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Gestão do conhecimento e inovação Conhecimento e Aprendizagem OBJETIVOS: • Entender a relação entre aprendizagem organizacional e conhecimento como fator de vantagem competitiva para as organizações • Definir os princípios e conceitos de educação corporativa como como instrumento-chave de mudança cultural • Esta é a era da aprendizagem organizacional: organizações que aprendem por meio de pessoas, valores e sistemas que as habilitam a mudar e melhorar continuamente seu desempenho pelas lições da experiência. • O ensino e a aprendizagem, vitais para a competitividade, sobrevivência e prosperidade das organizações, são os alvos mais preciosos dos programas de Gestão do Conhecimento. Como não existe conhecimento sem aprendizagem, é preciso que a organização se empenhe e dê toda a atenção necessária ao ensino e à aprendizagem organizacional. • Tanto as vantagens competitivas sustentáveis quanto à inovação, no entanto, só serão possíveis se a organização souber desenvolver as competências para obter aprendizado coletivo. Uma organização, que busca competências duráveis e inovação, só terá sucesso se souber apoiar, valorizar e criar oportunidades para alavancagem do ensino, capacitação e desenvolvimento de seus colaboradores. “O aprendizado pode ser definido como o entendimento, a incorporação e a retenção de informações e vivencias, de modo que o indivíduo possa reproduzi-las e a aplica-las correta e concretamente daí por diante, sem a ajuda alheia” • Aprendizagem pode ser conceituada como um processo de aquisição de conhecimento e da capacidade de usá-lo. Ele é resultado da prática, da experiência, da reflexão crítica, da observação, das relações sociais, das interações com o meio externo, sendo capaz de produzir mudanças significativas no comportamento das pessoas. • Uma constatação que confirma o valor da aprendizagem é que quanto mais rápido se transforma o mundo à nossa volta, maior a necessidade de aprenderemos coisas novas, a fim de nos prepararmos para sobreviver nesse novo mundo. Contudo, a aprendizagem é tanto fundamental para se adaptar às mudanças quanto para produzi-las e, neste caso, o futuro menos ameaçador é aquele que construímos. A aprendizagem, portanto, não só nos capacita à adaptação, mas nos habilita à inovação, mudança, sobrevivência e ao crescimento individual. • Em relação ao contexto organizacional, é preciso que as organizações compreendam como a aprendizagem ocorre em sua cultura organizacional particular, e entendam como as pessoas se comportam diante das oportunidades de aprendizagem. • É preciso compreender como os fenômenos associados ao aprendizado interferem na competitividade da organização e identificar os facilitadores, os inibidores e as barreiras de aprendizagem, além de verificar como a cultura organizacional e a aprendizagem têm colaborado no processo de criação do conhecimento organizacional. • Nas organizações que aprendem, as pessoas estão expandindo continuamente a capacidade de aprender e criar os resultados desejados ao mesmo tempo que absorvem novas maneiras de pensar, aumentam suas ambições e aprendem umas com as outras. A aprendizagem é a principal vantagem competitiva, conduz à criatividade e à inovação. Portanto, é necessário desenvolver nas organizações uma mentalidade de aprendizagem contínua como principal vantagem competitiva. O conhecimento é o conceito fundamental para uma aprendizagem que aprende, ainda mais em um contexto em que as organizações adquirem um grau cada vez mais elevado de conhecimento. • O primeiro passo para aprimorar o aprendizado organizacional é criar um forte entendimento e a consciência da necessidade do aprendizado organizacional. Um diagnóstico da capacidade de aprendizado da organização aumenta o entendimento e a consciência. Além disso, o diagnostico cria um fundamento para a ação. A organização que aprende precisa juntar quatro competências de aprendizado: 1 Absorção de conhecimento de fora: educação, conferências, contato com clientes, análise competitiva, fornecedores, aquisição, pesquisa. 2 Difusão de conhecimento de dentro: manuais, regulamentos, procedimentos, sistemas de informação, melhores práticas, coaching, aconselhamento interno, mentoring, redes informais, rodízio de cargos. 3 Geração de conhecimento de dentro: projetos, programas, produtos finais, diálogos, avaliações, aferição de desempenho, recompensas, feedback. 4 Utilização de conhecimento em produtos e serviços: Equipes de projetos, know-how, pesquisa de mercado, aperfeiçoamento de produtos, consulta a clientes, criação de protótipos, quebra de barreiras. No trabalho, por exemplo, já não é mais suficiente apenas executar atividades rotineiras ligadas aos processos de negócio. Diariamente, os empregados têm cada vez mais que realizar atividades complexas para atingir seus objetivos. • Essas atividades complexas, podem sinteticamente ser descritas como atividades baseadas no conhecimento tácito que envolvem: • Tomada de decisão; • Criatividade; • Colaboração; • Solução de problemas e de conflitos. • Nesse contexto, é necessário estabelecer formas complementares de desenvolvimento e aprendizado, que tenham foco principalmente no conhecimento tácito das pessoas. Para isso, é importante rever os mecanismos e os paradigmas de aprendizado nas organizações. • A Gestão do Conhecimento vai ao encontro da aprendizagem uma vez que visa aproveitar os recursos que já existem na organização para que as pessoas procurem, encontrem e empreguem as melhores práticas em vez de tentar criar algo que já havia sido criado. • Cuida de agregar valor às informações, filtrando, resumindo e sintetizando as informações e, dessa forma, desenvolvendo um perfil de utilização pessoal que ajuda a chegar ao tipo de informação necessário para passar à ação. • Por meio da aprendizagem contínua, a organização exercita a sua competência e inteligência coletiva para responder ao seu ambiente interno (objetivos, metas, resultados) e externo (estratégia). Nas organizações que aprendem, as pessoas expandem continuamente sua capacidade de criar resultados que elas realmente desejam, onde maneiras novas e expansivas de pensar são encorajadas, onde a aspiração coletiva é livre, e onde as pessoas estão constantemente aprendendo a aprender coletivamente. • A organização que aprende possui a capacidade de, continuamente, criar o futuro que realmente deseja. Para isto, reflete sobre o desempenho atual e os fatores que o geram, pensa sobre os diversos futuros possíveis e qual entre eles é o desejado, e planeja e programa as ações para se mover da situação atual para a desejada. A aprendizagem organizacional é, portanto, o processo contínuo de detectar e corrigir erros. Errar significa aprender, envolvendo a autocrítica, a avaliação de riscos, a tolerância ao fracasso e a correção de rumo, até alcançar os objetivos. É a capacidade das organizações em criar, adquirir e transferir conhecimentos e em modificar seus comportamentos para refletir estes novos conhecimentos e insights. Isso implementa um mecanismo pelo qual os colaboradores contribuem para o desempenho da empresa por meio da aplicação dos seus conhecimentos e habilidades em resolver problemas e de inovar constantemente. Cria-se a organização que aprende e que gera conhecimento. Nesse contexto, é necessário estabelecer formas complementares de desenvolvimento e aprendizado, que tenham foco principalmente no conhecimento tácito das pessoas. Para isso, é importante rever os mecanismos e os paradigmas de aprendizado nas organizações. • Uma das formas de aprendizagem que tem ganhado maior visibilidade e importância nos últimos anos é a aprendizagem informal. Inclusive, de acordo com Forrester Reseacher, 80% dos adultos já aprendem dessa maneira em seus ambientes de trabalho. Aprendizado informal é uma forma natural e intuitiva de aprendizagem, em queas pessoas aprendem enquanto realizam as suas tarefas (aprendem fazendo) e num processo de troca de experiências em que as pessoas aprendem umas com as outras. • No entanto, nenhuma mudança organizacional significativa pode ser realizada sem que se efetuem profundas mudanças nas formas de pensar e interagir das pessoas. • A base de ideias que sustenta as “organizações que aprendem” estabelece o pensamento sistêmico, os modelos mentais, o domínio pessoal, a visão compartilhada, a aprendizagem em grupo e o diálogo como elementos inevitáveis do seu desenvolvimento, cada um proporcionando uma dimensão vital na construção de organizações realmente capazes de “aprender”, de ampliar continuamente sua capacidade de realizar suas mais altas aspirações.