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AULA 4- IMUNO (Juliana)

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1 
 
DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY 
 
IMUNIDADE INATA: CÉLULAS IMUNES 
Imunidade em que tem células participando de forma 
rápida, de forma inicial, não precisando ser ativadas para 
que comecem a desempenhar suas funções, elas já estão 
prontas para reconhecer microrganismos e patógenos de 
forma geral. 
OBJETIVOS DA AULA 
INTRODUÇÃO 
Células da Imunidade inata, são fundamentais para que 
células da Imunidade Adaptativa, ou seja, para que os 
Linfócitos T exerçam sua ação. Iremos mostrar como se dá 
essa interconexão entre células da Imunidade Inata 
apresentando antígenos para esses linfócitos. 
Por muito tempo pensou-se que células da Imunidade Inata 
eram células fracas, inespecíficas, por não apresentarem 
memória. Entretanto, não existe isso, já que sem células da 
Imunidade Inata, não tem ativação de linfócitos, portanto, 
não adianta existir linfócitos, inclusive, de memória, se eu 
não tenho células da Imunidade Inata para apresentar esses 
microrganismos para eles. 
 
 
 
 
 
 
Por muito tempo pensou-se sobre sua inespecificidade. 
Comparada a células da Imunidade Adaptativa, realmente, 
as células da Imunidade Adaptativa são mais específicas, por 
conta da variabilidade estrutural dos receptores, por conta 
de reconhecer porções específicas de cada um. 
Células da Imunidade Inata, reconhecem os PAMP’s, é 
menos específico do que a Imunidade Adaptativa, porém, 
consegue reconhecer padrões que são característicos 
daquela população bacteriana, ou daquela população viral. 
EXEMPLO: Portanto, se células da Imunidade Inata, 
entram na sala e somos todos microrganismos, elas 
irão reconhecer de forma geral que mulheres são 
diferentes de homens. Apesar de ser somente uma 
a patogênica, ela vem e destrói todas as mulheres. 
Por um lado, isso não é tão bom, mas por outro, ela destruiu 
também o que é ruim. Ou seja, as células da Imunidade Inata 
reconhecem padrões comuns a um microrganismo, que são 
os famosos PAMP’s, e cada microrganismo tem seu PAMP. 
Comparado a Adaptativa é menos favorável já que destrói 
como um todo, mas destrói tudo que precisa destruir. Então, 
ele vai reconhecer por meio dos seus PRR’s, que são 
Receptores de Reconhecimento de Padrões que estão 
presentes em células da inata, reconhecendo os padrões 
moleculares associados ao patógeno, que é o que causa 
infectividade daquele microrganismo. 
 
EXEMPLO: Por meio dos PAMP’s, eu tenho por 
exemplo lipopolissacarídeo nas Bactérias Gram 
Negativas que vão ser o PAMP dessas células. Ou 
seja, vai ser aquilo que causa a 
infectividade/virulência daquele patógeno, e então 
vem os PRR’s da Inata, os Receptores de 
Reconhecimento de Padrão da Inata, e reconhecem 
o lipopolissacarídeo, ou seja, o PAMP do 
microrganismo. 
EXEMPLO: Ao mesmo passo, temos RNA de dupla 
hélice encontrado em muitos vírus, esse vai ser o 
PAMP dessa população viral. 
EXEMPLO: Outro exemplo é o Ácido Teicoico em 
bactérias GRAM positivas. 
Temos também os DAMP’s, os danos celulares, em que as 
células da Imunidade Inata são capazes de destruir, como 
por exemplo, o ácido úrico lesando a membrana, tirando a 
DDP, ou seja, a diferença de potencial, fazendo com que a 
célula perca sua propriedade, por isso se torne uma célula 
danosa. Por isso é que vem a sigla DAMP (Padrão Molecular 
Associado ao Dano), ou seja, destrói tanto microrganismos 
quanto células que foram danificadas, independente da 
causa desse dano. 
Os receptores de reconhecimento de padrão, que são do 
tipo toll like (TLR) são receptores que estão presentes em 
células da Inata, na membrana de células da Inata. Então, 
essas células, por meio desses PRR’s, por meio desses 
DISCIPLINA IMUNOLOGIA 
 AULA 4- IMUNIDADE INATA: CÉLULAS IMUNES 
PROFESSOR JULIANA 
PRR EM CÉLULAS 
PAMP NO PATÓGENO 
CÉLULAS DA 
IMUNIDADE INATA
ATIVA LINFÓCITOS 
(IMUNIDADE 
ADAPTATIVA) 
IMUNIDADE INATA
RECONHECEM PAMP's
RECONHECIMENTO 
PADRONAL
IMUNIDADE 
ADAPTATIVA
GRANDE VARIABILIDADE 
DE RECEPTORES
RECONHECIMENTO MAIS 
ESPECÍFICO
 
2 
 
DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY 
receptores toll like vão reconhecer os PAMP’s. Além dos 
receptores em membranas, algumas células evoluíram para 
ter receptores intracelulares. Isso se deu porque temos 
vírus infectando células, e esses tratam-se de parasitas 
intracelulares obrigatórios, já que precisam do material 
genético da célula, precisam das proteínas reguladoras da 
célula para se desenvolver. Então, por conta disso, células 
evoluíram para possuírem receptores intracelulares de 
forma a facilitar reconhecimento de microrganismos 
invasores de células, e, com isso, poder ativar células da 
Inata, e, futuramente, células da Imunidade Adaptativa. 
Então, aparentemente, sempre foram descobertos 
receptores que eram de membrana, porque, realmente, na 
membrana que ele irá reconhecer o patógeno que está livre, 
patógeno está na circulação/tecido, portanto, preciso de 
alguma coisa de membrana para reconhecer o que está livre. 
Porém, com a evolução dessas células, com a evolução dos 
estudos, descobriu-se que algumas células possuíam esses 
receptores intracelulares, que são células principalmente 
infectadas por vírus, e vírus podem infectar a célula que ele 
quiser infectar. Com isso, o reconhecimento foi facilitado 
porque se esse vírus infecta a célula e fica lá dentro, esse 
provoca morte celular, e ao passar de uma célula para outra, 
infecta outras células. Porém, com esses receptores 
intracelulares, facilitou-se o reconhecimento e ativação de 
Células da Imunidade Inata, porque uma célula vai ativando 
outras células, e, com isso, evitamos que esses vírus se 
proliferem de uma célula para outra célula e contamine. 
CITOCINAS 
Receptor reconhece microrganismo, e, quando isso 
acontece, células que fazem fagocitose, irão começar o 
processo e por meio de enzimas lisossomais. 
O fagossomo se liga ao lisossomo, formando o 
fagolisossomo, esse, precisa ser formado, já que, é dentro do 
lisossomo que estão as enzimas. No caso de células de 
defesa, dentro dos macrófagos, dentro dos neutrófilos, eles 
vão fazer a defesa por fagocitose, mas isso se dá porque ele 
tem as enzimas dentro dessas células, que quando se unem 
ao fagossomo, destroem essas células. Porém, algumas 
células, como por exemplo, os macrófagos, que são células 
da Imunidade Inata, além de fazerem a fagocitose, eles 
também produzem as citocinas (*precisa saber as citocinas 
porque vai cair na prova, Juliana adora isso). 
Hoje, os medicamentos mais avançados, são a base de 
anticorpo monoclonal, que são anti essas citocinas, 
bloqueiam receptores dessas citocinas, tem poucos efeitos 
colaterais e produzem uma resposta rápida e eficaz contra 
muitas alergias, por exemplo. Eles são a base de anti- 
“alguma citocina”, a base de algum anticorpo monoclonal. 
Quando o receptor, reconhece o microrganismo, ele dá o 
gatilho para produção de citocinas. O Macrófago, além de 
fazer fagocitose, é uma célula que produz citocina, com 
objetivo de recrutar mais célula, não tem porque ele destruir 
sozinho, visto que, existe um “exército de células do SI” que 
vão poder ajuda-lo. 
MACRÓFAGOS- TEM FUNÇÃO DUPLA. FAZEM FAGOCITOSE 
JÁ QUE TEM ENZIMAS LISOSSOMAIS QUE CONSEGUEM 
DESTRUIR O PATÓGENO, E TAMBÉM É ESPECIALISTA EM 
PRODUÇÃO DE CITOCINAS PARA RECRUTAMENTO DE 
OUTRAS CÉLULAS DE DEFESA. 
Então, quando esse receptor reconhece um microrganismo, 
ele irá ativar fatores de transcrição dentro dessas células, 
já que, são esses fatores de transcrição que darão o gatilho 
para produção de citocinas. São esses fatores de transcrição 
ativados que fazem com que as citocinas sejam liberadas por 
essas células. 
 Por exemplo, no caso de reconhecimento bacteriano, o 
principal fator de transcrição que será ativado, é o 
NFKapaBeta (?), que é o Fator Nuclear Kapa Beta. Esse 
fator nuclear vai aumentar a produção de citocinas, por 
exemplo, por esses Macrófagos, que por sua vez, vão 
aumentar a adesão de células no endotélio. Essas 
precisam se aderir ao endotélio para sofreremdiapedese, atravessarem a membrana endotelial, para 
chegarem no tecido onde está acontecendo a lesão e 
poder fazer o seu papel de defesa. Portanto, quando 
esse Fator Nuclear Kapa Beta, que é o fator de 
transcrição é ativado, ou seja, quando o receptor 
reconhece o antígeno, é o reconhecimento antigênico 
que ativa esse fator nuclear, esse fator de transcrição, e 
então ele estimula a produção de citocinas, que vão 
participar do processo inflamatório, do processo de 
defesa contra microrganismos, entre outros. 
 Quando se trata de um microrganismo viral, o principal 
fator de transcrição que será ativado será o Fator 
Regulador do Interferón, esse é um fator de transcrição 
que ativa o Interferón Alfa e Beta, e temos o Interferon 
Gama que veremos mais para frente. Esse Interferon 
Alfa e Beta, que também pode ser chamado de 
Interferon do tipo 1, eles são produzidos também por 
Macrófagos, por Células Endoteliais, enfim, mas atuam 
impedindo a replicação viral. Com isso, eu tendo fatores 
de transcrição intracelulares capazes de ativar a 
produção de citocinas, capazes de recrutar mais células, 
capaz de impedir a replicação viral, dessa forma, 
estamos evitando a disseminação desse patógeno pelo 
organismo. 
RECAPTULANDO 
O receptor reconheceu o antígeno, independente do que 
seja, bacteriano, viral, fúngico, ou qualquer outro patógeno. 
Quando ocorre o reconhecimento, temos PRR (receptor do 
tipo toll) reconhecendo por um PAMP, quando ocorre 
reconhecimento, ocorre ativação da célula, então, se a célula 
está ativada, estimula os fatores de transcrição que já estão 
nela. Esses fatores de transcrição precisam ser ativados, já 
que são eles que darão gatilho para produção de citocinas, 
ou para fazer com que a célula exerça sua função. É como se 
a célula estivesse parada, e então um antígeno ativou essa 
célula, os fatores de transcrição começam a trabalhar para 
estimular a produção de citocinas, por exemplo. 
 
BASICAMENTE, O PAPEL DAS CITOCINAS É RECRUTAR 
MAIS CÉLULAS DE DEFESA PARA COMBATER O QUE 
ESTÁ CAUSANDO O MAL 
 
Com fatores de transcrição sendo ativados, que por 
exemplo, no caso de uma bactéria, eu tenho um fator 
nuclear Kapa Beta (NFKapaBETA), esse fator nuclear 
 
3 
 
DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY 
estimula os genes a produzirem citocinas, e então com essa 
produção de citocinas, veremos maior recrutamento de 
células de defesa, direcionamento dessas células de defesa 
para o local correto da infecção. Então, isso é estimulado por 
meio do antígeno, do PAMP. O PAMP foi reconhecido por 
uma célula, através de seu receptor, esse reconhecimento, 
por sua vez, estimulou proteínas a ativarem esses fatores de 
transcrição, e quando esses fatores são ativos, a célula 
começa a funcionar, propriamente dita. A célula pensa “já 
estou toda ativada, agora posso começar a produzir 
citocinas”. Com essa produção de citocinas, tenho mais 
recrutamento de células, se for no caso do Fator Nuclear 
Kapa Beta, tenho Macrófagos produzindo citocinas que vão 
recrutar mais células de defesa. No caso dessa ativação do 
Fator Regulador do Interferon, que é um outro fator de 
transcrição também presente na célula, e ele é ativado na 
presença de um vírus, o que vai acontecer é a indução da 
produção de Interferon do tipo 1, que é o Interferon Alfa e 
Beta. Esse Interferon quando produzido ele inibe a 
replicação viral, já que o vírus vai entrar na célula para se 
reproduzir, e com isso sai da célula, e infecta outra célula, e 
por aí vai. 
Ex: O vírus do HIV funciona dessa forma, ele invade 
a célula, espera essa célula começar a produzir 
citocina, que vai ser o gatilho para ele incorporar 
material genético da célula e se reproduzir. Ele 
precisa da célula para replicar. Porém, se essa célula 
conhece aquele material viral, ela vai produzir o 
Fator Regulador do Interferon, fazendo com que 
essas células produzam citocinas que inibem a 
replicação viral. 
CARACTERÍSTICAS GERAIS E ESPECIFICIDADE DAS 
RESPOSTAS IMUNES INATAS 
 O sistema imune inato reconhece as estruturas que são 
compartilhadas por várias classes de microrganismos e 
que não estão presentes nas células normais do 
hospedeiro. Os PAMP’s, tratam-se de estruturas 
essenciais para a sobrevivência e infectividade do 
patógeno, por isso, células da Imunidade Inata não 
conseguem ser dribladas por mutações, sendo uma 
vantagem dessa em relação a Imunidade Adaptativa, 
que reconhece antígenos que podem ser perdidos, sem 
que esses microrganismo percam sua infectividade; 
 Os receptores do sistema imune inato (tipo toll) são 
codificados por genes herdados que são idênticos em 
todas as células. Eles foram produzidos por linhagens 
germinativas dessas células. Isso faz com que essas 
células tenham uma variabilidade estrutural menor, elas 
não conseguem reconhecer várias estruturas, não é à 
toa que elas reconhecem padrões que são 
característicos daquela população. Ao passo que, 
receptores da Imunidade Adaptativa, são formados 
constantemente por meio da recombinação genética 
tendo variabilidade estrutural muito maior. Por isso, 
elas conseguem reconhecer o que cada um tem 
diferente um do outro., sendo essa uma vantagem da 
Imunidade Adaptativa; 
 Células da Imunidade Inata sabe reconhecer o que é 
próprio, e o que é não próprio. As células da Imunidade 
Adaptativa da maioria das pessoas também sabem, já 
que, a maioria das pessoas não tem doenças 
autoimunes. Portanto, a principal característica do SI, é 
o reconhecimento do próprio e não próprio. Células da 
Inata sempre reconhecem o que é próprio do que é não 
próprio, já que tem proteínas reguladoras que auxiliam. 
Já as células da Imunidade Adaptativa, nem sempre 
reconhecem, por isso, existem as doenças autoimunes. 
Porque são Linfócitos (células da Imunidade Adaptativa) 
auto reativos em algumas pessoas. Então, esses 
Linfócitos auto reativos, reagem contra si próprio é que 
são causadores de doenças autoimunes, é o que destrói 
o que é realmente meu. 
OUTROS COMPONENTES DA IMUNIDADE INATA 
Barreiras Epiteliais presentes na pele, tgi, trato respiratório, 
já que, são as principais portas de entrada de 
microrganismos. Então, para que, eu tenha uma proteção 
contra a entrada constante de microrganismos, a primeira 
proteção é a BARREIRA FÍSICA do epitélio. Na pele, nós 
temos junções firmes, fazendo conexões entre uma célula 
epitelial e outra célula epitelial, essas junções firmes 
garantem uma primeira proteção contra a entrada de 
microrganismos. Além dessas junções firmes, eu tenho uma 
BARREIRA QUÍMICA, porque células epiteliais estão 
constantemente sintetizando proteínas que fazem com que 
essa minha barreira epitelial tenha permeabilidade seletiva, 
ou seja, impede a entrada de microrganismos de forma 
constante, e além de proteínas que essas células epiteliais 
sintetizam, eu também tenho o que chamamos de peptídeos 
antimicrobianos (antibióticos) porque na presença de 
microrganismos, eles mesmos destroem. Isso, obviamente, 
em uma pele íntegra. Uma pele danificada, eu tenho perda 
de proteínas, tenho perda desses peptídeos 
antimicrobianos. Os antibióticos mais secretados aqui são 
Defensinas e Catelicidinas. Então, essas Defensinas e 
Catelicidinas, que são antibióticos secretados pelas células 
epiteliais, elas fazem o papel de defesa de proteção química 
contra a entrada desses patógenos. Junções firmes, 
peptídeos antimicrobianos e proteínas sintetizadas pelas 
células epiteliais, garantem uma barreira física e química 
contra a entrada desses patógenos. Além disso, eu tenho, 
também, Linfócitos intraepiteliais, esses, assim como 
Células NK, estão presentes na pele, e esses Linfócitos são 
considerados componentes da Inata, apesar de serem 
produzidos por células adaptativas, tem uma diversidade 
estrutural limitada em relação ao receptor. Quando falamos 
sobre características de reconhecimento, foi dito que os 
receptores da Imunidade Inata vêm de uma linhagem 
germinativa, ao passo que receptores da Imunidade 
Adaptativa são formadospela recombinação de gene. Então, 
essa diversidade estrutural limitada de Linfócitos 
Intraepiteliais em relação ao receptor fazem com que essas 
células atuem na Imunidade Inata. 
 
RECEPTORES DA 
IMUNIDADE INATA 
 LINHAGEM GERMINATIVA 
RECEPTORES DA 
IMUNIDADE ADAPTATIVA 
 RECOMBINAÇÃO DE 
GENE 
 
Além dessas barreiras químicas, físicas, além desses 
Linfócitos Intraepiteliais, eu também tenho a BARREIRA 
 
4 
 
DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY 
MICROBIOLÓGICA. Nós temos bactérias que fazem parte do 
microbioma de cada região. Tenho E. coli no intestino, e 
essas não são patogênicas. Tenho Stafilo na pele, e essas 
também não são patogênicas (na maioria das vezes). Então, 
na maioria dos casos, são bactérias que agem com 
competição de nutrientes, e competição por aderência, 
então, dessa forma, também conseguem fazer a defesa por 
isso, e outra pela própria síntese de anti-microbianos. Por 
exemplo, Lactobacilos fazem parte do microbioma vaginal, 
eles sintetizam ácido láctico, que fazem com que o pH fique 
reduzido, e proteja a mulher contra infecções. Então, dessa 
forma, além de barreiras físicas e químicas, e além dos 
próprios Linfócitos Intraepiteliais, que por terem diversidade 
estrutural limitada, eles são parte da Inata, eu também 
tenho essa defesa microbiológica. 
CÉLULAS QUE COMPOEM A IMUNIDADE INATA 
São células que fazem o reconhecimento rápido, e já estão 
prontas para reconhecerem aquele antígeno. Não precisam 
ser ativadas por outras células para exercerem a sua 
função. 
FAGÓCITOS 
Essas são as primeiras células, bem como as principais, 
dentre esses, temos Neutrófilos, Macrófagos/Monócitos, e, 
além disso, Células Dendríticas. 
NEUTRÓFILOS 
São os Leucócitos mais abundantes do nosso organismo, 
cerca de 60 a 70% dos Leucócitos são Neutrófilos. São células 
que fazem fagocitose, principalmente, diante de 
microrganismos bacterianos. Neutrófilos tratam-se de uma 
população de Leucócitos que vai estar aumentada, e vai ter 
um mecanismo de ação eficaz contra bactérias. Essa defesa 
é feita por fagocitose, quando fagocita, essa célula tem 
enzimas lisossomais, proteases lisossômicas, espécies 
reativas do oxigênio, outros tipos de enzimas lisossomais 
que falaremos adiante, que são enzimas microbicidas, então, 
quando o patógeno é fagocitado, essas enzimas destroem, 
após a união de fagossomo com lisossomo. Outra 
característica do Neutrófilo é que, quando ele fagocita essa 
célula, poucas horas depois ele morre, entretanto, não há 
carência de Neutrófilos já que a medula logo depois repõe 
células que foram perdidas por conta desse combate a 
infecção. 
MACRÓFAGOS/MONÓCITOS 
Os Macrófagos são células locais, as quais, além daquela 
produção de Citocinas, são células também fagocíticas. Essas 
células também fazem defesa por fagocitose, também 
possuem enzimas lisossomais que destroem esse organismo 
fagocitado. O que difere em relação a proporção é que eu 
tenho 7 a 10% de Monócitos no organismo, se comparado 
com 60 a 70% de Neutrófilo. 
ENZIMAS LISOSSOMAIS 
Nós temos as enzimas lisossomais que são a Oxidase 
Fagocitária, o iNOS, e as Proteases Lisossomicas. 
A Oxidase Fagocitária utiliza o oxigênio molecular, o 
transforma no íon oxigênio+radicais livres. Íons 
superóxidos+ Radicais livres formam os intermediários 
reativos ao oxogênio. Esses intermediários reativos, que é o 
oxigênio na fórmula de ânion+ radicais livres, são tóxicos 
para os microrganismos. 
O iNOS que é o Óxido Nítrico sintase induzida, que é outra 
enzima lisossomal, ele pega arginina que é um aminoácido 
sintetizado endogenamente, apesar de baixas 
concentrações, precisamos adquirir Arginina mais pela dieta, 
e essa participa do Ciclo da Ureia. Trata-se de um aminoácido 
utilizado no Ciclo da Ureia, em que ele utiliza essa Arginina 
para transformá-la em Óxido Nítrico, o qual também é 
microbicida, ou seja, também é capaz de destruir esse 
microrganismo. 
Além da Oxidase Fagocitária e do iNOS, eu tenho as 
proteases lisossômicas, as quais irão quebrar as proteínas 
desses microrganismos. Se quebra proteína, perde aquela 
capacidade, destrói aquele microrganismo, ele não se torna 
mais infeccioso. Ou seja, independente de qual enzima 
esteja atuando, eu tenho todas elas produzindo substâncias 
tóxicas para aquele microrganismo, e, dessa forma, 
destroem aquele microrganismo. 
 
PERGUNTA MUITO IMPORTANTE DO YURI: Se ele faz 
fagocitose em outras células que não sejam 
microrganismos, por que nossas células não são lesadas? 
Essas enzimas são tóxicas, e elas atuam a nível intracelular, 
se elas extravasarem ocorre dano celular. 
Existe esse mecanismo que é um mecanismo protetivo 
frente aos agentes agressores, mas existe um processo de 
fagocitose fisiológico, endocitose é um processo fisiológico 
celular, independente de ser contra um agente agressor ou 
não. 
 
REFORMULANDO A PERGUNTA: Por que fazemos Catalase, 
por que temos Óxido Nítrico Dismutase? 
A Catalase é a enzima que desfaz o Peróxido de Oxigênio, 
esse, trata-se de um radical obtido da Respiração Oxidativa. 
Por exemplo, devemos lembrar do papel redutor da 
Glutationa no Peróxido de Hidrogênio que não deixa a 
hemácia lisar. A catalase irá degradar o Peróxido de Oxigênio 
em água + O2, desfazendo assim o potencial corrosivo do 
Peróxido de Oxigênio. 
 
EXPLICAÇÃO 3 DO YURI SOBRE A PERGUNTA: Estamos 
falando aqui sobre Explosão Oxidativa/Explosão respiratória, 
fazemos essa respiração oxidativa já que 5% do que é feito 
dentro da mitocôndria, aquilo que se chama de Respiração 
Oxidativa, de 100% que geramos, a partir de oxigênio 
molecular, 5% deve virar radical livre. Ou seja, 5% da nossa 
Respiração Oxidativa é lesível para a própria célula que faz 
respiração oxidativa. Esses 5% precisam ser desfeitos pela 
minha própria célula, independente se eu estou frente a um 
agente agressor ou não. Independente se a célula está 
fazendo fagocitose, ou está produzindo ATP para o 
metabolismo celular. Eu faço/desfaço o poder lesivo dos 
radicais de oxigênio, o superóxido por exemplo, ou os íons 
ânions obtidos da respiração oxidativa, por exemplo, através 
da produção da Catalase ou a Peroxidase, que não são a 
mesma coisa. A Catalase e a Peroxidase degradam o 
Peróxido de Oxigênio (H2O2) em água molecular e meio mol 
 
5 
 
DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY 
de O2, esse, é o teste explicado pela Beth, que separa Stafilo 
(se defende desses radicais, já que ele tem a catalase, e 
degrada em água e meio mol que vemos a olho nu) de 
Strepto, e Entero (os dois últimos não fazem bolha já que não 
tem catalase). A Peroxidase não libera meio mol de O2 mas 
degrada o Peróxido de Oxigênio somente em água. Além 
disso, existe uma enzima chamada de Superóxido 
Dismutase, essa, pega os radicais de oxigênio e desfazer o 
poder lesivo. Então, a pergunta é, “Por que se eu pegar uma 
hemácia no meio de cultura e pingar água oxigenada nela ela 
espuma?”, porque a minha célula produz Catalase para 
evitar os efeitos lesivos da fagocitose independente de 
agente agressor. Como agentes agressores, em geral, não 
tem poder de desfazer, ele é lesado nas suas membranas, 
por isso, a importância de eliminar esses radicais livres. 
CÉLULAS DENDRÍTICAS 
Quando comparadas as duas outras populações fagocitárias, 
a diferença dela é que essa fagocita, mas não tem enzima 
lisossomal para destruir esse patógeno. Então, ela processa 
esse patógeno no seu interior, e devolve a superfície para 
apresentar ao Linfócito T. Por isso, é a principal Célula 
Apresentadora de Antígeno. Macrófago também tem 
capacidade de apresentar antígeno para Linfócito T, porém, 
como ele desempenha outras funções, como a própria 
fagocitose e destruição desses patógenos, ele não é a 
“principal” célula, por isso, a Célula Dendrítica tem essa 
característica principal que é a única função dela, ela 
fagocita, por isso, é considerada uma célula fagocitária, mas 
ela não destrói. Ela fagocita, processa esse microrganismo e 
o devolve para a superfície, para que aquela porção em queo Linfócito T precise reconhecer, esteja disponível para ele. 
Essas Células Dendríticas são células teciduais, elas estão o 
tempo todo no tecido, procurando algum microrganismo, 
para que ela possa fagocitar, processar e apresentar ao 
Linfócito T. 
 
COMO OCORRE O RECRUTAMENTO DE CÉLULAS? 
Macrófagos reconhecem o microrganismo, fagocitam o 
microrganismo. Os Macrófagos, como dito, são responsáveis 
pela produção de citocinas, esse, irão produzir Fator de 
Necrose Tumoral (TNF) e Interleucina 1, a princípio. 
Macrófago fagocitou microrganismo, quando ocorreu essa 
fagocitose, PRR reconheceu PAMP ativou o Fator de 
Transcrição que induziu a produção de Citocinas. Fatores de 
Transcrição ativados após o reconhecimento do PRR por 
aquele PAMP, no caso do Macrófago, reconheceu, fagocitou, 
estimulou Fator de Transcrição a produzir Citocinas. 
 
QUEM SÃO AS CITOCINAS PRODUZIDAS PELOS 
MACRÓFAGOS? 
TNF E IL-1 
 
Quando falamos de IL, como Interleucinas, podemos 
entender como “Citocinas”, são a mesma coisa. Recebem o 
nome de “Interleucinas” por serem produzidas por esses 
Leucócitos. Essas Interleucinas/Citocinas produzidas pelo 
Macrófago após a sua ativação, irão fazer com que Células 
Endoteliais expressem Selectinas para que Células de Defesa 
que estão passando por esse fluxo de sangue (além de 
hemácias, Plaquetas, Proteínas Plasmáticas) que possuem 
receptores de Selectina se prendam a essa Selectina. 
Receptor de Selectina presente na membrana do Leucócito, 
se aderiu a Selectina que foi expressa pela célula Endotelial, 
quem auxiliou essa expressão foi TNF e IL-1. 
 
MACRÓFAGO RECONHECEU MICRORGANISMO -> FOI 
ATIVADO -> PRODUZIU TNF E IL-1 -> ESTIMULOU 
CÉLULAS ENDOTELIAIS A EXPRESSAREM SUAS 
SELECTINAS -> CÉLULAS DE DEFESA QUE POSSUEM 
RECEPTORES EPECÍFICICOS DE MEMBRANA SE PRENDEM 
A ESSAS SELECTINAS 
 
Aderiu, entretanto, trata-se de uma adesão fraca, e como 
está vindo fluxo de sangue, descola essa adesão. Ela se liga 
novamente, Selectina ao seu receptor de Selectina, vem 
fluxo de sangue, e descola novamente. Porém, esses 
Macrófagos, além de secretarem TNF e IL-1, também 
secretam uma quimiocina chamada de IL-8. Quimiocinas são 
citocinas com efeito também quimiotático. Essa IL-8 vai fazer 
com que células endoteliais expressem também, além das 
Selectinas que já foram expressas, ligantes de Integrina, 
porque esses Leucócitos, além de terem receptores para 
essas Selectinas, eles têm Integrinas. Então, faz com que 
essas Integrinas, se liguem ao ligante de Integrina. IL-1 e TNF 
também reforçam essa adesão, eu já tive Selectina, que não 
foi suficiente ser expressa porque a adesão era fraca, então 
veio fluxo sanguíneo e desprendeu essa célula do endotélio. 
Ela tentou colar novamente, veio fluxo sanguíneo e 
desprendeu essa célula do endotélio. Só que, tem o IL-8 que 
faz com que ligantes da Integrina expressos por essas células 
endoteliais se liguem às Integrinas presentes nos Leucócitos, 
fazendo com que ocorra uma forte adesão. Isso é preciso já 
que ela precisa atravessar, e, se tiver uma fraca ligação, terei 
sempre um fluxo sanguíneo tirando ela. Portanto, essa forte 
adesão que é garantida por meio de IL-8 com auxílio de IL-1 
com TNF, porque dessa forma, além da interação entre 
Integrinas e ligantes de Integrina, eu tenho Selectinas que 
também agora irão ficar firmes já que a Integrina tem uma 
forte adesão. Dessa forma, ocorre primeiro uma mudança na 
conformação estrutural desse Leucócito, fazendo com que 
ele fique mais espalhado por esse endotélio para poder fazer 
diapedese (atravessar), preciso disso já que tenho que 
recrutar mais células de defesa, um Macrófago não irá fazer 
isso sozinho, já que ele tem o poder de produzir Citocinas 
para recrutar mais células de defesa. Temos inúmeras 
células de defesa, não há explicação para que o Macrófago 
faça isso sozinho. Dessa forma, mais rápida é a infecção, já 
que eu tenho mais Células de Defesa atuando naquele local. 
Falamos sobre o efeito quimiotático, porque, além dessa IL-
8 favorecerem a adesão entre Integrina e Ligante de 
Integrina, ela direciona esse macrófago que atravessou para 
o local correto da infecção. Por isso, ela não recebe o nome 
somente de citocina, visto que, além de favorecer a 
diapedese, ela indica para a célula para onde ela tem que ir. 
 
IL-8 É TAMBÉM SINTETIZADA PELOS MACRÓFAGOS, E É 
CONSIDERADA UMA QUIMIOCINA, E NÃO SOMENTE 
UMA CITOCINA. 
 
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DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY 
 
Esse é o processo de rolamento e adesão desses leucócitos, 
porque à medida que eles vão passando por esse endotélio, 
por esse vaso sanguíneo, é possível que essas células 
extravasem o endotélio por conta de produção de citocinas 
que irão favorecer esse recrutamento de células. Elas 
expressam moléculas de membrana endotelial que irão 
favorecer a adesão de Células de Defesa com esse endotélio, 
e, dessa forma, promover a diapedese e mais recrutamento 
de células para o local de defesa. 
MASTÓCITOS 
São Células de Defesa teciduais, assim como os Macrófagos. 
Ao mesmo tempo que eu tenho Macrófagos fazendo 
fagocitose e produzindo citocinas, eu tenho Mastócitos 
produzindo mediadores inflamatórios, dentre eles, 
Prostaglandinas, Histamina, Leucotrienos, Fator de Ativação 
Plaquetária. Enfim, todos esses mediadores que vão estar 
aumentando a permeabilidade vascular, como é o caso da 
Histamina, se ela aumenta a permeabilidade vascular, mais 
célula de defesa é recrutada, então, não tem somente 
Macrófagos atuando no recrutamento de células, mas tem 
também mediadores inflamatórios secretados pelos 
Mastócitos, também a nível tecidual, favorecendo, não só o 
extravasamento de líquidos que levariam as proteínas que 
participam também desse processo de defesa, como 
também mais Células de Defesa para o local da infecção. 
Então, com isso, esse aumento de Leucócitos, vasodilatação, 
extravasamento de líquido, extravasamento de células, 
constituem o Sistema Inflamatório. 
CÉLULAS DENDRÍTICAS 
As Células Dendríticas são a ponte entre Imunidade Inata e 
Imunidade Adaptativa. Essas produzem, principalmente, as 
IL-12, assim como os Macrófagos. Eles produzem essa IL-12 
porque essa citocina, além de outras funções, que veremos 
na Imunidade Adaptativa, na Inata, a IL-12 ativa Células NK, 
Linfócitos NK. São linfócitos porém, são células que 
participam da Imunidade Inata. Lembrando do papel dos 
Linfócitos intraepiteliais, que por terem receptores de 
variedade estrutural limitada fazem parte da Inata, células 
NK atuam a nível de Imunidade Inata. Essas células NK são 
importantes para 2 ou 3 situações. Uma que é uma célula 
que participa na tentativa de destruição de tumor, células NK 
são células aptas que vão tentar destruir células tumorais. 
São células que também tentam destruir células 
envelhecidas, danificadas. Isso acontece porque essas 
células destroem microrganismos como um “homem 
bomba”, ela não destrói somente o microrganismo que está 
dentro da célula, ela não ativa essa célula para ela destruir 
aquele microrganismo que está lá dentro. Ela sem produzir 
citocinas destrói a célula como um todo quando ela é 
ativada. Quando IL-12 produzida por Macrófagos e por 
células Dendríticas secretam essas citocinas, essas fazem 
com que células NK tenham atividade citotóxica, ou 
citolítica, ou seja, destrói/lisa a célula como um todo. Se 
destrói a célula como um todo, destrói microrganismo, e 
destrói a célula também. Além dessa característica citotóxica 
de células NK que atuam na Imunidade Inata, elas também 
secretam o Inteferon Gama. Essas, o fazem, para ativar a 
atividade fagocítica do macrófago. Além de ativarem essa 
atividade fagocítica do macrófago, o macrófago, além de 
fagocitar, produz citocinas, para recrutar mais células de 
defesa. 
Tudo isso acontece ao mesmo tempo, não é uma sequência 
que cada hora acontece uma coisa. Tem mastócito 
liberando mediador inflamatório, tem macrófago fazendo 
fagocitose produzindo TNF, IL-1 e IL-8, tem Célula 
Dendrítica, indo ao linfonodoapresentar isso ao Linfócito 
T. Ao mesmo tempo que o macrófago produz o TNF, IL-1 e o 
IL-8, ele também está produzindo IL-12, para ativar a célula 
NK, essa produzir Interferon, ativar o poder fagocítico desse 
macrófago, e também fazer com que esse Macrófago 
secrete mais TNF, IL-1 e IL-8. O tempo todo que estamos 
parados, está acontecendo tudo isso com a gente, não está 
acontecendo só Ciclo de Krebs. Está acontecendo também 
isso, já que, não estamos dentro de uma bolha, estamos 
repletos de microrganismo na sala, o tempo todo estamos 
ingerindo, respirando, se não tivermos com pele íntegra, 
está atravessando, então, o tempo todo o nosso organismo 
se depara com microrganismos, e o tempo todo está 
acontecendo rolamento, está acontecendo mastócitos 
sendo liberados produzindo mediador inflamatório, está 
tendo produção de todas essas citocinas a todo tempo. 
BASÓFILOS, MONÓCITOS, EOSINÓFILOS 
Outras células envolvidas são os Mastócitos que já falamos, 
Basófilos e Eosinófilos, são todas a células da Inata. 
Falamos dos Mastócitos liberando mediadores inflamatório, 
tem receptor para IgE, então, na minha pele normal eu tenho 
Mastócito, só que esses estão sem degranular, tenho 
grânulos no citoplasma desses Mastócitos que são os 
mediadores inflamatórios, então, diante um alérgeno, por 
exemplo, diante uma reação inflamatória, eu tenho os 
Mastócitos degranulando, liberando mais mediadores 
inflamatórios, e, com isso, potencializando essa inflamação. 
Porém esses Mastócitos que estão muito presentes em 
reações inflamatórias, eles estão ainda mais presentes em 
reações alérgicas, por isso, tem receptores para IgA, que 
trata-se de um anticorpo produzido por Linfócitos B, células 
da Imunidade Adaptativa que estão aumentas diante 
reações alérgicas e parasitárias. Diante um helminto, 
principalmente, mais do que um protozoário, eu tenho 
aumento dos níveis desses anticorpos porque esses tem 
receptor para alérgenos, bem como para parasitos, para 
helmintos, principalmente. A função do anticorpo é de 
reconhecer o antígeno, marca-lo e apresentar para alguma 
célula que tenha receptor desse anticorpo, podendo ser 
Mastócitos, Basófilos e Eosinófilos. 
MASTÓCITOS- A NÍVEL TECIDUAL 
BASÓFILOS E EOSINÓFILOS- A NÍVEL DE CIRCULAÇÃO 
Basófilos, nós temos o valor de referência de 1% na 
circulação, mais do que isso já é anormal encontramos 
Basófilos, essas são células presentes em reações de 
hipersensibilidade imediata, teremos uma aula só disso. 
Eosinófilos também são células da circulação, cerca de 5 a 
10% dos meus Leucócitos são Eosinófilos, e também são 
células muito presentes em processos alérgicos. Basófilos 
também fazem degranulação, eu tenho grânulos que vão 
liberar Histaminas, Leucotrienos, aqueles mediadores 
 
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DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY 
inflamatórios, mas é muito mais comum eu encontrar 
Basófilos, além de reações de hipersensibilidade, em 
Leucemia Mielóides Crônicas, sendo um dos marcadores 
sanguíneos, iremos falar disso quando tivermos aula de 
leucograma. Os Eosinófilos, ele tem grânulos no citoplasma 
dele que são enzimáticos, esses tratam-se de grânulos de 
peroxidase eosinofílica, esse tem receptor para IgE que vai 
reconhecer o anticorpo IgE, que está ligado ao 
antígeno/alérgeno/parasito. Anticorpo-Antígeno, forma um 
imunocomplexo, esse, está circulando procurando células 
que tenham receptores para IgE, então, quando esse 
imunocomplexo se liga a esse receptor para esse anticorpo, 
ele vai degranular, esses grânulos são tóxicos para o 
antígeno. 
GRÂNULOS DE PEROXIDASE EOSINOFÍLICA SÃO TÓXICOS 
PARA O ANTÍGENO, ENTÃO, FAZEM A DESTRUIÇÃO DESSA 
FORMA, NÃO FAGOCITAM. 
Eosinófilos não fagocitam, mas liberam esses grânulos, 
após o IgE, que é o anticorpo circulando marcado com esse 
antígeno marcado com essa célula que tem esse receptor 
para esse IgE. 
SISTEMA COMPLEMENTO 
Esse, nada mais é do que proteínas plasmáticas que auxiliam 
as células de defesa no combate a infecção. Essas fazem a 
defesa por 3 mecanismos: 
1. AMPLIFICA A RESPOSTA INFLAMATÓRIA, ou seja, uma 
primeira proteína, cliva uma segunda proteína, e pega 
um pedaço dela, que se une a essa primeira proteína. 
Esse conjunto, primeira proteína com o pedaço da 
segunda, cliva uma outra proteína, e vai pegando 
proteínas, e por aí vai, indo se juntando. Até que no final 
de tudo, quando a última proteína do complemento se 
junta, que é a C9, essa consegue se polimerizar, se 
proliferar, e formar um complexo de ataque a 
membrana. Pegou um pedaço, mas o resto, que não se 
juntam a essas proteínas, são as chamadas 
anafilatoxinas. Geralmente, essa proteína c3, c4, c2, c1, 
quando clivadas, elas se dividem em porção a e porção 
b, geralmente é a porção b que se liga a essas outras 
proteínas, e a porção a fica naquele plasma perdida. 
Porém, as duas principais, c3a e c5a, são as chamadas 
anafilatoxinas. 
ANAFILATOXINAS- C3a E C5a. 
Essas vão amplificar a resposta inflamatória, já que elas 
auxiliam na degranulação dos mastócitos, elas auxiliam 
na adesão de células ao endotélio e então facilitam a 
diapedese, o recrutamento de mais células de defesa, 
por isso uma das funções de proteínas do Sistema 
Complemento, é amplificar a resposta inflamatória. 
2. OPSONIZAÇÃO DO MICRORGANISMO, marcam o 
microrganismo, como se fossem uma molécula 
sinalizadora, marcando aquela célula, fazendo com que 
ela se torne mais viva, mais fácil de ser reconhecida, 
como se fosse uma luz para aquela célula. Portanto, a 
opsonização é a marcação do microrganismo, já que 
opsonizando, marcando esse microrganismo, faz com 
que esse microrganismo seja mais facilmente 
reconhecido, principalmente, por anticorpos. Então, eu 
tenho proteínas do Sistema Complemento de 
Imunidade Inata, porém, uma das vias, do Sistema 
Complemento que é a Via Clássica, ela atua a nível de 
Imunidade Adaptativa. Ao passo que, as outras atuam 
a nível de Imunidade Inata. Via Alternativa e Via da 
Lectina, atuam a nível de Imunidade Inata, elas não 
precisam de anticorpos para atuar, já a via Clássica, 
precisa de anticorpo para atuar, portanto, atua a nível 
de Imunidade Adaptativa, somente depois a produção 
de anticorpos. 
3. REMOÇÃO DE IMUNOCOMPLEXOS pela formação do 
MAC, Complexo de Ataque a Membrana. Nós temos 
uma proteína se ligando a outra, uma ativa a outra, pega 
um pedaço dela e se junta. Essas duas clivam um a 
terceira proteína, pegam um pedaço dela e se juntam, e 
por aí vai, até chegar na proteína c9, que é a última, aqui 
eu tenho todo um complexo de proteína que está sendo 
ligado. Esse complexo de proteínas que está sendo 
ligado, vai se ligar ao c9, já que se ligando ao c9, essa é 
a proteína que tem a característica de se polimerizar. Ela 
precisa se polimerizar, já que atua a nível direto de 
microrganismo, e na membrana desse, eu tenho várias 
c9 que foram ativadas antes por esse complexo de 
proteínas que se ligaram, ativou a c9, que se 
polimerizou, e esse polimerizar dela, forma um buraco 
na membrana do microrganismo, destrói o 
microrganismo por lisar sua membrana. Essa é a função 
de remoção de imunocomplexos por meio do 
complexo de ataque a membrana, garantido por meio 
da polimerização/oligomerização de c9. Precisou das 
outras para ativar c9, as outras, as anafilatoxinas, 
também estão fazendo a defesa, por meio de 
granulação de mastócitos, aumentando a adesão de 
Leucócitos, recrutando mais Leucócitos, fazendo com 
que esses Leucócitos atravessem a parede, portanto, 
cada um na cascata vai ter um papel, mas todas com 
objetivo final de complementar a atuação das células de 
defesa. 
Nós temos todas as vias, não será cobrada a tivação de cada, 
mas o que falamos é que temos o estímulo de células 
inflamatórias, porque eu tenho anafilatoxinas amplificando 
essa resposta. Elas auxiliam degranulação de Mastócitos, e 
permitem a adesão de Leucócitos ao endotélio, se esses 
aderem ao Endotélio, são recrutados, então amplificam a 
resposta das células de defesa, opsonizam o patógeno, 
marcam o patógeno.Dessa forma, permite que células 
facilitem o reconhecimento daquele patógeno, e por 
exemplo uma célula fagocitária fagocite esse macrófago. Por 
último, a destruição desse patógeno que é por meio do 
Complexo de Ataque a Membrana. 3 características de 
proteínas do Sistema Complemento que auxiliam no 
processo de defesa, por isso recebendo o nome de 
“complementos”, elas complementam as células de defesa. 
PROTEÍNA MAIS ABUNDANTE DO SISTEMA 
COMPLEMENTO É A c3, ESSA, ESTÁ PRESENTE TANTO NA 
VIA CLÁSSICA, QUANTO NA VIA ALTERNATIVA E NA VIA 
DA LECTINA 
Existe defesa sem complemento, porém, na deficiência de 
algumas proteínas, a principal proteína do Sistema 
Complemento é a c3, e está presente nas 3 vias, na via 
Clássica, Alternativa e da Lectina. A deficiência genética 
dessa proteína, já estará associada a infecções piogênicas de 
 
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DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY 
repetição, e a deficiência de c3 adquirida, vai estar 
relacionada a doenças autoimunes. 
CAUSAS DA c3 DIMINUÍDA PODEM SER GENÉTICAS OU 
ADQUIRIDAS. 
GENÉTICA- INFECÇÕES PIOGÊNICAS POR REPETIÇÃO 
ADQUIRIDA- DOENÇAS AUTOIMUNES 
Assim como sem o baço, eu consigo viver sem proteínas do 
Sistema Complemento, mas estarei mais susceptível a 
infecções, e até a doenças autoimunes. 
ANAFILATOXINAS- AUMENTAM A DEGRANULAÇÃO DE 
MASTÓCITOS E FAVORECEM ESSA ADESÃO LEUCOCITÁRIA, 
BEM COMO O RECRUTAMENTO DE CÉLULAS PARA O LOCAL 
DE INFECÇÃO. 
No meio desse contexto, temos também proteínas 
inibitórias dessas proteínas do Sistema Complemento como 
uma forma de freiar. Diante um estímulo, se essas proteínas 
do Sistema Complemento fossem sempre sendo 
sintetizadas, ia gerar um processo inflamatório sempre, já 
que inflamação trata-se do recrutamento de muitas células 
de defesa, extravasamento de líquidos, devido ao aumento 
da permeabilidade vascular que ocorre. Então, essas células 
de defesa, essas proteínas do Sistema Complemento, uma 
hora elas têm que parar de serem sintetizadas, e isso se dá 
por meio de inibidores dessas proteínas, sendo que o 
principal inibidor aqui é o inibidor do c1, que é uma das 
primeiras moléculas da cascata. Portanto, inibindo c1, eu 
vou fazer com que essas proteínas percam aquelas funções 
de opsonização, de recrutamento de células, bem como de 
destruição da membrana daquele microrganismo, sendo as 
3 funções do Sistema Complemento, visto que, se eu estou 
inibindo uma molécula que é precursora da ativação das 
demais proteínas, eu estou inibindo a ação dessas proteínas 
do Sistema Complemento. Portanto, eu preciso de proteínas 
mas também preciso de alguma coisa que as controle. No 
caso dos Linfócitos, eu também tenho um controlador de 
Linfócitos, o tempo todo eu tenho controlador de Linfócitos, 
a todo tempo temos produção de Linfócitos T regulatórios. 
Isso é importante já que esses inibem a ativação de 
Linfócitos T, e uma das principais características do Linfócito 
T é de recrutar mais células da Imunidade Inata. No início, foi 
dito que existe o braço inato, e o braço adaptativo, só que 
elas não atuam separadamente. Obviamente, em um 
primeiro momento, temos inata para apresentar para 
adaptativas. Só que esse linfócito, uma de suas principais 
funções é de recrutar mais células da inata para que essas 
células da inata façam o papel, e ativem cada vez mais 
Linfócitos T. 
DICAS DE PROVA 
 Questões mais relacionadas com a clínica; 
 2 ou 3 questões da Juliana estão relacionadas a aula de 
hemograma (laudos de hemograma), das 6 questões 
dela, mas precisamos entender isso para entender 
leucograma. 
 
Já falamos sobre as IL-12 produzidas por Macrófagos e 
Células Dendríticas, ativando Natural Killer, que por sua vez 
produzem Interferon que vai fazer com que as células da 
Imunidade Inata, esses Macrófagos produzem mais citocinas 
recrutando esses Macrófagos. As citocinas que precisamos 
saber é: 
 TNF e IL-1: Essas são produzidas pelos Macrófagos, 
expressam Selectina do endotélio para começar a 
favorecer o processo de rolamento. 
 IL-8: Facilita a adesão e permite que as células que 
atravessem sejam direcionadas para o local correto. 
 IL-12: Produzida por Células Dendríticas e por 
Macrófagos que vão ativar as Células NK, que por sua 
vez vão produzir Interferon, que por sua vez, além de 
serem produzidos por células da Adaptiva (Linfócitos) 
também são produzidas por Células Nk, que permitem 
ativação tanto da atividade fagocitária desse 
Macrófago, com também fazem com que eles produzam 
mais TNF, mais IL-1, mais IL-8, para recrutar mais células 
de defesa. 
 Interferón Gama e Interferon Alfa e Beta: Produzido 
pelas Células Dendríticas e Macrófagos atuando a nível 
de impedir a replicação viral.

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