AD1 Alfabetização 2 final

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Polo: Itaguaí
AD1 Alfabetização 2
Por décadas os métodos de alfabetização giravam em torno de levar o aluno a conhecer as letras, formar sílabas e montar palavras somente através da escrita, tendo a oralidade como algo secundário, sem ter a devida importância, pois só entrava em cena quando era trabalhado a relação fonema-grafema. 
A partir desses métodos se perde a característica histórica e cultural que o aluno já tem em sua bagagem, fazendo com que a linguagem se torne homogênea, sem ter a característica do sujeito.
Quando um professor esta em sala de aula, ele não está só em contato com vários alunos, mais também com várias histórias, vivências, experiências, culturas, religiões, coisas que não podem ser ignoradas, pois tem grande relevância no processo de aprendizado, pois a troca entre eles é algo que enriquece o aprendizado de ambos os lados.
Porém essa bagagem, essa troca não é vista como algo importante em muitas salas de aula, principalmente em salas destinadas a alfabetização, aonde todos esses conhecimentos são ignorados e o que importa e a metodologia, os livros utilizados que por muitas vezes não falam a linguagem do aluno tornando algo sem significado e sem sentido e que não podem ser questionados.
É preciso repensar a metodologia tradicional que ainda é encontrada em muitas salas de aula e ser dado a devida importância aos processos interlocutivos, pois o diálogo tem um papel fundamental para que a linguagem seja concebida, é fundamental os textos de diferentes gêneros nas escolas para não se ter algo engessado, mas algo que abra espaços para debates, pesamentos, questionamentos e opiniões.
A linguagem oral e a escrita são duas modalidades que tem grande importância, uma não sobrepõe a outra, pelo contrário, uma completa a outra e isso precisa ser trabalhado pois a oralidade é um canal de expressividade, e tem um grande papel na aprendizagem.
A escola, o professor deve ter o compromisso de oferecer uma aprendizagem significativa, sem medo de mudanças, abrindo os horizontes com o objetivo e comprometimento de formar seres pensantes, críticos sem se prender a somente uma metodologia, a só um olhar. É preciso olhar um todo, perceber e entender que as coisas mudam e com isso é preciso dar espaço para novas práticas para assim formar indivíduos que conheçam e deixem sua marca no mundo.