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Avaliação e currículo no cotidiano escolar Segundo Oliveira e Pacheco (2003:119), "(...) nenhuma discussão curricular pode negligenciar o fato de que aquilo que se propõe e que se desenvolve nas salas de aula dará origem a um processo de avaliação. Ou seja, a avaliação é parte integrante do currículo, na medida em que a ele se incorpora como uma das etapas do processo pedagógico". Com isso, não podemos desvincular os saberes que os alunos vêm à escola produzir e buscar, assim como as formas com que se avalia estas formas de apreensão. Quando refletimos sobre estas questões que pertencem à dimensão das práticas pedagógicas, temos olhares direcionados para duas vertentes – em nossas práticas, nós professores utilizamos qual avaliação? A avaliação enquanto possibilidade (saiba mais sobre o assunto ao final da aula) ou como ameaça (saiba mais sobre o assunto ao final da aula)? Romper com esta dimensão da avaliação enquanto ameaça é muito difícil, pois nós professores temos nossas histórias, subjetividades que muito influenciam nos critérios a ser utilizados para se avaliar alguma situação de aprendizagem. Veja exemplos no final desta aula. Uma proposta diferenciada de avaliação e os conteúdos clássicos: uma breve síntese Conforme é apontado por Oliveira e Pacheco (2003), uma das questões que entravam a prática avaliativa está no fato de os avaliadores terem pouca clareza dos objetivos a ser verificados, sobretudo aqueles que já se naturalizaram como parte do processo de escolarização. Segundo os autores (op. cit., p. 130), os conteúdos clássicos que fazem parte do currículo e do processo de escolarização nem sempre são "(...) questionados por nós, professores, que nos habituamos a vê-los onde estão, nem tampouco os objetivos que pretendemos atingir ao trabalhá-los com nossos alunos estão claros. (...) Repetimos esquemas de avaliação, apesar de saber que, muitas vezes, esses mecanismos clássicos são inadequados ao que tentamos inovar em nosso trabalho cotidiano". Entretanto, para demonstrar que a avaliação está intrinsecamente relacionada com o ensino e aprendizagem de saberes, veja o exemplo do Prof. Dirceu veja exemplos no final desta aula. Assim, podemos apontar a necessidade de construir alternativas diferenciadas de avaliação, com as do Prof. Dirceu, pois o uso e discussão de experiência já em curso, desenvolvidas no cotidiano escolar, nas diversas escolas por diferentes colegas, auxilia no debate sobre a avaliação e a mudança na prática pedagógica do professor. Tal defesa está alicerçada no princípio de que muitas são as experiências enriquecedoras implementadas por professores e professoras, tanto no que se refere aos conteúdos de ensino, como às maneiras de ensinar associando essa produção ao desenvolvimento de instrumentais de avaliação conexos com o que procuram fazer em suas salas de aula. Para um bom aproveitamento do curso, é necessário que você vá sempre além do conteúdo das aulas. Clique no botão abaixo e inicie uma leitura complementar referente à cultura, memória e currículo (parte I). Para um bom aproveitamento do curso, é necessário que você vá sempre além do conteúdo das aulas. Clique no botão abaixo e inicie uma leitura complementar referente à cultura, memória e currículo (parte II). REFERÊNCIA O incentivo: hoje você conseguiu só um pouquinho, mas amanhã você vai conseguir muito mais...você é capaz... Pense bem, você aprendeu algo de que você não sabia quase nada, veja só o quanto você conseguiu... Formas de Ameaça: Quem fizer bagunça tem zero... Vocês vão ver no dia da prova... Podem conversar,mas depois não chorem se a prova for difícil...