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Patologia Pulmonar

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Página 1 de 8 
 
Stephanie Marie 
 FMP - 53 
Patologia 
Patologia Pulmonar 
tipo de resumo: anotações de aula + conteúdo de livro 
O câncer de pulmão é um dos tipos de câncer 
mais frequente do mundo, sendo o 2º mais 
frequente em homens e o 4º mais frequente entre 
as mulheres. 
Apesar de seu posicionamento não ser o número 
um de ambas as listas, ele é um câncer altamente 
letal. 
importância do diagnóstico precoce 6 
• é um dos tipos mais agressivos de câncer, 
no qual 87% dos pacientes diagnosticados 
morrem devido à doença 
• a sobrevida em 5 anos é baixa 
• é um câncer que geralmente é detectado 
em estágios mais avançados, dificultando 
o seu tratamento 
 
O diagnóstico precoce auxilia no tratamento do 
câncer de pulmão, uma vez que quanto antes o 
quadro for indicado, menores as chances de já ter 
desenvolvido metástase e, sendo assim, maiores 
as chances de cura. 
 
Uma variedade de tumores benignos e malignos 
pode surgir no pulmão, porém 90% a 95% 
consistem em carcinomas, aproximadamente 5% 
são carcinoides brônquicos e 2% a 5% são 
neoplasias mesenquimais e outros tipos diversos. 
 
carcinomas 
O câncer de pulmão atualmente é o principal 
câncer diagnosticado com maior frequência no 
mundo e a causa de mortalidade por câncer mais 
comum no mundo todo. Isso se deve, em grande 
parte, aos efeitos carcinogênicos do tabagismo. 
 
A incidência de câncer de pulmão, entre as 
mulheres, tendeu a aumentar durante os últimos 
anos. Isso se relaciona com a maior utilização do 
cigarro por mulheres atualmente e uma maior 
susceptibilidade do organismo feminino aos 
efeitos deletérios carcinogênicos do cigarro. 
O câncer de pulmão ocorre mais frequentemente 
entre as idades de 40 e 70 anos, com uma 
incidência máxima na faixa etária de 50 ou 60. 
 
A carcinogênese é um processo, como já 
estudado, que ocorre em várias etapas e que, com 
o acúmulo de mutações, pode dar origem a um 
câncer. Ou seja, embora parar de fumar diminua 
o risco do desenvolvimento de câncer de pulmão, 
o indivíduo ainda pode desenvolver o quadro. 
 
etiologia e patogenia 
A maioria dos casos de câncer de pulmão surgem 
por um acúmulo gradual de anormalidades 
genéticas que transformam o epitélio brônquico 
benigno em um tecido neoplásico. 
A principal agressão ambienta que causa a lesão 
genética, nesse caso, é conhecida: a fumaça do 
cigarro. 
• tabagismo 
• riscos industriais 
• poluição do ar 
• genética molecular 
• lesões precursoras 
tabagismo 6 
87% dos carcinomas de pulmão ocorrem em 
fumantes ativos ou naqueles que pararam 
recentemente. Em numerosos estudos 
retrospectivos, houve uma associação estatística 
invariável entre a frequência de câncer de pulmão 
e (1) a quantidade de fumo diário, (2) a tendência 
a inalar e (3) a duração do hábito de fumar. 
As mulheres apresentam maior suscetibilidade 
aos carcinógenos do tabaco que os homens. A 
interrupção do tabagismo por 10 anos reduz os 
riscos, mas nunca até os níveis de controle. 
 
Essencialmente, existe uma correlação linear 
entre a intensidade da exposição à fumaça do 
cigarro e o aparecimento de alterações epiteliais 
cada vez mais preocupantes, que começam com 
 
 
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Stephanie Marie 
 FMP - 53 
 
metaplasia escamosa e progridem para displasia 
escamosa, carcinoma in situ e carcinoma invasivo. 
O fumo passivo ou a fumaça de tabaco ambiental 
contém numerosos carcinógenos humanos para 
os quais não existe um nível de exposição seguro. 
Estima-se que, a cada ano, aproximadamente 
3.000 adultos não fumantes morram de câncer 
de pulmão como resultado da inalação passiva de 
fumaça. 
genética molecular 6 
Acredita-se que as exposições citadas 
previamente (fumaça de cigarro, poluição do ar, 
radiação iônica, dentre outros) atuem ao causar 
alterações genéticas nas células pulmonares, que 
se acumulam e, eventualmente, provocam o 
fenótipo neoplásico. 
 
Um agrupamento familiar ocasional sugeriu uma 
predisposição genética, assim como o risco 
variável mesmo entre fumantes intensos. As 
tentativas de definir marcadores de 
susceptibilidade genética estão em andamento e, 
por exemplo, identificaram um papel dos 
polimorfismos no gene do citocromo P-450 
CYP1A1. Pessoas com certos alelos de CYP1A1 
apresentam maior capacidade de metabolizar 
pró-carcinógenos derivados da fumaça do 
cigarro e, como se pode imaginar, acabam 
possuindo um maior risco de desenvolvimento de 
câncer de pulmão. 
 
Vale lembrar que 25% dos cânceres de pulmão no 
mundo todo surgem em não fumantes, e estes são 
patogeneticamente distintos. Ocorrem mais 
comumente em mulheres, e na maioria 
constituem adenocarcinomas. Tendem a 
apresentar mutações EGFR, quase nunca 
apresentam mutações KRAS e as mutações p53, 
embora comuns, ocorrem com menor frequência. 
 
LESÕES PRECURSORAS 
São conhecidos 3 tipos de lesões precursoras 
(não-invasivas): 
• displasia escamosa e carcinoma in situ 
• hiperplasia adenomatosa atípica 
• hiperplasia de células neuroendócrinas 
pulmonares idiopáticas difusas 
 
É importante salientar que uma lesão precursora 
não obrigatoriamente irá evoluir a um quadro de 
câncer de pulmão, indicam apenas uma 
possibilidade que deve ser observada. Além disso, 
atualmente não é possível saber para qual tipo de 
câncer cada lesão precursora irá evoluir. 
As lesões precursoras não costumam aparecer 
em exames de imagem e, dessa forma, torna-se 
mais difícil sua identificação e acompanhamento 
para um diagnóstico precoce de câncer de 
pulmão, em caso de evolução. 
• em alguns casos, as lesões precursoras 
podem ser identificadas ao acaso e, dessa 
forma, deverão ser acompanhadas para 
que se possa observar sua evolução. 
 
hiperplasia adenomatóide atípica 
É uma lesão pequena de até 5mm, que aparece 
na microscopia como pneumócitos displásicos 
revestindo paredes alveolares fibróticas. 
Pode aparecer como lesão única ou múltipla e 
geralmente não evolui ao câncer. 
 
adenocarcinoma in situ 
O adenocarcinoma in situ possui uma maior 
chance de evolução à um quadro de câncer. 
São lesões menores que 3cm, passíveis de serem 
visualizadas em exames de imagem – facilitando 
sua identificação e acompanhamento. 
Na microscopia, aparecem como células 
displásicas que crescem ao longo do septo 
alveolar pré-existente. As células irão possuir 
mais atipias nucleares do que no caso da 
hiperplasia. 
Os adenocarcinomas in situ podem ser mucinosos 
ou serosos. 
 
Uma vez que ainda é um adenocarcinoma in situ 
(não invasor), se identificado, deve ser retirado 
(com margem), evoluindo para cura de um 
provável câncer futuro. 
 
classificação do câncer 
A classificação do tumor é importante para 
consistência no tratamento do paciente e porque 
fornece uma base para estudos epidemiológicos e 
biológicos. 
 
 
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Stephanie Marie 
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• adenocarcionoma (mais frequente) 
• carcinoma de células escamosas 
• carcinoma de pequenas células 
• carcinoma de grandes células 
Para o uso clínico comum, contudo, os vários tipos 
histológicos de câncer de pulmão podem ser 
agrupados em dois grupos com base na 
probabilidade de metástases e respostas às 
terapias disponíveis: carcinomas de células 
pequenas (quase sempre metastáticos, resposta 
inicial alta à quimioterapia) e carcinoma de 
células não pequenas (menos frequentemente 
metastáticos, menos sensíveis). 
• a relação mais forte com o fumo está 
presente nos carcinomas de células 
escamosas e de células pequenas. 
 
adenocarcinoma 
É um tumor epitelial maligno com diferenciação 
glandular ou produção de mucina pelas células 
tumorais. 
O adenocarcinoma é o tipo mais comum de 
câncer de pulmão em mulheres e em não 
fumantes. Suas lesões em geral estão localizadas 
mais perifericamente e tendem a ser menores. 
A maioria é positiva para o fator de transcrição de 
tireoide-1 (TTF-1) e aproximadamente 80% 
contêm mucina. 
 
Os adenocarcinomas crescem mais lentamente 
que os carcinomas de células escamosas,porém 
tendem a apresentar metástases amplas e mais 
precoces. 
 
Os adenocarcinomas podem ser, histologiamente, 
menos ou mais diferenciados. Quimioterapia e 
radioterapia atuam melhor em tumores pouco 
diferenciados, uma vez que atuam sobre células 
em mitose (que se encontram em pouca 
quantidade em tumores bem diferenciados). 
carcinoma bronquioalveolar 6 
Ocorre no parênquima pulmonar nas regiões 
bronquioalveolares terminais. 
Macroscopicamente, o tumor quase sempre 
ocorre nas porções periféricas do pulmão, seja 
como nódulo único ou, mais frequentemente, 
como múltiplos nódulos difusos, que, algumas 
vezes, coalescem para produzir uma 
consolidação semelhante a pneumonia. Os 
nódulos parenquimatosos apresentam 
transluscência mucinosa cinza, quando secreção 
está presente, mas em outras circunstâncias, 
aparecem como áreas sólidas, cinza-
esbranquiçadas, que podem ser confundidas com 
pneumonia à inspeção macroscópica. 
A principal característica dos carcinomas 
bronquioloalveolares é seu crescimento ao longo 
de estruturas preexistentes, sem destruição da 
arquitetura alveolar. 
 
carcinoma de células escamosas 
É encontrado mais comumente em homens e está 
intimamente correlacionado a uma história de 
tabagismo. Histologicamente, este tumor é 
caracterizado pela presença de queratinização 
e/ou pontes intercelulares. A queratinização pode 
assumir a forma de pérolas escamosas (pérolas 
córneas) ou células individuais com citoplasma 
denso e acentuadamente eosinofílico. 
• esses aspectos são proeminentes nos 
tumores bem diferenciados, são 
facilmente vistos, mas não são extensivos 
em tumores moderadamente 
diferenciados, e são vistos focalmente nos 
tumores pouco diferenciados. 
Os carcinomas de células escamosas são 
geralmente precedidos por metaplasia escamosa 
e displasia do epitélio brônquico. 
 
O carcinoma de células escamosas possui um 
crescimento exofítico, podendo obstruir o 
brônquio e causar quadros respiratórios. Além 
disso, pode infiltrar o parênquima adjacente, 
carina e o mediastino, podendo haver necrose 
extensa ou cavidades. 
 
carcinoma de pequenas células 
Este tumor altamente maligno possui um tipo 
celular distinto. As células epiteliais são 
relativamente pequenas, com citoplasma escasso, 
bordas celulares pouco definidas, cromatina 
nuclear finamente granular (padrão de sal e 
pimenta) e nucléolos ausentes ou pouco 
evidentes. 
Os carcinomas de células pequenas apresentam 
uma forte relação com o tabagismo (apenas 
cerca de 1% ocorre em não fumantes). Podem 
surgir nos brônquios principais ou na periferia do 
 
 
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pulmão e não existe uma fase pré-invasiva 
conhecida ou carcinoma in situ. São os tumores 
pulmonares mais agressivos e são virtualmente 
incuráveis por meio cirúrgico. 
São células que fazem muita mitose e, 
geralmente, acabam também produzindo 
necrose. 
Dificilmente são diagnosticados no início do seu 
desenvolvimento e, por isso, seu diagnóstico 
acaba sendo feito apenas quando já existe um 
quadro metastático. 
 
Todos os carcinomas de pequenas células são de 
alto grau, ou seja, todos muito agressivos. Além 
disso, podem possuir grânulos neuroendócrinos 
que geralmente estarão relacionados à produção 
hormonal. 
 
carcinoma de grandes células 
Este é um tumor epitelial maligno não 
diferenciado que não possui as características 
citológicas do carcinoma de pequenas células e 
diferenciação glandular ou escamosa. As células 
tipicamente apresentam núcleos grandes, 
nucléolos proeminentes e quantidade moderada 
de citoplasma. 
Os carcinomas de células grandes provavelmente 
representam carcinomas de células escamosas e 
adenocarcinomas tão indiferenciados que já não 
podem ser reconhecidos por microscopia óptica. 
 
O carcinoma de grandes células é um diagnóstico 
de exclusão/diferencial, ou seja, primeiro se 
pensam em todos os outros tipos de carcinomas 
para, quando derem negativo, se pensar em 
carcinoma de grandes células. 
O diagnóstico é feito por meio de um estudo 
imunohistoquímico, no qual a presença ou 
ausência de marcadores específicos de cada 
carcinoma irá possibilitar a possível celularidade 
do tumor. 
• TTF1 +: adenocarcinoma pouco diferenciado 
• NapsinaA +: adenocarcinoma pouco 
diferenciado 
• P63/p40 +: escamoso pouco diferenciado 
• Todos os marcadores negativos: carcinoma 
de grandes células. 
 
 
 
agressividade e metástase 
A agressividade de um tumor se modifica 
conforme o tempo daquele tumor de realizar 
metástase, ou seja, quanto maior seu tempo para 
realização da metástase, maior a “janela de 
tempo” para o aparecimento de sintomas. O 
aparecimento dos sintomas é o que levará o 
paciente ao médico e, dessa forma, possibilitará a 
identificação do câncer antes da realização da 
metástase – melhora de prognóstico. 
 
No pulmão: escamoso é o tipo mais brando de 
câncer. 
 
Em caso de metástase, os carcinomas podem se 
estender a superfície pleural, pericárdio e 
cavidade pleural. Pode ocorrer por via linfática ou 
hematogênica, sendo comum a metástase para 
linfonodos traqueais, brônquios e mediastino. 
Disseminam-se precocemente por todo o corpo 
(com exceção do escamoso, que se dissemina 
mais tardiamente), podendo ser a primeira 
manifestação clínica de uma neoplasia pulmonar 
oculta 
• qualquer órgão pode ser acometido, com 
frequência suprarrenal, fígado, cérebro e 
ossos. 
 
curso clínico 
O câncer de pulmão é uma das neoplasias mais 
insidiosas e agressivas do reino da oncologia. No 
caso real, é descoberta em pacientes por volta dos 
50 anos de idade cujos sintomas têm vários 
meses de duração. As principais queixas de 
apresentação são: 
• tosse (75%) 
• perda de peso (40%) 
• dor torácica (40%) 
• dispneia (20%) 
Não raramente, o tumor é descoberto por sua 
disseminação secundária durante o curso de 
investigação de uma neoplasia aparentemente 
primária em outro local. 
 
 
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Todos os sintomas que aparecem em casos de 
tumores de pulmão são relacionados à quadros 
mais agressivos, que já fizeram invasão ou 
metástase. Por isso, o diagnóstico desse tipo de 
câncer geralmente só ocorre em casos já mais 
desenvolvidos do câncer. 
 
´síndrome paraneoplásica 
Os carcinomas de pulmão podem ser associados 
a várias síndromes paraneoplásicas, algumas das 
quais podem preceder o desenvolvimento de uma 
lesão pulmonar não detectável. 
• Secreção de ADH (geralmente carcinoma de 
pequenas células) 
• ACTH - Síndrome de Cushing (geralmente 
carcinoma de pequenas células) 
• PTH ou seu peptídeo - Hipercalcemia 
(geralmente carcinoma de células 
escamosas) 
• Calcitonina - hipocalcemia (geralmente 
adenocarcinoma) 
• Gonadotrofina - ginecomastia (geralmente 
adenocarcinoma) 
• Serotonina e bradicinina - síndrome 
carcinoide (geralmente tumor carcinóide) 
A ocorrência de síndromes paraneoplásicas 
auxilia no diagnóstico citológico do tumor, uma 
vez que, por meio dos hormônios, é possível 
imaginar qual célula está compondo aquele 
nódulo. 
• tumores que produzem ACTH e ADH: 
geralmente carcinoma de pequenas 
células 
• tumores que produzem hipercalemia: 
carcinoma de células escamosas 
 
Os cânceres de pulmão apicais no sulco pulmonar 
superior tendem a invadir as estruturas neurais 
ao redor da traqueia, incluindo o plexo simpático 
cervical, e produzem um grupo de achados 
clínicos, que incluem dor severa na distribuição do 
nervo ulnar e síndrome de Horner (enoftalmia, 
ptose, miose e anidrose) no mesmo lado da lesão. 
Esses tumores também são chamados de 
tumores de Pancoast. 
 
tumores neuroendócrinos 
O pulmão normalmente contém células 
neuroendócrinas no interior do epitélio como 
células isoladas ou agrupamentos, os corpos 
neuroepiteliais. Embora virtualmente todas as 
hiperplasias de células neuroendócrinas 
pulmonares sejam secundárias a fibrose e/ou 
inflamação das vias aéreas, um distúrbio raro 
chamado hiperplasiade células neuroendócrinas 
pulmonares idiopáticas difusas parece ser o 
precursor para o desenvolvimento de múltiplos 
pequenos tumores e carcinoides típicos ou 
atípicos. 
Os tumores neuroendócrinos são classificados 
separadamente, uma vez que existem diferenças 
significativas em sua incidência, características 
clínicas, epidemiológicas, histológicas, 
moleculares e de sobrevida. 
• Tumorlets (pequenos tumores benignos 
neuroendócrinos, funcionam como lesões 
precursoras) 
• Carcinóides (tumores malignos, porém, de 
baixa malignidade) 
• Carcinoma de pequenas células 
• Carcinoma de grandes células 
neuroendócrino 
 
Os tumorlets são ninhos hiperplásicos de células 
neuroendócrinas, que geralmente não se 
transformam em lesão neoplásica invasiva. 
→ ao serem identificados, deve ser 
acompanhado para observar seu 
desenvolvimento. 
 
carcinoides 
Sua incidência é igual nos dois sexos e geralmente 
se apresenta em pessoas que possuem menos de 
40 anos de idade. 
→ aproximadamente de 20-40% dos 
pacientes não são fumantes 
 
 
Os tumores carcinoides são neoplasias epiteliais 
malignas de baixo grau subclassificadas em 
carcinoides típicos e atípicos. Os carcinoides 
típicos não possuem mutações em p53 ou 
 
 
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anormalidades na expressão de BCL2 e BAX, 
enquanto os carcinoides atípicos exibem essas 
alterações em 20% a 40% e 10% a 20% dos 
tumores, respectivamente, podendo apresentar 
maior malignidade. 
 
Morfologicamente, os carcinoides podem surgir 
centralmente ou podem ser periféricos (maioria 
intrabrônquica). Ao exame macroscópico, os 
tumores centrais crescem como massas 
polipoides digitiformes ou esféricas, que se 
projetam comumente para a luz do brônquio, e, 
em geral, são cobertos por mucosa intacta. 
• centrais: massa polipoide esférica que se 
projeta na luz do brônquio, recoberta por 
mucosa intacta 
• periférico: sólido e nodular 
Na microscopia, se apresentam como formas 
organóides, trabeculares, em paliçada, faixas ou 
rosetas, separados por estroma de tecido 
conjuntivo. São células regulares, núcleos 
arredondados e uniformes. 
manifestações clínicas 6 
As manifestações clínicas dos carcinoides 
brônquicos emanam de seu crescimento 
intraluminal, sua capacidade de sofrer 
metástases e a capacidade de algumas lesões 
elaborarem aminas vasoativas. Tosse persistente, 
hemoptise, prejuízo da drenagem de passagens 
respiratórias com infecções secundárias, 
bronquiectasia, enfisema e atelectasia são todos 
produtos derivados do crescimento intraluminal 
dessas lesões. 
Pode também apresentar ataques de diarreia, 
rubor e cianose, ocorrendo em apenas 10% dos 
tumores carcinoides (auxilia no diagnóstico do 
tumor carcinóide). 
 
tumores metastáticos 
O pulmão é o local mais comum de neoplasias 
metastáticas. Tanto carcinomas quanto sarcomas 
originados em qualquer parte do organismo 
podem se disseminar para os pulmões pelo 
sangue ou linfáticos ou por continuidade direta. O 
crescimento de tumores contíguos para os 
pulmões ocorre mais frequentemente nos 
carcinomas esofágicos e linfomas mediastinais. 
O padrão de crescimento metastático nos 
pulmões é bastante variável. Nos casos comuns, 
múltiplos nódulos discretos (lesões em bola de 
canhão) são difusos em todos os lobos, com a 
maioria presente na periferia. 
 
tuberculose pulmonar 
Entra como diagnóstico diferencial dos nódulos 
malignos. 
É uma doença crônica e sistêmica pulmonar 
causada por uma micobactéria. 
A tuberculose floresce em qualquer lugar com 
pobreza, aglomeração e doença debilitante 
crônica. 
Condições que aumentam o risco de tuberculose: 
diabetes melito, linfoma de Hodgkin, doença 
pulmonar crônica (como silicose), insuficiência 
renal crônica, desnutrição, alcoolismo e 
imunossupressão. 
• Morfologia: complexo de Ghon (lesão de 
parênquima pulmonar com envolvimento de 
nódulos regionais). 
 
tuberculose secundária 
É o padrão que surge em um hospedeiro 
previamente sensibilizado, que pode ocorrer logo 
em sequência de um quadro primário ou anos 
após a infecção inicial. 
• Início insidioso 
• Sintomas primários inespecíficos 
• Com a progressão da doença, o paciente 
pode apresentar hemoptise e dor pleurítica 
 
ED – NÓDULO pulmonar solitário 
O nódulo pulmonar solitário é definido como uma 
discreta, bem marginada, arredondado, com 
diâmetro igual ou menor que 3cm. São envoltos 
por parênquima pulmonar, não encostando no 
hilo pulmonar ou no mediastino, também não 
estando associados com adenopatias, 
atelectasias ou efusão pleural (acúmulo anormal 
de líquido na cavidade pleural, levando a uma 
dificuldade de expansão dos pulmões). 
 
A maioria dos nódulos pulmonares solitários são 
benignos. No entanto, é muito importante se 
considerar a hipótese de malignidade no 
diagnóstico diferencial desse nódulo, uma vez que 
quanto antes se identifica um nódulo maligno, 
mais fácil é de se combater o desenvolvimento 
desse nódulo, melhorando o prognóstico do 
paciente. 
 
 
 
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Mesmo que um nódulo tenha a possibilidade de se 
tornar uma neoplasia maligna, a primeira opção 
para identificação de malignidade desse lado não 
deve ser procedimento de biópsia. Deve-se 
sempre optar, primeiro, por procedimentos não 
invasivos. Caso esses não consigam identificar um 
resultado, pode-se utilizar biópsia. 
 
etiologia 
Os nódulos pulmonares podem ter diversas 
causas, como: 
• neoplásica maligna ou benigna (como 
carcinoma broncogênico, linfoma, 
hamartoma) 
• inflamatória associada ou não à 
inflamação (granuloma, artrite 
reumatoide) 
• congênita (má-formação artério-venosa) 
• infarto pulmonar 
• atelectasia redonda 
• impactação por muco 
• fibrose maciça progressiva 
 
diagnóstico 
• radiografia de tórax 
• tomografia computadorizada 
• PET scan 
• broncoscopia de fibra óptica 
• biópsia 
Além desses exames, existem alguns dados 
clínicos que são importantes na avaliação do 
nódulo pulmonar, adquiridos por meio da história 
do paciente e do exame físico. 
radiografia e tomografia 6 
Existem alguns padrões a serem analisados em 
casos de radiografia de tórax e tomografia 
computadorizada, que auxiliam na identificação 
de malignidade ou não do nódulo. 
 
Tamanho 
Nódulos com tamanhos maiores do que 20mm 
tendem a ser mais malignos do que nódulos de 
tamanho menor. Ou seja, quanto maior o 
tamanho de um nódulo, maior o seu potencial de 
malignidade. 
 
Tempo de Crescimento 
Em geral, tempos de crescimento menores do que 
1 mês sugerem algum processo infeccioso, 
enquanto tempos de crescimento de mais de 18 
meses sugerem processo benignos como o 
granuloma, o hamartoma, dentre outros. Ou seja, 
o tempo de crescimento para um tumor maligno 
não deve ser nem muito rápido nem muito 
devagar. 
 
Calcificação 
Existem alguns padrões de calcificação mais 
relacionados a nódulos malignos e mais 
relacionados a nódulos benignos. 
• benignos: calcificação difusa, central, 
laminar, concêntrica e “em pipoca” 
• maligno: calcificação pontilhada e 
excêntrica 
 
Características de Borda 
Geralmente nódulos com bordas bem definidas, 
suaves e não noduladas podem indicar um nódulo 
benigno ou metástase. 
Já nódulos de borda muito irregular ou em 
“coroa” podem indicar nódulos malignos. 
 
Localização 
Os nódulos anexados à pleura, vasos ou fissuras 
provavelmente serão benignos. 
história do paciente 6 
A maioria dos pacientes com nódulo pulmonar 
solitário são assintomáticas, sendo os nódulos 
geralmente detectados “acidentalmente” em 
algum exame. Apesar disso, alguns dados clínicos 
na história do paciente, quando o nódulo for 
identificado, podem auxiliar na diferenciação de 
malignidade: 
• história de fumo e quantidade fumada 
• exposição a fatores ocupacionais de risco 
para câncer de pulmão (como níquel, 
radônio) 
• viagem para áreas endêmicas de micoses 
ou com alta prevalência de tuberculose 
• história de tuberculoseou micose 
pulmonar 
exame físico 6 
Embora não existam sintomas específicos para 
pacientes com um nódulo pulmonar, a clínica irá 
variar a depender do local do tumor. 
Alguns sintomas podem se apresentar a 
depender do local: 
• tosse persistente 
• hemoptise 
• febre 
• sons de respiração diminuídos 
 
 
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hamartoma 
O hamartoma é o tipo mais comum de tumor de 
pulmão benigno. Ocorre principalmente em 
adultos e se localizam perifericamente. 
No geral, sua consistência é firme e semelhante a 
um mármore. Histologicamente, os hamartomas 
são constituídos de tecido epitelial em conjunto 
com outros tecidos, como gordura e cartilagem.

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