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AUXILIO DOENÇA - TRANSTORNO BIPOLAR - modelo

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA COMARCA DE IRECÊ/BA.
.........., brasileira, lavradora, portadora da Cédula de Identidade RG nº ........, expedida pela SSP/BA, inscrita no CPF/MF sob o nº ........., residente na ............., Município de Canarana/BA, por sua advogada e procuradora ao final assinado, constituído mediante instrumento de procuração particular em anexo, com endereço profissional à Av. Santos Lopes, nº 72 – 1 º andar - Centro – Irecê/BA, vem, com respeito e acatamento de estilo à presença de Vossa Excelência, propor 
AÇÃO DE RESTABELECIMENTO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO – AUXÍLIO DOENÇA
em face do INSS - INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, agência de Irecê/BA, Rua 33, s/nº, Centro, Irecê/BA, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos:
		A Requerente postulou junto ao Requerido o recebimento de Auxílio-Doença de nº .............., espécie 31, o que foi INDEFERIDO.
		Neste ponto, deve se dar melhores contornos ao trabalho realizado pela perícia do órgão Requerido.
		Essas condutas tomadas pelo Instituto Requerido e por seus peritos afastam os direitos daqueles que contribuem para a previdência, que ao pleitear um benefício, não vão à busca de um favor, mas de um direito assegurado por lei.
		A Requerente sofre de “TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR, ATUALMENTE EM REMISSÃO” CID X F31.7, incapacitada para a vida laborativa, em uso de Haldol Decanoato – 01 ampola IM 30/30 dias, Fenergam 50mg/d e Melleril 50mg/d por tempo indeterminado..
“O transtorno bipolar é marcado pela alternância entre episódios de depressão e de euforia; as crises pode variar em intensidade, freqüência e duração.
 Transtorno afetivo bipolar é um distúrbio psiquiátrico complexo. Sua característica mais marcante é a alternância, às vezes súbita, de episódios de depressão com os de euforia (mania e hipomania) e de períodos assintomáticos entre eles. As crises podem variar de intensidade (leve, moderada e grave), freqüência e duração.
As flutuações de humor têm reflexos negativos sobre o comportamento e atitudes dos pacientes, e a reação que provocam é sempre desproporcional aos fatos que serviram de gatilho ou, até mesmo, independem deles.”
		No presente caso, a Requerente teve que retirar do seu sustento que, diga-se de passagem, é obtido com esforço além de suas possibilidades, dinheiro para realizar exames, que deveria ter sido a primeira medida tomada pelos peritos do Instituto Requerido ao realizar a perícia.
		Dessa forma, a perícia realizada pelos peritos do Instituto Requerido, não foi realizada de forma adequada para verificação de qualquer lesão ou doença, não merecendo uma confiabilidade absoluta e, data vênia, sequer relativa.
		Essas lesões/doenças provocam grandes dores e retiram da Requerente qualquer incapacidade de exercer suas atividades habituais, ou até mesmo de procurar outro emprego.
		Portanto, diante do histórico patológico da Requerente, diagnóstico conforme relatórios médicos em anexo realizado por especialista, não se pode afastar o seu direito à percepção do auxílio-doença, com base em uma simples perícia realizada sem os exames que pudessem constatar de fato a ocorrência ou não da doença.
		Estabelece a Lei 8.213/91 em seu artigo 59, que:
		“O auxílio doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o período de carência exigido nesta lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para sua atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos”.
		Da mesma forma, estabelecem os artigos 69 e 141 do Decreto 2.172 de 05 de março de 1997, este último transcrito abaixo:
		“O auxílio doença será devido ao acidentado que ficar incapacitado para o seu trabalho por mais de 15 dias consecutivos, ressalvado o disposto no parágrafo 3º do artigo 143”.
		A Requerente preencheu todos os requisitos necessários para a obtenção do auxílio-doença, com exceção da perícia médica desfavorável.
		Acrescenta-se que, concedido o benefício, ficando constatada a impossibilidade de recuperação para sua atividade habitual, deverá a Requerente passar por um processo de reabilitação profissional e, se não conseguir êxito, ser aposentado por invalidez, conforme determina os artigos 62 em conjunto com o artigo 101 da Lei 8.213/91, e do artigo 77 do Decreto 2.172 de 05 de março de 1997, este último transcrito abaixo:
		“O segurado em gozo de auxílio doença, insuscetível de recuperação para sua atividade habitual, deverá submeter-se ao processo de reabilitação profissional para o exercício de outra atividade, não cessando o benefício até que seja dado como habilitado para o desempenho de nova atividade que lhe garanta a subsistência, ou, quando considerado não recuperável, seja aposentado por invalidez”.
		Como já dito alhures, a Requerente não tem capacidade para o trabalho ou para as atividades habituais, em face da evidência de que sua enfermidade apresentada impede o desempenho de atividades físicas.
		Portanto, diante do que foi exposto, verifica-se que não deve prevalecer a conclusão da perícia médica realizada pelo órgão Requerido e, estando os demais requisitos preenchidos para a concessão do benefício pleiteado, o Requerente faz jus ao recebimento do benefício de auxílio-doença.
		DA TUTELA ANTECIPADA
		Após a realização da perícia, requer-se a antecipação dos efeitos da prestação jurisdicional, correspondente à concessão do benefício previdenciário do auxílio doença.
		A prestação pretendida com o ajuizamento da presente ação é de caráter alimentar, sendo indispensável a subsistência da Requerente, que, em virtude da doença apresentada, está impedida de exercer suas atividades habituais.
		A aparência do direito, que corresponde ao requisito legal da prova inequívoca e da verossimilhança da alegação, está presente nos fatos alegados e nas provas juntadas nesta inicial, formando o conjunto probatório necessário para realização da cognição sumária, indispensável a esta tutela de urgência.
		Como visto acima, pleiteia-se uma prestação de natureza alimentar, indispensável por si mesma à própria sobrevivência da Requerente, pessoa simples, doente, e, impossibilitada de arcar com suas despesas, agravadas pela doença e pela idade.
		O Requerente, sendo segurado do Instituto Requerido, tendo o direito ao benefício previdenciário, e estando evidente os fatos que o ensejam, não pode aceitar, ainda por um período de tempo, ver transferidos a parentes e amigos, que vivem a duras custas, o encargo que visou assegurar, pela filiação e contribuição ao Instituto Requerido.
		Em razão de o caráter alimentar da pretensão deduzida em juízo, e que sua ausência no momento presente não poderá ser suprida no futuro, nem mesmo pela melhor das recomposições dos valores atrasados, vê-se deparado ao receio de dano irreparável ou de difícil reparação.
		Nos contornos desta lide, é inafastável a idéia de demora na prestação jurisdicional, pois as ações movidas conta o Instituto Requerido são alvo de inúmeros recursos e sujeito a procedimentos que provocam uma espera de anos para a solução do litígio, não sendo raras as situações em que a doença (vida) não espera a justiça(lenta).
		Essa demora, por si só, pode negar o direito pleiteado pela Requerente sem qualquer julgamento de mérito. Em razão deste efeito devastador do tempo no processo, que é acentuado nas ações movidas contra o Instituto Requerido, pela verossimilhança das alegações, pelos fatos e elementos probatórios trazidos nesta inicial e pela natureza alimentar da prestação de direito material, busca-se uma tutela de urgência, visto que a Requerente conta hoje com44 anos e em decorrência de sua idade e patologia, valendo-se para tal da tutela antecipatória.
		Destarte, conforme visto alhures, e diante dos fatos e das provas arroladas na inicial, destacando-se a perícia que deverá ser realizada e que comprovará as alegações da Requerente, há a possibilidade da concessão da antecipação da tutela, requerendo-a desde já, após a perícia, determinando-se ao Requerido que efetue imediatamente o pagamento dobenefício previdenciário do Auxílio Doença nº 609.289.672-2, desde a data em que o Requerido indeferiu o mesmo.
		DOS PEDIDOS
		“Ex Positis”, requer-se a Vossa Excelência a designação de audiência de Conciliação, Instrução, Debates e Julgamento, determinando-se a citação do Requerido para que, querendo, apresente contestação, sob pena de confissão e revelia, para, ao afinal, julgar procedente o pedido de restabelecimento do benefício previdenciário de auxílio doença desde a data da sua suspensão, nos termos desta inicial, com juros e correção monetária, tornando definitiva a tutela antecipada e, condenando ainda o Requerido no pagamento das custas, despesas processuais, honorários advocatícios, demais cominações legais e, continuar pagando a Requerente o benefício enquanto persistir a doença ensejadora do mesmo.
		Outrossim, requer-se a nomeação de perito, escolhido por este M.Juízo, para a realização da perícia médica, inclusive os exames necessários e indispensáveis para a constatação da doença, respondendo aos quesitos formulados e apresentados abaixo.
		Requer-se também a produção das provas por todos os meios de direito permitidos, especialmente o depoimento pessoal do representante legal do Requerido, sob pena de confissão, oitiva de testemunhas, juntada de novos documentos e perícia.
		Requer-se, ainda, a antecipação dos efeitos da tutela jurisdicional após a perícia, referente ao pagamento do benefício previdenciários, nos termos do artigo 273 do CPC.
		Por fim, requer a concessão dos benefícios da assistência judiciária gratuita, em razão do Requerente ser pobre, não podendo custear as despesas processuais sem prejuízo de seu sustento e de seus familiares.
		Dá-se à causa o valor de R$15.000,00 (quinze mil reais).
		Nestes termos,
		Pede deferimento.
		Irecê/BA, 25 de novembro de 2019.
		JOANA PEREIRA SANTOS
		OAB BA 21.800	
	
Rua Coronel Terêncio Dourado, Nº 128 – Praça das Rádios – 1º andar – Sala 01 
TEL: (74) 3641-6524/ (74) 98842-4875 – E-mail: joanajur@hotmail.com

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