicatriz umbilical, abaulamentos ou retrações localizadas, veias superficiais, cicatrizes da parede abdominal e movimentos. Forma e volume do abdome: A forma e o volume do abdome variam de acordo com a idade, o sexo e o estado de nutrição do paciente. Os seguintes tipos de abdome podem ser encontrados: atípico ou normal, globoso ou protuberante, em ventre de batráquio, pendular ou ptótico, de avental e escavado (escafoide ou côncavo). Cicatriz umbilical: A cicatriz umbilical normalmente apresenta forma plana ou levemente retraída. O encontro da protrusão da cicatriz umbilical, que indica geralmente a existência de uma hérnia ou o acúmulo de líquido nesta região, tem valor prático. Boxe Sinais de Cullen e de Gray-Turner: Sinal de Cullen. Equimose periumbilical, resultante de hemorragia retroperitoneal. Pode surgir na pancreatite aguda e na ruptura de gravidez ectópica. Sinal de Gray-Turner. Equimose dos flancos. Pode ocorrer na pancreatite necro- hemorrágica e indica grave comprometimento da víscera. Abaulamentos ou retrações localizadas: Em condições normais, o abdome tem uma forma regular e simétrica, sendo de observação comum apenas uma leve proeminência na sua parte média e inferior, que não indica anormalidade. As principais causas são: hepatomegalia, esplenomegalia, útero grávido, tumores do ovário e do útero, retenção urinária, tumores renais (Figura 17.9), tumores pancreáticos, linfomas, aneurisma da aorta abdominal (raro) e megacólon chagásico quando se apresenta com fecaloma volumoso. O dado semiológico fundamental é a localização, daí a necessidade de se ter em mente a projeção das vísceras na parede abdominal. Veias superficiais: O padrão venoso da parede abdominal geralmente é pouco perceptível. Quando as veias tornam-se visíveis pode caracterizar circulação colateral. Cicatrizes da parede abdominal: A localização, a extensão e a forma de uma cicatriz na parede abdominal podem fornecer informações úteis sobre cirurgias anteriores. ◗ Flanco direito: colecistectomia ◗ Flanco esquerdo: colectomia ◗ Fossa ilíaca direita: apendicectomia, herniorrafia ◗ Fossa ilíaca esquerda: herniorrafia ◗ Hipogástrio: histerectomia ◗ Linha média: laparotomia ◗ Região lombar: nefrectomia ◗ Linha vertebral: laminectomia. Movimentos: Três tipos de movimentos podem ser encontrados no abdome: movimentos respiratórios, pulsações e movimentos peristálticos visíveis. 8- Qual a semiotécnica da ausculta do abdome? A ausculta do abdome fornece informações importantes a respeito da movimentação de gases e líquidos no trato intestinal, dados que contribuem na avaliação clínica de um paciente com suspeita de íleo paralítico ou de oclusão intestinal. Boxe É importante que se realize a ausculta do abdome antes de se realizar a percussão e a palpação, pois estas podem estimular o peristaltismo e encobrir uma hipoatividade dos ruídos hidroaéreos. Usa-se o estetoscópio clínico com o receptor de tambor ou de diafragma. Em condições normais, ocorrem mais ou menos a cada 5 a 10 s ruídos de timbre agudo, de localização variável e de aparecimento imprevisível, decorrentes da movimentação dos líquidos e gases contidos no trato gastrintestinal. Nos casos de diarreia e de oclusão intestinal, os ruídos hidroaéreos tornam-se mais intensos em função do aumento do peristaltismo e são denominados borborigmos. O contrário ocorre no íleo paralítico, síndrome caracterizada pelo desaparecimento do peristaltismo intestinal. Boxe Além dos ruídos hidroaéreos, podem ser ouvidos no abdome sopros sistólicos ou sistodiastólicos (contínuos) indicativos de estreitamento do lúmen de um vaso (artéria renal ou aorta abdominal) ou de fístula arteriovenosa. São audíveis também, a partir do quintomês de gestação, os sons do coração fetal e, às vezes, o sopro placentário. Nestes casos é necessário utilizar o estetoscópio obstétrico. 9 - A ausculta do abdome fornece informações importantes a respeito da movimentação de gases e líquidos no trato intestinal, dados que contribuem na avaliação clínica de um paciente com suspeita de íleo paralítico ou de oclusão intestinal. Usa-se o estetoscópio clínico com o receptor de tambor ou de diafragma. Em condições normais, ocorrem mais ou menos a cada 5 a 10 s ruídos de timbre agudo, de localização variável e de aparecimento imprevisível, decorrentes da movimentação dos líquidos e gases contidos no trato gastrintestinal. Nos casos de diarreia e de oclusão intestinal, os ruídos hidroaéreos tornam-se mais intensos em função do aumento do peristaltismo e são denominados borborigmos. O contrário ocorre no íleo paralítico, síndrome caracterizada pelo desaparecimento do peristaltismo intestinal. Além dos ruídos hidroaéreos, podem ser ouvidos no abdome sopros sistólicos ou sistodiastólicos (contínuos) indicativos de estreitamento do lúmen de um vaso (artéria renal ou aorta abdominal) ou de fístula arteriovenosa. São audíveis também, a partir do quinto mês de gestação, os sons do coração fetal e, às vezes, o sopro placentário. Nestes casos é necessário utilizar o estetoscópio obstétrico. Espera-se: ruídos hidroaéreos número e timbres normais, sem sopro, sem vascolejo Não esperado: ruídos hidro-aéreos aumentados em número ou timbre, vasculejos, sopros 10- À inspeção abdominal, os seguintes parâmetros devem ser investigados: forma e volume do abdome, cicatriz umbilical, abaulamentos ou retrações localizadas, veias superficiais, cicatrizes da parede abdominal e movimentos. Forma e volume do abdome A forma e o volume do abdome variam de acordo com a idade, o sexo e o estado de nutrição do paciente. Em decorrência de alterações intra-abdominais ou da própria parede abdominal, os seguintes tipos de abdome podem ser encontrados: atípico ou normal, globoso ou protuberante, em ventre de batráquio, pendular ou ptótico, de avental e escavado (escafoide ou côncavo). Abdome atípico ou normal Compreende grandes variações de acordo com cada indivíduo. Suas principais características morfológicas são a simetria e ser levemente abaulado. Abdome globoso ou protuberante Este tipo de abdome apresenta-se globalmente aumentado, com predomínio nítido do diâmetro anteroposterior sobre o transversal. Pode ser observado na gravidez avançada, ascite, distensão gasosa, obesidade, pneumoperitônio, obstrução intestinal, grandes tumores policísticos do ovário e hepatoesplenomegalia volumosa. Abdome em ventre de batráquio É aquele em que, estando o paciente em decúbito dorsal, observa-se franco predomínio do diâmetro transversal sobre o anteroposterior. Pode ser observado na ascite em fase de regressão e é consequência da pressão exercida pelo líquido sobre as paredes laterais do abdome. Abdome pendular ou ptótico Empregam-se essas denominações quando, estando o paciente de pé, as vísceras pressionam a parte inferior da parede abdominal, produzindo neste local uma protrusão. Sua causa mais comum é a flacidez do abdome no período puerperal. Ocorre, também, em pessoas emaciadas cuja parede abdominal tenha perdido sua firmeza. Abdome em avental É encontrado em pessoas com obesidade de grau elevado, sendo consequência do acúmulo de tecido gorduroso na parede abdominal. Neste tipo, a parede abdominal pende “como um avental” sobre as coxas do paciente, tornando-se mais evidente quando o paciente está de pé. Abdome escavado (escafoide ou côncavo) Sua característica morfológica está contida em sua denominação, ou seja, percebese nitidamente que a parede abdominal está retraída. É próprio das pessoas muito emagrecidas, geralmente portadoras de doenças consuntivas, principalmente neoplasias malignas do sistema digestivo 11- Ondas de Kussmaul: peristaltismo visível, podem ser observadas na obstrução intestinal (com abdome rígido) e na síndrome de estenose pilórica. Pode ser normal em indivíduos magros. Sinal de Cullen: equimose periumbilical, resultante de hemorragia retroperitoneal. Pode surgir na pancreatite aguda e na ruptura de gravidez ectópica. Sinal de Gray-Turner: equimose dos flancos. Pode ocorrer na pancreatite necro- hemorrágica e indica grave comprometimento da víscera. 12 - Podemos avaliar a presença de hérnias à inspeção estática e à inspeção dinâmica, pedindo ao paciente que faça a Manobra de Valsalva. 13- Os ruídos hidroaéreos podem desaparecer em caso de abdome agudo inflamatório e íleo paralítico. Além disso, quando uma apendicite evolui para peritonite, os ruídos desaparecem. Nas peritonites os sons desaparecem primeiro próximo à lesão e depois desaparecem no geral. 14- BORBORIGMO É dado pela grande predominância de gases em relação ao conteúdo líquido do órgão. É o “ronco da barriga”, que indivíduos normais frequentemente apresentam, quando estão com fome; ouve-se à distância, quando o estômago vazio apresenta uma forte onda de contração em direção ao piloro. Tal tipo de ruído pode ser considerado como uma variante do ruído hidroaéreo propriamente dito. Em casos de obstrução incompleta do intestino, o ruído hiperativo pode ser audível até a um ou dois metros do paciente. Ocorre em paciente portadores de aerofagia (deglutição excessiva de ar, decorrente da ingestão apressada de alimentos ou devida a certos estados ansiosos) 15- Os sopros abdominais podem ser pesquisados seguindo-se a trajetória da aorta, lembrando-se que ela gera transversalmente as duas renais na altura do umbigo e se bifurca um centímetro abaixo da cicatriz umbilical, gerando as ilíacas externas. Esses sopros são similares aos cardíacos e predominam na sístole. 16 - Sopros abdominais (focos na aorta/ a. renais/ a. ilíacas/ a. femorais). Oclusão vascular- arterioesclerose ( sistólicos-diastólicos/ epigástrica e lateral ao reto abdominal) Estenose de A. renal Zumbido venoso S. De Cruveilhier-Baumgarten (circulação colateral + sopro + frêmito periumbilical) 17 – Quais os sons possíveis na ausculta do abdome? Em condições normais, ocorrem mais ou menos a cada 5 a 10s ruídos de timbre agudo, de localização variável e de aparecimento imprevisível, decorrentes da movimentação dos líquidos e gases. Nos casos de diarreia e oclusão intestinal, os ruídos hidroaéreos tornam-se mais intensos em função do aumento do peristaltismo. O contrário do íleo paralítico, síndrome caracterizada pelo desaparecimento do peristaltismo intestinal. Além dos ruídos hidroaéreos, podem ser ouvidos no abdome sopros sistólicos ou sistodiastólicos (contínuos) indicativos de estreitamento do lúmen de um vaso (artérial renal ou aorta abdominal) ou de fístula arteriovenosa. São audíveis também, a partir do quinto mês de gestação, os sons do coração fetal e, às vezes, o sopro placentário. Nestes casos é necessário utilizar o estetoscópio obstétrico. 18 – Qual a importância da ausculta abdominal? A ausculta do abdome fornece informações importantes a respeito da movimentação de gases e líquidos no trato gastrointestinal, dados que contribuem na avaliação clinica do paciente. É importante auscultar especialmente a área central, com a finalidade de identificar timbre, frequência e intensidade dos movimentos hidroaéreos, além de procurar e identificar a existência de sopros. 19, 20, 21 e 22 – Estão todas juntas aqui: A palpação tem como objetivos determinarse há alguma resistência na parede abdominal, determinar as condições físicas das vísceras abdominais e explorar a sensibilidade dolorosa do abdômen. Ela geralmente é dividida em duas: superficial ou profunda Na superficial há pouca pressão exercida e é realizado empurrando suavemente, com uma mão apenas, a parede abdominal em movimentos circulares ou digitiformes ao longo de todos os quadrantes. Nessa palpação pode haver uma forma de “defesa muscular”, uma rigidez da parede associada ao reflexo visceromotor, indicando que pode haver uma peritonite (inflamação da membrana que recobre os intestinos e a face interna do abdome), sendo esse reflexo uma forma de proteção contra a ação de agentes externos sobre áreas inflamadas do peritônio (a palpação normal deve ser flácida e oferecer pouca resistência). Já a profunda, é muito similar à primeira, mas deve ser realizada com as duas mãos sobrepostas e com uma maior pressão sobre a parede do abdome. Nas duas formas de palpação devemos procurar por cistos, massas ou abaulamentos (que podem ser hérnias, tumores, entre outras coisas). O fígado é um dos órgãos mais importantes no processo de palpação, sendo que ele pode ser palpado com as mãos em garra (com um formato similar ao de um gancho) no rebordo costal direito associado a um movimento respiratório. A técnica de palpação do fígado consiste em pedir ao paciente inspirar profundamente e depois expirar e durante a expiração, deve-se posicionar os dedos da mão abaixo do rebordo costal direito. Depois do fim da expiração, mantendo os dedos nessa posição, pede-se para o paciente repetir o movimento, podendo ser sentida a ponta do fígado contra os dedos. O fígado habitualmente não ultrapassa 2 cm do rebordo costal direito. Quando ultrapassa 2 cm, pode haver uma hepatomegalia (tamanho aumentado do fígado) ou uma ptose hepática (na qual o fígado não se encontra aumentado, mas está deslocado para baixo, por exemplo, devido a um enfisema pulmonar, o qual aumenta a área do pulmão e o desloca para baixo). A diferença entre um fígado aumentado e um em ptose pode ser determinada pela hepatimetria realizada na percussão. A palpação do fígado também é útil para verificar a sua textura, que costuma ser lisa, mas pode ser arredondada em fígados congestos, ser granulosa no caso da cirrose ou apresentar algumas massas no caso de neoplasias. 23 – Como avaliar a contratura voluntária e involuntária do abdome? Para avaliar se é voluntária ou involuntária a contratura abdominal, o examinador desvia a atenção do paciente através de conversar sobre outros assuntos, solicitar que respire fundo ou pedir que flexione as pernas, o que faria cessar a contração, caso ela seja voluntária. Se esses artifícios falharem estamos frente à um caso de contração involuntária, muito provavelmente causada pelo reflexo visceromotor ocasionado pela peritonite. 24 – Semiotécnica da palpação do baço. A melhor maneira de palpar o baço é através da posição de Schuster, embora possa-se palpar igual se procede a palpação de fígado, só que no quadrante superior esquerdo dessa vez. A posição de Schuster potencializa o exame, e nada mais é que o paciente se posicionar em decúbito lateral direito, com a perna direita estendida e a coxa esquerda fletida sobre o abdome num ângulo de 90°, com o ombro esquerdo elevado e apoiando o braço esquerdo sobre a cabeça. O examinador pousa a sua mão esquerda sobre a área de projeção do baço, com uma certa pressão, como se fosse deslocá-lo para baixo, e com a direita vai fazendo a palpação, de acordo com os movimentos respiratórios do paciente (durante a inspiração, vai avançando a mão rumo ao rebordo costal). Cuidado para não confundir com a última costela, que é flutuante. Em geral, conseguir palpar indica esplenomegalia. 25- Qual o significado propedêutico do sinal de Giordano? Durante a palpação dos rins, é necessário avaliar a sensibilidade dolorosa. Muitas vezes, a compressão com as pontas dos dedos pode ser suficiente para provocar dor. É necessário lembra-se se fazer a punho-percussão no ângulo costovertebral formado pela borda inferior da 12ª costela e apófises transversas das vértebras lombares superiores (manobra de Giordano). O surgimento de dor à punho-percussão (sinal de Giordano) sugere infecção renal, por exemplo, pielonefrite. 26- Semiotécnica da palpação renal: Tendo em conta que o rim é um órgão retroperitoneal, é fácil compreender que os rins normais são praticamente inacessíveis à palpação. Entretanto, o polo inferior pode ser palpado em crianças e adultos magros com musculatura abdominal delgada. A palpação dos rins é feita com o paciente em decúbito dorsal da seguinte maneira: enquanto uma das mãos procura explorar os quadrantes superiores do abdôme, a outra mão, espalmada, empurra o flanco correspondente de baixo para cima na tentativa de trazer o rim para frente (palpação bimanual). Em pessoas magras, o polo inferior do rim direito normal pode ser palpado na inspiração, o que geralmente não ocorre com o rim esquerdo. Quando os rins estão aumentados, é possível palpá-los e, até mesmo, percebê-los à inspeção, se o aumento for muito grande (principalmente em crianças). Nestes casos, percebe-se abaulamento dos flancos. Rins facilmente palpáveis denotam, em geral, aumento de volume (hidronefrose, neoplasia, cisto) ou pelo fato de serem anormalmente móveis (ptose renal). Em geral, o aumento de ambos os rins denotam doença policística ou hidronefrose bilateral. 27- A palpação do colón e sigmoide se da pela palpação profunda, que pode ser realizada com as mãos espalmadas com dedos em garra, mãos estiradas e obliquas ou mãos sobrepostas. Ceco: palpar psoas até arcada inguinal onde encontramos o ceco, ele é elástico; Colón ascendente e descendente: aprofundar a mão durante a expiração próximo a cicatriz umbilical, deslizar para fora transversalmente, a postura semi obliqua do paciente favorece a palpação; Colón transverso: palpar onde estiver do epigástrico até a fossa ilíaca, possui grande mobilidade, forma cilíndrica e contornos lisos; Sigmoide: palpar junto a cicatriz umbilical acompanhando o psoas até a região inguinal, é duro e elástico. 28 - Sinal de Lapinsky: dor em fossa ilíaca direita quando realizada a palpação profunda em ponto de MacBurney com o membro inferior hiperestendido e elevado. Pode ser indicativo de apendicite. 29- Quais órgãos são possíveis de serem palpados no abdome? Em condições normais, não se consegue distinguir pela palpação todos os órgãos intraabdominais. Nas pessoas magras, se a parede abdominal estiver bem relaxada, é possível reconhecer o fígado, os rins, a aorta abdominal, o ceco, o cólon transverso e o sigmoide. Em contrapartida, o estômago, o duodeno, o intestino delgado, o pâncreas, as vias biliares, o peritônio, a bexiga e o baço não são reconhecíveis pela palpação, exceto em situações especiais e transitórias de doenças. 30- O que significa Descompressão Brusca Dolorosa? A DDP ou também chamado de sinal de Blumberg é a dor que ocorre à descompressão rápida da parede abdominal. Essa manobra pode ser aplicada em qualquer região da parede abdominal e significa a presença de peritonite. Quando a dor é observada em qualquer área do abdome pesquisado, é indicativo de peritonite generalizada. 31- Quando ocorre o sinal de Blumberg e seu significado clinico? R: o sinal de Blumberg é um sinal de dor vinda da descompressão brusca da altura da fossa ilíaca direita e indica a presença de um processo peritoneal agudo sugestivo de apendiciteaguda ou irritação peritoneal. 32- Quais as características propedêuticas da palpação da vesícula biliar em tumores de pâncreas? R: a existência de uma vesícula biliar palpável em pacientes ictéricos é sugestiva de neoplasia pancreática maligna. Na maioria das vezes esta localizada na cabeça do pâncreas. Essa associação é classicamente chamada de regra de Courvoisier e deve ser lembrada pois é útil no raciocínio clinico. 33 – Sinal de Murphy (Semiotécnica): Na colelitíase e na colecistite crônica, embora a vesícula não seja palpável, é frequente o paciente relatar dor quando é exercida compressão sob o rebordo costal direito, no ponto cístico, durante a inspiração profunda. A maneira de pesquisar este sinal é a seguinte: o examinador, à direita do paciente em decúbito dorsal, coloca sua mão esquerda de modo que o polegar se insinue sob o rebordo costal direito no nível da borda interna do músculo reto anterior, enquanto a face palmar da mão apoia-se sobre o flanco. Sem afrouxar a pressão exercida pela mão palpadora, solicita-se que o paciente respire profundamente. Em caso de dor, o atendido interrompe o movimento respiratório ao mesmo tempo que reclama da sensação dolorosa. O ponto de palpação da vesícula pode ser tocado de duas maneiras. Nas pessoas magras, ele corresponde à interseção da borda externa do músculo reto abdominal com a cartilagem costal. Nos pacientes obesos, pela linha que une a crista ilíaca à arcada costal passando pelo umbigo. 34 – Palpação do Fígado (2 Semiotécnicas): O primeiro elemento a se determinar na palpação é a borda, que pode ser examinada de duas maneiras. Na primeira, a mão direita, aberta e espalmada, é colocada no ponto onde a percussão identificou o limite inferior. Se a primeira manobra não for possível ou se o examinador tiver dúvidas, a palpação deve começar a partir do quadrante inferior direito. Em ambos os casos, a mão deve estar suave e totalmente apoiada na parede abdominal, com sua borda interna paralela à linha média do abdome, com exceção do polegar. Os demais dedos devem permanecer unidos e estirados. A seguir, imprimem-se movimentos de flexão da articulação intermetacarpiana, rápidos e firmes, deprimindo a parede como se se telegrafasse sobre ela, em sentido ascendente. Uma segunda maneira de palpar a borda hepática é por intermédio da "manobra em garra': Para executá-la, o examinador coloca-se à altura do ombro direito do paciente deitado, podendo o médico ficar em pé ou sentado no leito. Onde as outras manobras identificaram a borda, colocam-se os dedos mínimo, anular e médio de ambas as mãos, no mesmo alinhamento, de tal maneira que as extremidades dos dedos médios se toquem. Isto permite formar uma enorme superfície contínua para a palpação. Solicitando ao paciente e que inspire profunda e lentamente outra vez, as pontas dos dedos trazem para cima a borda hepática, que pode ser então avaliada. 35 – Semiotécnica da percussão hepática: O limite superior é determinado pela percussão ao longo da linha hemiclavicular, no nível do 5º espaço intercostal esquerdo, identificado pelo som submaciço. Este som correspende à musculatura diafragmática sobre a cúpula hepática e é uma transição entre a sonoridade pulmonar e a macicez hepática. A percussão do limite ou borda inferior- é necessário lembrar que não existe borda superior - é feita, suavemente, de baixo para cima, na projeção das linhas hemiclavicular e medioesternal,em direção à arcada costocondral. Os pontos de macicez correspondem ao limite inferior do figado e servem como locais de referência para a palpação. A distância entre o limite superior e o ponto de macicez inferior, mais baixo, corresponde, com boa aproximação, ao tamanho real do fígado. 36 – Significado clínico da Semiotécnica do Sinal de Torres homeme: Sinal de Torres-Homeme é caracterizado pela percussão dolorosa da região hepática, estando relacionada a processos inflamatórios e ao abcesso hepático. 37- Qual o significado clínico-propedêutico da Síndrome de Curvoisier-Terrier? Os principais sintomas das neoplasias do p ncreas são a dor, a anorexia, a astenia e a perda de peso. A dor uma manifesta‐ ção precoce, decorrendo provavelmente do acometimento dos ramos sensoriais dos nervos ou da invasão de órgãos vi inhos. Raramente corresponde a crises de pancreatite aguda causada por compressão de canais pancreáticos. Pode ser tipo cólica biliar quando há compressão do col doco. A icterícia o sinal mais característico da doença. em caráter progressivo, observando‐ se altas taxas de bilirrubina no soro. colestase provoca intenso prurido. Em alguns casos, pode haver diarreia com esteatorreia. utro achado que aparece em consequ ncia da compressão do col doco o aumento da vesícula, que se torna palpável ao exame físico (lei de Curvoisier‐Terrier). O sinal de Courvoisier define a presença de icterícia e de uma vesícula biliar distendida sem a presença de dor. É um forte indicativo de câncer pancreático (principalmente periampular), e pode ser usado para distinguir o câncer pancreático da colecistite aguda ou coledocolitíase. 38. Semiotécnica da ascite de médio e grande volume : com uma das mãos o examinador golpeia o abdome com piparotes, enquanto a outra, espal‐ mada na região contralateral, procura captar ondas líquidas chocando‐se contra a parede abdominal. A percussão por piparote usada na pesquisa de ascite Nas ascites de grande volume, o diagnóstico quase óbvio inspeção uma simples manobra do “piparote” o confirma. Esta manobra consiste no seguinte: ■ Com o paciente deitado, solicita se a ele ou a um auxiliar que coloque a margem cubital da mão sobre o abdome, exercendo uma pequena pressão ■ examinador coloca sua mão esquerda, espalmada, sobre a parede lateral direita do abdome ■ Com a mão direita, o examinador dá um piparote, com o dedo m dio, na parede lateral esquerda. As ondas líquidas transmitem se para o lado oposto, sendo percebidas pela mão esquerda. uando a ascite muito tensa, a mão do auxiliar pode ser dispensada. , não há sinal do piparote quando o paciente está deitado, pois o líquido se acumula nos flancos. Com o doente de p , este sinal pode ser detectado no abdome inferior. á, deitado, a ascite identificada com uma manobra conhecida como “pesquisa de macice móvel”. 39- - Significado do sinal de piparote: R: caso dê positivo significa ascite de grande volume (abdome globoso/batráquio com pele lisa e brilhante). 40- - Métodos de diagnóstico de ascite de pequeno volume: R: Pequeno volume < 500 ml de líquido na cavidade peritoneal. Até se pode fazer a percussão por piparote no baixo ventre com o paciente em pé e bexiga vazia, porém a ultrassonografia abdominal é o método ideal para tal ascite.
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