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Urgências Urológicas Traumáticas e Não Traumáticas

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URGÊNCIAS	UROLÓGICAS	TRAUMÁTICAS	
	
Trauma	urológico:	
• 10%	dos	atendimentos	na	sala	de	trauma;	
• Mais	comum	nos	homens	(3:1);	
• Rim	é	o	órgão	mais	acometido	de	todos	os	casos	de	trauma	(1-5%);	
• Mecanismos	de	trauma:	
o Contusão	=	agressão,	atropelamento,	acidentes	infantis	
§ Tipo	de	trauma	renal	mais	comum	(20%	lesões	penetrantes)	
§ ½	causada	por	acidentes	automobilísticos	
o Compressão=	cinto	de	segurança	abdominal	
o Esmagamento	=	soterramento,	atropelamento	
o Penetração	=	empalhamento,	FAF,	FAB	
	
=	TRAUMA	RENAL	=	
	
• 80	a	90%	=	fechado	ou	contuso	
• 10	a	20%	-	aberto	ou	penetrante	
o Mais	 severo	 e	 imprevisível	 que	 trauma	
contuso	
• Parênquima	 renal	 e	 sistema	 coletor	 são	 os	
mais	atingidos	
o Comprometimento	vascular	incomum	
• Existência	 de	 trauma	 renal	 =	 lesões	
associadas?	
• Investigar	lesões	multissistêmicas	
• Lesão	 por	 desaceleração	 =	 suspeitar	 lesão	
renal	de	pedículo	
• Classificação:	
o Grau	 I:	 contusão	 ou	 hematoma	 subcapsular	
limitado;	
o Grau	II:	hematoma	possui	laceração	<	1	cm;	
o Grau	III:	laceração	>	1	cm,	sem	extravasamento	
de	contraste;	não	atinge	sistema	excretor;	
o Grau	 IV:	 laceração	 em	 todo	 o	 parênquima,	
atingindo	 sistema	 excretor,	 então	 há	
extravasamento	 de	 urina.	 Também	 existe	
trauma	arterial	ou	venoso;	
o Grau	V:	várias	lesões	tipo	grau	IV,	que	configura	
um	rim	fragmentado.	Ruptura	de	hilo	ou	avulsão.	
	
Diagnóstico:	
• Exames	de	fita	ou	urinálise:	hematúria	
• Dosagem	de	creatinina		
o Precoce,	 na	 admissão	 =	 função	 renal	 prévia;	
suspeita	de	doenças	renais	pré-existentes	
• Estabilidade	 hemodinâmica	 é	 fundamental	 para	 o	
manejo	de	lesões	renais	
• Sinais	sugestivos	de	lesão	renal:	lesões	dos	processos	
transversos,	 fraturas	 de	 vértebras	 lombares	 e	
costelas,	equimoses	na	região	lombar.		
• Exame	 físico	 de	 pacientes	 com	 lesão	 penetrante:	
avaliar	presença	de	entrada	ou	saída	no	tórax	inferior,	
abdome	superior	e	flanco.	
• Indicação	 de	 investigação	 por	 imagens	 em	 pacientes	 com	 lesão	 contusa:	 hematúria	macroscópica	 e	
hematúria	microscópica	 (>	5	hemácias	por	campo)	associada	a	choque	hipovolêmico	 (PA	sistólica	<	90	
mmHg).		
o Micro-hematúria	isolada	e	ausência	de	choque	hipovolêmico	=	não	faz	investigação	por	imagem	
o Outros	casos	sem	indicação,	não	é	necessário	pois	muitas	dessas	lesões	têm	resolução	espontânea.	
Sinais	de	alerta	de	trauma:	
Dor	abdominal	
Rigidez	da	parede	
Sinais	de	choque	
Distensão	do	abdome	
Escavamento	do	abdome	
Vômitos	
Sangramento	pelo	reto	
Sangramento	vaginal	ou	uretral	
Equimose	de	bolsa	escrota	
Quantidade	não	tem	correlação	com	o	grau	de	lesão	
• Investigação	 por	 imagens	 em	 pacientes	 com	 lesão	 penetrante:	 indicado	 a	 todas	 as	 vítimas	 de	
traumatismo	penetrante	abdominal	ou	lombar	e	na	suspeita	de	traumatismo	renal/urinário	com	qualquer	
grau	de	hematúria.	
• Investigação	por	imagem	=	TOMOGRAFIA	COMPUTADORIZADA	(padrão-ouro)	
o Contraste	melhora	a	qualidade	da	avaliação	em	pacientes	hemodinamicamente	estáveis	
o USG	=	exame	de	triagem	em	traumas	abdominais	e	seguimento	do	tratamento	
o Pielografia	venosa	=	indicada	em	casos	em	que	a	TC	não	está	disponível	
o RM	=	boa	sensibilidade	para	trauma	renal	contuso	
o Angiografia	=	mais	precisa	para	lesões	vasculares	
Tratamento:	
• TTO	inicial	conservador		
o Traumas	renais	contusos	
o Todas	lesões	grau	I	e	II	
o Maioria	lesões	grau	III	
o Possível	em	pacientes	com	áreas	extensas	de	tecido	desvitalizado	(+	complicações	tardias)	(Grau	IV)	
• Exploração	cirúrgica:	
o Indicações	absolutas:	
§ Instabilidade	hemodinâmica	
§ Hematoma	pulsátil	ou	em	expansão	(lesões	grau	IV	e	V)	
o Indicações	relativas:	
§ Lesões	de	alto	grau	(IV	e	V)	
§ Extravasamento	de	contraste	=	extravasamento	de	urina	(grau	IV)	
§ Parênquima	desvitalizado	
§ Estadiamento	incompleto	
§ Presença	de	lesão	visceral	associada	
• TTO	cirúrgico	imediato	praticamente	restrito	a	lesões	grau	V	e	à	presença	de	instabilidade	hemodinâmica	
refratária.	
• Reconstrução	renal	é	possível	na	maioria	dos	casos	de	pacientes	com	traumas	penetrantes.	
• Presença	de	lesões	intra-abdominais	associadas	aumenta	a	chance	de	realização	de	nefrectomia.		
• Sinais	que	indicam	realização	de	angiografia	na	avaliação	radiográfica:	
o Grandes	segmentos	desvascularizados	
o Lesões	do	pedículo		
o Hipoperfusão	renal	
o Lesões	da	íntima	
o Pseudoaneurismas	
o Trombose	
o Sangramentos	segmentares	ou	subsegmentares	
o Presença	de	hematoma	perirrenal	comprimindo	rim	
o Presença	de	estravazamento	de	contraste	intravascular	
• Embolização	=	TTO	de	lesões	contusas	em	pacientes	estáveis.Alta	taxa	de	sucesso	(principalmente	lesões	
grau	IV)	
	
Complicações:	
• Sangramento	
• Hipertensão	
• Hidronefrose	secundária	
• Perda	de	parênquima	renal	
• Fístula	arterio-venosa	
o Hematúria	persistente	(cintilografia/arteriografia)	
Contraindicação:	
Choque	hipovolêmico	
Alergia	não	é!	
Lesões	grau	I,	II,	III	=	repouso!	
TTO	do	trauma	renal	por	classificação:	
Grau	I,	II,	III:	conservador	=	repouso,	ATB,	
anti-inflamatório	e	analgésico.	
Grau	IV	sem	extravasamento:	conservador		
Grau	 IV	 com	 extravasamento:	 cateter,	
ATB,	sonda,	hidratação.	
Grau	V	com	lesão	apenas	do	parênquima:	
TTO	conservador.	
	
=	TRAUMA	URETERAL	=	
	
• 1%	dos	traumas	genitourinários	(raro)	
• Iatrogenia	=	causa	mais	comum	(75%)		
o 73%	ginecológico	
• FAF	=	principal	tipo	de	traumatismo	externo	
• Lesões	contusas	=	1/3	dos	casos	
• Desaceleração	=	principal	mecanismo		
• Fatores	de	risco	(trauma	iatrogênico):	
o Anatomia	cirúrgica	desfavorável	
o Neoplasias	avançadas	
o Cirurgias	prévias	
o Endometriose	
o Sangramento	
	
Diagnóstico:	
• Transoperatório	=	Lesão	ureteral	penetrante		
• Tardio	=	maioria	dos	traumatismos	contusos	e	lesões	iatrogênicas	
• Sinais	clínicos	tardios	de	lesão	ureteral	não	diagnosticada	precocemente:		
o Hematúria,		
o Dor	lombar,		
o Incontinência	urinária,		
o Perda	urinária	vaginal,		
o Perda	urinária	por	drenos,		
o Febre,		
o Outros	sinais	sépticos,		
o Coleções,		
o Sinais	tardios.	
• Imagem:	TC	ou	PIELOGRAFIA	VENOSA	
o Identificação	de	extravasamento	de	contraste	do	ureter	
o Diagnóstico	tardio	=	achados	secundários:	hidronefrose,	urinomas	
o Dúvida,	pós-operatório:	PIELOGRAFIA	RETRÓGRADA	ou	ANTERÓGRADA	
o Pielografia	venosa	na	urgência:	falso-negativo	até	60%	na	urgência	
	
Tratamento:	
• Lesão	em	terço	superior	e	médio:	
o Uretero-ureteroanastomose	
o Transureteroanastomose:	se	não	for	possível	realizar	anastomose	primária	
• Lesão	em	terço	inferior:		
o Reimplante:	não	pode	fazer	anastomose	(alta	chance	de	fistulação)		
• PSOAS-HITCH:	 se	 não	 tem	 um	 segmento	 para	
chegar	até	a	bexiga,	puxa	a	bexiga	até	o	segmento	
superior	 do	 ureter.	 Abre	 a	 bexiga	
longitudinalmente,	puxa	ela	até	o	musculo	psoas,	
sutura	e	ela	adquire	uma	configuração	alongada	
suficiente	pra	vc	reimplantar	o	ureter	na	bexiga.		
• BOARI-FLAP:	 corta	 parte	 da	 bexiga	 e	 vai	 de	
encontro	 ao	 segmento	 superior	 do	 ureter.	
Reimplanta	depois	fecha.	Mais	trabalhoso,	pode	dar	fístula	e	complicação.		
• Diagnóstico	imediato	(poucos	dias	de	lesão)	→	stent	ou	flap	da	bexiga	
• Diagnóstico	tardio	→	TTO	inicial	=	nefrostomia	e	stents	até	melhora	clínica	→	reconstrução	definitiva	
o Derivação	urinária	
o Alça	intestinal?	
	
Complicações:	
• Estenose	ureteral	(principal)	
• Fibrose	retroperitoneal	
• Pielonefrite	
• Fístula	ureterocutânea	
	
Mais	comum	
Passagem	de	CDJ,	injeção	de	contraste,	exame	do	trato	urinário	superior	para	
inferior,	pesquisa	de	estreitamento	ureteral,	extravasamento	de	contraste	
=	TRAUMA	VESICAL	=	
	
• Causa	mais	comum	de	trauma	contuso	=	acidente	automobilístico	
• Lesões	extraperitoneais	=	maioria	associada	a	fraturas	pélvicas	
• Trauma	de	abdome	inferior	ou	pelve	→	Rápido	aumento	da	pressão	intravesical	→	ruptura	intraperitoneal	
• Órgão	urológico	mais	afetado	por	lesões	iatrogênicas	
o Causas	principais;	histerectomia,	parto	cesária,	herniorrafias....	
• Lesões	penetrantes	→	suspeita	pelo	trajeto		
	
Diagnóstico:• Sinais	e	sintomas:	
o Hematúria	macroscópica	(95%)	
o Dor	abdominal	à	palpação	
o Distensão	abdominal	
o Retenção	urinária	
o Desconforto	suprapúbico	
o Extravazamento	urinário	retroperitoneal	
§ Edema	em	períneo,	bolsa	escrotal,	coxas	e	parede	abdominal	anterior	
• Lesão	intraperitoneal	→	reabsorção	de	Ur	e	Cr	pelo	peritônio	→	uremia	e	↑	níveis	de	creatinina	plasmática	
• Traumas	penetrantes	→	orifícios	de	entrada/saída	em	abdome	inferior,	períneo,	nádegas	→	lesão	vesical??	
• Uretrorragia	(+	fratura	pélvica)	→	suspeitar	lesão	uretral	→	URETROGRAFIA	antes	do	cateterismo	vesical	
• Imagem:	CISTOGRAFIA		
o Escolha	para	diagnóstico	de	lesão	vesical	traumática	
o Lesão	intra	ou	extraperitoneal:	
§ Extraperitoneal:	extravasa	contraste	dentro	da	cavidade	pélvica	→	TTO	conservador	
§ Intraperitoneal	=	extravasa	entre	as	alças	intestinais	→	cirurgia	
o CISTOTOMOGRAFIA	=	avaliação	de	lesões	abdominais	associadas	
o CISTOSCOPIA	=	método	de	escolha	para	lesões	intraperitoneais	
o USG,	fase	excretora	de	TC	ou	pielografia	venosa	=	métodos	insuficientes	
	
Tratamento:		
• Lesão	extraperitoneal	=	TTO	CONSERVADOR.		
o Uso	de	cateter	de	Foley	calibroso	(22	a	24	F)	por	10	a	14	dias	→	Cistografia	
§ Ausência	de	extravasamento	=	retira-se	a	sonda.		
§ Persistência	do	extravasamento	=	mantém	a	sonda	até	30	dias.		
• Lesão	 intraperitoneal	 =	 laparotomia	 e	 correção	 cirúrgica	 +	 sonda	 (mesmo	 princípio	 do	 tratamento	
conservador).	
o Reparo	primário	da	lesão	
	
=	TRAUMA	URETRAL	=	
	
TRAUMA	DE	URETRA	ANTERIOR	(PENIANA)	
	
• Ferimento	penetrante	
• Associado	a	fratura	de	pênis	
o Traumatismo	relacionado	ao	intercurso	sexual	
o Lesão	bilateral	de	corpos	cavernosos	=	lesão	uretral	associada?	
Indicação	absoluta	de	investigação	de	lesão	vesical	=	hematúria	macroscópica	+	fratura	pélvica	
Cateterismo	vesical	com	sonda	
folley	e	injeção	de	contraste	
Anatomia	da	uretra:	
Peniana		
Bulbar	
Prostática		
Membranosa	
	
Diagnóstico:	
• Sinais	e	sintomas:	Uretrorragia	+	hematúria	+	RUA	(aumenta	a	suspeita)	
• URETROGRAFIA	RETRÓGRADA	=	confirmação	diagnóstica	+	planejamento	de	TTO	
Tratamento:	
• Exploração	cirúrgica	precoce,	evacuação	do	coágulo,	controle	da	hemorragia,	reparo	de	lesões	associadas	
• Reconstrução	primária:	se	lesão	de	uretra	+	fratura	peniana	
	
TRAUMA	DE	URETRA	BULBAR	
	
• Trauma	contuso	em	região	perineal	
o Queda	a	cavaleiro	
o Sinal	de	“asas	de	borboleta”	
Diagnóstico		
• Sinais	e	sintomas:	
o Uretrorragia	
o Hematúria	
o Hematoma	perineal	
o Retenção	urinária	
• Imagem:	URETROGRAFIA	RETRÓGRADA	(confirmação	diagnóstica)	
Tratamento:	
• Conservador:	ausência	de	sangramento	significativo	ou	retenção	urinária	
• Cistotomia	=	TTO	inicial	de	lesão	contusa	(derivação	urinária)	
• Manejo	tardio:	reconstrução	de	estenose	traumática		
o URETROGRAFRIA	RETRÓGRADA	E	MICCIONAL	obrigatório	no	pré-operatório	
o USG:	pode	complementar	a	uretrografia	
	
TRAUMA	DE	URETRA	POSTERIOR	
	
• Associada	a	fratura	pélvica	
• Sinais	e	sintomas:		
o Uretrorragia	
o Retenção	urinária	
o Hematúria	
o Hematoma	perineal	
	
Manejo	precoce:	
• Fratura	pélvica	+	ausência	de	sinais	clínicos	ou	radiológicos	de	suspeita	de	lesão	uretral	=		
o Cateterismo	uretral	
• URETROGRAFIA	RETRÓGRADA	se	houver	sinais.	
o Classificação	dos	traumas	de	uretra	posterior	
Tratamento:	
• Realinhamento	primário	=	passagem	de	cateter	uretral		
• Cistostomia	→	posterior	correção	da	estenose	uretral	
	
Manejo	tardio:	
• Uretroplastia	bulboprostática	(padrão).		
o Pré-operatório	radiológico:	URETROCISTOGRAFIA	MICCIONAL	ou	RM	
NÃO	passa	cateter!	Mais	risco	
de	estenose	uretral	
TRAUMA	PENETRANTE	DA	URETRA	
	
• Raro	
• Maioria	relacionada	a	FAF	
	
Tratamento:	
• Exploração	cirúrgica	primária	com	reparo	primário	das	lesões		
o Maioria	dos	traumatismos	de	genitália	externa)	
• Derivação	urinária:	indicada	se	não	for	possível	realizar	reparo	primário	
o Derivação	suprapúbica	inicial	→	reconstrução	uretral	posterior	
	
=	TRAUMA	PENIANO	= 
	
	
• CONTUSO	ou	PENETRANTE	
• Maioria	relacionada	ao	intercurso	sexual	e	violência	externa	
	
FRATURA	DE	PÊNIS:	
• Rara	emergência	urológica	
• Causa	mais	comum	=	intercurso	sexual	
o 2a	causa	=	masturbação	
• Definição:	ruptura	da	túnica	albugínea	do	corpo	cavernoso	por	trauma	contuso	no	pênis	ereto	(↓	espessura	
da	túnica	e	↑	pressão	intracavernosa)	
• Apresentação	clínica	=	relato	de	estalido	durante	o	ato	sexual	seguido	de	dor	e	detumescência	peniana	
imediata,	grande	edema,	equimose	e	deformidade	peniana	(“em	berinjela”)		
o Uretrorragia,	hematúria	e	dificuldade	para	urinar	se	lesão	uretral	associada	(até	40%)	
• Diagnóstico:		clínico	
o USG	ou	RM:	se	necessária	confirmação	diagnóstica	(raro)	
§ USG	=	exame	de	escolha	na	avaliação	dos	traumatismos	do	pênis	
§ RM	=	melhor	contraste	dos	tecidos	moles	
o URETROCISTOGRAFIA*		
§ Indicada	para	toda	lesão	peniana	penetrante:	
§ Confirmação	diagnóstica	de	lesão	uretral	associada	e	planejamento	terapêutico	
• Tratamento:	exploração	cirúrgica	imediata	
	
=	TRAUMA	TESTICULAR	= 
• Trauma	Contuso		
o História	de	trauma,	dor	testicular,	equimose	em	bolsa	escrotal	e	hematocele	
o Imagem:	USG	(diagnóstico	de	ruptura	testicular),	RM	(se	USG	inconclusivo)	
o Indicação	 de	 exploração	 cirúrgica:	 hematocele	 significativa,	 hematoma	 intratesticular,	 ruptura	 franca	 da	
túnica	albugínea	
• Trauma	Penetrante	
o PAF	
o Lesões	associadas	
o USG	não	é	rotina	
o Exploração	cirúrgica	em	casos	duvidosos	
o Tratamento:	Orquiectomia		
• TRAUMA	DE	BOLSA	ESCROTAL	=	Perda	tecidual	=	lesão	traumática	mais	comum	
URGÊNCIAS	UROLÓGICAS	NÃO	TRAUMÁTICAS	
	
=	PRIAPISMO	=	
	
• Doença	rara	
• Emergência	médica	
• Todas	as	formas	exigem	intervenção	imediata	
o Priapismo	isquêmico	=	mais	associado	a	fibrose	progressiva	dos	tecidos	eréteis	
• Objetivo	da	avaliação	=	alcançar	detumescência*	e	preservar	função	erétil	
• Complicação	do	TTO	=	disfunção	erétil	(possível)	
	
• Definição	=	ereção	persistente	(>4h)	dolorosa,	sem	estímulo	sexual	
	
Priapismo	isquêmico	=	veno-oclusivo	=	baixo	fluxo:	
• Ereção	persistente	não	sexual	com	fluxo	sanguíneo	diminuído	ou	ausente	dos	corpos	cavernosos.	
• Gasometria	anormal	do	sangue	cavernoso	=	hipóxia,	hipercapnia,	acidose	
• Corpos	cavernosos	rígidos	e	dolorosos	a	palpação	
• Diversos	fatores	etiológicos	contribuem	para	a	falha	do	mecanismo	de	detumescência	
o ↑Tempo	de	ereção	→	↓	oxigênio	→	↑	gás	carbônico	→	perpetua	plegia	da	musculatura	lisa	
o Disfunção	da	musculatura	lisa	do	corpo	cavernoso:	causado	por	medicamentos	que	relaxam	a	
musculatura	lisa	
o Disfunção	da	viscosidade	sanguínea:	causado	por	doenças	hematológicas	
• Resolução	=	retorno	do	pênis	ao	estado	flácido	não	doloroso	
o Verificada	por	medição	dos	gases	sanguíneos	cavernosos	ou	medição	do	fluxo	sanguíneo	por	USG	
com	doppler.	
	
Priapismo	não	isquêmico	=	arterial	=	alto	fluxo:	
• Ereção	persistente	não	sexual	causada	por	entrada	de	fluxo	arterial	não	controlado	nos	corpos	cavernosos	
o Ereção	não	é	totalmente	rígida	nem	dolorosa		
o Paciente	não	refere	dor!	
o Não	relacionada	com	necrose	e	fibrose	de	corpos	cavernosos	
• Gases	sanguíneos	cavernosos	não	são	hipóxicos	ou	acidóticos	
o Sangue	rico	em	oxigênio	e	pobre	em	gás	carbônico	
• NÃO	requer	TTO	de	emergência!	Pode	permanecer	com	esse	priapismo	indefinidamente.	
• Resolução	=	retorno	do	pênis	a	completa	flacidez	
	
Priapismo	recorrente	=	intermitente:	
• Priapismo	isquêmico	recorrente	
• Ereções	indesejadas	e	dolorosas	ocorrem	repetidamente	intercaladas	com	períodos	de	detumescência	
• Costuma	estar	associada	a	patologia	hematológica	
	
Diagnóstico:	
• Diferenciar	isquêmico	X	não	isquêmico:		
o GASOMETRIA	DOS	CORPOS	CAVERNOSOS	
§ Priapismo	isquêmico:	PO2	<	30	mmHg,	PCO2	>	60	mmHg	e	pH	<	7,25.		
o USG	COM	DOPPLER	PENIANO		
*	diminuição	de	inhaço	
“Síndrome	compartimental”	
Por	laceração	da	artéria	cavernosa	
Sem	causa	aparente	subjacente.	
• Pesquisa	e	localização	de	fístula	em	artéria	cavernosa:	ARTERIOGRAFIA	PENIANA	
• PUNÇÃO	ASPIRATIVA:	no	priapismo	não	isquêmico		
• Exameslaboratoriais:	
o Hemograma	
o Contagem	de	reticulócitos	
o 	Eletroforese	de	hemoglobina	
o Triagem	de	medicamentos	psicoativos	
o Toxicológico	de	urina	
o Gasometria	dos	corpos	cavernosos	
o USG	com	Doppler	
o Arteriografia	peniana	
	
História	clínica:	investigar	tempo	de	ereção;	grau	de	dor;	episódio	anterior	(e	TTO);	uso	de	drogas	que	possam	
ter	precipidado	o	episódio;	história	de	trauma	pélvico,	genital	ou	perineal;	história	de	doença	hematológica.	
	
Tratamento:	
• Priapismo	isquêmico:	
o Injeção	intracavernosa	de	alfa-adrenérgico	(agente	simpaticosinérgico*)	com/sem	drenagem	de	
sangue	retido	no	corpo	cavernoso	
§ *	Adrenalina,	noradrenalina,	fenilefrina....	
o Derivação	cirúrgica	se	necessário	
• Priapismo	não	isquêmico:	
o Resolução	espontânea	(até	62%	dos	casos)	
o TTO	inicial:	observação	+	medidas	locais	(gelo)	
o Embolização	arterial:	nos	pacientes	que	solicitam	
	
=	ESCROTO	AGUDO	=	
	
TORÇÃO	DO	CORDÃO	ESPERMÁTICO	
• Torção	espontânea	ou	desencadeada	por	trauma	
• Dor	testicular	súbita	(por	causa	da	isquemia)	
• Aumento	de	volume		
• Febre	
• Náuseas	
• Dor	abdominal	(ao	longo	do	trajeto	do	cordão	espermático)	
• Reflexo	cremastérico	ausente	
• Diagnóstico:	clínico	
o USG	com	Doppler	se	dúvida	(	ou	RM	ou	cintilografia	testicular)	
• Tratamento:	
o Exploração	cirúrgica	(T	<	6h)	
o Orquiectomia	
o Objetivo	do	TTO:	destorção	do	cordão	comprometido	e	fixação	bilateral	dos	testículos	
	
ORQUITE	
• Infecção	bacteriana	isolada	dos	testículos	
• Geralmente	associada	a	epididimite	
• Agentes	virais	=	principais	agentes	etiológicos	na	infância		
o Caxumba	é	o	principal	(mas	raro)	
• TTO:	direcionado	ao	agente	causal	+	repouso	+	anti-inflamatório	+	suspensório	escrotal	
	
	
Sinal	de	BRUNZEL	=	elevação	do	testículo	
Sinal	de	PREHN	negativo	=	dor	não	melhora	
com	suspensão	do	testículo	
Sinal	de	ANGEL	=	horizontalização	do	testículo	
ORQUIEPIDIDIMITE	
• Agentes	causais:	clamídia	e	gonococo	(adultos	jovens	sexualmente	ativos),	gram	–	em	homens	>	35	anos.	
• Evolução	gradual	com	piora	progressiva	
o Dor		
o Eritema		
o Aumento	de	volume	
o Prostração		
o Febre	com	calafrios	
o Anorexia	
• Diagnóstico	clínico	
o USG	confirma	aumento	de	fluxo	sanguíneo	
• TTO:	empírico	
o Ceftriaxona	e	doxiciclina:	gonococos	e	clamídia	
o Quinolonas:	gram	negativos	
	
GANGRENA	DE	FOURNIER	
• Fasciite	necrotizante	
• Multibacteriana	(principais:	estafilococos	estreptococos,	enterobactérias,	Clostridium,	Pseudomonas)	
• Progressão	rápida	(2-3	cm/h)	
• Evolução	para	sepse	e	óbito	
• Tratamento:	desbridamento	cirúrgico	+	reposição	hídrica	+	ATB	EV	amplo	espectro

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