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1 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ SSS XXXX XXX XX XXXX XXXX XXX XXXXX SUPORTE NUTRICIONAL NO PACIENTE GRAVE Itajaí 2010 2 XXXX XXXX XXXX XXX XXX XXXX XXX XXX SUPORTE NUTRICIONAL NO PACIENTE GRAVE Trabalho apresentado como Atividade Curricular, na disciplina de Saúde do Adulto e do Idoso do Curso de Graduação em Enfermagem, do Centro de Ciências da Saúde, Campus Itajaí - UNIVALI. Orientadores- Docentes: XXXXXX Itajaí 2010 3 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 04 2 CONCEITO E OBJETIVOS ............................................................................................ 05 3 MÉTODOS DE SUPORTE NUTRICIONAL ENTEREAL ......................................... 06 3.1 Indicações ......................................................................................................................... 07 3.2 Contra-indicações ............................................................................................................. 08 3.3 Vias de acesso ................................................................................................................... 08 3.4 Complicações ................................................................................................................... 09 3.4.1 Complicações Gastrointestinais ..................................................................................... 10 3.4.2 Complicações Mecânicas .............................................................................................. 11 3.4.3 Complicações Metabólicas ............................................................................................ 12 3.4.4 Complicações Infecciosas .............................................................................................. 12 4 MÉTODOS DE SUPORTE NUTRICIONAL PARENTERAL.....................................13 4.1 Indicações ......................................................................................................................... 13 4.2 Contra-indicações ............................................................................................................. 14 4.3 Vias de acesso ................................................................................................................... 14 4.4 Complicações ................................................................................................................... 15 4.4.1 Complicações Gastrointestinais ..................................................................................... 16 4.4.2 Complicações Mecânicas .............................................................................................. 16 4.4.3 Complicações Metabólicas ............................................................................................ 17 4.4.4 Complicações Infecciosas ............................................................................................. 17 5 MONITORAMENTO E ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM .................................. 18 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 21 7 REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 22 ANEXOS ............................................................................................................................... 24 4 1. INTRODUÇÃO O presente trabalho refere-se a uma revisão bibliográfica que tem como finalidade discutir a respeito dos objetivos da terapia do suporte nutricional no doente grave, suas indicações, métodos, vias de acesso, complicações, monitorização e assistência de enfermagem. Com todos os avanços tecnológicos e científicos na área de suporte nutricional precisamos considerar a história como elemento de transformação e mudança para prática clínica atual. Desde 1793, Lavoisier tem sido apontado como o “pai da química” e do mesmo modo poderia ser apontado como o pai científico da bioquímica e da fisiologia nutricional. A fase contemporânea da fisiologia e bioquímica começou a se desenvolver após a Primeira Guerra Mundial. O progresso médico durante a primeira metade do século XX dependia principalmente de um processo meticuloso de observação de grupos de pacientes que recebiam terapias novas e promissoras. Atualmente o suporte nutricional serve para apoiar as necessidades nutricionais do paciente até que a terapia primária possa ser efetiva (ROMBEAU; ROLANDELLI, 2004). É muito frequente em pacientes admitidos em unidades de terapia intensiva a desnutrição energético-proteica, isso pode acontecer devido ao aporte nutricional inadequado ou até mesmo por uma resposta metabólica proveniente do estresse, levando a um hipermetabolismo e hipercatabolismo. A desnutrição tem como complicação retardar o processo de convalescença devido a suas repercussões em todos os órgãos e sistemas. Em um paciente crítico a quantificação do gasto energético é fundamental. O uso de fórmulas, para essa determinação, muitas vezes superestima o gasto energético do paciente em repouso, principalmente devido a problemas na determinação do peso corporal e à redução de componentes do gasto energético total, como repouso, sedação e ventilação mecânica (MINICUCCI et al., 2006). Neste sentido segundo Ferreira (2007) a terapia nutricional é um elemento fundamental nos cuidados empregados ao paciente crítico. Evidências científicas comprovam que o estado nutricional interfere diretamente na sua evolução clínica, pois o paciente desnutrido fica mais propenso a infecções, tem uma demora na cicatrização, necessita de mais cuidados intensivos e permanece por mais tempo hospitalizado. 5 2. CONCEITO E OBJETIVOS Define-se terapia nutricional como um conjunto de procedimentos terapêuticos para a manutenção ou recuperação do estado nutricional do paciente. É dividida em dois tipos: a terapia nutricional enteral (TNE) e a terapia nutricional parenteral (TNP). Estas duas terapias são regulamentadas pela Resolução RDC No 63/2000 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e pela Portaria SVS/MS No 272/1998 do Ministério da Saúde, que fixam como requisitos mínimos, estabelecer as boas práticas e definem a obrigatoriedade de uma equipe multidisciplinar de terapia nutricional (EMTN) (BRITO; DREYER, 2003). Para Cortes et al. (2003), o paciente em terapia intensiva, frequentemente encontra-se em um estado hipermetabólico, decorrente do trauma, sepse ou de qualquer outro quadro de gravidade. Complementa que o suporte nutricional para tais pacientes pode ser decisivo em sua evolução. O suporte nutricional tem como objetivo sustentar de maneira adequada o processo metabólico que foi desencadeado pela injúria aguda, tentando fornecer substratos energéticos e protéicos em quantidade e qualidade adequada (RODRIGUES; STANICH, sd). De acordo com Larsson, Nóbrega e Fernandes (1998) o suporte nutricional deve ser adequado às particularidades de cada paciente e da sua patologia Complementa Larsson, Anção e Monte (1998) que o suporte nutricional do paciente grave objetiva eliminar as consequências do jejum prolongado em decorrência do trauma e possíveis deterioração orgânica e falência de múltiplos órgãos. Segundo Cortes et al. (2003) a terapia nutricional visa a oferta terapêutica de proteínas, energia, minerais, vitaminas e água adequadas ao paciente. 6 3. MÉTODOS DE SUPORTE NUTRICIONAL ENTERAL Conceitua-senutrição enteral como um conjunto de procedimentos terapêuticos para a manutenção ou recuperação do estado nutricional do paciente, através da ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada, especialmente formulados e elaborados para a administração por via oral ou por sonda (DAVID et al., 2001). Complementa Craven e Hirnle (2006) que a nutrição enteral é o fornecimento direto dos nutrientes através do sistema gastrointestinal (GI), por meio de sondas orogástrica, nasogástrica, oroduodenal, nasoduodenal, nasojejunal, e, ainda, gastrostomia ou jejunostomia. As alimentações por tubo contêm fórmulas comerciais, nutricionalmente balanceadas, e a escolha da via e do tipo de sonda, deve ser uma decisão do médico, do paciente e da equipe interdisciplinar, baseado no estado nutricional, nas condições clínicas e nas metas assistenciais. De acordo com Knobel (2006) a composição da nutrição enteral é variável para cada paciente e é formulada a partir do estado clínico, do estado nutricional e da necessidade de reposição protéico-calórica. A terapia de nutrição enteral (TNE) apresenta várias vantagens fisiológicas, metabólicas, de segurança e de custo/benefício. A oferta de nutrientes pela via gastrintestinal é mais fisiológica, quando comparada à nutrição parenteral, pois mantém a arquitetura e microflora intestinal normais, além de melhorar o estado do sistema imunológico intestinal, com menores custos. Estudos experimentais demonstram que a presença de alguns nutrientes específicos na luz intestinal é essencial para a manutenção da morfologia e função do enterócito (WAITZBERG, 2004). É apropriada para pessoas cujo trato gastrintestinal é funcionante, mas cuja ingestão oral é insuficiente ou inadequada para atender às necessidades nutricionais (HERMANN; CRUZ, 2008). A alimentação por via oral é de eleição em pacientes dotados de bom nível de consciência e que tenham algum grau de permeabilidade do tubo digestivo, caso contrário, há indicação do uso de sonda. A sonda nasogástrica é inserida, através do nariz, até o estômago e a nasoentérica é mais longa, permitindo alcançar o intestino delgado (HERMANN; CRUZ, 2008). 7 3.1 Indicações De acordo com D’arco, Pinto e Shiramizo (2006) a indicação para uso de nutrição enteral deve-se a situações onde o tubo digestivo encontra-se íntegro, mas o paciente não pode ou não deve alimentar-se pela boca, necessitando de suporte nutricional por sondas. A nutrição enteral também está indicada sempre que exista previsão de que o paciente crítico permanecerá sem condições de se alimentar por via oral por período de tempo mais prolongado, ou seja, para aqueles pacientes em que a expectativa de retorno da alimentação oral adequada não se dará nos próximos 3 a 5 dias (COUTO; TORRES; FERREIRA, 2005). Couto, Torres e Ferreira (2005) destacam as seguintes condições: - Insuficiência respiratória com dependência de ventilação mecânica, pois a necessidade de intubação orotraqueal e de sedação impede a alimentação por via oral; - Insuficiência renal aguda, pois é uma condição altamente catabolizante e pacientes com IRA apresentam elevado consumo protéico, ou seja, esses pacientes devem receber aporte nutricional adequado sem restrição protéica. Se necessário, o acumulo de escórias deve ser tratado com diálise; - Disfagia grave, que inclui pacientes com lesões neurológicas que apresentam incapacidade ou incoordenação da deglutição; - Grandes queimados, pois a NE é a forma preferencial de repleção nutricional. Até mesmo as perdas hidroeletrolíticas podem ser parcialmente corrigidas por via enteral; - Fístulas digestivas, nas fistulas de localização baixa a sonda deve ser posicionada no estômago; e nas fistulas de localização alta, a sonda deve ser posicionada distalmente (cerca de 20 cm abaixo do orifício da fístula); - Grandes traumatizados, pois essas condições normalmente são seguidas de ingestão oral inadequada e aumento das necessidades metabólicas. Como indicações específicas pode-se citar: preparação do intestino para cirurgia em pacientes graves ou desnutridos; o fechamento de fístulas enterocutâneas; adaptação do intestino depois de uma ressecção intestinal maciça e desordens associadas à má absorção de nutrientes (D’ARCO; PINTO; SHIRAMIZO, 2006). 8 3.2 Contra-indicações Os autores D’arco, Pinto e Shiramizo (2006) citam como contra indicações da terapia nutricional enteral condições em que o paciente apresente: - vômitos frequentes; - diarréia importante (acima de três evacuações líquidas ou semi-líquidas ao dia); - íleo paralítico; - obstrução intestinal completa; - fístula digestiva de alto débito (superior a 500 ml/dia); - instabilidade hemodinâmica importante. 3.3 Vias de Acesso A via de administração devera ser escolhida de acordo com a condição clinica do paciente, bem como com período previsto para a manutenção das sondas. Gastrostomia Segundo Baxter (1995), é um procedimento adotado para pacientes com NE prolongada (superior a 6 semanas). O acesso gástrico pode ser efetuado por cirurgia aberta, laparoscopia, por via endoscopia ou com auxilio da fluoroscopia (técnica utilizada quando não a êxito pela via endoscópica.) A sonda de gastrostomias é inserida com auxilio do endoscópio, por meio de técnicas especificas, conforme o tipo de sonda utilizado. Nas ostomias de alimentação, é rotina a limpeza diária da sonda e da pele periestomal com soluções anti-sépticas, bem como o uso da placa protetora da pele e do curativo sob oclusivo. Até completar o período da cicatrização, deve-se evitar a mobilização da sonda, prevenindo falsos trajetos ou até mesmo derrame de suco gástrico na cavidade peritoneal. Depois da quarta semana, a sonda poder ser substituída pelo dispositivo da gastrostomia. Esses dispositivos são selecionados de acordo com a dieta e coma espessura da parede abdominal, promovendo total adpatção e impedindo qualquer tipo de vazamento que posso 9 acontecer. A troca desses dispositivos pode acontecer a cada 6 ou a 8 meses, ou quando existir algum problema na válvula que a constitui. A sonda deve permanecer no mínimo 6 horas aberta e depois que o medico endoscopista avaliar será respeitada um tempo de 6 a 24 horas para o inicio da Dieta. A seleção da dieta, a forma da velocidade da infusão devera acontecer após a avaliação completa do paciente, geralmente que determina e quem avalia são os Nutricionistas. Jejunostomia. A Jejunostomia é indicada na Terapia de Nutrição Enteral, prolongada. O método utilizado é o mesmo da gastrostomia. Pode ser feita por via endoscopia, recebendo a denominação de jejunostomia endoscopia percutânea, cirurgia convencional, videolaparoscopia ou com o auxilio de fluoroscopia, esse método é utilizado somente quando não há êxito pela via endoscopia. A sonda é introduzida pelo mesmo orifício da gastrostomia, utilizam sondas de calibres variados entre 8 a 10 French, que são locadas na posição jejunal pelo auxilio do endoscópio. A Nutrição enteral é uma forma segura e relativamente fácil de terapia nutricional, e o trabalho da equipe multidisciplinar na indicação correta das diferentes vias de acesso para alimentação enteral contribui sobremaneira na evolução dos pacientes. (KNOBEL, 2006) Segundo Knobel (2006), vários fatores importantes são apontados no que se refere à escolha da melhor via de acesso, são eles: - Avaliar as patologias e as condições clínicas do paciente; - Determinar o tempo que o paciente se submeterá à TNE; - Avaliar as diferenças técnicas e métodos de acesso enteral; - Monitorar complicações e cuidados com o paciente, incluindo aspectos psicológicos. 3.4 Complicações Conforme Batista et al (2006), as complicações do suporte nutricional enteral podem ser: mecânica, gastrintestinais, distúrbios eletrolíticos e broncoaspiração.Já Sabol e Steele (2007) incluem as infecções a este grupo de complicações. 10 As complicações mecânicas podem ser por meio da obstrução da sonda e irritação da mucosa; as gastrointestinais, podem ser náuseas e vômitos, flatulência e distensão, cólica, diarréia e obstipação, podendo ainda ocorrer complicações metabólicas: hiperglicemia e coma hiperosmolar (BATISTA et al., 2006). É importante salientar que os pacientes que estão recebendo suporte nutricional por meio de dietas enterais necessitam de monitorização individual, para assim, avaliar sua evolução e eventuais complicações que possam surgir (BATISTA et al., 2006). Muitas das complicações podem ser evitadas ou tradas observando rigorosamente o resíduo gástrico e os sintomas e sinais apresentados pelo paciente com intolerância gástrica (SABOL; STEELE, 2007). 3.4.1 Complicações Gastrointestinais A tolerância do paciente em relação a nutrição enteral depende da osmolalidade da fórmula e da velocidade do fluxo. Os sinais e sintomas de intolerância gastrointestinais apresentados pelo paciente incluem diarréia, náusea, vômito, desconforto abdominal, distensão e elevado resíduo gástrico. Em pacientes criticamente doentes o esvaziamento gástrico é retardado ou ausente, sendo que em pacientes sadios o normal é o alimento atravessar o estômago a uma velocidade de 2 a 10ml/minuto (SABOL; STEELE, 2007). Abordaremos a seguir a cada um dos sinais e sintomas de intolerância gastrointestinal levantados por Sabol e Steele (2007): Resíduo gástrico elevado: as recomendações para a suspensão da alimentação por sonda devido ao elevado resíduo gástrico variam muito. Um resíduo elevado não significa que a alimentação não teve sucesso, antes de suspeitar de intolerância e interromper imediatamente a dieta, deve se avaliar que poderá estar retardando a capacidade do paciente de atender suas metas nutricionais. É importante monitorar os volumes residuais subseqüentes. Devido ao resíduo elevado, quando é necessário suspender a alimentação por sonda, uma das intervenções é suspender a alimentação por 1 a 2 horas até que o resíduo gástrico aspirado pela sonda seja inferior a 200 ml ou menor que 100 ml, momento este em que podem ser retomadas as alimentações. Essa medida permite tempo para que ocorra o esvaziamento gástrico normal e reduz o risco de broncoaspiração. É importante lembrar que a infusão em uma velocidade rápida implica em maiores volumes residuais. 11 Náusea, vômito e distensão abdominal: uma posição inadequada da sonda, a velocidade de infusão rápida ou alguns medicamentos, podem provocar náusea e vômitos. Estes sintomas podem ocorrer quando o esvaziamento gástrico é demorado. Deve-se procurar descobrir quais medicamentos podem contribuir para o aparecimento desses sintomas e eliminá-los, quando possível. A redução na velocidade ou a adição de um agente pró-cinético e uma mudança da fórmula podem ajudar no tratamento. Diarréia: É uma das complicações mais comum das alimentações enterais. Pode decorrer do uso de antibióticos ou de outros medicamentos indutores de diarréia; flora bacteriana alterada; composição da fórmula; intolerância a lactose, a lipídios ou osmolalidade; a alta velocidade de infusão; hipoalbuminemia; ou até mesmo contaminação da fórmula enteral. Constipação: Pode estar relacionada a má hidratação, falta de fibra, repouso no leito, impacção, obstrução e narcóticos. Um dos cuidados de enfermagem é garantir uma hidratação adequada, e a adição de um emoliente fecal, minimizando o uso dos narcóticos, encorajando a deambulação e a adição de fibras para procurar aliviar a constipação, isso quando possível. 3.4.2 Complicações Mecânicas Sabol e Steele (2007) mencionam que as complicações mecânicas podem ocorrer quando a sonda se desloca, obstrui ou fica mal posicionada. Deslocamento da sonda: este pode ser feito pela equipe ou pelo paciente, contribuindo para a remoção da sonda. Alguns cuidados podem ser tomados junto ao paciente para evitar o deslocamento principalmente em pacientes agitados, como contenções suaves ou uso de luvas, buscando evitar a auto-extubação acidental. Obstrução da sonda: pode ocorrer pela precipitação de medicamentos, pela aglomeração de fragmentos de comprimido ou a coagulação da fórmula podem causar a obstrução de qualquer sonda de alimentação, retardando a administração de nutrientes e medicamentos. Uma das condutas de enfermagem que podem evitar a obstrução da sonda é a lavagem da mesma a cada 4 a 6 horas durante a infusão de alimentos contínua, antes e depois da administração de medicamentos, após se conferirem os resíduos e quando forem desligadas as alimentações. Para se evitar a ruptura da sonda por pressão excessiva, as sondas nasoentéricas sempre deverão ser 12 lavadas com uma seringa de 30 a 60 ml, também devem ser irrigadas com 20 a 30 ml de água morna. 3.4.3 Complicações Metabólicas Podem acontecer distúrbios hidroeletrolíticos devido ao excesso de líquidos, depleção de líquidos por perdas gastrointestinais ou renais, drenagem de feridas, diurese, febre, pouca ingestão de água. Pacientes com boa função renal necessitam receber de 30 a 35 ml/kg de água livre por dia, isto se não houver contra-indicações. Entretanto, se a função hepática ou cardíaca estiver comprometida, as dietas enterais podem causar hidratação excessiva. Daí a necessidade de realizar balanços hídricos, com medição exata da ingesta e débito (SABOL; STEELE, 2007). Casos de hiperglicemia podem acontecer se os pacientes forem alimentados em excesso, durante os estados hipermetabólicos e por conseqüência do uso de esteróides, sendo um dos cuidados de enfermagem a monitorização da glicemia durante a terapia enteral, podendo ainda diminuir a velocidade da fórmula ou sua concentração (SABOL; STEELE, 2007). 3.4.4 Complicações Infecciosas Uma das complicações potencialmente fatais é broncoaspiração pulmonar. Em pacientes criticamente doentes, com perda de consciência, em uso de ventilação mecânica e muitos medicamentos, possuem um risco aumentado de broncoaspiração. Para diminuir o risco de broncoaspiração, deve-se manter a cabeceira do leito em um ângulo de 30 a 45 graus durante a administração da dieta e por mais 1 hora depois de terminada a infusão. Ao invés de usar bolos rápidos, as alimentações devem ser intermitentes ou contínuas; devem ser verificados constantemente os resíduos gástricos; avaliar os sinais de intolerância alimentar; antes de qualquer procedimento deve-se interromper a alimentação 30 minutos antes, ficando o paciente em posição horizontal (SABOL; STEELE, 2007). Na broncoaspiração pulmonar, os pacientes podem apresentar sintomas como febre baixa, tosse, falta de ar, roncos durante ou depois das infusões de alimentação enteral e 13 presença de odor “adocicado”, emanando das secreções traqueais ou oral durante a aspiração de vias aéreas (SABOL; STEELE, 2007). 4. MÉTODOS DE SUPORTE NUTRICIONAL PARENTERAL Para Nettina (2007), a nutrição Parenteral é a introdução de nutrientes, incluindo aminoácidos, lipídios, carboidratos, vitaminas, sais minerais e água através de um dispositivo de acesso venoso diretamente no líquido intravascular para fornecer nutrientes necessários ao funcionamento metabólico do corpo. Na nutrição parenteral, uma solução estéril de nutrientes é infundida por via intravenosa através de um acesso periférico ou central, excluindo assim todo o processo pelo trato digestivo (DAVID et al., 2001). A nutrição parenteral periférica, uma solução parenteral é administrada diretamente em uma veia periférica. Indicado para períodos curtos, 7 a 10 dias. Geralmente não atende as necessidades nutricionais do paciente, a quantidade de calorias administradas fica em torno de 1.000 – 1.500 kcal/dia (DAVID et al., 2001). A nutrição parenteraltotal também é administrada diretamente em uma veia central, a veia utilizada geralmente é a veia cava superior. Indicado para uso prolongado, superior a 10 dias, podendo oferecer aporte calórico e protéico total aos pacientes (DAVID et al., 2001). 4.1 Indicações A nutrição parenteral está indicada quando a situação clínica do paciente sugere que a melhora do estado nutricional contribuirá para a recuperação ou permitirá considerável paliação da doença subjacente (TORRES; COUTO; FERREIRA, 2005). Para Marchini et al. (1998), várias são as indicações para a utilização da Nutrição parenteral como: impossibilidade do uso das vias oral/enteral; interferência de doença de base em ingestão, digestão ou a absorção dos alimentos; desnutrição com perda de massa corporal > 20%; estados hipermetabólicos; grandes queimados; pacientes sépticos; politraumatismo extenso; pancreatite aguda; fístulas intestinais de alto débito. 14 Segundo Torres, Couto e Ferreira (2005) as indicações abrangem diversas situações clínicas, principalmente relacionadas ao trato digestório. Sempre que possível, deve-se manter algum aporte de nutrientes pelo trato gastrointestinal, afim de evitar a atrofia intestinal. As principais indicações são: - Nutrição pré-operatória em pacientes gravemente desnutridos, principalmente quando portadores de doenças benignas, na impossibilidade de uso da via oral ou nutrição enteral; - Pacientes com estresse grave, intensamente catabólicos, incapazes de usar o trato digestivo por período maior que 5 dias; - Pacientes em jejum sem hipercatabolismo, incapazes de usar o trato digestivo por período maior que 10 dias; - Pancreatite grave aguda, quando há impossibilidade do uso de nutrição enteral; - Ressecção maciça do intestino delgado; - Fistulas digestivas, se há impossibilidade de nutrição enteral; - Transplante de medula óssea, na impossibilidade de utilização da via digestiva; - Casos especiais de diarréia ou vômitos intratáveis, como hiperêmese gravídica ou síndromes de má-absorção graves. A nutrição parenteral periférica pode ser indicada para pacientes bem nutridos que não podem se alimentar de maneira adequada por via enteral por curto período de tempo, e para pacientes moderadamente desnutridos que não apresentem elevação de requerimentos energéticos e em que o período de jejum é previsível e curto (PINTO; SHIRAMIZO; D’ARCO, 2006). 4.2 Contra-indicações A nutrição parenteral não é indicada para pacientes que podem consumir e absorver adequadamente nutrientes por via oral ou enteral, quando uma meta para nutrição parenteral total não puder ser estabelecida ou para prolongar a vida em doentes terminais (PINTO; SHIRAMIZO; D’ARCO, 2006). 15 4.3 Vias de Acesso Nutrição Parenteral Segundo Knobel (2006), nutrição parenteral esta indicada apenas nos casos em que o trato gastrintestinal não está funcionanti ou necessita de repouso em pacientes com risco nutricional e com a previsão de permanecer nesta condição por período não inferior a 5 dias. A nutrição parenteral pode ser realizada através de uma via central ou periférica. O suporte por via periférica pode ser utilizado naqueles pacientes nos quais não há um indicação de uso por tempo prolongado. É recomendado o uso de veia central sempre que houver indicação de suporte nutricional por tempo prolongado e possibilidade de acesso venoso central. (LARSSON EJ CARDOSO, 1995) Os cateteres por acesso venoso central devem se dirigir para a veia cava superior ou inferior e suas posições deve ser bem documentado por radiografia antes de serem utilizadas. Cateteres de duplo e triplo lúmen podem ser utilizados se uma via for destinada exclusivamente para a nutrição parenteral. Contudo, cateteres multilumen apresentam maior taxa de infecção que um único lúmen. As duas veias mais utilizadas para acesso venoso central são a veia subclávia e jugular interna. Esses dois sítios apresentam relativamente baixos risco de inserção. Há também um acesso pela veia femoral, contudo esse sitio apresenta taxa de complicação infecciosa superior aos anteriores devido à proximidade com áreas potencialmente afetadas. Os cateteres devem ser retirados nos casos com suspeita de infecção no local de implante do cateter. Em algumas situações em que não há sinais de infecção local, pode se trocar o cateter, no mesmo local de punção, com o auxilio de um fio-guia metálico, e a ponta do cateter é enviada para cultura. Em caso positivo deve-se proceder à troca com nova punção em ouro local. (BAXTER YC, WAITZBERG DL, 1995) 4.4 Complicações 16 A terapia nutricional parenteral exige alguns cuidados contínuos em relação a esterilidade, viabilidade, compatibilidade e estabilidade da mistura final (KFOURI FILHO; AKAMINE, 2005). Kfouri Filho e Akamine (2005), elencam três tipos de complicações que podem acontecer durante a terapia: mecânicas, metabólicas e infecciosas. Já Sabol e Steele (2007) incluem ainda as complicações gastrointestinais. 4.4.1 Complicações Gastrointestinais Podem ocorrer complicações do tipo esteatose hepática (fígado gorduroso), colestase intra-hepática e extra-hepática (supressão do fluxo biliar) e colelitíase (formação de cálculos biliares). Podem ocorrer atrofia gastrointestinais, associadas ao desuso, assim logo que possível devem ser iniciadas alimentações enterais ou orais (SABOL; STEELE, 2007). 4.4.2 Complicações Mecânicas As complicações estão relacionadas a inserção do cateterismo venoso central, como traumatismo do vaso, pneumotórax, oclusão do cateter, trombose e embolia gasosa venosa (SABOL; STEELE, 2007). O mau posicionamento do cateter ou a hiperadministração de NP pode levar a um extravasamento devido a infiltração de nutrição parenteral. Se o extravasamento ocorrer deve- se ponderar a extensão e o tempo, pois quanto maior for a quantidade e o tempo de extravasamento, maior é o risco de brotarem complicações (KFOURI FILHO; AKAMINE, 2005). O extravasamento pode ocasionar vermelhidão, dor, inchaço, distensão e leucocitose. Ainda podendo causar infecções no local devido a presença dos diversos nutrientes nas fórmulas (KFOURI FILHO; AKAMINE, 2005). Se o extravasamento for identificado e confirmado pela infusão de contraste, deve-se interromper a infusão da NP e tratar o local de extravasamento de acordo com o protocolo de rotina hospitalar. No anexo 01 encontram-se mais algumas complicações (KFOURI FILHO; AKAMINE, 2005). Para uma melhor manutenção e permeabilidade do cateter durante as infusões de nutrição parenteral, recomenda-se a lavagem rotineira dos cateteres com heparina diluída (1 a 17 100 unidades/ml naqueles sem sensibilidade à heparina (WORTHINGTON; GILBERT; WAGNER, 2000 apud SABOL; STEELE, 2007). Uma irritação frequente na luz do vaso pode favorecer a formação de trombo, uma luz pequena, a duração estendida do uso de cateter ou o posicionamento errôneo. Assim, as enfermeiras devem estar atentas, pois os pacientes podem se queixar de inchação vaga na cabeça e nos olhos do lado afetado, podendo ser recomendado nesses casos a remoção do cateter, o uso de anticoagulantes sistêmicos e terapia trombolítica (SABOL; STEELE, 2007). 4.4.3 Complicações metabólicas Para prevenir complicações metabólicas é fundamental verificar cada bolsa de solução de nutrição parenteral, quanto à exatidão da transcrição, monitorar a bomba de IV em relação a exatidão da infusão e principalmente monitorar a resposta do paciente à terapia (SABOL; STEELE, 2007). Algumas anormalidade laboratoriais metabólicas, como a hiperglicemia e a hipocalemia, podem ser tratadas ajustando as concentrações dos macronutrientes, micronutrientes, eletrólitos e insulina da fórmula. Muitos distúrbios metabólicas podem acontecer durante a infusão, intolerância a glicose, hipocalemia, hipomagnesemia,hipofosfatemia, hiperglicemia e hipocalcemia (SABOL; STEELE, 2007). 4.4.4 Complicações infecciosas As complicações infecciosas via cateter é complexa e multifatorial. Estudos demonstram que o aparecimento das infecções resultam da migração de microorganismos da pele próximas ao sítio de inserção, e acabam por colonizar na ponta do cateter, podendo atingir a corrente sanguínea pelas superfícies externas e internas do cateter (KFOURI FILHO; AKAMINE, 2005). Devido ao elevado conteúdo de glicose, a solução e o cateter são os sítios primários para infecção. Qualquer ruptura no sistema pode fazer surgir uma infecção que pode evoluir para uma infecção sistêmica, se não for constata a tempo. Os acessos constantemente são cobertos com esparadrapo, a bolsa da solução e o equipo que estão à beira do leito são trocados usualmente a cada 24 horas ou de acordo com a política da instituição, no sítio de inserção do cateter o curativo deve ser realizado a cada 24 ou 72 horas ou de acordo com a política da instituição, usando gazes ou curativo transparente estéril. Apesar de os curativos 18 transparentes possibilitarem uma melhor visualização do sítio de inserção do cateter, esta não é a realidade de todos os hospitais (SABOL; STEELE, 2007). É importante lembrar ainda que esta sendo investigado o fato dos curativos transparentes possuírem uma tendência de reter mais umidade, assim apresentam uma incidência mais elevada de infecção e sepse do que os curativos de gazes seca esterilizada (BRAUNWALD et al., 2001 apud SABOL; STEELE, 2007). Sempre que for ser realizada a troca de curativo, o sítio de inserção deverá ser examinado, atentando para a presença de sinais de extravasamento, eritema, edema e inflamação; a pele também deverá ser bem limpa com soluções antibacteriana para remover os organismos patogênicos, deve se ficar atento ainda a presença de outras feridas abertas ou traqueostomia próximas ao sítio de inserção do cateter, para assim evitar contaminação do local (SABOL; STEELE, 2007). Devida a permanência dos cateteres de longa duração podem aparecer infecções como: infecção de óstio (cateteres semi-implantáveis), infecção de túnel ou bolsa subcutânea e infecção primária de corrente sanguínea (ou bacteremia primária) (KFOURI FILHO; AKAMINE, 2005). 5. MONITORAMENTO E ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM No decorrer desta pesquisa bibliográfica, principalmente quando foram abordadas as complicações, foram citados alguns dos cuidados da enfermagem para uma melhor assistência ao paciente que está em uso de suporte nutricional enteral ou parenteral, porém devido ao fundamental papel da enfermeira no cuidado destes pacientes, salientaremos e reforçaremos mais alguns cuidados. É de responsabilidade da enfermeira obter o “peso seco” inicial, realizar medições de peso semanais, medições de ingestão e excreta, sinais vitais, estar atenta aos dados laboratoriais, e realizar os cuidados já mencionados com a sonda enteral e o cateter IV em 19 todo o tempo de duração das terapias de suporte nutricional. Muitas das complicações podem ser evitadas se a enfermeira estiver observando o paciente e cuidando meticulosamente; avaliar a tolerância do paciente sempre que o mesmo estiver acordado e alerta. Para avaliar intolerância alimentar podem ser realizados exames abdominais que avaliam os sons intestinais e alterações no perímetro abdominal; o volume e a frequencia da urina e fezes também devem ser monitorados e registrados (SABOL; STEELE, 2007). Os sinais clínicos de desidratação, como: sede, mucosas secas, taquicardia e turgor cutâneo deficiente, e o excesso de líquidos, como: edema periférico e ruídos pulmonares adventícios, também devem ser monitorados. Além dos cuidados físico citados até o momento, é de fundamental importância que a enfermeira forneça informações e apoio emocional ao paciente e a família, como: explicar o procedimento, o que esperar, os riscos e resultados esperados (SABOL; STEELE, 2007). David et al. (2001) reforça alguns dos cuidados para com a paciente em suporte nutricional enteral ou parenteral: - Monitorar pressão arterial; - Monitorar pressão venosa central; - Monitorar frequência cardíaca; - Monitorar temperatura; - Monitorar perfusão periférica; - Monitorar frequência respiratória; - Avaliar traçado eletrocardiográfico; - Avaliar nível de consciência; - Monitorar peso diariamente; - Monitorar edema; - Monitorar presença de sinais flogísticos; - Monitorar presença de infecção; - Monitorar presença de dor; - Realizar limpeza diariamente ou se presença de secreção no local de inserção da sonda ou do catéter; - Monitorar débito urinário e calcular balanço hídrico; - Realizar higiene corporal e oral; - Atentar-se para a fixação da sonda e catéter; - Monitorar sinais clínicos de distúrbios hidroeletrolíticos; 20 - Monitorar infusão; - Monitorar eliminações intestinais, atentando-se para diarréia; - Observar aspecto da pele como coloração, turgor e ressecamento; - Realizar limpeza da bomba de infusão diariamente com álcool 70%; - Realizar ausculta abdominal e atentar-se para presença de distenção abdominal no paciente com nutrição enteral; - Monitorar presença de vômitos, refluxo no paciente com nutrição enteral; - Observar tolerância a fórmula do paciente com nutrição enteral atentando-se para sensação de plenitude, náuseas, vômitos e diarréia; - Manter cabeceira elevada (30 a 45◦) no paciente com nutrição enteral; - Realizar troca dos equipos da nutrição enteral a cada 24 horas, ou conforme política da instituição; - Infundir dieta enteral em temperatura ambiente; - Preferencialmente utilizar bomba de infusão para dieta enteral; - Administrar nutrição parenteral exclusivamente através de bomba de infusão; - Utilizar via exclusiva para infusão da nutrição parenteral; - Proteger a nutrição parenteral da incidência direta da luz e fontes geradoras de calor durante sua administração; 21 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS A Terapia Nutricional é um conjunto de procedimentos complexos, constituindo-se em um desafio a cada momento. As portarias que regulamentam a nutrição parenteral e enteral alertam para os acidentes e as recomendações que devem ser cumpridas. Os profissionais que atuam nessa área tem como meta a busca de novos conhecimentos para interagir dentro de uma equipe de profissionais com conhecimentos diferentes (DAVID et al., 2001). A enfermagem, num trabalho multiprofissional com respeito mútuo, tem papel importante de identificar os pacientes que tenham ou possam desenvolver desnutrição protéico-energética ou outras deficiências de nutrientes, avaliando complicações relacionadas a deficiências nutricionais e monitorar a resposta dos pacientes avaliando a eficácia da terapia nutricional. (ROMBEAU; ROLANDELLI, 2004) Segundo Rombeau e Rolandelli (2004), o desenvolvimento da nutrição parenteral foi responsável pela sobrevivência e recuperação de incontáveis pacientes. Porém poucos são os avanços médicos isentos de complicações. A infusão de fluido contaminado pode ser atribuído a ausência de técnica asséptica na preparação e na manipulação dos acessos venosos, neste sentido podemos enfatizar a importância do papel da enfermagem em supervisionar sua equipe nestas técnicas. A enfermagem tem papel fundamental no sucesso dessa terapêutica nutricional, no sentido de manutenção e controle da via escolhida e volume administrado, até as mais variadas reações que o paciente possa apresentar. O planejamento assistencial de enfermagem deve ser individualizado, considerando globalmente o paciente, analisando aspectos físicos, psicossociais e espirituais. Quando bem identificados e controlados contribuem para a prevenção de complicações e para o sucesso do tratamento (HERMANN; CRUZ, 2008). Podemos perceber através destetrabalho que nos últimos 20 anos a terapia nutricional vem ganhando importância devido muitas pesquisas nesta área e as avançadas tecnologias utilizadas têm aprimorado o suporte para os pacientes graves. Quando a enfermagem avalia individualmente o estado nutricional do paciente contribui para uma assistência de melhor qualidade. A atualização dos conhecimentos nesta área de suporte nutricional e a capacitação da equipe de enfermagem devem ser constantes. 22 7. REFERÊNCIAS BATISTA, M. C. et al. Suporte nutricional enteral. In KNOBEL, E. Condutas no paciente grave. 3. Ed. São Paulo: Atheneu, 2006. BAXTER YC ,WAITZBERG DL, PINALTI et al. Preparações industrializadas para nutrição enteral. In: Waitzberg DL. Nutrição enteral e parenteral na pratica clinica. 2.ed. São Paulo, Atheneu, PP. 395-9, 1995. BRITO, S. DREYER, E. Suporte Nutricional - Condutas do Nutricionista. 2003. 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