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DEBATES E PERSPECTIVAS CENTRAIS NA TEORIA DAS ORGANIZAÇÕES - W Graham Astley & Andrew H Van de Vem


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1 
 
 UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS 
 Mestrado Profissional em Administração Pública 
 
ALUNO: ALEF RODRIGO PEREIRA 
Os resumos abaixo de cada texto procuram explorar os principais temas da teoria 
das organizações na visão dos respectivos autores afim de responder a seguinte 
questão: “Quais são os principais temas que orientam o desenvolvimento da teoria 
no campo dos estudos organizacionais? ” 
 
Resumo/Resposta na visão do texto: DEBATES E PERSPECTIVAS CENTRAIS 
NA TEORIA DAS ORGANIZAÇÕES - W. Graham Astley & Andrew H. Van de 
Vem: 
Os autores tratam das perspectivas centrais na teoria das organizações, bem como 
sobre o aumento do pluralismo teórico na literatura organizacional. Desta forma, a 
complexidade das organizações torna-se crescente. Dados os pós e contras desse 
pensamento, tem se como ideal a adoção de uma filosofia crítica afim de compreender e 
vislumbrar a vida organizacional. 
O artigo trata de 6 debates específicos sobre a natureza e a estruturação das 
organizações: Segue as questões relatadas pelos autores: são sistemas em funcionamento? 
Mudanças ocorrem por adaptação ou seleção do ambiente? Há restrições ambientais ou 
decisões advindas de decisões gerenciais? O ambiente é composto de pequenos grupos 
organizacionais ou agregados maiores que derivam de forças políticas. 
A visão da seleção natural prega que as interações entre a organização e o 
ambiente se voltam para os ecologistas populacionais, economistas industriais e 
historiadores. Esta também define que os recursos ambientais, dada essa visão, estão 
distribuídos em nichos. Dessa forma, as organizações tem de se adaptar ao ambiente que 
estão interagindo. 
É abordado um paralelo entre quatro visões básicas da teoria organizacional. Os 
autores as nomenclam e efetuam um comparativo das mesmas entre si, em duas visões: 
2 
 
Q1 versus Q2, Q2 versus Q3, e assim por diante. Com base na comparação e contraste 
dessas quatro visões, são abordados seis debates que demonstram a compreensão das 
tensões dialéticas, tendo o debate foco nas formas estruturais versus ação pessoal, as 
relações da parte com o todo, como também a interação das fontes de tensão 
organizacional. 
As formas estruturais e de ação pessoal também são abordadas pelos autores, 
sendo abordadas como questões centrais de interesse da teoria organizacional e gerencial. 
A estrutura organizacional conforme relatado, gera uma tese, enquanto a hierarquia 
resultante gera uma oposição própria, que é por definição sua antítese. 
Outra abordagem relatada no artigo é a de que a realidade é produzida também na 
teoria das organizações e não refletida. A relação dialética é compartilhada com a vida 
organizacional, além de ajudar a estruturar seu próprio objeto de estudo, dando 
objetividade as práticas que a circundam. É retratado também o sentido da práxis 
intitulado por Benson (1977b) cuja definição trata da reconstrução criativa dos arranjos 
sociais. 
A teoria das organizações possui várias ferramentas ou métodos de análise que 
permitem variadas visões complementares mutuamente excludentes. Os pensadores têm 
suas ideias voltadas a fazer com que os interlocutores interpretem sua mensagem como 
verdadeira, dessa forma, deve-se buscar a complementaridade de forma analítica para 
melhor promover a teoria e para que não ocorra dispersão dos ideais codificados que serão 
transmitidos. 
 
Resumo/Resposta na visão do texto: ORGANIZAÇÃO – Erhard Friedberg: 
O autor inicia sua narrativa relatando sobre o significado da palavra 
“organização”, que segundo ele, por um lado remete a um objeto social e por outro a um 
processo social que está no cerne da ação humana. Objeto social segundo a narrativa, é 
composto pelas administrações públicas, as empresas industriais, comerciais e de 
serviços, partidos políticos ou organizações, em suma, são conjuntos humanos 
formalizados com vista a assegurar o cooperativismo e a coordenação e o 
comprometimento de seus membros na realização de determinados fins. 
3 
 
Mas adiante, o capítulo traz à tona a figura do homo economicus, efeito da teoria 
motivacional cujo alicerce é a previsibilidade do comportamento humano, pois dada sua 
racionalidade, subentende-se que o homem toma ação em função da maximização de seus 
ganhos. Retomando a teoria motivacional implementada por Maslow (1954), é observado 
com base em seus pressupostos que os membros de uma organização possuem uma série 
de necessidades psicológicas as quais a figura humana tenta satisfazer mediante sua 
participação na organização. Ainda, segundo relatado, essas necessidades são 
hierárquicas e variam em função das etapas de desenvolvimento individual e social. 
Ainda sobre o aspecto comportamental da figura humana, do ponto de vista 
teórico, o autor relata que os indivíduos raramente possuem preferências ou objetivos 
claros. Inclusive, nem sempre dispõem de tempo para calcularem suas atitudes em função 
dessas preferências. 
Na visão do autor, a organização é vista como um todo unificado e coerente, 
totalmente estruturado por propósitos pré-estabelecidos aos princípios dos quais ela se 
encontra e em relação é, ou seja, totalmente transparente. Do ponto de vista instrumental, 
sua integração é assegurada pelos seus fins que encarnam a racionalidade do conjunto. 
A organização, ainda, na visão do autor, não se trata de um conjunto de 
engrenagens e mecanismos organizados postos em movimento unicamente pela 
racionalidade ou um conjunto natural cujas necessidades de imperativos funcionais que 
assegurariam como que por um milagre os ajustes necessários entre seus constituintes. 
Trata-se de uma estrutura de jogos cujas as características e regras formais regulamentam 
instantaneamente dos diferentes participantes, e que constituem elas próprias o processo 
e o resultado. 
Por fim, outro aspecto relevante apresentado pelo autor é o de que uma visão mais 
humana e realista da transformação organizacional na qual o papel do analista não se 
limite apenas a delimitar ou defeitos e de elaborar com base em sua ciência um modelo 
“correto” deve ser encorajado. Essa visão necessita incorporar a realidade humana 
subjacente a organização com o intuito de prestar assistência aos seus dirigentes por meio 
da concepção e execução de um processo de aprendizagem/desenvolvimento das 
capacidades de todos os participantes com o objetivo de que cada indivíduo jogue de 
modo diferente o jogo da cooperação e conflito que compõe a ação organizada. 
 
4 
 
Resumo/Resposta na visão do texto: TEORIZAÇÃO ORGANIZACIONAL: UM 
CAMPO HISTÓRICAMENTE CONTESTADO – Michael Reed: 
O capitulo objetiva mapear a teoria das organizações como um campo e conflitos 
históricos em diferentes línguas, abordagens e filosofias que lutam por reconhecimento e 
aceitação. 
O autor inicia sua obra discorrendo sobre os estudos organizacionais e seu cunho 
histórico firmado nos pensadores do século XIX. Como principais figuras desse período, 
temos Saint-Simon, que tentaram interpretar e antecipar as transformações ideológicas e 
estruturais que vieram com o capitalismo industrial. 
O texto relata a ascensão do “estado administrativo” que trouxe um novo modo 
de organização baseado na razão e no saber cientifico. A organização como forma do 
poder, relatada por Saint-Saimon conforme o autor, prega que a nova ordem seria rígida 
não mais pela figura do homem, mas por “princípios científicos” baseados na “natureza 
das coisas”, e, portanto, independente da vontade humana. Em outra passagem, o autor 
reafirma a tratativa por meio das palavras de Wolin (1961), que define a organização 
como: “um método de controle social, um meio de impor ordem, estrutura e 
uniformização à sociedade”. 
É definido na obra de Michael Reed que vivemos em uma fase da ciência 
“revolucionária” e não “normal”. A ciência normal é dominada pela atividade de resolver 
problemas através de programas de pesquisa incremental,enraizados em modelos 
teóricos amplamente aceitos. 
A criação de uma teoria deriva da prática intelectual em um certo contexto 
histórico e está voltada para a construção e mobilização de recursos ideais, materiais e 
institucionais para legitimar certos conhecimentos e projetos políticos que destes 
derivam. 
O autor também aborda o racionalismo como algo que está impregnado em nosso 
consciente desde nascença, um aspecto natural. Conforme as palavras de Stretton 
(1969:406): “bebemos a racionalidade desde as primeiras gotas de leite materno”. Essa 
premissa é um importante aspecto a teoria organizacional, pois a organização é construída 
racionalmente na forma de um instrumento voltado a solução de problemas coletivos de 
ordem social ou de gestão. A tomada de decisões tem como base em uma análise racional 
5 
 
das opções disponíveis, com base no conhecimento qualificado e amparado pelo aparato 
legal. 
Outro aspecto que abrange as teorias organizacionais trata de uma parte desta que 
é baseada no mercado. Este ramo lida com movimentos cíclicos dentro do próprio 
contexto socioeconômico, político e ideológico do qual fazem parte. 
 O capítulo também retrata o poder como um conceito que fornece as bases 
ideológicas e epistemológicas para uma teoria de organizações que contradiz as narrativas 
da teoria organizacionais racionalistas e de mercado, pois esse conceito prega que as 
organizações são uma arena de conflitos e interesses. Nasce aí uma luta pelo poder. 
Micheal também trata do conhecimento com uma forte ferramenta, pois este e o 
poder que ele confere assumem um importante papel nas organizações, fornecendo 
recursos e chave cognitiva para aplicação de um conjunto de técnicas com os quais 
regimes disciplinares são construídos. Esse conhecimento pode ser interpretado por meio 
de mecanismos técnicos e culturais do comportamento humano (saúde, educação, 
criminologia e administração). 
Há também dentro do campo da teoria das organizações o debate de atuação 
local/global que trata estuda se a pesquisa e análise organizacional devem ser envolvidos. 
O aspecto local – micro – questiona define se o foco deve ser dado aos aspectos íntimos 
e detalhados da conduta individual, enquanto o aspecto global – macro – refere-se a 
fenômenos interpessoais em maior escala. 
O capitulo também trata brevemente do aspecto de raça e etnicidade. Na visão do 
autor, não devemos observar a raça como uma propriedade estática dos indivíduos, mas 
como um conjunto de práticas que envolvem interações complexas entre história, 
geografia e poder. 
Também há a abordagem a tecnociência que tem sensibilizado pesquisadores 
organizacionais e cenários institucionais, pois dados os avanços na ciência e tecnologia, 
torna-se necessário considerar essas duas variáveis combinadas para criar novas formas 
de apropriação e mecanismos de decisão. 
Por fim, o autor sugere que os teóricos organizacionais desenvolveram e 
continuarão a desenvolver uma rede de debates críticos internos e externos as tradições 
narrativas, que irão constatar a evolução do campo, visão essa que complementa a 
6 
 
resposta a questão: “Quais são os principais temas que orientam o desenvolvimento da 
teoria no campo dos estudos organizacionais? ”. Conforme apresentado nos resumos 
anteriores, são vários temas/visões que norteiam o campo dos estudos organizacionais. 
Algumas visões foram destacadas como temas centrais como o impacto do racionalismo 
nas organizações ou o aspecto estrutural e sua relação com a hierarquia. Todavia, não 
podemos destacar esses aspectos como alicerces da teoria organizacional pois esta é 
fundada com base em uma série de temas e teorias e o constante debate acerca dessas 
ideias é o que possibilita o desenvolvimento ou avanço do campo.