Buscar

avaliacao da aprendizagem

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 231 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 231 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 231 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Avaliação da Aprendizagem 
no Ensino Superior
2/231
Avaliação da Aprendizagem no Ensino Superior
Autora: Cecília Iacoponi Hashimoto
Como citar este documento: HASHIMOTO, Cecília Iacoponi. Avaliação da Aprendizagem no Ensino 
Superior. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2015.
Sumário
Apresentação da Disciplina 04
Unidade 1: Conceitos e Funções 06
Assista suas aulas 24
Unidade 2: Relação Funcional entre Objetivos e Avaliação 32
Assista suas aulas 52
Unidade 3: Modalidades de Avaliação: Diagnóstica, Formativa e Somativa 60
Assista suas aulas 82
Unidade 4: Técnicas: Observação, Autoavaliação e Aplicação de Provas 89
Assista suas aulas 113
Unidade 5: Arguição, Dissertação e Testagem 120
Assista suas aulas 141
2/232
3/2313
Unidade 6: Outros Métodos de Avaliação 149
Assista suas aulas 168
Unidade 7: Prova Objetiva e Dissertativa 175
Assista suas aulas 195
Unidade 8: Portfólios e Mapas Conceituais 203
Assista suas aulas 225
Sumário
Avaliação da Aprendizagem no Ensino Superior
Autora: Cecília Iacoponi Hashimoto
Como citar este documento: HASHIMOTO, Cecília Iacoponi. Avaliação da Aprendizagem no Ensino 
Superior. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2015.
4/231
Apresentação da Disciplina
Avaliar é uma prática fundamental do ser 
humano. 
A todo momento estamos avaliando e 
sendo avaliados em nossas atitudes, 
maneiras de agir, de pensar, nas nossas 
ações e interações no mundo. 
Como ilustração, temos na história da 
humanidade, situações clássicas em que 
jovens meninos, por volta de 12 e 13 anos, 
para fazerem a passagem de menino-
adulto, necessitam se submeter a provas 
que, muitas vezes são dolorosas e exigem 
sofrimento carnal. Estas indicarão o 
grau de esforço e superação de cada um. 
Vencendo esta etapa, estarão aptos ao 
mundo dos adultos.
No cotidiano das interações sociais, a 
avaliação também se apresenta de maneira 
mais assertiva, tanto nas empresas, 
utilizando técnicas próprias e sofisticadas 
para melhorar sua produção e desempenho 
de seus funcionários, como em escolas, com 
medidas criteriosamente elaboradas para 
atingir suas metas em relação a seus alunos.
Ao longo destes oito capítulos, iremos 
nos debruçar sobre a temática avaliação 
da aprendizagem, no sentido de 
compreendermos um pouco mais acerca 
seus impactos no ambiente educativo, tanto 
para professores quanto para educandos, 
as múltiplas maneiras de utilização dos 
instrumentos avaliativos e refletiremos, 
também, sobre as funções e consequências 
que permeiam o ato de avaliar.
5/231
Vivemos um momento de mudanças 
significativas no cenário da Educação 
Brasileira e o entendimento e análise 
dos processos educacionais, mediante 
as ferramentas que a avaliação 
nos proporciona, tanto em nível de 
macrossistema quanto no nível escolar, 
nos fortalece para as escolhas de rumos e 
direções a seguir.
Boa leitura e bom aprendizado a todos!
6/231
Unidade 1
Conceitos e Funções
Objetivos
1. Conhecer as definições mais comuns 
de avaliação;
2. Compreender as finalidades da 
avaliação de aprendizagem;
3. Entender quais são as funções da 
avaliação.
Unidade 1 • Conceitos e Funções7/231
Introdução
Encontramos, na literatura, vários 
autores que discutem o tema avaliação da 
aprendizagem, e apresentam definições 
que ora se complementam, ora divergem 
devido as suas concepções pedagógicas 
adotadas.
Quando lemos criteriosamente todos, 
percebemos que há um acúmulo de 
adjetivos sobre o mesmo tema. Se 
prestarmos um pouco mais de atenção, 
reconheceremos que há um certo 
“modismo” nas definições, ou seja, 
dependendo do momento sócio-histórico-
político-econômico pelo qual determinado 
país está vivendo, algumas concepções 
de avaliação ficarão mais fortalecidas, em 
detrimento de outras. 
Se a hora é de privilegiar determinadas 
classes sociais, em termos de ascensão 
escolar, como também de estabilidade e 
permanência na escola, garantindo-lhes 
direitos de acesso ao universo letrado e 
culto por maior quantidade possível de 
tempo, o teor dos instrumentos avaliativos 
versará por situações que ofereçam 
maiores possibilidades às classes eleitas. 
Podemos afirmar, desta forma, que avaliar 
também é um ato político, econômico e 
social! 
1. Condições para avaliar
Segundo Luckesi (2011, p. 266-276), existem 
duas condições prévias a todo pesquisador 
no que diz respeito ao ato de avaliar:
Unidade 1 • Conceitos e Funções8/231
a) Disposição psicológica para o 
acolhimento da realidade: que 
significa ser comprometido com 
o conhecimento que se investiga 
de modo a não o distorcer, sendo 
capaz de ler o que vê efetivamente 
e não trocar os dados de maneira a 
favorecer seus interesses pessoais ou 
externos;
b) Corpo teórico com o qual opera a 
avaliação: e teoria é sua lente de 
investigação, cada ato realiza-se 
de acordo com seu ponto de vista. 
Mesmo que inconsciente, existe por 
detrás de cada ato de investigação e 
avaliação, uma teoria que sustenta 
a compreensão do processo 
investigativo.
Para saber mais
Cipriano Luckesi é um dos mais respeitados e 
renomados estudiosos brasileiros na temática 
avaliação de aprendizagem. Especialista nesta 
área, há 40 anos contribui com suas pesquisas 
e análises quanto aos instrumentos de medidas 
avaliativas. Vale a pena ler o seguinte trabalho 
do autor: O que é mesmo o ato de avaliar a 
aprendizagem? Cipriano Carlos Luckesi. Pátio 
On-line Pátio, Porto alegre: Artmed, n. 12, ano 3, 
fev./abr. 2000. Disponível em: <https://www.
nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/
imagem/2511.pdf> Acesso em: 04 out. 2015.
https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/2511.pdf
https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/2511.pdf
https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/2511.pdf
Unidade 1 • Conceitos e Funções9/231
Desta maneira, a avaliação da 
aprendizagem está a serviço de 
pressupostos teóricos inseridos no projeto 
pedagógico a que está atrelada. Avaliar é 
diagnosticar e qualificar a realidade! 
Apenas para exemplificar, apresentaremos 
rapidamente, alguns conceitos de 
avaliação mais conhecidos e solicitamos 
que fiquem atentos às definições que estão 
atreladas à concepção pedagógica que 
cada teórico defende.
1.1 Conceitos sobre avaliação
a) Avaliação é o processo de delinear, 
obter e fornecer informações úteis para 
julgar decisões alternativas (SILVA, 
1992).
b) É um processo contínuo, sistemático, 
compreensivo, comparativo, 
cumulativo, informativo e global, que 
permite avaliar o conhecimento do 
aluno (MARQUES, 1976).
c) Avaliação é a coleta sistemática de 
dados, por meio da qual se determinam 
as mudanças de comportamento do 
aluno e em que medida estas mudanças 
ocorrem (BLOOM, 1980).
d) O ato de avaliar é um ato de investigar. 
Enquanto a ciência estuda como 
funciona a realidade, a avaliação estuda 
a sua qualidade. Ambas se servem de 
rigorosos recursos metodológicos: a 
ciência descreve e interpreta a realidade: 
a avaliação descreve-a e qualifica-a 
(LUCKESI, 2011). 
Unidade 1 • Conceitos e Funções10/231
e) A avaliação, diferentemente da 
verificação, envolve um ato que 
ultrapassa a obtenção de configuração 
do objeto, exigindo decisão do que fazer 
ante ou com ele. A verificação é a ação 
que congela o objeto: a avaliação, por 
sua vez, direciona o objeto numa trilha 
dinâmica de ação (DESPRESBITERIS E 
TAVARES, 2009).
f) A avaliação é tradicionalmente 
associada, na escola, à criação de 
hierarquias de excelência. Os alunos são 
comparados e depois classificados em 
virtude de uma norma de excelência, 
definida no absoluto ou encarnada 
pelo professor e pelos melhores 
alunos. Na maioria das vezes, essas 
duas referências se misturam, com 
uma dominante: na elaboração das 
tabelas, enquanto alguns professores 
falam de exigências preestabelecidas, 
outros constroem sua tabela a 
posteriori, em função da distribuição 
dos resultados, sem, todavia, chegar a 
dar sistematicamente a melhor nota 
possível ao trabalho ”menos ruim”. 
(PERRENOUD, 1998).
Com base nestas definições,a dificuldade 
que existe é a de como deve ser elaborado 
um programa de avaliação, pois não há nas 
definições, orientações claras que auxiliem 
o professor. Assim, colocamos algumas 
questões importantes para pensar:
A) O que avaliar?
B) Quando avaliar?
Unidade 1 • Conceitos e Funções11/231
C) Quem deve fazer a avaliação?
D) Que instrumental pode ser usado 
para coletar e registrar informações? 
E) O que fazer após o ato de avaliar, com 
os resultados obtidos?
F) Que instrumentos serão utilizados?
Além destes questionamentos, a avaliação 
contém em seu cerne características 
bem definidas, como: temporalidade, 
totalidade, continuidade, orientação para 
um fim. 
Para saber mais
Quando dizemos que a avaliação tem caráter de 
temporalidade significa que ela tem seu valor em 
um tempo e espaço, ou seja, para aquela turma, 
naquele momento, com aquelas condições. Se o 
professor quiser utilizar a mesma avaliação de um 
ano para outro, prática muito comum nas escolas, 
já perderá o seu teor, visto que os alunos são 
outros, o professor está diferente e a situação da 
classe mudou. Cada avaliação tem um propósito e 
objetivo claros para determinada clientela, em um 
determinado tempo histórico. 
Unidade 1 • Conceitos e Funções12/231
2. As finalidades da escola e da 
avaliação educacional 
Fala-se muito em avaliação escolar. Porém, 
não se discute a problemática central 
que permeia esta questão: o sentido de 
exclusão e classificação. Refletiremos, 
a seguir, acerca de alguns pontos 
significativos. 
Objetivos: ao invés de haver uma 
preocupação com a aprendizagem, 
tudo passa a girar em torno de medidas 
classificatórias. Em termos de avaliação da 
aprendizagem, o produto deve ser a nota, 
o conceito, a letra que aprova ou reprova, 
padrão competente ou incompetente, 
repetente ou promovido, na educação 
infantil, carinha alegre e carinha triste.
A) Prática pedagógica: o docente é um 
cumpridor de programas e, na busca 
de chegar às metas, utiliza-se do 
caminho mais conhecido entre nós 
– a aula expositiva. Geralmente não 
trabalha os conteúdos de maneira 
diferenciada, com outros elementos 
que garantam maior entendimento 
para o aluno, como estratégias 
diversificadas, jogos, exemplos e 
oficinas que auxiliem a compreensão. 
B) Ética: as modalidades de avaliação 
que são excludentes classificam 
o aluno fora do padrão desejado, 
visto que há um score a ser 
atingido. E desta maneira, ocorre 
uma experiência negativa com os 
processos avaliativos. 
Unidade 1 • Conceitos e Funções13/231
Se refletirmos sobre o efeito da avaliação 
classificatória e excludente, imediatamente 
pensamos nos alunos que são reprovados. 
Mas, embora estes passem por situação 
de frustração, há que se pensar, também, 
nos alunos que obtém sucesso. Como 
será isso para ele? Analisando as duas 
possibilidades, temos as seguintes 
consequências:
Link
A função pedagógica da Avaliação. Disponível em: 
<http://professor.ufop.br/sites/default/files/
danielmatos/files/a_funcao_pedagogica_
da_avaliacao.pdf>. Acesso em: 30 set. 2015.
A) Aluno Aprovado 
• Conseguiu tirar notas, passar 
de ano, adequou-se ao sistema 
formal de ensino, aprende a 
sobreviver no sistema de ensino;
• Embora não tenha se apropriado 
totalmente do saber, foi aprovado;
• Uma minoria aprendeu os 
conceitos e outros tantos, 
aprenderam no esquema 
formal de focar a atenção na 
classificação.
B) Aluno reprovado
• Levado a novas reprovações, pois 
é colocado nas mesmas condições 
que produziram o fracasso – alunos 
multirrepetentes;
http://professor.ufop.br/sites/default/files/danielmatos/files/a_funcao_pedagogica_da_avaliacao.pdf
http://professor.ufop.br/sites/default/files/danielmatos/files/a_funcao_pedagogica_da_avaliacao.pdf
http://professor.ufop.br/sites/default/files/danielmatos/files/a_funcao_pedagogica_da_avaliacao.pdf
Unidade 1 • Conceitos e Funções14/231
• Evade por achar que estudo não é para ele;
• Uma minoria dá-se bem na repetência e outros tantos tentam se enquadrar no esquema 
formal para sobreviver.
Para saber mais
Sendo o homem um ser de relações e interações com o mundo que o cerca. Ainda refletindo sobre esta 
dinâmica, é um ser que desenvolve cultura, transforma e sofre estas influências da cultura, é natural que, 
dentro destes processos, aprimore seu pensar, agir e falar mediante reflexões e avaliações que faz de si, do 
mundo e do outro. Nesse sentido, temos o dever enquanto educadores de olhar nossos alunos não apenas 
como avaliados, em uma condição de passividade, mas também como avaliadores, pessoas que pensam e 
que tem potencial crítico de análise e síntese, componentes fundamentais do ato avaliativo.
A avaliação transcende dimensões. Além de sua aplicabilidade ser bastante discutida na escola, 
há também que se considerar a avaliação de si mesmo, do docente em relação a sua prática: 
• Como estou na minha prática? 
• Tenho clareza de meus objetivos?
Unidade 1 • Conceitos e Funções15/231
O que mais incomoda quando há discussão 
sobre avaliação escolar é o descompasso 
entre a simplicidade de seu conceito e a 
dificuldade de colocá–la em prática! Até 
que ponto o professor tem clareza do 
significado da avaliação que executa? O 
que efetivamente se passa na escola? 
2.1 Funções da Avaliação
O desafio histórico de democratizar 
a educação nos remete a um olhar 
crítico para a escola. Considerando os 
condicionantes estruturais do Estado 
brasileiro, o fracasso escolar está 
diretamente relacionado a maneira 
de como a escola está organizada e 
estruturada, de modo a cumprir regras, 
normas, práticas, enfim, o conjunto 
de interações e relações que nela se 
estabelecem.
Aqui cabe a análise do significado da 
avaliação, como tem sido entendida e 
vivida dentro da escola, principalmente 
com a legitimação do fracasso escolar. 
Utilizada como meio de controle, acentua 
sensivelmente uma prática discriminatória 
e de seleção social.
O compromisso com a democratização 
do ensino supõe romper com a prática 
classificatória da avaliação, de modo que 
permita uma vivência avaliativa que sirva 
como função diagnóstica de modo que 
seus resultados orientem tanto o avanço 
do conhecimento, quanto cumpram 
efetivamente sua função educacional, 
alcançando o direito de todos. 
Unidade 1 • Conceitos e Funções16/231
O ato de avaliar, por sua constituição mesma não se destina a um 
julgamento definitivo sobre alguma coisa, pessoas ou situação, pois não é 
um ato seletivo. A avaliação se destina ao diagnóstico e, por isso mesmo, 
à inclusão (LUCKESI, 1995).
Embora o tema avaliação de aprendizagem esteja sempre sendo debatido, estamos 
caminhando lentamente para que esta se transforme em um instrumento de promoção de 
desenvolvimento de todos os alunos.
Link
Funções da Avaliação. Disponível em: <http://www.pedagogia.com.br/artigos/funcoes_avaliacao/
index.php?pagina=2%20www.pedagogia.com.br/artigos/funcoes_>. Acesso em: 03 out. 2015.
A avaliação tem sofrido transformações ao longo das décadas, tanto em relação a objetivos 
quanto a procedimentos avaliativos utilizados. Podemos notar que, em cada período há uma 
tendência que move os mecanismos de valoração, as maneiras de produzir instrumentos de 
http://www.pedagogia.com.br/artigos/funcoes_avaliacao/index.php?pagina=2%20www.pedagogia.com.br/artigos/funcoes_
http://www.pedagogia.com.br/artigos/funcoes_avaliacao/index.php?pagina=2%20www.pedagogia.com.br/artigos/funcoes_
Unidade 1 • Conceitos e Funções17/231
testagem e provas – isso também sofre 
influência do próprio desenvolvimento 
tecnológico e da ciência propriamente dita.
Sob o ponto de vista dos resultados 
propriamente ditos, uma avaliação bem 
elaborada nos revela o que podemos 
melhorar nos processos de ensino-
aprendizagem, nos aspectos estruturais, 
curriculares, metodológicos, etc.
Sant`Anna (2013) discorre sobre o 
processo de avaliação salientado que há 
duas funções claramente definidas: funções 
gerais, que são a base do planejamento, 
em que professores,alunos e gestores 
estão envolvidos no sentido de analisar as 
práticas e políticas escolares, modificando-
as e inovando-as. Destaca, ainda, as 
funções específicas, que visam a melhoria do 
aprendizado do aluno mediante elementos 
que foram detectados no diagnóstico 
aplicado. Além disso, também são estas 
que apresentam os scores de dados 
que classificam os alunos, suas notas e 
consequente promoção para as séries 
posteriores. Temos ainda, pelas definições 
de Bloom (1980), três variantes de funções 
da avaliação. São elas:
a) Função Diagnóstica: verifica se 
o aluno apresenta ou não pré-
requisitos para o aprendizado 
e obtém informações sobre o 
rendimento do aluno;
b) Função Formativa: informa ao aluno 
e professor sobre os resultados 
alcançados durante o percurso das 
atividades e propicia devolutivas 
efetivas de ação
Unidade 1 • Conceitos e Funções18/231
c) Função Classificatória: o aluno 
é classificado segundo seu 
desempenho
Link
Taxonomia de Bloom: revisão teórica e 
apresentação das adequações do instrumento para 
definição de objetivos instrucionais. Disponível 
em: <http://www.scielo.br/pdf/gp/v17n2/
a15v17n2>. Acesso em: 01 out. 2015.
http://www.scielo.br/pdf/gp/v17n2/a15v17n2
http://www.scielo.br/pdf/gp/v17n2/a15v17n2
Unidade 1 • Conceitos e Funções19/231
Glossário
Prática discriminatória: o erro é mais valorizado do que o acerto. Alunos são classificados 
em escores e notas. Os que não correspondem à média ou total de pontos esperados, são 
reprovados ou evadem.
Scores: (em português, Escore) são resultados expressos em números ou contagem cuja 
finalidade é verificar se as metas pré-fixadas para determinada prova foram atingidas.
Alunos multirrepetentes: alunos que não conseguem vencer as etapas de escolaridade e que 
ano após ano, estacionam na mesma série.
Questão
reflexão
?
para
20/231
Tendo em vista os conceitos de avaliação apresentados 
neste capítulo, qual deles é o que mais se aproxima 
a sua prática profissional ou escolar? Justifique sua 
resposta, citando exemplos de como esta prática 
facilitou ou prejudicou seu desenvolvimento ao 
longo do processo de escolaridade. Aponte aspectos 
positivos e negativos e ao final, faça um balanço desta 
experiência em sua vida.
21/231
Considerações Finais
Podemos concluir, neste primeiro capítulo sobre avaliação que: 
• Encontramos diversas definições sobre avaliação que estão associadas 
aos teóricos e suas concepções de ensino e educação.
• A avaliação faz parte do processo político-econômico-social de uma 
nação e não pode ser analisada isoladamente.
• Dependendo do momento histórico, há mudanças nos processos e 
instrumentos avaliativos, tanto em nível de macrossistema quanto em 
escolas de ensino fundamental, médio e superior.
• Avaliação é um processo que ocorre a todo momento e a vida toda. 
Portanto, deve ser respeitado como tal e analisado segundo critérios bem 
definidos, com objetivos claros e estruturados.
Unidade 1 • Conceitos e Funções22/231
Referências
BLOOM, Benjamin S. Taxionomia de objetivos educacionais. Porto Alegre: Globo, 1980.
DEPRESBITERIS, Léa e TAVARES e Marialva Rossi. Diversificar é preciso. Instrumentos e técnicas 
de avaliação de aprendizagem. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2009.
FERNANDES, Claudia de O. (Org.). Avaliação das aprendizagens: sua relação com o papel social 
da escola. São Paulo: Cortez, 2014.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem: componente do ato pedagógico. São 
Paulo: Cortez, 2011. 
MARQUES, J.C. A aula como processo. Um processo de auto-ensino. Porto Alegre: Globo, 1976.
ROMÃO, José Eustáquio. Avaliação dialógica: desafios e perspectivas. São Paulo: Cortez, 1999. 
SANT’ANNA, Ilza Martins. Por que avaliar? Como avaliar? Critérios e instrumentos. 
Petrópolis: Vozes, 2013.
SILVA, Ceres Santos. Medidas e avaliação em Educação. Petrópolis: Editora Vozes, 1992.
Demais Referências: 
ESTEBÁN, Maria Teresa. O que sabe quem erra? Reflexões sobre avaliações e fracasso 
escolar. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.
Unidade 1 • Conceitos e Funções23/231
HOFFMANN, J. Avaliação mito & desafio: uma perspectiva construtivista em avaliação. Porto 
Alegre: Mediação, 1991. 
PERRENOUD, Philippe. Avaliação. Da excelência à regulação das aprendizagens: entre duas 
lógicas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.
SAUL, A. M. Avaliação emancipatória: desafio à teoria e à prática de avaliação e reformulação 
de currículo. São Paulo: Cortez, 1995.
SOUZA, V. T. de. Avaliação da aprendizagem. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em 
Educação, v. 1, n. 3, p. 13-26, abr./jun. 1994. 
24/231
Assista a suas aulas
Aula 1 - Tema: Conceitos e Funções - Bloco I
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
eb69cac3a3f09601bc23f61c477b8ee9>.
Aula 1 - Tema: Conceitos e Funções- Bloco II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f-
1d/279cc3a093411e78030f303ed21dfa69>.
http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/eb69cac3a3f09601bc23f61c477b8ee9
http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/eb69cac3a3f09601bc23f61c477b8ee9
http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/eb69cac3a3f09601bc23f61c477b8ee9
http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/279cc3a093411e78030f303ed21dfa69
http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/279cc3a093411e78030f303ed21dfa69
http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/279cc3a093411e78030f303ed21dfa69
25/231
1. Complete as lacunas com os itens corretos:
A avaliação da aprendizagem está a serviço de ______________inseridos no _____________ da 
escola em que se desenvolve. 
a) políticas públicas - projeto pedagógico
b) pressupostos teóricos - cotidianos
c) mapas conceituais - desafios
d) conceitos – projeto pedagógico
e) pressupostos teóricos - projeto pedagógico
Questão 1
26/231
2. Objetivos, prática pedagógica e ética diz respeito:
a) aos elementos que constituem o projeto pedagógico da escola.
b) a situações da prática pedagógica.
c) aos problemas básicos encontrados na avaliação.
d) às experiências com o processo avaliativo.
e) a programas avaliativos.
Questão 2
27/231
3. Na avaliação formativa:
a) são analisados os resultados durante o processo de desenvolvimento do alunado.
b) os alunos são classificados pelo desempenho.
c) são apresentados os resultados finais.
d) realiza-se um diagnóstico inicial verificando os pré-requisitos dos alunos.
e) o aluno utiliza instrumentos de testagem.
Questão 3
28/231
4. Assinale a alternativa incorreta.
a) O aluno reprovado sai da escola por considerar que esta não é para ele.
b) O aluno aprovado absorveu todos os conceitos que lhe foram ensinados. 
c) O aluno multirrepetente é colocado nas mesmas condições de insucesso escolar que lhe 
foram oferecidas anteriormente.
d) Muitos alunos aprovados fixam seu foco nos escores classificatórios e não no aprendizado 
propriamente dito.
e) Tanto o aluno repetente quanto o aprovado aprendem, desde cedo, a sobreviver no sistema 
avaliativo.
Questão 4
29/231
5. Assinale a alternativa que não corresponde aos objetivos da democrati-
zação do ensino:
a) minimizar a escola excludente.
b) rompimento com práticas classificatórias.
c) avaliação compreendida como medida diagnóstica da realidade.
d) primar pela seleção social.
e) alcance de direitos para todos na educação.
Questão 5
30/231
Gabarito
1. Resposta: E.
A avaliação da aprendizagem está a serviço 
de pressupostos teóricos inseridos no 
projeto pedagógico da escola em que se 
desenvolve, pois deve haver coerência 
entre a base filosófica, metodológica e 
teórica em que a escola define e elabora 
seus planos, grade curricular e objetivos 
com o sistema de avaliação eleito.
2. Resposta: C.
Objetivos,prática pedagógica e ética 
dizem respeito aos problemas básicos 
encontrados na avaliação, os quais devem 
ser considerados e analisados como 
entraves tanto para professores quanto 
para alunos, caso não sejam trabalhados 
de maneira a promover saberes e 
desenvolvimento.
3. Resposta: A.
Na avaliação formativa são analisados 
os resultados durante o processo de 
desenvolvimento do alunado, já que o que 
vale é o que o aluno percorreu ao longo das 
atividades.
4. Resposta: B.
O aluno aprovado não absorveu todos 
os conceitos que lhe foram ensinados: 
ao contrário, aprendeu a sobreviver e a 
se adequar ao sistema formal, procura 
garantir seu resultado tendo em vista 
31/231
os escores classificatórios, mas não se 
apropriou de todo o conhecimento. 
5. Resposta: D.
Ao contrário de primar pela seleção social, 
a democratização do ensino defende a 
educação para todos com a possibilidade 
de acesso ao conhecimento formal, 
rompendo com a prática excludente e 
discriminatória. 
Gabarito
32/231
Unidade 2
Relação Funcional entre Objetivos e Avaliação
Objetivos
1. Reconhecer a articulação entre 
avaliação de aprendizagem com a 
avaliação institucional;
2. Compreender o que é a avaliação de 
desempenho, avaliação externa e 
desempenho escolar;
3. Entender a relação entre avaliação 
escolar e qualidade.
Unidade 2 • Relação Funcional entre Objetivos e Avaliação33/231
Introdução
Quando pensamos na temática 
relação funcional, imediatamente nos 
aproximamos de situações que envolvem 
duas ou mais estruturas, dois ou mais 
elementos que fazem parte e atuam 
dentro de um contexto ou situação. No 
caso deste capítulo, nossas considerações 
estarão dirigidas para a relação funcional 
que existe entre os objetivos do ensino e a 
avaliação. Melhor dizendo, percorreremos 
temas que envolvem avaliação de 
desempenho docente, avaliação escolar, 
avaliação institucional, qualidade 
em educação, desempenho escolar, 
avaliação externa, sempre pontuando e 
questionando as variáveis que existem para 
que os objetivos sejam alcançados. 
Quando tratamos do assunto em termos 
de variáveis funcionais, distanciamo-
nos da premissa de que existe uma 
simples relação de causa e efeito. Ao 
contrário, buscamos, nas condições 
ambientais, nas técnicas administrativas, 
nos instrumentos avaliativos, no corpo 
docente, no corpo discente, nos gestores 
aquilo que podemos dispor em termos 
das interações existentes, que estão 
imbricadas no processo funcionalidade-
objetivo-avaliação. Desta maneira, 
enquanto relação funcional, as relações se 
interpenetram, se fundem e se confundem, 
contrariando a possibilidade efeito-causa, 
que traz um resultado definitivo, para 
ampliar o que mais pode ser feito, o que 
seria possível e viável, se tais elementos 
Unidade 2 • Relação Funcional entre Objetivos e Avaliação34/231
fossem apontados. É uma relação que extrapola o resultado. Vai além, busca novas abordagens, 
questiona e apresenta novos olhares investigativos. Boa leitura e bom aprendizado a todos! 
1. A avaliação da aprendizagem e sua articulação com a avaliação ins-
titucional
Normalmente, a avaliação que é realizada na escola é direcionada ao aluno. Tal posicionamento 
reflete a compreensão de que o sucesso ou fracasso do aluno devem ser tratados em uma 
dimensão individual, desconsiderando o papel da escola.
Assim, 
se por um lado evidencia-se a necessidade de que sejam redirecionadas 
as finalidades a que vem servindo a avaliação da aprendizagem, por 
outro, impõe-se que seja vivenciada a avaliação da escola, de forma 
sistemática, para além da avaliação do aluno (SOUSA, 1995).
Unidade 2 • Relação Funcional entre Objetivos e Avaliação35/231
Este novo olhar e redirecionamento denota 
que a escola deve ser avaliada em sua 
totalidade, integrando a avaliação de 
desempenho – não é possível pensar na 
modificação da sistemática de avaliação 
sem encarar uma transformação global da 
escola. 
O que fazer, então, para os educadores 
aceitarem este desafio de mudança? 
Podemos enveredar por dois caminhos, 
articulados entre si e que integrem o 
projeto pedagógico e social da escola, 
construído por todos os participantes da 
ação educativa (profissionais da educação, 
pais e alunos):
a) Redirecionar as práticas de 
avaliação e aprendizagem, 
buscando a superação de prejuízos e 
inadequações destas práticas;
b) Construir um sistema avaliativo da 
escola como um todo.
Para se construir uma perspectiva de 
avaliação institucional, alguns pontos 
devem ser questionados:
Link
Avaliação institucional: conhecer a escola para 
planejar mudanças e intervenções. Disponível 
em: <https://www.portaleducacao.com.
br/pedagogia/artigos/45661/avaliacao-
institucional-conhecer-a-escola-para-
planejar-mudancas-e-intervencoes>. Acesso 
em: 28 set. 2015.
https://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/45661/avaliacao-institucional-conhecer-a-escola-para-planejar-mudancas-e-intervencoes
https://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/45661/avaliacao-institucional-conhecer-a-escola-para-planejar-mudancas-e-intervencoes
https://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/45661/avaliacao-institucional-conhecer-a-escola-para-planejar-mudancas-e-intervencoes
https://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/45661/avaliacao-institucional-conhecer-a-escola-para-planejar-mudancas-e-intervencoes
Unidade 2 • Relação Funcional entre Objetivos e Avaliação36/231
A) Qual é o nosso projeto pedagógico? 
Temos algum?
B) Que princípios devem nortear a 
organização do trabalho escolar?
C) O que entendemos por qualidade na 
educação?
D) Que compromissos estabelecemos 
com estes alunos?
A partir do momento em que se começam 
a questionar objetivos, estratégias, 
conteúdos, e, mais ainda, quando são 
incorporados pais e alunos no coletivo 
da avaliação institucional, emergem 
novos conjuntos de natureza filosófica, 
pedagógica, e administrativa de cada 
contexto escolar, resultando em decisões 
coletivas que confrontam posições 
também em relação a avaliação. Neste 
enfoque, há espaço para a transparência e 
responsabilidade da autoavaliação.
2. Avaliação do desempenho 
docente como medida de 
integração da avaliação 
institucional
Desde a promulgação da LDB 9394/96, há 
indicativos da avaliação de desempenho 
profissional dos professores. 
Unidade 2 • Relação Funcional entre Objetivos e Avaliação37/231
A partir de então, cresce a importância 
dada, nas políticas educacionais 
direcionadas a educação básica, visando a 
avaliação de desempenho docente, como 
medida destinada a promover a qualidade 
de ensino.
A avaliação de desempenho ganha, então, 
significado como uma forma de subsidiar 
decisões e ações que melhorem a realidade 
analisada, desenvolvendo pressupostos 
e critérios de julgamento que expressem 
uma concepção de melhoria da realidade 
avaliada.
Os critérios de julgamento advêm da 
qualidade do trabalho escolar como 
referência.
Para saber mais
Desde a LDB 9394/1996, há uma valorização 
com o magistério, tendo em seus artigos a 
indicação de avaliação do desempenho docente. 
No artigo 67, há a valorização do corpo docente, 
justificando a necessidade de plano de carreira, 
progressão continuada, aperfeiçoamento 
continuado, progressão funcional baseada 
na titulação ou habilitação, e na avaliação 
do desempenho. Ainda reforça outros itens 
importantes na vida do professor como período 
reservado a estudos, planejamento e avaliação 
incluído na carga horária e condições adequadas 
de trabalho.
Unidade 2 • Relação Funcional entre Objetivos e Avaliação38/231
Assim, o que se pretende problematizar 
não é simplesmente o desempenho 
docente, mas como esta medida pode 
e deve ser implementada nas redes de 
ensino. 
A avaliação de desempenho docente não 
pode ser vista como uma medida isolada, 
não integrada a avaliação institucional. 
Deve ser um dos aspectos considerados na 
avaliação, ao lado de outras dimensões.
Alguns erros incorrem desta avaliação 
de desempenho, como: resultadossatisfatórios são os avaliados em 
desempenhos individuais, de cada um, 
deixando de lado a análise do grupo com 
um todo. Outro ponto é o de não considerar 
as relações de trabalho como medida 
avaliativa em que estes desempenhos 
acontecem, tanto positiva quanto 
negativamente.
Também há uma questão que deve ser 
olhada com critério quando se adota como 
procedimento utilizar como avaliador o 
superior direto imediato dos docentes 
– estabelecendo uma via de mão única: 
esse encaminhamento evidencia apoio a 
algumas práticas autoritárias, identificadas 
na relação chefe-subordinado. E a relação 
de diálogo e abertura não é estimulada 
neste formato.
Na complexidade do trabalho escolar, 
há uma gama de relações que se 
interpenetram nas interações dos 
profissionais com o coletivo objetivando o 
projeto educacional e social.
Unidade 2 • Relação Funcional entre Objetivos e Avaliação39/231
Então, a avaliação de desempenho deve 
contribuir com sua real potencialidade para 
a promoção da qualidade do ensino, destas 
relações e interações, propiciando espaços 
de formação e aperfeiçoamento docente, 
resultando em iniciativas direcionadas ao 
aprimoramento profissional.
É urgente o envolvimento dos profissionais 
da educação no debate sobre avaliação 
de desempenho docente e seus 
desdobramentos para as políticas públicas 
educacionais.
3. A eterna relação avaliação es-
colar X qualidade em educação
Esta relação, avaliação e qualidade, 
tem sido discutida muito fortemente a 
partir das últimas décadas. Mas deve ser 
abordada em duas grandes perspectivas:
A) Avaliações externas: presente 
fortemente nas políticas públicas 
federais, estaduais e municipais 
de modo a garantir e melhorar a 
qualidade oferecida pelos sistemas 
de ensino. Esta perspectiva deve 
problematizar as ordens políticas, 
econômicas e culturais.
B) Avaliações das práticas cotidianas 
nas escolas.
Para discutir a qualidade em educação não 
podemos nos deter apenas na análise de 
avaliação por proficiência e desempenho 
em disciplinas escolares. 
Unidade 2 • Relação Funcional entre Objetivos e Avaliação40/231
A qualidade estará relacionada 
diretamente à lógica escolar, onde fazemos 
escolhas curriculares, pedagógicas e 
práticas cotidianas, tanto na sala de aula 
Para saber mais
O MEC lançou um documento, em 2004, 
que discute os Indicadores de Qualidade na 
Educação. Discute a gestão democrática, o 
ambiente educativo, avaliação, condições de 
trabalho dos profissionais da escola, ambiente 
físico, acesso, permanência e sucessão na escola. 
Todo educador deve conhecer este material que 
é uma referência para o trabalho com qualidade. 
Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/
arquivos/pdf/Consescol/ce_indqua.pdf>.
quanto fora dela. Entende-se por lógica 
escolar tudo o que guia e orienta as ações, 
as estratégias e as decisões relacionadas 
ao fazer pedagógico.
A organização da escolaridade e a forma 
como os estudantes avançam em seu 
processo de aprendizagem são construções 
que estão diretamente relacionadas à 
concepção de educação que se tem, como 
também do papel social que a escola 
representa. Temos, portanto, várias formas 
de avaliar e praticar a avaliação.
Algumas práticas coadunam com 
o princípio de medição, outras nos 
mostram que existe uma distinção nas 
aprendizagens, e outras tantas nos revelam 
práticas para que a avaliação é realizada.
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Consescol/ce_indqua.pdf
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Consescol/ce_indqua.pdf
Unidade 2 • Relação Funcional entre Objetivos e Avaliação41/231
Tradicionalmente, a pedagogia brasileira 
está pautada no erro e acerto, aprovação 
ou reprovação. Mudar esta prática é 
demorado e envolve algumas disposições 
nos sujeitos como: valores, crenças, 
cultura, atitudes, conhecimentos e, em 
outras palavras, qualidade do ensino e do 
que se ensina. 
É necessário instaurar uma prática 
avaliativa pautada na qualidade, no sentido 
de que a avaliação seja entendida como 
parte integrante do processo. 
Na cultura meritocrática em que vivemos 
o uso de notas classifica os melhores e os 
piores avaliados; os melhores seguem em 
frente e os piores voltam para o final da fila.
Se tivermos uma avaliação que tenha 
ênfase no processo e não só no 
desempenho, cuja prova não seja o 
instrumento norteador, estaremos no 
caminho para a qualidade em avaliação.
Provas, testes, vestibulinhos para 
entrar nas escolas de ensino infantil 
e fundamental não são sinônimos de 
avaliação, é necessária uma quantidade 
Link
Avaliação: premiação ou punição? Simone 
Teodoro Moreira.
Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=6rHvpwKOpQg>
Acesso em: 29 set. 2015.
https://www.youtube.com/watch?v=6rHvpwKOpQg
https://www.youtube.com/watch?v=6rHvpwKOpQg
Unidade 2 • Relação Funcional entre Objetivos e Avaliação42/231
diversificada de instrumentos avaliativos para que se consiga chegar o mais próximo possível 
do resultado coerente e justo.
Para saber mais
Especialistas apontam que o fracasso escolar é do próprio fracasso do sistema de ensino que não 
aproveita o melhor momento do desenvolvimento do aluno, de 4 a 14 anos, para a construção do 
conhecimento. O sistema de ensino limita-se a garantir conteúdos e grades curriculares sem considerar 
a maneira como estão compreendendo e estruturando estes conceitos. Ocorre que, ao final do ensino 
fundamental, os alunos mal sabem ler, interpretar um texto e operar as quatro operações matemáticas. 
Você poderá ter acesso a uma entrevista com a especialista psicopedagoga Nádia Bossa, que discute 
esta temática no endereço: <http://g1.globo.com/educacao/noticia/2011/05/fracasso-escolar-
e-o-fracasso-do-sistema-educacional-diz-especialista.html>.
A educação está relacionada com as dimensões biológicas, psicológicas, sociais e espirituais 
que interagem de forma global. 
Sendo a aprendizagem um processo que abarca estas dimensões e, indo além, um processo 
de interação entre os indivíduos, como também fruto de um processo sócio-histórico, o 
http://g1.globo.com/educacao/noticia/2011/05/fracasso-escolar-e-o-fracasso-do-sistema-educacional-diz-especialista.html
http://g1.globo.com/educacao/noticia/2011/05/fracasso-escolar-e-o-fracasso-do-sistema-educacional-diz-especialista.html
Unidade 2 • Relação Funcional entre Objetivos e Avaliação43/231
professor deve organizar suas situações de 
aprendizagem e avaliação prevendo estas 
formas de manifestação, ou seja, abrir 
caminhos para uma gama de possibilidade 
de resoluções e respostas. Nesta 
perspectiva, não há uma única maneira de 
resposta, mas, ao contrário, valoriza-se o 
caminho percorrido para a solução.
Um exemplo disso é o Exame Vestibular 
atual, no Brasil. Antigamente, havia 
apenas as questões teste, com uma 
única chance de resposta. Hoje, em 
vários exames espalhados pelo país, 
especialmente em Universidades e 
Faculdade Particulares, prioriza-se o 
texto escrito, questões abertas que 
envolvem o pensamento crítico, reflexivo 
além da única resposta com gabarito. É a 
mudança na maneira de avaliar, ou seja, 
novos olhares para o mesmo tema. Um 
professor de educação infantil e séries 
iniciais deve em determinado momento, 
organizar situações de aprendizagem 
que tenham real significado para o aluno 
e que desta forma, já tenha em seu bojo 
um viés avaliativo, ou seja, se o aluno 
consegue realizar as situações propostas 
de aprendizagem já está embutido o olhar 
avaliativo.
Sabemos que há uma exigência legal 
por notas, provas, trabalhos, etc. O que 
discutimos, aqui é a forma como todo esse 
material deve ser tratado e trabalhado.
*Que objetivo este material deve ter para o 
professor? 
Unidade 2 • Relação Funcional entre Objetivos e Avaliação44/231
*O que o professor quer efetivamente 
avaliar? O aluno? Seu trabalho? A classe?
Estas são perguntas preciosas no processo 
avaliativo.
Um outro ponto que chama a atenção: o 
aluno sabe para que serve a avaliação? A 
avaliação cumprirá seus objetivosse aluno 
e professor estiverem integrados, ou seja, 
o professor sabe o porquê, como e o que 
está avaliando e o aluno, em contrapartida, 
compreende o processo pelo qual se 
submeterá e em que medida isto pode 
favorecer seu aprendizado. Isso só será 
possível se o professor disponibilizar 
situações que propiciem ao aluno 
demonstrar os comportamentos desejados.
Por exemplo, selecionar situações 
que ajudem o aluno a demonstrar os 
comportamentos desejados e esperados, 
tais como: os que envolvem as relações 
sociais - participar de um trabalho em 
grupo de maneira eficiente - ou ser 
capaz de ouvir a opinião de um colega, 
de solucionar um problema, aplicando 
conceitos já estudados. 
É preciso, portanto, realizar a avaliação em 
coerência com os objetivos educacionais, 
levando em conta a cooperação entre os 
participantes do processo, como uma ação 
coletiva consensual (SANT’ANNA, 2013).
Unidade 2 • Relação Funcional entre Objetivos e Avaliação45/231
4. Contrapontos entre avaliação externa e desempenho escolar
Outro ponto que chama atenção para o quesito avaliação são as reformas curriculares 
nacionais, instituídas pelas políticas públicas, com argumento de um currículo padronizado.
Segundo Fernandes (2014, p. 135), 
o que se observa no Brasil em várias pesquisas é a produção do fracasso 
escolar pela própria escola. Crianças que resolvem problemas cotidianos 
complexos, que lidam constantemente com situações de estresse, tanto 
na comunidade em que vivem quanto na escola, e que aprendem muito 
rápido o que lhes ensinam oralmente no âmbito da família e da escola, 
porém, por apresentarem dificuldades em responder às questões das 
avaliações padronizadas, são rotuladas de incompetentes para o estudo 
escolar. 
Como saber, então, em que estamos sendo avaliados? E se o bojo desta avaliação incorre em 
situações não antes vividas ou experienciadas? Isso significa que estamos aquém de nossas 
práticas e metodologias? O que dizer de avaliações nacionais que tem todas um caráter 
Unidade 2 • Relação Funcional entre Objetivos e Avaliação46/231
classificatório e que são iguais para todos 
os estados do país, sendo que cada um tem 
sua dinâmica e peculiaridade? 
Práticas avaliativas são necessárias e 
imprescindíveis, porém, o que devemos 
discutir é uma padronização que nega 
saberes, rotula e classifica pessoas e 
instituições e cria resistências no processo 
ensino-aprendizagem. 
A qualidade da educação não deve abrir 
mão da participação dos envolvidos na 
elaboração e no processo e também no 
diálogo com seus saberes e cultura.
O processo democrático deve gerar 
condições necessárias para que todas 
as pessoas participem na criação e 
recriação de significados e valores com os 
quais a escola trabalha. Assim, práticas 
curriculares dinâmicas e críticas devem 
considerar a realidade como articuladora 
dos estudos, pesquisas e metodologias. Link
A avaliação do desempenho escolar como 
ferramenta de exclusão social. Disponível em: 
<http://www.ccuec.unicamp.br/revista/
infotec/artigos/andrea_cristina2.html>. 
Acesso em: 04 out. 2015.
http://www.ccuec.unicamp.br/revista/infotec/artigos/andrea_cristina2.html
http://www.ccuec.unicamp.br/revista/infotec/artigos/andrea_cristina2.html
Unidade 2 • Relação Funcional entre Objetivos e Avaliação47/231
Glossário
Meritocracia: sistema que valoriza apenas o mérito, a nota, o resultado para que o indivíduo 
possa alcançar determinados cargos. No caso da escola, passar de ano ou no exame vestibular.
Vestibulinhos: estas provas eram realizadas quando a criança saía do ensino infantil e 
ingressava no ensino fundamental. Ainda hoje, quando sai do fundamental II e ingressa no 
ensino médio, dependendo da escola, especialmente particular, há este tipo de exame de 
ingresso. Daí a origem do nome vestibulinho. 
Avaliações padronizadas: avaliações pré-determinadas, que não passam por uma modificação 
que atenda à peculiaridade de cada clientela avaliada.
Questão
reflexão
?
para
48/231
Tendo em vista o sistema de cotas raciais no Brasil, instituído 
para o ingresso na universidade, que busca amenizar as 
desigualdades existentes entre negros, pardos e índios 
na educação, qual é o seu posicionamento mediante esta 
decisão do governo, tendo em vista o que estudamos sobre 
meritocracia e avaliação por desempenho? Faça uma análise e 
justifique sua resposta.
49/231
Considerações Finais
A partir dos conteúdos estudados, podemos concluir que:
• A avaliação institucional deve considerar questões que envolvem o 
projeto pedagógico, a organização do trabalho escolar, a qualidade 
na educação e principalmente o compromisso estabelecido com 
alunos e comunidade.
• A avaliação do desempenho docente deve estar contemplada na 
avaliação institucional, não sendo vista em caráter isolado.
• As avaliações externas objetivam melhorar a qualidade oferecida 
pelos sistemas de ensino.
• Práticas avaliativas não devem ser utilizadas exclusivamente como 
medidas classificatórias e excludentes, devem refletir sobre os 
resultados e possibilidades de melhoria. 
Unidade 2 • Relação Funcional entre Objetivos e Avaliação50/231
Referências 
Bibliografia: 
FERNANDES, Claudia de O. (org.) Avaliação das aprendizagens: sua relação com o papel 
social da escola. São Paulo: Cortez, 2014.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem: componente do ato pedagógico. São 
Paulo: Cortez Editora, 2011. 
ROMÃO, José Eustáquio. Avaliação dialógica: desafios e perspectivas. São Paulo: Cortez 
Editora, 1999. 
SANT ANNA, Ilza Martins. Por que avaliar ? Como avaliar? Critérios e instrumentos. Petrópolis 
RJ: Vozes, 2013.
SOUZA, S. Z. Avaliação escolar: constatações e perspectivas. Revista de Educação AEC, Brasília, 
ano 24, n. 94, p.55-66, jan./mar. 1995.
Demais Referências: 
ESTEBÁN, Maria Teresa. O que sabe quem erra? Reflexões sobre avaliações e fracasso 
escolar. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.
Unidade 2 • Relação Funcional entre Objetivos e Avaliação51/231
HOFFMANN, J. Avaliação mito & desafio: uma perspectiva construtivista em avaliação. Porto 
Alegre: Mediação, 1991. 
PERRENOUD, Philippe. Avaliação. Da excelência à regulação das aprendizagens: entre duas 
lógicas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.
SAUL, A. M. Avaliação emancipatória: desafio à teoria e à prática de avaliação e reformulação 
de currículo. São Paulo: Cortez, 1995 
SOUZA, V. T. de. Avaliação da aprendizagem. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em 
Educação, v. 1, n. 3, p. 13-26, abr./jun. 1994. 
52/231
Assista a suas aulas
Aula 2 - Tema: Relação Funcional entre Objeti-
vos e Avaliação - Bloco I
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f-
1d/9c3009c59d8f064823d9daafaa68413a>.
Aula 2 - Tema: Relação Funcional entre Objetivos 
e Avaliação - Bloco II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/pA-
piv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/6e-
721a8de8112d7a75f20ea56af8e4e7>.
http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/9c3009c59d8f064823d9daafaa68413a
http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/9c3009c59d8f064823d9daafaa68413a
http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/9c3009c59d8f064823d9daafaa68413a
http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/6e721a8de8112d7a75f20ea56af8e4e7
http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/6e721a8de8112d7a75f20ea56af8e4e7
http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/6e721a8de8112d7a75f20ea56af8e4e7
53/231
1. A avaliação de desempenho docente:
a) subsidia decisões e ações que melhoram a realidade analisada. 
b) é equivalente a avaliação institucional.
c) tem ligação com avaliação externa.
d) avalia todas as práticas cotidianas da escola.
e) é realizada pelo próprio professor.
Questão 1
54/231
2. A culturameritocrática brasileira:
a) apresenta ênfase no desempenho.
b) considera as variações de rendimento.
c) classifica os melhores e piores.
d) utiliza índices de qualidade em educação.
e) apoia movimentos de inclusão social.
Questão 2
55/231
3. Assinale a alternativa que não condiz com o tema avaliação externa.
a) A avaliação externa é instituída pela política pública.
b) A avaliação externa é redigida por professores e gestores.
c) A avaliação externa já tem um formato próprio.
d) Não é possível modificar os itens das avaliações externas.
e) As avaliações externas são formatadas para atender o país de modo integral.
Questão 3
56/231
4. As universidades e faculdades brasileiras utilizam diversos tipos de pro-
cesso seletivo como forma de ingresso, desde a utilização da nota do 
Enem, sem a necessidade de fazer outras provas, até o exame vestibular 
tradicional e suas variações, como o Processo Seletivo Seriado e o Vestibu-
lar Agendado (Fonte: <http://www.mundovestibular.com.br/pages/VESTI-
BULAR.html>).
Com base nestas considerações, podemos afirmar que:
a) o objetivo destas medidas é popularizar a universidade.
b) o nível de ensino caiu e desta forma, o ingresso na universidade precisa ser mais fácil.
c) estas medidas serviram para aumentar a competitividade entre as universidades.
d) com estas ações, os alunos abandonaram a universidade antes mesmo de tentar os exames 
vestibulares.
e) atualmente prioriza-se o texto escrito, o pensamento crítico e reflexivo e não mais apenas 
múltipla escolha.
Questão 4
http://www.mundovestibular.com.br/pages/VESTIBULAR.html
http://www.mundovestibular.com.br/pages/VESTIBULAR.html
57/231
5. Complete as lacunas.
A avaliação deve ser realizada em coerência com os ______________, levando em conta 
_____________ entre os participantes do processo, como uma________ consensual.
a) planos de ensino, alunos, ação coletiva
b) objetivos educacionais, gestão, prova
c) projetos pedagógicos, cooperação, ação coletiva
d) objetivos educacionais, cooperação, ação coletiva
e) planos de ensino, gestores, prova
Questão 5
58/231
Gabarito
1. Resposta: A.
A avaliação de desempenho docente 
subsidia decisões e ações que melhoram 
a realidade analisada. Não pode ser vista 
como uma medida isolada e não integrada 
a avaliação institucional.
2. Resposta: C.
A cultura meritocrática brasileira classifica 
os melhores e os piores, pois está atenda 
aos escores e índices alcançados: os 
melhores passam para a frente e os piores 
ficam ou voltam para trás.
3. Resposta: B.
A avaliação externa não é redigida por 
professores e gestores; ao contrário, são 
pessoas especializadas em organizar 
avaliações que formulam estes 
documentos, porém, distantes do universo 
escolar e sem a participação dos envolvidos 
imediatos (professores e gestores).
4. Resposta: E.
O exame vestibular atual prioriza o texto 
escrito, o pensamento crítico e reflexivo 
e não mais apenas múltipla escolha, 
dando condições e oportunidades para 
o aluno se expressar em sua totalidade. 
Não há, nesta intenção, o objetivo de 
tornar mais fácil para o aluno ou abaixar 
59/231
Gabarito
o nível do vestibular, mas sim oportunizar 
outras formas avaliativas que atendam às 
demandas de alunos.
5. Resposta: D.
A avaliação deve ser realizada em 
coerência com os objetivos educacionais, 
levando em conta cooperação entre os 
participantes do processo, como uma ação 
coletiva consensual.
60/231
Unidade 3
Modalidades de Avaliação: Diagnóstica, Formativa e Somativa
Objetivos
1. Diferenciar as modalidades 
diagnóstica, formativa e somativa na 
avaliação da aprendizagem;
2. Identificar o processo de avaliação 
como descritor e avaliador da 
realidade;
3. Conhecer os conceitos de 
oportunidade e pertinência em 
avaliação.
Unidade 3 • Modalidades de Avaliação: Diagnóstica, Formativa e Somativa61/231
Introdução
Avaliamos para verificar o quanto o aluno 
aprendeu e o que fazer para auxiliá-lo no 
caso de seu rendimento ter ficado aquém 
do esperado. Este deve ser ao menos, 
o objetivo mais importante do ato de 
avaliar: ajudar o aluno a se superar, tanto 
nos resultados excelentes quanto nos que 
ainda precisa se aperfeiçoar.
 A avaliação também reflete o trabalho 
do professor visto que fornece elementos 
importantes para que reflita sobre a 
qualidade e eficácia de seu desempenho.
Inúmeras são as formas de avaliar, mas é 
fundamental que sejam garantidos alguns 
critérios para o êxito no processo ensino–
aprendizagem. Considerando os estudos 
de Bloom (1980), a avaliação apresenta 
três funções definidas que cumprem o 
papel de análise, controle e classificação, 
nomeadas como avaliação diagnóstica, 
formativa e somativa, respectivamente. 
Cada uma delas possui objetivos claros 
e definidos e dão suporte ao todo no 
processo avaliativo, havendo uma 
integração e interdependência entre 
todas. Para se chegar ao final de uma 
classificação, houve a análise do problema 
e o seu acompanhamento. Assim, 
iremos nos aprofundar nestas funções da 
avaliação, discutiremos a avaliação como 
descrição e qualificação da realidade e 
analisaremos o processo de intervenção e 
tomada de decisão. 
Unidade 3 • Modalidades de Avaliação: Diagnóstica, Formativa e Somativa62/231
1. Avaliação diagnóstica, forma-
tiva e somativa
Existe uma questão ética muito forte 
quando o professor reprova o aluno. 
Munido de suas atividades escolares, 
provas, exercícios de reforço, notas, 
trabalhos, presenças e ausências nas aulas, 
o professor tem em mãos documentos que 
sinalizam e confirmam a reprovação do 
aluno.
Cabe, portanto, ao professor este papel 
decisivo de aprovar ou reprovar. Porém, ao 
centralizar este controle em suas mãos, 
pode-se criar outro problema, talvez 
mais grave: o de o professor não reprovar, 
para não ter conflito com pais, escola e 
comunidade. E aqui, questionamos, até 
que ponto a reprovação é cruel e a não 
reprovação, saudável? 
Estamos diante de um dilema ético que, 
se por um lado é conhecido de todos que 
o sistema é classificatório e exclui os que 
não conseguiram atingir seus scores, por 
outro lado temos também uma sociedade 
que atualmente clama por justiça social, 
igualdade de escolaridade para todos, 
direitos iguais, sistema de cotas para 
negros, pardos e índios para ingresso 
na universidade e que não aceita tão 
facilmente uma reprovação. 
O professor que conhece sua profissão, 
compreende os processos avaliativos, 
utiliza instrumentos diversos para analisar 
o rendimento de seus alunos, conhece o 
potencial de seus alunos e acompanha-
Unidade 3 • Modalidades de Avaliação: Diagnóstica, Formativa e Somativa63/231
os no dia-a-dia, aproxima-se mais da 
fidedignidade dos scores finais alcançados 
por seus alunos, em sua disciplina. E, para 
este professor, não há dificuldade com a 
aprovação ou reprovação.
Para auxiliar professores, gestores e 
profissionais da educação, temos três 
modalidades de avaliação que são 
utilizadas no cotidiano escolar: avaliação 
diagnóstica, formativa e somativa. 
Abaixo, descrevemos cada uma das 
funções:
A) Diagnóstica: visa determinar 
a presença ou ausência de 
conhecimento buscando detectar 
pré-requisitos para novas 
experiências de aprendizagem. 
A avaliação diagnóstica ajuda a 
detectar possíveis entraves e causas 
nas dificuldades de aprendizagem. 
Quando realizada com segurança, 
permite olhares mais apurados 
no sentido de providenciar outros 
objetivos, rever estratégias, levantar 
alternativas de modo que se consiga 
atingir o objetivo maior que é a 
aprendizagem do aluno. 
Link
Funções da avaliação: Disponível em: <http://
www.pedagogia.com.br/artigos/funcoes_
avaliacao/index.php?pagina=2>. Acesso em: 
04 out. 2015.
http://www.pedagogia.com.br/artigos/funcoes_avaliacao/index.php?pagina=2
http://www.pedagogia.com.br/artigos/funcoes_avaliacao/index.php?pagina=2
http://www.pedagogia.com.br/artigos/funcoes_avaliacao/index.php?pagina=2
Unidade 3 • Modalidades de Avaliação: Diagnóstica, Formativae Somativa64/231
Vale acrescentar que a autoavaliação 
é indicada nestes casos, inclusive 
para o ensino superior, embora sua 
prática seja “pouco explorada, e 
quando utilizada a tendência é de que 
alunos brilhantes se atribuem graus 
menos elevados do que aqueles que 
não adquirem o conhecimento ou 
habilidade almejada” (SANT’ ANNA, 
2013, p. 33). 
Se o aluno é agente do processo e da 
ação educativa, nada mais natural 
que ele mesmo refletir acerca de sua 
trajetória em termos de aquisição de 
conhecimentos. 
A avaliação diagnóstica constitui-
se como uma sondagem e uma 
retrospeção da situação de 
desenvolvimento em que o aluno se 
encontra. O grande objetivo desta 
etapa e verificar conhecimentos 
anteriores, e o que ainda falta para 
ajustar em termos de dificuldades e 
lacunas. 
Esta avaliação deve ocorrer no início 
de cada unidade de ensino visando 
um reflexão crítica e participante de 
todos os envolvidos: professores e 
alunos. 
Unidade 3 • Modalidades de Avaliação: Diagnóstica, Formativa e Somativa65/231
Para saber mais
A avaliação diagnóstica, como o próprio nome 
diz, é utilizada em larga escala por profissionais 
tanto da área da educação quanto da saúde com 
objetivos de investigação e prevenção. Busca 
identificar informações importantes da vida do 
aluno ou paciente, desde aspectos que envolvem 
seu nascimento, saúde, até suas competências, 
habilidades e aptidões. 
Na escola, o professor lança mão basicamente 
das questões que envolvem o aprendizado, o 
que não o impede de solicitar ao especialista, um 
diagnóstico de saúde para haver o cruzamento 
dos dados, gerando novas informações e 
hipóteses do porquê tal aluno não consegue 
avançar em sua aprendizagem.
B) Formativa: objetiva informar ao 
professor e aluno sobre o resultado 
da aprendizagem durante o 
desenvolvimento das atividades 
escolares. 
Além disso, aponta deficiências 
na organização do ensino- 
aprendizagem, possibilitando 
reforços de modo que fiquem 
assegurados os resultados almejados.
Link
Avaliação formativa ou avaliação mediadora? 
Jussara Hoffmann. Disponível em: <http://
didaticageraluece.blogspot.com.
br/2011/10/texto-09-avaliacao-formativa-
ou.html>. Acesso em: 02 dez. 2015.
http://didaticageraluece.blogspot.com.br/2011/10/texto-09-avaliacao-formativa-ou.html
http://didaticageraluece.blogspot.com.br/2011/10/texto-09-avaliacao-formativa-ou.html
http://didaticageraluece.blogspot.com.br/2011/10/texto-09-avaliacao-formativa-ou.html
http://didaticageraluece.blogspot.com.br/2011/10/texto-09-avaliacao-formativa-ou.html
Unidade 3 • Modalidades de Avaliação: Diagnóstica, Formativa e Somativa66/231
Segundo Sant’Anna, a avaliação formativa deve observar:
a) Seleção dos objetivos e conteúdos distribuídos em pequenas unidades 
de ensino. As unidades previstas deverão contar com a participação 
dos alunos. O aluno deverá não apenas conhecer, mas ver seus 
objetivos, para que se engaje no processo.
b) Formulação dos objetivos com vista à avaliação em termos de 
comportamentos observáveis, estabelecendo critérios de tempo, 
qualidade e/ou quantidade.
c) Elaboração de um quadro ou um esquema teórico que permita a 
identificação das áreas de maiores dificuldades.
d) Correção de erros e insuficiências para reforço dos comportamentos 
bem-sucedidos e eliminação dos desacertos, assegurando uma ótima 
sequência do ensino-aprendizagem (feedback e ação) 
e) Seleção adequada de alternativas terapêuticas para ajudar o aluno a se 
recuperar de alguma insuficiência no processo ensino-aprendizagem 
(SANT’ANNA 1995, p. 34-35).
Unidade 3 • Modalidades de Avaliação: Diagnóstica, Formativa e Somativa67/231
Para que o processo formativo ocorra, algumas tarefas devem ser desencadeadas, tais como: 
1) Especificar o que deseja avaliar e a razão por que se avalia.
2) Determinar os objetivos que se deseja alcançar.
3) Selecionar as variáveis relevantes para se obter uma informação 
objetiva.
4) Traduzir os objetivos educacionais e estabelecer critérios para se 
emitirem juízos valorativos
5) Construir instrumentos para obter as informações
6) Fixar uma amostra que servirá de base para obter as informações 
relevantes
7) Processar e analisar os dados coletados para obter informações que 
permitam um diagnóstico do que desejamos avaliar
8) Tomar decisões para executar a ação desejada (GRASSAU, 1973:30 
apud SANT’ANNA, 1995, p. 34-35).
Unidade 3 • Modalidades de Avaliação: Diagnóstica, Formativa e Somativa68/231
C) Somativa: função de classificar os 
alunos ao final da unidade, segundo 
níveis de aproveitamento. 
Neste caso, os objetivos mais amplos 
são analisados, tanto ao longo do 
curso quanto ao término. Aqui, o 
rendimento do aluno é analisado 
segundo os objetivos previstos. 
Vale lembrar que nesta análise há que 
se considerar, também, o rendimento 
do grupo/classe, não apenas o 
individual, pois desta maneira o 
professor terá clareza se os alunos 
alcançaram o que se esperava e se há 
necessidade de se retomar o processo 
a fim de que a aprendizagem seja 
garantida. 
Consideramos, então, que a avaliação é 
um processo educativo com o objetivo de 
melhorar a aprendizagem. E, assim sendo, 
deve oferecer informações fundamentais 
para o processo de tomada de posições 
em relação aos currículos escolares como 
também melhorar o processo de ensino-
aprendizagem.
Link
Avaliação contínua e avaliação somativa. Jossely 
Silveira. Disponível em: <https://breltchat.
wordpress.com/2012/05/17/resumo-
avaliacao-continua-x-avaliacao-somativa-
by-jossely-oliveira/>. Acesso em: 05 out. 2015.
https://breltchat.wordpress.com/2012/05/17/resumo-avaliacao-continua-x-avaliacao-somativa-by-jossely-oliveira/
https://breltchat.wordpress.com/2012/05/17/resumo-avaliacao-continua-x-avaliacao-somativa-by-jossely-oliveira/
https://breltchat.wordpress.com/2012/05/17/resumo-avaliacao-continua-x-avaliacao-somativa-by-jossely-oliveira/
https://breltchat.wordpress.com/2012/05/17/resumo-avaliacao-continua-x-avaliacao-somativa-by-jossely-oliveira/
Unidade 3 • Modalidades de Avaliação: Diagnóstica, Formativa e Somativa69/231
Assim, a avaliação da aprendizagem se 
nutre de dois processos: acompanhamento 
em que o resultado é monitorado e 
assistido e o produto final, onde se 
concretiza a qualidade do que foi 
produzido.
Vamos, então, pensar um pouco sobre 
estes dois processos que fazem parte do 
ato de avaliar.
2. Avaliação como descrição e 
qualificação da realidade
Quando avaliamos, estamos tecendo um 
diagnóstico acerca de algum objeto ou 
situação que se depara em nossas vidas. 
Baseamo-nos no que vemos, na descrição 
do fato, na relevância de seus dados, na 
descrição de sua realidade. Desta maneira, 
coletamos elementos da realidade de 
modo a interpretá-los e, assim, qualificá-
los, ou seja, atribuir uma qualidade.
2.1 Avaliação como descrição 
da realidade: aqui nos detemos 
às propriedades físicas do que ava-
liamos, ou seja, no fatos, recursos e 
coletas de dados que nos permitam 
observar. Não existe avaliação sem 
descrição de dados.
Por exemplo, quando uma pessoa vai a um 
médico, este examina o quadro de saúde 
de seu cliente e solicita vários exames de 
modo que possam somar, ao seu processo 
de investigação clínica, elementos que 
Unidade 3 • Modalidades de Avaliação: Diagnóstica, Formativa e Somativa70/231
auxiliem em seu diagnóstico e conduta 
médica. A partir daí o médico terá condições 
de qualificar a saúde de seu cliente em 
satisfatória ou não satisfatória e, em vistas 
disso, traçar um plano de ação, se for o caso, 
para melhoria do quadro apresentado.
Na escola, as coisas funcionam mais ou 
menos na mesma intensidade, só que aqui 
o que se mede é o desempenho do aluno. 
Utilizamos, para tanto, questionários, 
testagens, provas, arguições, trabalhos 
em grupo, dinâmicas e toda sorte de 
instrumentos de modo a obtermos uma 
descrição o mais próximo possível da 
realidade de aprendizagem esperada. 
Não temos condições de coletar dados 
apenas com a observação direta, vistoque necessitamos de uma aplicação 
demonstrativa de suas potencialidades, 
no caso, algum registro formal do que 
aprendeu ou não. Por isso, os instrumentos 
nos ajudam na descrição daquilo que 
o aluno aprendeu, de como foi seu 
desempenho, e algumas vezes, do porquê 
determinado conteúdo não foi absorvido e/
ou compreendido. 
Para saber mais
As políticas públicas no nosso país utilizam 
medidas avaliativas como descrição da realidade 
educacional brasileira, mediante exame 
nacional, com o objetivo de descrever, com 
índices, a situação do ensino com o intuito de, 
mediante os resultados, conseguir subsídios e 
financiamento internacionais que colaborem 
para o aprimoramento e desenvolvimento 
educacional do país.
Unidade 3 • Modalidades de Avaliação: Diagnóstica, Formativa e Somativa71/231
Uma observação importante no ato de 
avaliar é que deve-se prestar atenção ao 
que é relevante, ou seja, há elementos 
que não fazem sentido ou que não são 
necessários em um processo de avaliação. 
Estes devem ser descartados e o que se 
valoriza é apenas aquele que efetivamente 
se faz essencial e significativo, que está 
definido pelo projeto pedagógico e pelos 
planos de ensino da escola.
Outros fatores interferem além do 
desempenho do educando, como, por 
exemplo, o material utilizado, os textos, se 
as tarefas são satisfatórias, se as atividades 
de sala são suficientes, se o ambiente 
escolar e de sala de aula estão adequados, e 
se administração da escola dá suporte para 
as necessidades de professores e alunos.
Quando uma atividade está insatisfatória 
para todo um grupo, há que se considerar 
quais fatores foram determinantes para tal 
resultado. É comum o professor não refletir 
sobre este processo e prosseguir nos 
conteúdos, desconsiderando as lacunas 
no desenvolvimento da aprendizagem que 
ficaram em débito.
2.2 Avaliação como qualifica-
ção da realidade: este é o ponto 
central da avaliação. Aqui o avaliador 
qualifica se o objeto de estudo teve 
um resultado positivo ou negativo.
Para se chegar a este resultado, 
evidentemente existe um critério, uma 
norma, uma comparação, um modelo que 
permita ao avaliador analisar o resultado. 
Unidade 3 • Modalidades de Avaliação: Diagnóstica, Formativa e Somativa72/231
Desta forma, a qualificação do objeto de 
estudo depende do que se compara entre a 
realidade e o critério utilizado. Por exemplo, 
podemos dizer que se um homem é belo, 
devemos ter uma referência de beleza do 
critério masculino – assim, teremos essa 
margem de comparação. Isso ocorre em 
qualquer processo avaliativo: precisamos 
do objeto, do critério e da comparação.
Na escola, é importante que se tenha 
critérios claramente definidos de avaliação. 
E estes, devem ser conhecidos por toda 
a comunidade acadêmica, professores, 
gestores, supervisores, alunos e pais. 
Para esta qualificação dar resultado, é 
preciso ter clareza do suporte teórico que 
baseia a avaliação, ou seja, que teoria 
respalda o tipo de avaliação empregada. 
Práticas arbitrárias de avaliação não 
trazem resultados eficientes. Critérios 
claros e definidos permitem uma 
qualificação mais próxima da realidade 
apresentada.
Todos estes critérios nos levam a uma 
tomada de decisão que o ato de avaliar 
clama: a intervenção e tomada de 
decisão.
3. Complementos da avaliação: 
intervenção X tomada de posi-
ção
Quando avaliamos, chegamos a resultados 
preciosos acerca do objeto que queremos 
qualificar. A partir desta avaliação, 
tomamos decisões que irão permear 
Unidade 3 • Modalidades de Avaliação: Diagnóstica, Formativa e Somativa73/231
nossas ações: se os resultados foram 
satisfatórios, que caminho trilhar? Caso 
contrário, com resultados sofríveis, o que 
precisamos considerar? 
Para saber mais
Os processos de intervenção são utilizados 
também em várias áreas que extrapolam a 
unidade escolar. O objetivo da intervenção é 
o de buscar alternativas que contribuam para 
a dissolução das dificuldades encontradas. A 
partir do diagnóstico realizado, há condição de 
se traçar um roteiro de ação que vá ao encontro 
dos problemas. Vários instrumentos, ações e 
atividades são alavancados para que o processo 
de intervenção obtenha sucesso em seus 
objetivos. 
Se não utilizarmos a intervenção como 
uma tomada de decisão para rever 
resultados, a avaliação não se completa, 
fica falha, não cumpre seus objetivos.
A intervenção também está fundamentada 
em suportes teóricos que funcionem 
auxiliando como parâmetros de correção 
para a condução da tomada de decisão
Assim tanto para coleta dados, qualificar 
a realidade como para intervenção, 
referências teóricas são fundamentais, 
resultados positivos são acolhidos, 
resultados insatisfatórios são revistos.
O bom gestor, conhecedor dos processos 
avaliativos, aproveita a qualidade 
dos resultados para obter melhor 
aproveitamento ou aprimorar ações ainda 
em construção.
Unidade 3 • Modalidades de Avaliação: Diagnóstica, Formativa e Somativa74/231
4. Conceito de oportunidade e pertinência em avaliação
Segundo Romão (2011, p. 85), 
o conceito de oportunidade é fundamental, porque no caso brasileiro, os 
momentos de verificação e registro dessas terminalidades parciais são, 
rígida e burocraticamente, estabelecidos pelo sistema na periodicidade 
mensal e bimestral. Em outras palavras, a rigidez dos momentos 
dos registros escolares se impôs aos momentos de verificação de 
aprendizagem, desconhecendo-se totalmente as conveniências didático-
pedagógicas. Como o professor tem de entregar, na secretaria da escola, 
as notas dos alunos ao final de cada bimestre, não importa que ele esteja 
no meio de uma unidade. Se o que já desenvolveu com os alunos ainda 
depende de mais alguns passos para complementar um pré-requisito, 
ele não pode adiar a avaliação, porque é pressionado pelos prazos 
burocráticos. E tudo isso é feito em nome da discutidíssima média final, 
calculada com base nos dados dos registros periódicos realizados em 
intervalos cuja uniformidade responde aos interesses da burocracia, mas 
desconhece os ritmos do processo de ensino-aprendizagem.
Unidade 3 • Modalidades de Avaliação: Diagnóstica, Formativa e Somativa75/231
A oportunidade referida diz respeito aos 
objetivos e circunstâncias específicas de 
aplicação dos instrumentos de medida. 
Por exemplo, dependendo do que se 
combinou como medida de avaliação de 
aprendizagem entre alunos e professores, 
se no dia houve um imprevisto, é 
interessante que se postergue a aplicação 
da medida para outro dia.
Como pertinência entende-se que a 
utilização de um instrumento de medida 
se fará de acordo com a delimitação dos 
objetivos traçados no plano educacional, 
com vistas a avaliar uma situação 
específica.
A pertinência diz respeito a adequação 
dos procedimentos e instrumentos 
verificadores enquanto a oportunidade 
tem a ver com objetivos e circunstâncias 
específicas de aplicação destes 
instrumentos. 
Podemos concluir que:
I. É pela coleta de dados que 
analisamos o desempenho dos 
alunos;
II. Os resultados são qualificados de 
acordo com uma comparação de 
desempenho descrito por critérios 
de qualidade;
III. A intervenção é necessária para se 
estabelecer uma correção da ação 
em curso;
IV. Sempre teremos situações de 
impasse no ato de avaliar;
Unidade 3 • Modalidades de Avaliação: Diagnóstica, Formativa e Somativa76/231
V. Por vezes há necessidade de vários 
profissionais para auxiliar no 
processo avaliativo;
VI. A avaliação retrata apenas a 
qualidade de uma situação;
VII. Os exames devem ser mais um 
instrumento de avaliação e não o 
centro da avaliação;
VIII. Devemos abrir mão de práticas 
discriminatórias avaliativas e 
utilizar mais dos processos de 
acompanhamento e certificação de 
aprendizagem.
Unidade 3 • Modalidades de Avaliação: Diagnóstica, Formativa e Somativa77/231
Glossário
Retrospecção: fatos e acontecimentos relativos ao passado.
Qualificação: determinação de qualidade a algo, alguém ou alguma coisa.
Postergue: doverbo postergar, adiar, deixar para mais tarde ou depois.
Questão
reflexão
?
para
78/231
Em sua experiência como estudante, qual o tipo de 
avaliação que mais foi utilizada por seus professores: 
diagnóstica, formativa ou somativa? Você teve 
oportunidade de entrar em contato com as três 
modalidades de avaliação? Justifique sua resposta.
79/231
Considerações Finais
A partir dos estudos deste capítulo, podemos concluir: 
• O conceito de oportunidade deve ser levado em conta nos processos 
avaliativos;
• O referencial teórico é crucial para a tomadas de decisão no processo 
avaliativo;
• As modalidades diagnóstica, formativa e somativa devem ser 
contempladas em todo o processo avaliativo;
• O processo avaliativo tem em seu bojo descrever e qualificar a realidade 
presente.
Unidade 3 • Modalidades de Avaliação: Diagnóstica, Formativa e Somativa80/231
Referências 
Bibliografia: 
BLOOM, Benjamin S. Taxionomia de objetivos educacionais. Porto Alegre: Globo. 1980.
FERNANDES, Claudia de O. (Org.). Avaliação das aprendizagens: sua relação com o papel social 
da escola. São Paulo: Cortez, 2014.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem: componente do ato pedagógico. São 
Paulo: Cortez, 2011. 
ROMÃO, José Eustáquio. Avaliação dialógica: desafios e perspectivas. São Paulo: Cortez, 1999. 
SANT’ANNA, Ilza Martins. Por que avaliar? Como avaliar? Critérios e instrumentos. 
Petrópolis: Vozes, 2013.
Demais Referências: 
ESTEBÁN, Maria Teresa. O que sabe quem erra? Reflexões sobre avaliações e fracasso 
escolar. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.
HOFFMANN, J. Avaliação mito & desafio: uma perspectiva construtivista em avaliação. Porto 
Alegre: Mediação, 1991. 
Unidade 3 • Modalidades de Avaliação: Diagnóstica, Formativa e Somativa81/231
PERRENOUD, Philippe. Avaliação. Da excelência à regulação das aprendizagens: entre duas 
lógicas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.
SAUL, A. M. Avaliação emancipatória: desafio à teoria e à prática de avaliação e reformulação 
de currículo. São Paulo: Cortez, 1995. 
SOUZA, V. T. de. Avaliação da aprendizagem. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em 
Educação, v. 1, n. 3, p. 13-26, abr./jun. 1994. 
82/231
Assista a suas aulas
Aula 3 - Tema: Modalidades de Avaliação: Diag-
nóstica, Somativa e Formativa - Bloco I
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
af1d984c8b14fe58c1af49724b2a5db1>.
Aula 3 - Tema: Modalidades de Avaliação: Diag-
nóstica, Somativa e Formativa - Bloco II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
ab0ee4d624a108d478ea33587d18b84c>.
http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/af1d984c8b14fe58c1af49724b2a5db1
http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/af1d984c8b14fe58c1af49724b2a5db1
http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/af1d984c8b14fe58c1af49724b2a5db1
http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ab0ee4d624a108d478ea33587d18b84c
http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ab0ee4d624a108d478ea33587d18b84c
http://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ab0ee4d624a108d478ea33587d18b84c
83/231
1. Assinale a resposta incorreta quanto a avaliação formativa:
a) Elabora um quadro que permite identificar áreas de maiores dificuldades.
b) Corrige erros para reforço dos comportamentos bem-sucedidos e eliminação dos 
desacertos.
c) Seleciona alternativas para ajudar o aluno.
d) Aponta deficiências na organização do ensino- aprendizagem.
e) Ajuda a detectar possíveis entraves e causas nas dificuldades de aprendizagem.
Questão 1
84/231
2. A avaliação somativa tem por finalidade:
a) Classificar os alunos ao final da unidade, segundo níveis de aproveitamento.
b) diagnosticar problemas apresentados pelos alunos.
c) coletar informações.
d) selecionar variáveis para obter uma informação objetiva.
e) formular objetivos com vistas à avaliação.
Questão 2
85/231
3. Qual fator abaixo listado não tem correspondência com o desempenho do 
aluno?
a) Ambiente adequado. 
b) Material utilizado. 
c) Administração escolar dá suporte.
d) Critérios de avaliação.
e) Tarefas satisfatórias.
Questão 3
86/231
4. Assinale a alternativa FALSA.
a) Como pertinência entende-se utilizar um instrumento de medida de acordo com a 
delimitação dos objetivos traçados no plano educacional, com vistas a avaliar uma situação 
específica.
b) O conceito de oportunidade diz respeito aos objetivos e circunstâncias específicas de 
aplicação dos instrumentos de medida.
c) A qualificação da realidade é um ponto secundário da avaliação.
d) Na avaliação deve-se prestar atenção ao que é relevante.
e) A avaliação é um processo educativo que visa melhorar a aprendizagem.
Questão 4
87/231
5. Complete as lacunas.
A avaliação da aprendizagem se nutre de dois processos: ______________, onde o resultado 
é monitorado e assistido e ______________, em que se concretiza a qualidade do que foi 
produzido.
a) projeto pedagógico, produto final
b) acompanhamento, produto final
c) diagnóstico, intervenção
d) acompanhamento, intervenção
e) diagnóstico, produto final
Questão 5
88/231
Gabarito
1. Resposta: E.
A avaliação diagnóstica ajuda a 
detectar possíveis entraves e causas nas 
dificuldades de aprendizagem e não a 
avaliação formativa.
2. Resposta: A. 
A avaliação somativa tem por finalidade 
classificar os alunos ao final da unidade, 
segundo níveis de aproveitamento.
3. Resposta: D.
Os critérios de avaliação não possuem 
correspondência com o desempenho do 
aluno, ao contrário eles são a devolutiva 
deste desempenho, o produto final. O que 
ajuda o aluno em seu desempenho são 
as condições favoráveis da escola, seu 
ambiente, tarefas adequadas, professores 
capacitados, da administração escolar, 
dentre tantos.
4. Resposta: C.
A qualificação da realidade é um ponto 
central e não secundário da avaliação.
5. Resposta: B.
A avaliação da aprendizagem se nutre de 
dois processos: acompanhamento, onde 
o resultado é monitorado e assistido e 
produto final, em que se concretiza a 
qualidade do que foi produzido.
89/231
Unidade 4
Técnicas: Observação, Autoavaliação e Aplicação de Provas
Objetivos
1. Compreender as técnicas de 
avaliação e autoavaliação;
2. Reconhecer modelos práticos de 
avaliação e autoavaliação;
3. Entender como se constitui o 
processo de aplicação de provas.
Unidade 4 • Técnicas: Observação, Autoavaliação e Aplicação de Provas90/231
Introdução
A observação é um dos processos mais 
corriqueiros e utilizados pelos seres 
humanos. O ato de observar revela 
detalhes, sutilezas, indícios que muitas 
vezes não conseguimos traduzir em 
palavras. Na ciência, a observação ganha 
outros olhares: mais apurado, com rigor 
técnico, esta maneira de ver o mundo 
e a vida se transforma em uma técnica 
valiosa para a constatação ou verificação 
de um fato. Como técnica o instrumento 
avaliativo possui planejamento, estratégia, 
e controle sobre o objeto em questão. 
Já a autoavaliação, independente de 
ser realizada em escola, com alunos, 
ou empresas, com funcionários, 
tem um caráter primordial para o 
autoconhecimento: reconhecer-se em 
seus erros e acertos, buscar alternativas 
diversas para solução de problemas, 
ampliar sua visão do todo e refazer práticas 
que estão impedindo o crescimento 
pessoal e escolar, no caso de nosso 
estudo. Iremos, desta maneira, tratar 
neste capítulo, as questões que envolvem 
a observação, a autoavaliação e como a 
aplicação de provas deve considerar os 
modelos avaliativos.
Boa leitura! 
1. Observação
O que é observar?
A observação faz parte do nosso 
cotidiano. Mesmo de maneira intuitiva ou 
inconsciente, estamos sempre “reparando” 
em coisas, pessoas, fatos e tirando 
algumas conclusões. 
Unidade 4 • Técnicas:

Outros materiais