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Desenvolvimento das Habilidades e Competências Profissionais

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Ano 3 - N º 11 Janeiro/Fevereiro - 2010 
www.interscienceplace.org páginas 142-165 
 
O Desenvolvimento das Habilidades e Competências Profissionais de um 
Grupo de Estudantes de Administração 
Mauro Maia Laruccia
1
 
Rogério de Almeida
2
 
Terezinha Teixeira Ruiz
3
 
 
RESUMO 
 
Este estudo teve como objetivo analisar um grupo de estudantes de Administração de uma 
instituição de São Paulo: presencial e a distância, a fim de verificar se as competências e 
habilidades foram desenvolvidas de forma satisfatória. Na pesquisa foi utilizado o método 
survey, aplicando-se um questionário a 104 alunos, divididos em dois grupos: alunos de 
cursos presencial e totalmente a distância. O questionário contemplou dados correspondentes 
ao tipo de curso considerado, sobre a aquisição de competências, habilidades e atitudes, sobre 
o perfil dos respondentes, e por fim, sobre dificuldades de ensino-aprendizagem. A pesquisa 
revelou que, de forma geral, o curso desenvolveu as competências necessárias para formação 
do aluno, não ocorrendo discrepâncias significativas entre as duas modalidades pesquisadas, 
presencial e a distância. 
Palavras-chave: TIC, EaD, Formação, Competências e Habilidades. 
 
ABSTRACT 
This study has a goal to analyze a group of business students in São Paulo institution: 
personally and distance, in order to verify if competences and abilities have been developed 
suitably. The research was used the survey method, applying to 104 students, divided into two 
groups: students in regular or personally courses and totally at distance. The survey 
contemplated data corresponding to the considered course, regarding the acquisition of 
competences, skills and attitudes, on the profile of the responding people, and to end with it, 
about difficulties of teaching-learning. The research has shown, in a general basis, that the 
 
1
 Doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP. Professor do Programa de Mestrado em Semiótica, Tecnologias da Informação e 
Educação da UBC. e-mail: mauro.laruccia@gmail.com. 
2
 Doutor em Educação pela USP. Professor da Faculdade de Educação da USP. e-mail: roalmeida@uol.com.br 
3 Mestre em Semiótica, Tecnologias da Informação e Educação (UBC). e-mail: ttruiz@ig.com.br 
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course developed the necessary competencies for student formation, and has not showed 
significant discrepancies between two researched modalities, personally and distance. 
 Keywords: ICT, Distance Education, Formation, Competencies and Skills. 
 
INTRODUÇÃO 
 
A educação a distância tem, cada vez mais, ocupando um lugar extremamente 
significativo na sociedade do conhecimento, o que provoca transformações em todas as 
esferas sociais no início do Século XXI. Esta modalidade de educação é um recurso de 
extrema importância para atender grandes contingentes de alunos. 
No Brasil, com a promulgação da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação, em 
1996, e o Decreto n.º 5622, de 2005, houve um grande aumento no número de cursos 
oferecidos a distância. Segundo o censo da educação superior, em 2006 existiam 349 cursos 
superiores de graduação a distância, que contavam com mais de 207 mil alunos matriculados. 
(INEP, 2008) 
No contexto da Educação a distância, nossa pesquisa tem como objetivo o estudo de 
dois grupos de estudantes dos Cursos de Administração: Alunos de graduação que realizam o 
curso de forma presencial; e Alunos de graduação totalmente a distância. 
No caso dos alunos da graduação presencial, as disciplinas cujos conteúdos são 
transmitidos a distância devem ser entendidas como forma complementar da educação, no 
sentido de gerar processos continuados de acesso ao conhecimento. 
A partir da seleção dos dois grupos de alunos citados, desenvolvemos o seguinte 
problema: As disciplinas presenciais e a distância desenvolvem as competências e 
habilidades do estudante de administração com a mesma percepção de qualidade? 
Para o desenvolvimento deste estudo, deveremos identificar: O perfil do ingressante 
em cada uma das modalidades de ensino; e A aquisição das competências e habilidades 
esperadas na conclusão do curso. 
A educação pode ser considerada como um reflexo da sociedade. Vários fatores, como 
a situação histórica desta sociedade, o momento cultural, a estrutural social, política e 
econômica influenciam diretamente a educação. Assim, podemos dizer que a educação é 
característica de uma determinada sociedade em um determinado momento Gadotti (1992), 
Aranha (2005), Manacorda (1989), Hilsdorf (2006) e outros. 
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Segundo Rocha (2006), a explosão dos negócios mundial, acompanhada pelo avanço 
tecnológico da crescente robotização e automação das empresas, nos faz antever profundas 
modificações no trabalho e, conseqüentemente, na educação. Nesta perspectiva, a educação a 
distância passa a ocupar uma posição estratégica e mesmo política, pois o conhecimento está 
disponível a quem quiser dele se apropriar. 
Na tentativa de incorporar as novas tecnologias de informação e comunicação, no 
entanto, a escola nem sempre tem logrado sucesso porque, muitas vezes, apenas incorpora os 
novos recursos, sem, no entanto, conseguir alterar a formatação das aulas acadêmicas. 
Devemos perceber que o que determina o valor da EAD é a qualidade do projeto pedagógico 
a ser implementado: seus objetivos, a pertinência e a atualidade dos conteúdos, as estratégias 
didáticas e as relações entre os participantes que devem discutir os problemas levantados pelo 
grupo. 
Podemos considerar, entretanto, que as Tecnologias da informação e da Comunicação 
(TICs) entraram de tal forma no mundo contemporâneo, que a escola não tem mais como 
permanecer artesanal, nem ficar à parte, em plena época da globalização, já que a educação a 
distância pode ser considerada como uma modalidade de educação em que pode-se utilizar 
um ênfase estas inovações tecnológicas da sociedade da informação, de forma a responder em 
tempo hábil as exigências da sociedade. 
Diante das transformações vertiginosas proporcionadas pelas tecnologias, que muda 
em pouco tempo os produtos e a maneira de produzi-los, criando umas profissões e 
extinguindo outras, temos a necessidade de uma educação permanente, que permita a 
continuidade dos estudos e, portanto, de acesso às informações, mediante uma auto-formação 
controlada. 
A Conferência Mundial de Educação para Todos, realizada em Jomtien, na Tailândia 
em 1990, definiu os pilares da educação, que devem ser a meta para o desenvolvimento 
educacional em todos os países signatários de seus documentos. Esses pilares são: (a) 
aprender a aprender; (b) aprender a fazer; (c) aprender a conviver; e (d) aprender a ser. 
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs, 2004), bem como a diretrizes 
curriculares nacionais, dos diferentes níveis de ensino, e vários outros documentos oficiais 
referentes à educação no Brasil, têm colocado – de conformidade com uma tendência mundial 
- a necessidade de centrar o ensino e aprendizagem no desenvolvimento de competências e 
habilidades por parte do aluno, em lugar de centrá-lo somente no conteúdo conceitual. 
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O desenvolvimento das competências e habilidades deve ser o objetivo do ensino. A 
escola deve capacitar o alunopara comparar, classificar, analisar, discutir, descrever, opinar, 
julgar, fazer generalizações, analogias e diagnósticos, Independentemente do que se esteja 
comparando, classificando ou assim por diante. O foco do ensino não pode estar centrado 
apenas no conteúdo, mas o conteúdo das diferentes disciplinas deve ser o principal 
instrumento para o desenvolvimento das habilidades. 
Nesse sentido, o professor é a peça central na organização das situações de 
aprendizagem, pois a ele compete dar condições para que o aluno "aprenda a aprender" e não 
seja apenas um depositório de informações. 
O professor deve propiciar ao educando as melhores condições para o 
desenvolvimento de suas competências, isto é, o professor não deve apenas transmitir 
informações (isto a Internet faz muito bem), mas sim contextualizar o conhecimento, 
utilizando estratégias para desenvolver habilidades específicas, com uma linguagem adequada 
e respeitando os valores culturais de seus alunos. 
As competências permitem a mobilização dos conhecimentos para que se possa 
enfrentar uma situação, uma capacidade de encontrar recursos no momento e na forma 
adequados, utilizando o anterior aprendido e os esquemas mentais para respostas rápidas e 
eficazes para os problemas que surgem nas diferentes situações da vida. 
A competência implica em fazer uso de conhecimentos e esquemas que se possui para 
desenvolver respostas imediatas, originais e eficazes para novos problemas. Perrenoud (1999) 
afirma que uma competência orquestra um conjunto de esquemas. Envolve diversos esquemas 
de percepção, pensamento, avaliação e ação, pois o esquema não significa, necessariamente, 
uma repetição idêntica. Ele deve permitir enfrentar uma variedade de situações com estrutura 
igual, mobilizando as operações mentais do indivíduo. 
As competências são construídas através de um processo, obtidas como resultado 
acumulado da experiência do indivíduo em lidar com determinada situação, portanto, as 
competências são observáveis, avaliáveis e julgáveis. (KING, FOWLER e ZEITHAML, 
2002) 
Em nossa pesquisa, centramos nossas questões nas competências que podem ou não 
ser adquiridas ao longo do curso de Administração, já que frente às transformações nas 
estratégias organizacionais decorrentes dos processos de globalização e convergências dos 
meios de comunicação, o principal diferencial dos trabalhadores passou a ser a capacidade de 
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criar, aprender e desenvolver novos conceitos, produtos e serviços baseados estritamente em 
suas competências. 
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação 
em Administração, o estudante, deverá ao final do seu curso ser capaz de: 
 
I - reconhecer e definir problemas, equacionar soluções, pensar estrategicamente, 
introduzir modificações no processo produtivo, atuar preventivamente, transferir e 
generalizar conhecimentos e exercer, em diferentes graus de complexidade, o processo da 
tomada de decisão; 
II - desenvolver expressão e comunicação compatíveis com o exercício profissional, 
inclusive nos processos de negociação e nas comunicações interpessoais ou intergrupais; 
III - refletir e atuar criticamente sobre a esfera da produção, compreendendo sua posição e 
função na estrutura produtiva sob seu controle e gerenciamento; 
IV - desenvolver raciocínio lógico, crítico e analítico para operar com valores e 
formulações matemáticas presentes nas relações formais e causais entre fenômenos 
produtivos, administrativos e de controle, bem assim expressando-se de modo crítico e 
criativo diante dos diferentes contextos organizacionais e sociais; 
V - ter iniciativa, criatividade, determinação, vontade política e administrativa, vontade de 
aprender, abertura às mudanças e consciência da qualidade e das implicações éticas do seu 
exercício profissional; 
VI - desenvolver capacidade de transferir conhecimentos da vida e da experiência 
cotidianas para o ambiente de trabalho e do seu campo de atuação profissional, em 
diferentes modelos organizacionais, revelando-se profissional adaptável; 
VII - desenvolver capacidade para elaborar, implementar e consolidar projetos em 
organizações; e 
VIII - desenvolver capacidade para realizar consultoria em gestão e administração, 
pareceres e perícias administrativas, gerenciais, organizacionais, estratégicos e 
operacionais. (PCN, 2004) 
 
Assim, as novas tecnologias da informação e comunicação não são meros 
instrumentos no sentido técnico tradicional, mas algo tecnologicamente novo e diferente 
dentro desse contexto. As tecnologias tradicionais serviam como instrumentos para aumentar 
o alcance dos sentidos. As novas tecnologias da informação e comunicação ampliam o 
potencial cognitivo do seres humanos de forma complexa e cooperativa. 
 
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O homem é um ser que fala; é um ser que trabalha e se organiza; pelo trabalho transforma 
a natureza e a si mesmo ao criar novos instrumentos ou artefatos, isto é, tecnologias. Para 
completar, devemos enfatizar, ainda, que a ação humana é uma ação coletiva, na qual o 
trabalho é executado como uma tarefa social e a palavra toma sentido pelo diálogo, pelas 
interações. (...) As novas tecnologias digitais estão integrando o mundo em redes. A 
comunicação mediada por computadores gera uma sociabilidade de redes, on-line, fundada 
nos vetores da velocidade, da instantaneidade e da simultaneidade. Nela, trocas sociais e 
relações pessoais efetuam-se em máxima proximidade, mas na distância, ou seja, com o 
mínimo de contato físico. (LARUCCIA, 2002, p.16) 
 
Para Castells citado em Werthein (2000), as novas tecnologias da informação e 
comunicação têm algumas características essenciais: A informação é sua matéria-prima; Os 
efeitos das novas tecnologias têm alta penetrabilidade Predomínio da lógica de redes. 
Flexibilidade: Crescente convergência de tecnologias 
É inegável a existência de uma tendência mundial para a inclusão de toda sociedade 
na chamada “sociedade da informação”, definindo um novo paradigma que coloca a 
transformação tecnológica como essencial para as relações sociais. 
A Declaração Mundial sobre Educação para Todos, da UNESCO, (1990) em seus 
Princípios de Ação, enfatiza que o primeiro passo deve ser identificar os sistemas tradicionais 
de aprendizagem existentes na sociedade e a demanda real por serviços de educação básica, 
seja em termos de escolaridade formal, seja em programas de educação não formal. Deve-se, 
também, abordar, por todos os meios, as necessidades de aprendizagem básicas, capitalizando 
o uso de meios tradicionais e modernos de informação e de tecnologias para educar o público. 
Dentre as relações sociais, as tecnologias da informação e comunicação são cada vez 
mais usadas nas organizações de trabalho, a fim de coletar, armazenar, processar um grande 
número de informações, para controle dos equipamentos e processos de trabalho, para 
conectar as pessoas e escritórios, tanto dentro quanto entre as organizações. (WALTON, 
1993) 
A utilização destas tecnologias da informação e comunicação em nossa vida diária 
significa a possibilidade de modernização das diferentes culturas, já que a utilização dos 
instrumentos da tecnologia da informação e comunicação significa novas formas de interação 
entre homem-máquina. No mercado de trabalho, inclusive, o indivíduo deve ser capaz de 
absorver e utilizar a informação a serviço da empresa, já que não é possível ignorar a 
verdadeira revolução que as tecnologias da informação e comunicação desempenham. Estas 
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tecnologias conferem grandes vantagens ao esforço do homem para sobreviver e competir no 
ambiente organizacional. 
As tecnologias da informação e comunicação são um dos principais agentes 
transformadores das organizações, pois seus diversos usos e implicações contribuem para as 
alterações em nossa forma de conhecer o mundo e na forma de representar esse 
conhecimento. 
A capacitação e formação do cidadão somente se darão através da educação. A 
educação entendida como criação de competências suficientemente amplas que permitam uma 
atuação efetiva da produção de bens e serviços, tomar decisões fundamentadas no 
conhecimento, operar os novos meios e ferramentas em seu trabalho, bem como aplicar novas 
mídias criativamente, em ações rotineiras ou mais complexas. 
Neste contexto, a Educação a Distância insere-se como alternativa para rápida difusão 
do material didático e de informação entre pais, professores e alunos, permitindo a construção 
interdisciplinar de informações produzidas individualmente, bem como o desenvolvimento de 
projetos por parte de indivíduos geograficamente dispersos. 
O papel das tecnologias de informação e comunicação é gerar a produção de bens e 
serviços e transferir estas aquisições para o setor produtivo, onde deve ocorrer sua aplicação 
em novos bens e serviços, disseminando sua aplicação. 
O ensino a distância deve tornar-se uma realidade em larga escala e, dentre outras 
iniciativas, transformar-se no instrumento para a capacitação tecnológica e a inclusão digital. 
 
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 
 
Segundo Pimentel e Andrade, a educação a distância só é possível porque existem 
tecnologias da informação e comunicação que possibilitam estabelecer um processo de 
comunicação mesmo quando alunos e professores encontram-se fisicamente distantes – é 
possível graças as TICs. Sem limitação de lugar, tempo, profissão ou idade dos alunos. 
Entretanto, se antes, educação a distância podia ser caracterizada como o sistema educacional 
onde há total separação física entre professor e aluno (em contraposição com a educação 
presencial), hoje, a fronteira entre educação a distância e educação presencial encontra-se 
cada vez menos nítida, pois a interação pessoal em sala de aula está sendo substituída pela 
ação sistemática de diversos recursos didáticos e pelo apoio de uma organização de tutoria, 
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que propicia aprendizagem independente dos alunos. 
O uso da educação a distância, no Brasil registra boas experiências, porém, foram 
muito pontuais e, na maioria dos casos, não tiveram tempo de serem avaliadas e adotadas 
como políticas de Estado. (LARUCCIA, 2008) 
Para Carlos Eduardo Bielschowsky da Secretária de Educação a Distância (2008), o 
ano de 2007 foi excepcional para a educação a distância (EAD) no Brasil. Além do aumento 
significativo de alunos matriculados nos cursos, a avaliação do rendimento dos alunos foi 
muito positiva. Segundo os resultados do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes 
(Enade/MEC), das 13 áreas em que se pode comparar estudantes da educação presencial com 
aqueles à distância, observamos que em sete: administração, biologia, ciências sociais, física, 
matemática, pedagogia e turismo, os alunos de cursos a distância foram melhores do que os 
de presenciais e, ou seja, não houve nenhuma diferença significativa entre a formação de 
alunos do ensino da educação a distância para os presenciais. Ainda, segundo o Secretário, o 
EaD no Brasil está consolidado, pois integra uma ampla política de educação, sendo uma das 
prioridades do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). 
Associada à proposta de mudança, surgem resistências motivas pela insegurança e 
medo do desconhecido. As atitudes dos estudantes com relação à educação a distância são 
indicadores tão importantes quanto seu desempenho na identificação da eficácia dos cursos e 
dos programas realizados a distância. (VALENTA, THERRIAULT, DIETER & MRTEK, 
2001) 
O Ministério da Educação foi além, ao permitir, por meio da Portaria MEC 4059, de 
10 de dezembro de 2004, que as IES (Instituições de Ensino Superior) ministrem até 20% de 
seus cursos reconhecidos a distância. Tal prática caracteriza um ensino semipresencial, visto 
que os 80% restantes são presenciais. 
Ao incluir, em seu currículo, parte das disciplinas no formato não-presencial, as 
instituições de ensino superior passaram a contribuir para a disseminação da cultura da 
educação à distância. A maior divulgação deste formato de educação criou um mercado de 
fronteiras cada vez mais elásticas. (LARUCCIA, 2008) 
As transformações associadas à nova realidade de ensino não são pequenas, visto que 
envolvem muito mais do que a simples alteração de ambiente educacional, abrangem todo um 
aparato didático e social, devido à necessidade de alterações metodológicas e também das 
relações vigentes, sejam essas humanas, tecnológicas e também de conhecimento. 
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É importante salientar que a educação a distância não pode ser compreendida como 
substituta da educação convencional, presencial. São duas modalidades do mesmo processo, 
já que a pedagogia e tecnologia (entendidas como processos sociais) sempre andaram em 
paralelo: o processo de socialização das novas gerações inclui necessária e logicamente a 
preparação dos jovens para o uso dos meios técnicos disponíveis na sociedade, seja a caneta 
seja o computador. 
A educação a distância não tem como objetivo concorrer com a educação 
convencional, A adoção universal da EAD, entretanto, demonstra que já existem dúvidas 
sobre se uma educação mediada por tecnologias de informação e comunicação se constitui 
numa educação legítima. 
Um dos maiores desafios para a EaD, é a superação dos preconceitos, que chegam a 
considerá-la apenas como um processo de contenção de despesas, ou uma educação de 
segunda categoria, uma maneira disfarçada de esvaziar o ensino regular e prescindir de 
recursos humanos exigidos pela educação presencial. 
A EaD, porém, não significa uma simplificação do processo ensino-aprendizagem, 
uma vez que todo referencial teórico necessário à aquisição das competências e habilidades 
que promovam o desenvolvimento do indivíduo, o exercício da cidadania e a autonomia para 
continuar aprendendo é exatamente o mesmo para ambas as formas de ensino: presencial e a 
distância. 
Os responsáveis peça políticas institucionais e governamentais têm introduzido a EaD 
para atender certas necessidades, como: (a) acesso crescente a oportunidades de aprendizado e 
treinamento; (b) proporcionar oportunidades para atualizar aptidões; (c) melhorar a redução 
dos custos dos recursos educacionais; (d) apoiar a qualidade das estruturas educacionais 
existentes; (e) melhorar a capacitação do sistema educacional; (f) nivelar desigualdades entre 
grupos etários; (g) direcionar campanhas educacionais para públicos-alvo específicos; (h) 
proporcionar treinamento de emergência para públicos-alvo importantes; (i) aumentar as 
aptidões para a educação em novas áreas do conhecimento; (j) oferecer uma combinação de 
educação com trabalho e vida familiar; (k) agregar uma dimensão internacional à experiência 
educacional. (MOORE, 2008) 
Como forma integradora de parcelas da sociedade, a educação a distância pode ser 
empregada para a formação e atualização de contingentes populacionais com pouca 
escolaridade, mas grande experiência de vida, se adaptando às múltiplasrealidades dessas 
pessoas e buscando, inclusive, sua transformação em cidadãos ativos na sociedade. 
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Dentro desta perspectiva, não podemos confundir informação com conhecimento. Na 
sociedade atual, os cidadãos estão cada vez mais informados, mas isto não significa que 
tenham adquirido conhecimento. A partir desta afirmação, nos deparamos com o problema de 
definir mais profundamente o significado de ensino e aprendizagem. 
 
O conceito de ensinar está mais diretamente ligado a um sujeito (que é professor) que, por 
suas ações, transmite conhecimentos e experiências a um aluno que por obrigação receber, 
absorver e reproduzir as informações recebidas. O conceito de aprender está ligado mais 
diretamente a um sujeito (que é o aprendiz) que, por suas ações, envolvendo ele próprio, os 
outros colegas e o professor, busca e adquire informações, dá significado ao conhecimento, 
produz reflexões e conhecimentos próprios, pesquisa, dialoga, debate, desenvolve 
competências pessoas e profissionais, atitudes éticas, políticas, muda comportamentos, 
transfere aprendizagens, integra conceitos teóricos com realidades práticas da vida 
cotidiana, desenvolve sua criticidade, a capacidade de considerar e olhar os fatos e 
fenômenos sob diversos ângulos compara posições teorias, resolve problemas. 
(MASETTO, 2000) 
 
 A educação, assim, deve trabalhar mais com o significado do que com o conteúdo, 
sendo a tecnologia o meio, o instrumento para o desenvolvimento da aprendizagem. 
O aluno, situado neste contexto de mudanças, deve: aprender a conhecer, aprender a 
fazer, aprender a ser e aprender a conviver (DELORS, 1996). A educação, além de transmitir 
informações, tem que formar um cidadão que saiba transformar estas informações em 
conhecimento, em ação e desenvolver habilidades e competências capazes de lidar com esta 
gama de informações, para realizar seu projeto de vida. A maneira como os estudantes irão 
processar estas informações irá influenciar suas habilidades de aprendizagem. Não podemos 
confundir informações com aprendizagem ou conhecimento. Para desenvolvimento de suas 
habilidades, os estudantes devem saber transformar a informação recebida em conhecimento. 
Para desenvolvimento de suas habilidades, os estudantes devem saber transformar a 
informação recebida em conhecimento. 
Nesse contexto, os alunos podem ser levados a compreender a educação a distância 
como mero meio de armazenamento e disseminação de conteúdos, e não como modelo de 
ensino/aprendizagem que utiliza tecnologias da informação e comunicação para mediar parte 
desse processo. Na percepção dos alunos, o não-cumprimento das obrigações da instituição de 
prover uma situação de ensino/aprendizagem coerente com o esquema representativo 
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tradicional, afeta negativamente a percepção global do aluno de que a instituição pode não 
estar comprometida com ele. 
As novas gerações, ao mesmo tempo em que estão desenvolvendo novos modos de 
perceber, novos modos de aprender mais autônomos, voltados para a construção de um 
conhecimento mais ligado com a experiência concreta parecem se ressentir da forma mais 
pontual e abstrata de transmissão de conhecimentos, freqüentemente praticada na escola. 
Devemos lembrar que o próprio conceito de distância está se transformando, em 
virtude das infinitas possibilidades de comunicação que as TICs oferecem, possibilitando a 
interação entre sujeitos, mediatizada pelas máquinas, sendo o fenômeno educação a distância, 
entendido como parte de um processo de inovação educacional mais amplo que é a integração 
das novas tecnologias de informação e comunicação nos processos educacionais. 
 
Não há estudos que comprovem que a maior disseminação da educação à distância em um 
contexto corresponda a uma atitude mais positiva ou mais negativa com relação a esta 
modalidade educacional. 
As atitudes dos estudantes com relação à educação a distância são indicadores tão 
importantes quanto seu desempenho na identificação da eficácia dos cursos e dos 
programas realizados a distância. 
Akerlind e Trevitt apud Steil, Piloon & Kern, (2005) pesquisaram os fatores que induzem 
os estudantes a resistir à aprendizagem mediada por tecnologia. Concluíram que, em 
termos gerais, quanto mais satisfeitos os estudantes estão com as suas experiências de 
aprendizagem tradicionais, sem o uso de tecnologias, menos estarão preparados para 
aceitar métodos de aprendizagens não familiares. Para esses estudantes, a imposição 
externa do uso de métodos tecnológicos, quando os estudantes possuem pouco 
conhecimento sobre o tema, geralmente produz sentimentos de desconforto e de ansiedade. 
(STEIL, PILOON & KERN, 2005, p.255) 
 
MATERIAIS E MÉTODOS 
 
Trata-se de uma pesquisa qualitativa-quantitativa, que tem como o método survey de 
pesquisa. Segundo Lima (2004, p.26) o “método de pesquisa survey é, atualmente, o que 
melhor representa as características da pesquisa qualitativa”. Esse método corresponde a 
uma abordagem do fenômeno pesquisado ao envolver a realização de pesquisa de campo em 
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que a coleta de dados é feita por meio de aplicação de questionário junto à população alvo da 
pesquisa, que neste caso são alunos de graduação presencial e a distância de uma instituição 
de ensino superior (IES) da grande São Paulo. 
O universo da pesquisa foi constituído por 300 alunos de graduação, presencial e a 
distância, do curso de administração de uma IES da Grande São Paulo. Conforme McDaniel 
& Gates (2003, p.372), adotou-se o tipo de amostragem não-probabilística aleatória, que 
inclui elementos de uma população selecionados de maneira não aleatória, na base da 
conveniência, no nosso caso, a dos alunos de uma IES, porque são fáceis e baratos de 
encontrar, porém, com a vantagem de poder ter certeza de obter informações de um corte 
transversal representativo da população de interesse. Segundo Lima (2004, p.83), as 
amostragens não-probabilísticas são freqüentemente utilizadas em razão da inacessibilidade 
ao universo total que é composto a população-alvo da pesquisa. 
Os dados primários foram obtidos por meio de questionário do tipo semi-estruturado, 
desenvolvido pelo pesquisador eletronicamente no Qualtrics Survey Software criado e 
disponibilizado no <http://www.Qualtrics.com/> desde 30 de março de 2009
4
. Para McDaniel 
& Gates (2003, p.352) com uso de questionários na Internet, os entrevistados completam a 
pesquisa e os dados são automaticamente coletados e tabulados. De acordo com Moreira 
(2002), as perguntas possuem uma ordem, no entanto, por ser respondida on-line foi 
permitido aos pesquisados liberdade de avançar e retroceder para opinarem mais livremente. 
No questionário formularam-se perguntas fechadas, semi-abertas, abertas, de múltipla 
escolha, de avaliação, questões de fato, questões de opinião e de intenção, conforme descreve 
Lima (2004, p.50-71). O questionário apresentou-se com 11 (onze) perguntas. Contemplou 
dados correspondentes ao tipo de curso considerado, sobre a aquisição de competências, 
habilidades e atitudes, sobre o perfil dos respondentes, e por fim, sobre dificuldades de 
ensino-aprendizagem. Não houve participação nenhuma do pesquisador, ou seja, o 
questionário ficou a disposição dos respondentes no ar, on-line, e foi preenchido e coletado 
pelo sistema do Qualtrics Survey Software. 
Para a coleta dedados por meio do questionário, inicialmente foram enviadas 300 
mensagens por e-mail (100% dos alunos potenciais), buscando-se receber um retorno de 10% 
dos alunos potenciais (30 membros do universo). Este primeiro grupo de alunos foi 
selecionado aleatoriamente a partir da verificação no cadastro da IES pesquisada. O total de 
 
4
 Disponível em: http://qtrial.qualtrics.com/SE?SID=SV_2hHijavP5fR6PE8&SVID=Prod 
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respondentes foi de 104, ou seja, a pesquisa de campo apresentou uma amostra de 34,6% 
(trinta e quatro vírgula seis por cento) da população total, e que obteve o acesso para a 
efetivação da pesquisa. Desses 104 respondentes, 100 responderam todas as questões. Esse 
procedimento aconteceu no mês de abril de 2009. 
A questão número 2 que utiliza escala Likert com cinco pontos (de 1 a 5). Os 
respondentes, no caput do questionário recebem instrução para considerar [1 menos 
freqüente/importante e 5 mais freqüente/importante]. 
Para elaboração desta questão foram utilizadas as diferentes competências que, de 
acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, espera-se que o formando no Curso de 
Graduação em Administração possua, ou seja: competências intelectuais, técnicas ou 
metódicas, organizacionais, comunicativas, sociais, comportamentais e políticas. 
 
RESULTADOS 
 
Apresentamos a seguir as tabelas com as respostas dos alunos envolvidos na pesquisa: 
sobre o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (97%) dos entrevistados aceitaram 
participar da pesquisa, conforme demonstrado na tabela 1. 
 
Tabela 1: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 
# Respostas 
 
Total % 
1 Aceito participar da pesquisa 
 
101 97% 
2 Não aceito participar da pesquisa 
 
3 3% 
 Total 104 100% 
 
O levantamento apresentou equilíbrio dos respondentes: (41%) de alunos da 
graduação presencial e (59%) de alunos de graduação a distancia. O perfil dos respondentes, 
conforme tabela 2, apresentou as seguintes características: 54% são mulheres com mais de 35 
anos (33%), casada (48%), que cursou o ensino médio em colégio estadual (73%), trabalha 
em comércio ou prestação de serviços (60%), recebe até 3 salários mínimos (38%) e escolheu 
o curso em função do mercado de trabalho (50%). 
 
 
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Tabela 2: Perfil dos Respondentes 
# Perfil do Respondentes 
1 59% de alunos à distancia 
1 54% mulheres 
2 33% mais de 35 anos 
3 48% Casada 
4 44% Cursou o ensino médio em colégio estadual 
5 60% trabalha em comércio/serviços 
6 38% renda de até 3 salários mínimos 
7 43% escolheu o curso em função do mercado de trabalho 
8 40% no curso de Administração 
 
Com relação à importância das várias mídias utilizadas para a aquisição das 
competências, houve uma predominância da Internet e livros com media de 4.52 e 4.11 
respectivamente das respostas conforme observado na tabela 3. 
 
Tabela 3: Importância dos meios na aquisição de competências e habilidades 
# Questão 1 2 3 4 5 M V DP Resp. 
1 Televisão 16 22 22 18 22 3.08 1.93 1.39 100 
2 Revistas 3 11 34 31 21 3.56 1.08 1.04 100 
3 Jornais 4 11 27 15 43 3.82 1.48 1.22 100 
4 Livros 4 5 18 21 51 4.11 1.26 1.12 99 
5 Internet 2 1 6 25 67 4.52 0.67 0.82 101 
Legenda: M=Media. V=Variância. DP=Desvio Padrão. Resp.=Respondentes 
 
Perguntado se os alunos consideram que o curso preparou para pensar 
estrategicamente; reconhecer e definir problemas; equacionar soluções para os problemas; ter 
iniciativa; ter senso ético, aplicar modelos de gestão; gerenciar adequadamente o tempo; 
utilizar técnicas de planejamento e de controle; comunicar-se adequadamente com sua equipe 
de trabalho; transferir conhecimentos da vida cotidiana para o ambiente de trabalho é 
apresentado uma análise descritiva na tabela 4. 
 
Tabela 4: Análise Descritiva das Competências e Habilidades 
# Pergunta M V DP Resp. 
1 Pensar estrategicamente 4.06 0.99 0.99 100 
2 Reconhecer e definir problemas 3.96 0.92 0.96 101 
3 Equacionar soluções para os problemas 3.88 1.13 1.06 101 
4 Ter iniciativa 4.13 0.99 1.00 101 
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5 Ter senso ético 4.18 0.88 0.94 100 
6 Aplicar modelos de gestão 3.86 1.14 1.07 101 
7 Gerenciar adequadamente o tempo 3.80 0.97 0.98 100 
8 Utilizar técnicas de planejamento 4.06 0.96 0.98 101 
9 Utilizar técnicas de controle 3.78 1.19 1.09 101 
10 Comunicar-se com sua equipe de trabalho 4.02 1.14 1.07 101 
11 
Transferir os conhecimentos da vida cotidiana para o ambiente de 
trabalho 
3.84 1.25 1.12 100 
Legenda: M=Media. V=Variância. DP=Desvio Padrão. Resp.=Respondentes 
 
A pergunta específica sobre as habilidades e competências esperadas ao final do curso foi 
obtido à seguinte análise: apenas as competências e habilidades (1) pensar estrategicamente; 
(4) ter iniciativa; (5) ter senso ético; (8) utilizar técnicas de planejamento; e (10) comunicar-se 
com sua equipe de trabalho obtiveram nota media
5
 acima de 4 (quatro) numa escala de 1 a 5. 
As outras obtiveram nota media entre 3 (três) e 4 (quatro). 
De acordo com Bussab & Morettin (2004) se quisermos estimar como as competências e 
habilidades foram percebidas e/ou adquiridas entre os alunos dos cursos presenciais e dos 
cursos à distância, entre os alunos de sexo masculino e feminino e entre as faixas de idade 
podemos desenvolver associação entre variáveis qualitativas para auxiliar no conhecimento 
do grau de dependência entre elas. Ao comparar os dados entre tipo de curso (presencial e a 
distancia), sexo e idade versus competências e habilidades foi obtido as seguintes 
informações: 
Sobre as dificuldades enfrentadas no seu processo de ensino-aprendizagem, foi 
colocada uma questão aberta, para que os alunos fizessem observações pessoais. Do total de 
104 respondentes à pesquisa, 103 fizeram observações, conforme tabela 5: 
 
Tabela 5: Resumo das Dificuldades Relatadas pelos Alunos 
Dificuldade encontrada % 
Nenhuma dificuldade 14% 
Falta de didática e/ou preparo dos professores 4% 
Falta de comunicação entre a faculdade e os alunos 10% 
 
5
 A média aritmética corresponde ao valor médio de um conjunto de dados. É utilizada quando se 
deseja obter a medida da tendência central que possui maior estabilidade. 
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Falta de dedicação e preparado dos tutores 12% 
Necessidade de reestruturação do curso 8% 
Tempo para estudar 18% 
Dificuldade de acesso à Internet 12% 
Volume de atividades a serem entregues 9% 
Dificuldade pessoal 13% 
 
Analisando a tabela 5, verifica-se que a maior dificuldade encontrada pelos alunos é 
relativa ao tempo para estudar. Este percentual parece ter relação com o perfil dos 
respondentes, já que 95% trabalham, 38% têm renda mensal até 3 salários mínimos e 26% 
renda mensal entre 3 e 4 salários mínimos. 
 
DISCUSSÃO 
 
Este estudo procurou identificar se um grupo de alunos do curso de administração de 
uma instituição particular de ensino adquiriu as competências e habilidades esperadas ao final 
de seu curso. 
Analisando os resultados apresentados, verificou-se que das dez competências 
questionadas, cinco (pensar estrategicamente, ter iniciativa, ter sendo ético, utilizar técnicas 
de planejamento etrabalho em equipe) encontram-se na zona de conforto, pois obtiveram os 
seguintes percentuais de respostas com avaliação 4 e 5 por mais de 70% dos respondentes. 
As competências “gerenciamento de tempo” e “técnicas de controle” encontram-se 
próximas da zona de alerta, pois apresentaram resultados com notas 3 e 4. 
Com relação às respostas apresentadas, verificou-se que houve uma distribuição 
uniforme com relação a sexo e estado civil, pois tivemos 46% dos respondentes do sexo 
masculino e 54% do sexo feminino, sendo 48% casados e 47% solteiros. 
Com relação à idade, existe uma predominância de alunos na faixa etária superior a 35 
anos (33%), que somados aos alunos na faixa etária entre 31 a 35 anos, (19%), representam 
51% do total do universo da pesquisa, que pode ser um dado significativo para as futuras 
políticas de ensino da instituição pesquisada. 
Ainda com relação à idade podemos observar, também, que na faixa etária de 20 a 25 
anos ocorreu o maior número de respostas com nota 3. Este dado é significativo e poderá ser 
objeto de nova pesquisa para verificar outros fatores determinantes nesta faixa etária. 
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A maioria dos respondentes (62%) situa-se numa faixa de renda mensal até 4 salários 
mínimos. Podemos verificar, também, que houve uma distribuição muito equilibrada entre os 
respondentes das duas formas de graduação pesquisadas (presencial e a distância), já que 41% 
deles são alunos de curso presencial e 59% da graduação a distância. 
Com relação ao Ensino Médio, houve uma predominância de alunos oriundos de 
escolas estaduais, 73%. A forma de optar pelo curso escolhido apresenta 50% das respostas 
relacionadas ao mercado de trabalho, 22% ao interesse pessoal e 19% de alunos que indicam 
já trabalhar na área escolhida. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Este trabalho procurou verificar se os alunos têm percepção do desenvolvimento 
destas competências e se consideram que foram adquiridas de forma satisfatória. 
Na introdução foram apresentadas as circunstâncias que motivaram a pesquisa, 
consubstanciadas na preocupação de aprofundar a compreensão se os alunos de graduação de 
administração dos cursos a distância (EaD) desenvolvem as competências e habilidades, ou 
pelos menos percebem o desenvolvimento, como os alunos das classes regulares presenciais. 
No primeiro capítulo foi analisada a revisão da literatura: (a) competências e 
habilidades; (b) tecnologias de informação e comunicação; e (c) educação a distancia (EaD). 
Foram apresentados os pilares da Conferência Mundial de Educação para Todos, que são: (a) 
aprender a aprender; (b) aprender a fazer; (c) aprender a conviver; e (d) aprender a ser. Foi 
desenvolvido o conceito de Perrenoud de competência que é a capacidade de mobilizar um 
conjunto de recursos cognitivos para solucionar problemas. As habilidades, por sua vez, são 
consideradas algo menos amplo do que as competências. Com relação às Tecnologias de 
Informação e Comunicação (TIC), foram apresentados conceitos para facilitar a compreensão 
na linha dos PCNs, em que as TIC são recursos tecnológicos que permitem a circulação de 
informações, de diferentes meios de comunicação. 
Na educação a distancia (EaD), os estudos foram na direção que essa a modalidade de 
ensino que permite que o aprendiz não esteja fisicamente presente em um ambiente formal de 
ensino-aprendizagem, assim como, permite também que faça seu auto estudo em tempo 
distinto. Diz respeito também à separação temporal ou espacial entre o professor e o aluno. A 
EaD deve ser vista como possibilidade de inserção social, propagação do conhecimento 
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individual e coletivo, e como tal pode ajudar na construção de uma sociedade mais justa e 
igualitária. É nesta direção que a instituições de ensino superiores vêem a possibilidade de 
formar cidadãos conscientes de seu papel sócio político, ainda que vivam em regiões onde a 
oportunidade de ensino de qualidade seja remota ou que a vida contemporânea reduza a 
disponibilidade para investir nos estudos. 
No segundo capítulo foram apresentados os materiais e métodos utilizados para 
elaboração dessa pesquisa. Para a concepção do questionário foram feitos levantamentos 
bibliográficos em fontes secundárias. O universo da pesquisa foi constituído por 300 alunos 
de graduação, presencial e a distância, do curso de administração de uma IES da Grande São 
Paulo. Adotou-se o tipo de amostragem não-probabilística aleatória, na base da conveniência. 
Os dados primários foram obtidos por meio de questionário do tipo semi-estruturado. No 
questionário formularam-se perguntas fechadas, semi-abertas, abertas, de múltipla escolha, de 
avaliação, questões de fato, questões de opinião e de intenção. Não houve participação 
nenhuma do pesquisador. 
No terceiro capítulo, apresentaram-se os resultados tratados, isto é, os dados foram 
transformados em informação, que é o resultado do processamento, manipulação e 
organização de dados de tal forma que represente uma modificação (quantitativa ou 
qualitativa) no conhecimento da pessoa que a recebe. A informação, enquanto conceito, 
carrega uma diversidade de significados, do uso cotidiano ao técnico. Genericamente, o 
conceito de informação está intimamente ligado às noções de restrição, comunicação, 
controle, dados, forma, instrução, conhecimento, significado, estímulo, padrão, percepção e 
representação de conhecimento. 
No quarto capítulo, foram apresentadas as discussões para permitir as conclusões, 
procurando unir os conceitos à realidade observada (teoria versus prática). A pesquisa revelou 
que, de forma geral, o curso desenvolveu as competências necessárias para formação do 
aluno, não ocorrendo discrepâncias significativas entre as duas modalidades pesquisadas: 
presencial e a distância. O Curso de Administração deve desenvolver as competências e 
habilidades necessárias para inserir os educandos no mercado de trabalho, visando à prática 
gerencial. 
Espera-se que os resultados desta pesquisa auxiliem as Instituições de ensino, 
fornecendo subsídios para suas decisões quanto à estruturação, gestão e utilização de TICs 
para os cursos, quanto aos professores, dos cursos presenciais e a distância, na elaboração de 
diferentes formas apresentação das aulas. 
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Nesse sentido, é importante dar continuidade à pesquisa, aprofundando os estudos 
teórico-empíricos sobre a percepção, o comportamento, o processo de ensino-aprendizagem e 
aquisição de competências e habilidades de forma interdisciplinar. 
Em outra direção, esta pesquisa poderá ser aprofundada no sentido de envolver outros 
componentes do processo de ensino e aprendizagem além da percepção dos alunos, como os 
professores, os conteúdos, a forma como os conteúdos são trabalhados, os meios utilizados e 
o ambiente de aprendizagem. 
A presente pesquisa apresenta algumas limitações, a saber: (a) trata-se de uma 
investigação empírica, conduzida com alunos dos cursos presenciais e a distancia de uma 
instituição de ensino superior, sediada na Grande São Paulo, pesquisadas no mês março a 
abril de 2009, portanto, não se refere esta pesquisa a qualquer outro período de tempo, outra 
região geográfica ou objeto; (b) os pesquisados forma convidados a responder questionários 
específicos, presumindo-se que as respostas obtidas foram dadas efetivamente pelos 
respondentes aquém os questionáriosforam endereçados eletronicamente e expressam a 
opinião dos respondentes. Dessa forma, apenas este conjunto de respostas foi levado em 
conta; (c) os dados coletados foram analisados por técnicas estatísticas acima descritas, 
consideradas adequadas à tipologia ordinal dos dados, pelo que os resultados das análises não 
levam em conta outras possíveis observações decorrentes do uso de outros instrumentos 
analíticos. 
A pesquisa também é limitada pelos seguintes aspectos: (a) trata-se de uma pesquisa 
não-probabilística e, por este fato, não é possível extrapolar os resultados para outros alunos 
ou outras instituições de ensino superiores (IES); (b) os resultados obtidos referem-se apenas 
ao conjunto de respondentes pesquisados considerando-se que as respostas aos questionários 
exprimem, de fato, o pensamento dos respondentes. 
 
 
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