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Carboidratos Pós- graduando: Carlos Geovani Compostos formados por C, H e O Abrangem um dos maiores grupos de compostos orgânicos encontrados na natureza e juntamente com as proteínas formam os constituintes principais dos seres vivos Principais componentes dos tecidos das plantas BOBBIO & BOBBIO (2003) São divididos em CE e CNE As forragens são o alimento preponderante para ruminantes em condições naturais, mas os ruminantes aproveitariam muito pouco se dependessem apenas de suas próprias enzimas, incapazes de quebrarem as ligações químicas formadoras dos CE Fonte: Church (1993) Confere resistência estrutural aos vegetais Altamente resistente à degradação química e, portanto, indegradável Muitas vezes associada à celulose e hemicelulose Composta por unidades derivadas dos álcoois cumaril, coniferil e sinafil em estrutura complexa NRC (2016) Fonte: Adaptado de Hall (2001) I. Delgado = 15 – 40% I. Grosso = 10 – 30% A principal função dos CHOs é ser fonte de energia Dependendo dos ingredientes da dieta, a digestão da porção considerável de CHOs pode ocorrer pós-ruminalmente O resultado da fermentação dos CHOs no rúmen são os AGVs Fonte: Bergman (1990) Proporções de ocorrência dos ácidos graxos voláteis em dois tipos de dieta Dietas ricas em concentrado têm menor perda de CH4 em função do maior teor de C3 Outra vantagem é que o C3 tem menor incremento calórico, sendo uma forma mais eficiente de utilização de energia, quando comparado ao C2 O amido, classificado em amilose e amilopectina, é o mais importante polissacarídeo de reserva vegetal Corresponde a 50 – 80% do CNE na maioria dos alimentos Tem como característica a alta taxa de fermentação Em pequenas quantidades pode ajudar no crescimento inicial das bactérias ruminais A velocidade com que o amido é degradado varia em função do grau de cristalização das suas moléculas Valores de digestibilidade ruminal de amido do milho e sorgo em função do efeito do processamento Uma alta digestibilidade no rúmen pode fazer com que o pH ruminal fique abaixo do ideal para o crescimento microbiano, o que pode reduzir a digestibilidade da dieta como um todo, em determinadas situações, o processamento mais intenso pode ser menos interessante Há uma quantidade mínima de CE que é crítica para a efetiva estimulação da ruminação, da salivação e da motilidade ruminal Na falta de estímulo de fibra o bovino não rumina, o que reduz a produção de saliva que é rica em elementos tamponantes e, portanto, sua falta resulta em queda de pH que, sendo intensa, pode levar a acidose O quadro de acidose pode desdobrar em timpanismo espumoso e laminite A fibra é importante pois estimula a motilidade, e isso ajuda a aumentar o contato do substrato com as enzimas extracelulares dos microrganismos do rúmen, além de auxiliar na ruminação e na renovação de conteúdo ruminal, ajudando a aumentar a taxa de passagem A taxa de passagem tem importantes consequências. Ela altera a eficiência da produção microbiana uma vez que taxas de passagem mais rápidas favorecem maior eficiência no crescimento microbiano A compreensão dos aspectos relacionados à digestão dos carboidratos é essencial para intervenções no manejo nutricional dos ruminantes, já que esta classe nutricional representa sua principal fonte energética. Toda estratégia nutricional deve procurar maximizar o aproveitamento destes nutrientes, porém sem se esquecer da necessidade de se manter o ambiente ruminal estável, especialmente em condições de alta utilização de carboidratos não-estruturais. cgteles@outlook.com
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