Buscar

Resumo 2 de CPP

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

· Meios de prova
O Direito Processual determina regras para os meios de prova, que são os instrumentos que abrangem os elementos de provas aos autos, ou seja, as técnicas reservadas à investigação de fatos importantes para a causa. As fontes designadas probantes, ou os meios pelos quais o juiz recebe esses elementos ou motivos de prova que poderão ser apresentados através de testemunhas, depoimentos das partes, documentos etc.
Meio de prova é diferente de objeto de prova. O meio de prova pode ser todo fato, documento ou alegação que sirva, direta ou indiretamente, à descoberta da verdade, isto é, meio de prova é todo instrumento que se destina a levar ao processo um elemento, uma informação a ser utilizada pelo juiz para formar a sua convicção acerca das alegações.
· Momentos probatórios
As provas só podem ser produzidas no processo, que é quando haverá o contraditório. Os principais sujeitos processuais no processo penal são: a acusação, ou seja, o MP ou querelante, a defesa, representada pelo réu e defensor e o juiz.
Os momentos para produção de provas são quatro:
1. Proposição da prova: ocorre na fase postulatória. Para a acusação, isso se dará na peça acusatória, enquanto que, para o acusado, será na sua resposta.
2. Admissão da prova: é o deferimento judicial dos requerimentos formulados pelas partes, significando quando o juiz estabelece quais provas serão apresentadas ou não, ou seja, é quando o julgador acolhe a produção da prova, considerando ser ela necessária.
3. Produção da prova: geralmente, dá-se na audiência de instrução e julgamento, da qual todas as partes participam. Nesse momento, serão tomadas as declarações do ofendido, serão realizados o interrogatório do acusado e a inquirição das testemunhas arroladas, prestados os esclarecimentos dos peritos etc.
4. Valoração da prova: significa dizer que o julgador, ao fundamentar sua sentença, deve manifestar-se sobre todas as provas produzidas. É conveniente expor que, sendo interposto recurso, a prova será sempre substancial, isto é, ela será novamente analisada.
A atividade probatória tem por escopo levar o juiz a um estado de certeza da decisão que irá tomar. Por intermédio da certeza é que o julgador irá, por meio da aplicação valorativa da prova, embasar a condenação ou absolvição por ele empregada, conforme dispõe o art. 386, I, III ou V, do CPP.
Ocorrendo a dúvida quanto à culpa do réu, o juiz deve prolatar uma sentença absolutória, na forma do art. 386, II, IV ou VI, do CPP, em consideração ao princípio do “favor rei”. O princípio "favor rei" consiste em que qualquer dúvida ou interpretação na esfera do processo penal deve sempre ser levada pela direção mais benéfica ao réu.
· Prova Pericial
A prova pericial é tratada nos arts. 158 ao 184 do CPP.
Ela é definida como sendo uma prova técnica, haja vista que representa algo que se objetiva atestar a respeito da existência de fatos, a partir de conhecimentos específicos. A prova pericial, por meio de sua materialização instrumental, ou seja, do laudo pericial, demonstra a característica de ser uma função estatal destinada a fornecer dados instrutórios.
A perícia é a diligência realizada ou executada por perito, a fim de elucidar ou evidenciar certos fatos, de forma científica e técnica. Perito é aquele que tem conhecimento técnico sobre determinada área, e sua função é a da verificação da verdade ou da realidade de certos fatos.
No processo penal, a perícia é, geralmente, realizada por perito oficial, ligado ao Estado, sendo que cada estado da federação possui seu próprio instituto de criminalística. O perito é um auxiliar da justiça, não está subordinado à autoridade policial, estando sua autonomia garantida.
A prova pericial cabe apenas quando for útil para o descobrimento da verdade, conforme dispõe o art. 184 do CPP.
O laudo pode ser subscrito por apenas um perito, segundo disposição do art. 159, do CPP. A conclusão do perito pode ou não ser subjetiva – por exemplo, perícia psicológica versus perícia toxicológica.
A defesa pode formular quesitos ao perito. Assim, essa perícia pode ser questionada em juízo, haja vista que, à época de sua realização, não havia defensor constituído. Isso é o que se chama de contraditório diferido, ou seja, postergado, transferido.
Em conformidade com o art. 5º, LVIII, da CF, o criminoso civilmente identificado não será submetido à identificação criminal.
A prévia realização do exame é indispensável para que o magistrado possa sentenciar, o exame é a real condição de procedibilidade, tal como sucede nos crimes contra a propriedade imaterial que deixam vestígios, conforme dispõe o art. 525 do CPP, e na Lei de Tóxicos, no art. 50, § 1º, da Lei n.°11.343/06.
· Peritos
O perito criminal tem inúmeras atribuições, porém pode-se dizer que ele exerce a principal função de fornecedor de dados instrutórios de natureza material cuja finalidade é a descoberta da verdade, empenhando-se na apuração de fatos hipoteticamente considerados delitivos, isto é, analisando situações fáticas, no mínimo, com aparência de criminosas.
O enunciado sumular n.º 361 do STF expõe que é nulo o exame pericial realizado por perito único; não obstante se tratando de perito oficial, não haverá tal sanção.
Em caso de uma perícia complexa a ser realizada, em virtude de abranger mais de uma área de conhecimento especializado, o juiz poderá nomear mais de um perito oficial, tendo a parte possibilidade de indicar mais de um assistente técnico, conforme disposição do art. 159, §§ 1º e 7º, do CPP.
· Assistente técnico
A prerrogativa de elaborarem quesitos e indicarem assistente técnico é disponibilizada às partes, ao representante do MP, ao querelado, ao assistente de acusação e, também ao acusado, na forma da Lei n.º 11.690/08, sendo que o assistente técnico passará a atuar a partir de sua admissão pelo juiz, e apenas depois da conclusão dos exames e da elaboração do laudo pelo perito oficial, com ciência das partes, conforme dispõe o art. 159, §§ 3º e 4º, do CPP.
A Lei n. 11.690/08 disponibiliza às partes, ao Ministério Público, ao querelante, ao assistente de acusação e também ao acusado a prerrogativa de elaborarem quesitos e indicarem assistente técnico.
· Prova pericial e contraditório
Todas as provas devem ser submetidas ao contraditório e também devem ser produzidas perante o juiz, na instrução. Não obstante, em certas ocasiões se faz necessária a produção imediata da prova pericial, antes de terminar a fase de investigação, a fim de comprovar-se completamente a materialidade do delito e a identificação de sua autoria. Em face disso, quando da realização das provas de natureza cautelar, não será possível a participação da defesa, sob o risco de ser inviabilizada a persecução penal.
O contraditório somente será realizado em juízo, conforme art. 155, caput do CPP, o objeto da prova, muitas vezes, será a qualidade técnica do laudo e, especialmente, o cumprimento das normas legais a ele pertinentes, como a exigência de motivação, de coerência, de atualidade e idoneidade dos métodos, dentre outros.
· Material probatório
O art. 159, § 6º, do CPP dispõe que o material pericial analisado será disponibilizado no ambiente do órgão oficial, desde que possa ser conservado de maneira correta e mantido sob a responsabilidade do órgão oficial, a fim de que os assistentes tenham acesso a ele, podendo, dessa forma, elaborar os pareceres pertinentes.
· Exame de corpo de delito
É importante distinguirmos corpo de delito, que são os vestígios deixados pela infração, ou seja, sua materialidade, do exame de corpo de delito, que é a perícia que tem por escopo os vestígios deixados pelo crime. Assim, implica fazer a seguinte classificação:
1. Delitos não transeuntes (delicta facti permanentis): são os delitos que deixam vestígios materiais.
2. Delitos transeuntes (delicta facti transeuntis): são os delitos que se caracterizam pela inexistência de vestígios.
O art. 158 do CPP é um resquício do sistema de prova tarifada, exigindo-se, para a demonstração da materialidade, a elaboração da perícia, sobpena de nulidade, com ressalva da utilização da prova testemunhal como instrumento subsidiário para demonstração do ocorrido, conforme dispõe o art. 564, III, b, do CPP.
O exame direto é aquele em que os peritos dispõem dos vestígios para análise. No exame indireto, os peritos utilizam elementos acessórios para a elaboração do laudo, tais como fotografias, prontuários médicos, dentre outros. Na impossibilidade da elaboração do exame direto ou indireto, a confissão categórica não servirá para demonstrar a materialidade, sobrando a utilização da prova testemunhal. Não obstante, não há impedimento para que a confissão seja utilizada para demonstração da autoria.
É de se consignar que o exame indireto, segundo o Supremo Tribunal Federal, tem sido sinônimo de oitiva da prova testemunhal, não sendo necessária a intervenção dos peritos e a elaboração de laudo.
A realização prévia do exame é indispensável para que o magistrado possa proferir a sentença, não sendo, como regra, condição exigida para deflagrar o processo. Para o exercício da ação, é preciso justa causa, e esse fundamento probatório pode ser por outras formas idôneas levantado, inclusive a prova testemunhal, como indica o Supremo Tribunal Federal. O exame é verdadeira condição de procedibilidade, como acontece nos crimes contra a propriedade imaterial que deixam vestígios.
· Exame de lesões corporais
O exame de lesões corporais é um meio de prova relacionado a um tipo penal previsto no art. 129 do CP. O procedimento está disposto no art. 394 do CPP e depende da gravidade da lesão – e, portanto, da pena. Entretanto, na aplicação desse exame, temos duas exceções.
A primeira exceção refere-se ao caso de lesão corporal de natureza leve, quando o juízo competente será o JECRIM. Nesse caso, o procedimento será sumaríssimo, que é informal e rápido. Assim, não será exigido o exame de lesões corporais. O art. 77, §1º, da Lei 9.099/95 diz que essa prova pode ser substituída pelo boletim médico ou prova equivalente.
A segunda exceção trata dos crimes domésticos, principalmente os praticados contra a mulher, que estão disciplinados na Lei 11.340/06. No art. 12, § 3º, da referida lei, temos que as provas podem ser laudos ou prontuários médicos porque, na realidade, em casos graves o MP pode atuar ex officio.
· Exame necroscópico
No exame necroscópico, o cadáver é o objeto da prova. A finalidade do exame é estabelecer a causa mortis, conforme o art. 162 do CPP. Esse exame não será necessário nos casos de morte violenta e quando não haja infração penal a ser apurada, é o que se extrai do parágrafo único deste artigo.
· Exumação
A exumação tem como objeto da prova o cadáver já sepultado e está prevista no art. 163 do CPP. A exumação só pode ser feita mediante autorização judicial e em dois casos: 
a) Quando deveria ter sido realizado o exame necroscópico e este não foi feito, gerando, depois do sepultamento, dúvidas a respeito da causa da morte; e 
b) Nos casos em que se coloque em dúvida o laudo necroscópico.
· Prova documental 
Documento é todo objeto material que condense em si a manifestação de um pensamento ou fato a ser reproduzido em juízo. Considera-se objeto material todo material visual, auditivo, audiovisual, bem como o registrado em meios mecânicos óticos ou magnéticos de armazenamento.
A prova documental está disciplinada nos arts. 231 a 238 do CPP.
Nos termos do art. 232 do CPP, consideram-se documentos quaisquer escritos, instrumentos ou papéis, públicos ou particulares. Instrumento é o documento constituído especificamente para servir de prova para o ato ali representado – por exemplo, a procuração, que tem a finalidade de demonstrar a outorga de poderes. O Código adotou o conceito de documento em sentido estrito.
Os documentos podem ser:
a) Públicos: são os documentos formados por agente público no exercício da função. Possuem presunção juris tantum, ou seja, relativa, de autenticidade e veracidade;
b) Particulares: são os documentos formados por particular.
Os documentos podem ser juntados em qualquer fase do processo, conforme art. 231 do CPP. Contudo, no art. 479, dispõe a lei processual penal que não será permitida a juntada de documentos no Plenário do Júri sem comunicar à outra parte com antecedência mínima de três dias. Se o juiz tiver notícia da existência de documento referente a ponto relevante do processo, providenciará a sua juntada aos autos, independentemente de requerimento das partes. Os documentos em língua estrangeira deverão ser traduzidos por tradutor público.
O § único do art. 232 do CPP, a cópia autenticada de documento terá o mesmo valor que o documento original. Os documentos juntados aos autos poderão ser desentranhados a pedido da parte se não houver motivo que justifique sua permanência nos autos. É o que dispõe o art. 238 do CPP.
· Documento eletrônico
Consiste em uma sequência de bytes e, em determinado programa de computador, torna-se a representação de um fato. Os crimes que são praticados por meio da internet ou por outros meios cibernéticos no que dizem respeito às provas têm consequências.
· Sigilo Telemático
Telemática é o conjunto de tecnologias da informação e da comunicação resultante da junção entre os recursos das telecomunicações e da informática que possibilita o processamento, a compressão, o armazenamento e a comunicação de grandes quantidades de dados, em curto prazo de tempo, entre usuários localizados em qualquer ponto do planeta.
O sigilo telemático é um mecanismo de proteção ao usuário do aparelho, o que gera certa dificuldade para obter informações e muitas vezes se torna necessária autorização judicial para se ter acesso aos dados.
· Ata notarial
A ata notarial é a constatação de um fato ou de um ato que é atestado pelo tabelião, com fé pública. Realizado isso, e apresentado ao delegado, teremos uma prova pré-constituída e com fé pública.
· Prova emprestada
Prova emprestada é a prova que é transladada em forma de documento para um processo penal. Para ele, a prova emprestada se relaciona com o depoimento da vítima ou uma declaração que foi dada em um caso, e a testemunha, após um tempo, veio a falecer, desapareceu etc.
No que se refere à acusação, é interessante que a prova seja emprestada de tempo que foi dada e que seja encarada como uma prova testemunhal, de inteiro teor, e não apenas como um documento. No caso da defesa, o que se argumenta é que o princípio da ampla defesa não foi respeitado, pois, se o réu morreu, não teve tempo de contestar ou, no caso de testemunha desaparecida, não houve possibilidade de perguntas da defesa para tal.
Os requisitos para a utilização da prova emprestada são: 
a) Que no processo anterior tenha sido respeitado o princípio do contraditório; 
b) Que a prova no processo anterior tenha sido produzida pelo juiz natural; e 
c) Que o réu tenha comparecido no outro processo.
· Declarações do ofendido
Na infração penal, o ofendido é a vítima. Assim sendo, o seu depoimento é um meio de prova. A prova oral está prevista no art. 201, do CPP e se refere essencialmente às declarações do ofendido.
Assim, não sendo testemunha, não tem o compromisso de dizer a verdade e não incide no crime de falso testemunho, conforme dispõe o art. 342 do CP. Igualmente não se confunde com o réu, razão pela qual não poderá invocar o direito ao silêncio, exceto se tiver de depor sobre circunstância de fato que possa incriminá-lo.
O ofendido está obrigado a comparecer aos atos processuais sempre que for intimado para tal ato e, no caso de descumprimento sem justo motivo, o juiz poderá determinar a sua condução de forma coercitiva, conforme dispõe o § 1º do art. 201 do CPP. A doutrina majoritária sustenta a tese de que o injustificado não comparecimento dá ensejo à prática do crime de desobediência. Alguns autores se manifestam em sentido contrário, expondo que o Código de Processo Penal não previu de forma expressa a hipótese, como fez com a testemunha faltosa, conforme artigo 219, do Código de Processo Penal. Assim sendo, não há que se falar em crime de desobediência.
Aoexigirem a decisão que decreta o segredo de justiça, encontra amparo no art. 5º, LX c/c art. 93, IX, da CF, que possibilita a restrição na publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social assim o exigirem.
O juiz também pode adotar medidas propensas à proteção da vítima. Neste caso, pode-se utilizar do “programa federal de assistência a vítimas e testemunhas”, criado pela Lei n.º 9.8067/99.
· Testemunhas 
O CPP, nos arts. 202 a 225, disciplina o tema, referindo-se às testemunhas.
Tecnicamente, testemunha é aquela pessoa que faz a promessa, sob o comando do juiz, de dizer a verdade sobre aquilo que lhe for perguntado, ou seja, a que assume o compromisso de dizer a verdade, sob pena de ser processada pelo crime de falso testemunho. As demais pessoas que venham a depor, sem prestar o mencionado compromisso, são denominadas informantes do Juízo ou ainda declarantes.
Pode-se ainda conceituar testemunha a pessoa estranha à relação jurídica processual, que narra fatos de que tenha conhecimento, sobre o objeto da causa.
A prova testemunhal é de valor extraordinário, pois dificilmente, e só em excepcionais casos, se provam infrações com outros elementos de prova, e quanto ao valor, a prova testemunhal é relativa como qualquer outro meio de prova.
As características da prova testemunhal são:
a) Oralidade: o depoimento é oral, não pode ser trazido por escrito, embora a lei admita a consulta a apontamentos, conforme dispõe o art. 204 do CPP;
b) Objetividade: a testemunha deve responder o que sabe a respeito dos fatos, não lhe sendo permitido emitir sua opinião a respeito da causa;
c) Retrospectividade: a testemunha depõe sobre fatos já ocorridos e não faz previsões;
d) Judicialidade: a testemunha presta depoimento perante o juiz. Geralmente, o depoimento prestado na fase pré-processual deve ser ratificado em juízo; 
e) Individualidade: as testemunhas devem ser interrogadas separadamente, conforme dispõe o art. 210, caput, do CPP;
f) Imediação: a testemunha deve prestar esclarecimentos sobre aquilo que captou de forma imediata, por intermédio dos sentidos;
g) Quantidade: varia a quantidade de testemunhas que cada parte poderá arrolar de acordo com o procedimento adotado. Dessa forma, nos procedimentos mais importantes, temos:
· Procedimento comum ordinário: 8 testemunhas.
· Procedimento comum sumário: 5 testemunhas.
· Procedimento comum sumaríssimo: foi omissa a Lei n.º 9.099/95, no que se refere à instrução criminal. Na doutrina, o entendimento majoritário sustenta a tese de que devem ser arroladas até 3 testemunhas.
· Procedimento do júri, em sua segunda fase: 5 testemunhas.
O art. 202 do CPP estabelece que qualquer pessoa poderá ser testemunha. No entanto, a essa regra geral correspondem algumas exceções. 
As pessoas que estão dispensadas de depor são: o cônjuge, o ascendente, o descendente e os afins em linha reta do réu. Elas só serão obrigadas a depor no caso de não ser possível, por outro meio, obter-se a prova, conforme dispõe o art. 206 do CPP. Nesta hipótese, não se tomará delas o compromisso de dizer a verdade; elas serão ouvidas como informantes do Juízo. Igualmente não se tomará o compromisso dos doentes mentais e das pessoas menores de 14 anos, na forma do disposto no art. 208 do CPP.
Estão proibidas de depor as pessoas que devam guardar sigilo em razão de função, ministério, ofício ou profissão, salvo se, desobrigadas pelo interessado, quiserem dar seu depoimento. É o que estabelece o art. 207 do CPP. 
Na audiência, as testemunhas deverão ser ouvidas de per si, de modo que uma não ouça o depoimento da outra. No caso de o juiz verificar que a presença do réu poderá causar humilhação, temor ou sério constrangimento à testemunha ou ao ofendido, de modo que prejudique a verdade do depoimento, fará a inquirição por videoconferência e, só na hipótese de se não ser possível, determinará a retirada do réu da sala de audiências, permanecendo seu defensor. Tudo deverá constar do termo. 
A testemunha suspeita de parcialidade ou indigna de fé poderá ser contraditada, devendo o juiz, se for o caso, dispensar a testemunha ou ouvi-la como informante. As testemunhas que por doença ou idade não puderem se locomover serão ouvidas no local onde estiverem, conforme disposição contida no art. 220, do CPP. 
É permitido que a testemunha preste depoimento por carta precatória, cuja expedição as partes devem ser intimadas. A mencionada expedição não suspende o andamento do processo. Mesmo que carta precatória seja devolvida após o julgamento, será anexada aos autos, conforme dispõe o art. 222 do CPP. 
Admite-se a inquirição de testemunhas que residam fora da área do juízo processante por videoconferência ou sistema similar, permitida a presença de defensor, podendo ocorrer, inclusive, durante a audiência de instrução e julgamento.
Pela Lei n. 11.690/2008, a inquirição passou a ser feita de forma direta pelas partes, devendo o juiz interferir e não admitir as indagações que puderem induzir a resposta, não terem relação com a causa ou importarem na repetição de outra já respondida. O juiz poderá complementar a inquirição verificando que existem pontos não esclarecidos, na forma do disposto no art. 212 do CPP.
· Espécies de testemunhas
Do ponto de vista doutrinário, temos as seguintes espécies de testemunhas: diretas; indiretas; próprias; improprias; numerarias; extranumerárias; informantes; referidas; de oficio; canonização; inócua; coroa.
Geralmente, toda pessoa pode ser testemunha, até mesmo um menor. Não obstante, uma vez que a testemunha é intimada a depor, esta não pode deixar de depor, sob pena de ser conduzida coercitivamente ou até mesmo de responder criminalmente por desobediência.
Existem algumas pessoas que se tornam desobrigadas, pela lei, a prestar o testemunho, segundo disposição dos artigos 206 e 208, ambos do CPP. Nesta hipótese, a testemunha será ouvida na condição de informante. O art. 207 do CPP dispõe que serão proibidas de depor aquelas que, em razão de função, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem prestar testemunho.
· Videoconferência e a prova contradita
A videoconferência está prevista no art. 185, do CPP e tem como benefícios o fato de evitar o deslocamento de grandes distancias de réus, a economia nos gastos de combustível, hospedagem e alimentação, e também a diminuição do risco de ataque aos comboios. Ademais, também visa garantir a lisura, evitando que o réu seja submetido a alguma pressão psicológica ou coação física.
O equipamento de videoconferência poderá ser utilizado em outras situações de que o detento deva participar, como é o caso de reconhecimento, acareação e oitiva de testemunha.
No processo penal, a videoconferência sempre foi contradita, conforme disposto no art. 214, do CPP, pois haveria uma distância entre o juiz e a testemunha – de outro modo, é dizer que há distância entre o juiz e a prova. Contraditar a testemunha significa impugnar sua participação no processo, alegando ser ela suspeita ou indigna.
Na prática, ao serem arroladas as testemunhas, na hipótese de o advogado identificar que entre elas existe alguma dotada de parcialidade, seja por inimizade ou parentesco ou interesse na resolução do processo, poderá impugnar seu depoimento.
Entretanto, essa decisão cabe ao juiz, podendo tomar o depoimento da testemunha nas condições de informante, ou seja, sem prestar o compromisso com a verdade.
· Interrogatório
O interrogatório encontra-se inserido nos arts. 185 a 196, do CPP.
No que se refere ao interrogatório como meio de prova, é importante observar que se formaram três correntes.
No princípio, a primeira corrente entendia ser o interrogatório um meio de prova. A segunda corrente, por sua vez, alegava que o interrogatório era um meio de defesa. A terceira e mais aceita corrente afirma que o interrogatório é predominantemente um meio de defesa, porém não deixa de ser um meio de prova, haja vista que, para formular a sua convicção, o juiz pode levar em conta o que o réu estáfalando.
Destaca-se que o interrogatório é um ato pessoal do juiz, não podendo delegar para nenhuma outra pessoa. Além disso, deve ser realizado na presença de um defensor, inclusive no Juizado Especial Criminal, sob pena de nulidade, devendo cada réu ser ouvido separadamente.
No tocante ao procedimento, segundo dispõe o art. 400, do CPP, o réu será o último a ser interrogado, para que possa ter conhecimento de todas as provas produzidas contra ele. No Júri, o réu será interrogado duas vezes, a saber: pela polícia e na plenária.
Ainda com relação ao procedimento, a Lei n.º11.343/06, em seus arts. 48 até 59, estabelece regras especiais para o interrogatório, como, por exemplo, que o depoimento do réu será antes do depoimento da vítima (art. 57).
O legislador prevê o modo como deverá ser conduzido o interrogatório, conforme art. 187, do CPP.
A realização do interrogatório é obrigatória, não obstante é previsto o direito de o sujeito interrogado se manter calado, haja vista que ninguém pode ser obrigado a produzir provas contra si mesmo.
O interrogatório é ato não preclusivo, isto é, pode ser realizado a qualquer tempo. É permitida também a renovação do ato a todo tempo, de ofício pelo juiz ou a pedido das partes, conforme disposto no art. 196 do CPP.
O acusado será interrogado sempre na presença de seu defensor. Se não tiver um, deve ser-lhe nomeado um defensor público ou um defensor dativo, nem que seja apenas para acompanhar o ato (ad hoc). Antes do interrogatório, o juiz deve assegurar o direito de entrevista reservada com seu defensor. O acusado deve ser alertado do seu direito ao silêncio, sem que isso seja utilizado em seu prejuízo, na forma do art. 5º, LXIII, da CF e art. 186 do CPP.
A regra para o interrogatório do réu preso é ser ele realizado no estabelecimento prisional onde o acusado estiver recolhido, em sala própria.
Em caráter excepcional, o juiz poderá, mediante decisão fundamentada, de ofício ou por requerimento das partes, realizar o interrogatório do réu preso por videoconferência ou sistema similar, desde que seja necessário para atender a uma das seguintes finalidades:
a) Prevenir risco à segurança pública, quando exista fundada suspeita de que o preso integre organização criminosa ou de que, por outra razão, possa fugir durante o deslocamento; 
b) Viabilizar a participação do réu no referido ato processual, quando haja relevante dificuldade para seu comparecimento em juízo, por enfermidade ou outra circunstância pessoal; 
c) Impedir a influência do réu no ânimo de testemunha ou da vítima, desde que não seja possível colher o depoimento destas por videoconferência, nos termos do art. 217 do CPP; 
d) Responder à gravíssima questão de ordem pública.
As partes devem ser intimadas da decisão que determina a realização do ato por videoconferência com antecedência de 10 dias.
Na impossibilidade da realização do interrogatório nas hipóteses anteriores, o réu preso será requisitado para ser interrogado em juízo. 
A participação do réu preso em outros atos processuais, como acareações, reconhecimento de pessoas e coisas, inquirição de testemunhas e oitiva da vítima, será verificada com a observância das mesmas regras expostas para a realização do interrogatório por videoconferência.
O interrogatório será dividido em duas partes. Na primeira, o juiz deverá inquirir o acusado a respeito de sua vida pessoal. Na segunda parte, o acusado será indagado sobre:
a) Ser verdadeira a acusação;
b) Não sendo verdadeira a acusação, se tem algum motivo particular a que atribuí-la, se conhece a pessoa ou pessoas a quem deva ser imputada a prática do crime, e quais sejam, e se esteve com elas antes da prática da infração ou depois dela;
c) Onde estava quando foi cometida a infração e se teve notícia desta;
d) As provas já apuradas;
e) Se conhece as vítimas e testemunhas já inquiridas, ou por inquirir, desde quando e se tem o que alegar contra elas;
f) Se conhece o instrumento com que a infração foi praticada ou qualquer objeto que com esta se relacione e tenha sido apreendido;
g) Todos os demais fatos e pormenores que conduzam à elucidação dos antecedentes e circunstâncias da infração;
h) Se tem algo mais a alegar em sua defesa.
Se o acusado negar a acusação, poderá prestar esclarecimentos e indicar provas (art. 188 do CPP). Se, em contrapartida, confessar a prática do crime, será indagado sobre os motivos e as circunstâncias do fato e se outras pessoas concorreram para a infração e quem são elas (art. 189 do CPP).
Quanto ao interrogatório dos surdos-mudos, deve-se observar a seguinte forma (art. 192 do CPP):
a) Ao surdo serão apresentadas perguntas por escrito e as respostas serão orais;
b) Ao mudo serão feitas perguntas orais e as respostas serão oferecidas por escrito;
c) Ao surdo-mudo as perguntas e respostas serão por escrito.
Se o interrogando não souber ler ou escrever, bem como se não falar a língua portuguesa, o interrogatório contará com a presença de intérprete. 
· Confissão
A confissão encontra-se inserida nos arts. 197 a 200 do CPP.
No campo do direito processual, a confissão, em termos genéricos, é o reconhecimento realizado em Juízo, por uma das partes, a respeito da veracidade dos fatos que lhe são atribuídos e capazes de ocasionar-lhe consequências jurídicas desfavoráveis. 
No processo penal, pode ser conceituada, sinteticamente, como a expressão designativa da aceitação, pelo autor da prática criminosa, da realidade da imputação que lhe é feita.
O conceito de confissão pode também ser entendido como o ato de reconhecimento pelo acusado da imputação que lhe é feita. Alguns doutrinadores entendem que a confissão é um meio atípico de prova, uma vez que seria declaração de vontade do réu em sua defesa.
A confissão deve ser confirmada por outras provas. No processo penal, não predomina a ideia do fato incontroverso, como no processo civil. A confissão não supre o exame pericial, à medida que é necessário confirmar a materialidade do delito. A confissão tem a mesma importância que as outras provas.
Assim, a confissão não é tida como prova de valor absoluto. De acordo com o art. 197 do CPP, a confissão deve ser avaliada em conjunto com os demais elementos de prova do processo, verificando-se sua compatibilidade ou concordância com eles. 
A confissão ocorre costumeiramente no ato do interrogatório, mas nada impede que seja realizada em outro momento no curso do processo. Neste caso, deverá ser tomada por termo nos autos, conforme dispõe o art. 198 do CPP. Não existe confissão ficta no processo penal, ou seja, mesmo que o acusado não exerça a sua autodefesa, não se presumem verdadeiros os fatos a ele imputados. 
O Código estipula ainda que a confissão será divisível, ou seja, o juiz pode aceitá-la apenas em parte e será também retratável, isto é, o acusado pode voltar atrás na sua admissão de culpa.
Costuma-se apontar duas espécies de confissão:
a) Simples, na qual o réu apenas reconhece a prática delituosa, sem nenhum elemento novo;
b) Qualificada, em que o réu reconhece que praticou o crime, mas alega algo em seu favor, como alguma causa excludente de ilicitude ou de culpabilidade.
· Delação premiada
A delação premiada é um instituto que está ligado ao réu. A delação premiada ocorre quando o acusado admite a prática do crime e delata a participação de outrem ou de outras pessoas, fazendo-o em troca da redução da pena ou até mesmo da obtenção do perdão judicial. 
A delação premiada apenas pode ser apresentada por um corréu, haja vista que irá delatar para se beneficiar. Caso não tenha benefício, será apenas uma testemunha. Não há garantia de que corréu seja beneficiado, pois não existe nenhum diploma disciplinando tal instituto. 
A delação premiada não tem o mesmo valor que o depoimento de testemunha. Isso se se deve ao fato de o corréu está numa posição de simples informante, devendo suas alegações ser confirmadas.
Com o princípio da obrigatoriedade da ação penal, o representante do Ministério Público não pode simplesmente colocar o delator como testemunha. Na verdade, deve admitir o delatorcomo corréu e, posteriormente, considerar sua redução de pena ou perdão judicial por ter colaborado com suas importantes declarações.
· Declarações do ofendido
O art. 201 e seus parágrafos, do CPP, referem-se ao ofendido, que é a vítima da infração penal.
Sempre que possível, o juiz deverá proceder à oitiva do ofendido, por ser ele pessoa capaz, em muitos casos, de fornecer informações importantes em relação ao fato criminoso. Intimado regularmente, se não comparecer poderá ser conduzido de forma coercitiva.
O ofendido será comunicado dos atos processuais relativos ao ingresso e à saída do acusado da prisão, à designação de data para audiência e à sentença e respectivos acórdãos que a mantenham ou modifiquem, conforme o art. 201, § 2º, do CPP. A mencionada comunicação será feita no endereço por ele indicado ou, se for sua opção, por meio eletrônico, na forma do art. 201, § 3º, do CPP.
O § 4º, do art. 201, do CPP, também cuida da proteção do ofendido, dispondo que, antes do início da audiência e durante a sua realização, será reservado espaço separado para ele, determinando, ainda, que o juiz tome as providências necessárias à preservação da intimidade, podendo, inclusive, determinar o segredo de justiça em relação aos dados, depoimentos e outras informações constantes dos autos a seu respeito, para evitar sua exposição aos meios de comunicação, conforme disposto no art. 201, § 6º, do CPP.
No caso de o juiz entender necessário, poderá encaminhar o ofendido para atendimento multidisciplinar, à custa do ofensor ou do Estado, na forma do que dispõe o art.201, § 5º, do CPP.
· Indícios
Os indícios estão disciplinados no art. 239, do CPP. Eles não são considerados como provas diretas, mas parte do contexto de prova indireta ou prova circunstancial.
Os indícios podem ser utilizados para efeitos de formação do convencimento do juiz, mas não pode haver condenação somente com base neles. Aplica-se essa regra apenas ao julgador togado, uma vez que os jurados do Tribunal do Júri podem se convencer por intermédio de indícios, considerando-os suficientes para a condenação.
Para a utilização de indícios no convencimento do juiz, impõe-se que eles sejam graves, precisos e concordantes com o fato que se quer provar.
Na definição legal, indício é toda circunstância conhecida e provada, a partir da qual, mediante raciocínio lógico, chega-se à conclusão da existência de outro fato.
A prova indiciária tem o mesmo valor que qualquer outra.
· Busca e apreensão
A busca e apreensão tem previsão legal nos arts. 240 até 250, do CPP, e depende de autorização judicial. Na verdade, trata-se de uma medida cautelar, sendo considerado um meio atípico de prova – diz-se, então, que é instrumento de obtenção da prova.
A decretação da busca e apreensão é medida que só pode ser autorizada pelo juiz competente e em decisão fundamentada.
Por se tratar de medida assecuratória ou cautelar, o juiz só poderá deferi-la se ficar convencido de que, naquele caso específico que lhe é apresentado, existem elementos de que o que está sendo alegado tem verossimilhança e que há necessidade da urgência (fumus boni juris e periculum in mora).
Na prática, a busca e apreensão pode ser pleiteada pelo delegado ao juiz por meio de uma representação. O promotor de justiça, ao se manifestar, poderá reforçar a necessidade ou se opor a isso. A busca e apreensão pode ser requerida antes do inquérito, durante a investigação ou no curso da ação penal. Ainda pode ser requerida pela defesa se lhe for conveniente.
A busca e apreensão também pode ser determinada de ofício pelo juiz, segundo o art. 242 do CPP.
Pode-se buscar e apreender aquilo que estiver previsto no art. 240 do CPP, mas o rol não é taxativo. Tudo que estiver relacionado com a elucidação de um crime pode ser objeto de busca e apreensão.
Com fundamento no art. 5º, XI, da CF, mesmo sendo expedido o mandado de busca e apreensão, a autoridade policial não poderá ingressar no domicílio alheio durante o período de repouso noturno. Assim sendo, o cumprimento do mandado judicial deverá aguardar até a manhã.
A jurisprudência diz que a apreensão será convalidada mesmo sem mandado de busca e apreensão específico para isso se no flagrante delito forem apreendidos objetos relativos a outros crimes.
É possível, ainda, que haja a busca pessoal como medida preventiva, como exemplo a revista da pessoa, sem a exigência de mandado para tanto.
· A inviolabilidade do escritório de advocacia
A inviolabilidade do escritório de advocacia tem previsão nos arts. 243, §2º, do CPP e, art. 2º, §3º, e art. 7º, II, §6º e 7º, da Lei 8.906/94.
A inviolabilidade se torna mais rigorosa no que se refere aos defensores. 
Na profissão de advogado, existe uma fonte basilar que consiste na preservação do sigilo. Só se podem buscar provas no escritório do advogado se restar comprovado o fumus boni juris e o periculum in mora.
No dia do cumprimento do mandado, o delegado deve entrar em contato com a Seccional da Ordem em que será levado a efeito um mandado de busca e apreensão em determinado escritório. Diante disso, a OAB aciona um advogado para acompanhar a diligência para conferir a sua legalidade, evitando a exorbitância.
· Reconhecimento de pessoas e coisas
O CPP, nos arts. 226 a 228, trata do reconhecimento de pessoa e coisas.
O reconhecimento de pessoas e coisas é o ato pelo qual uma pessoa admite e afirmar como certa a identidade de outra ou a qualidade de uma coisa. 
O procedimento terá início quando a pessoa que vai fazer o reconhecimento descreve a pessoa que será reconhecida. Dispõe ainda a lei processual que, em Juízo ou em plenário de julgamento, não se aplica a providência de impedir que uma pessoa veja a outra no ato do reconhecimento.
Do ocorrido será lavrado um termo, assinado pela autoridade, pela pessoa chamada para efetuar o reconhecimento e por duas testemunhas. O mesmo procedimento deve ser observado no que se referir e couber ao reconhecimento de coisas que tiverem relação com o delito.
· Acareação
A acareação encontra-se disciplinada nos arts. 229 e 230 do CPP.
A acareação é o ato processual em que se colocam frente a frente duas ou mais pessoas que fizeram declarações divergentes sobre o mesmo fato.
É pressuposto essencial que as declarações já tenham sido prestadas, caso contrário não haveria possibilidade de se verificar ponto conflitante entre elas. O art. 230 do CPP dispõe sobre a acareação por carta precatória.
Acareação é ato judicial de natureza probatória entre acusados, testemunhas e pessoas ofendidas que prestaram declarações divergentes sobre questões voltada à solução do conflito, na tentativa de dirimir as contradições.

Outros materiais