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2/28/2020 1 SDE3853 – FARMACOLOGIA APLICADA À SAÚDE Aulas 05 e 06: INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA DO SNA E MOTOR SOMÁTICO/FÁRMACOS DE AÇÃO COLINÉRGICA Introdução ao sistema nervoso autônomo 2/28/2020 2 Introdução ao sistema nervoso autônomo Sistema Nervoso Periférico Somático Autônomo (Visceral) estabelecer uma interface entre o ambiente e o sistema nervoso central, através dos nervos. Neurônios sensoriais e motores que estão submetidos ao controle consciente para gerar ações motoras voluntárias, resultantes da contração de um músculo esquelético. Regula funções subconscientes tais como: pressão arterial, frequência cardíaca, motilidade intestinal e o diâmetro pupilar. Os órgãos efetores inervados são músculo liso, cardíaco e as glândulas. É dividido em sistema nervoso simpático e parassimpático. Introdução ao sistema nervoso autônomo • O Sistema Nervoso Autônomo (SNA) é a parte do Sistema Nervoso Periférico responsável por regular as funções neurovegetativas cujo controle é involuntário: sistemas respiratório, cardiovascular, renal, digestório e endócrino. • Desempenha papel principal em manter a homeostase a cada momento diante de diferentes situações e desafios ambientais. • O SNA é composto por um sistema que inerva diversos órgãos, glândulas, vasos sanguíneos, músculos liso e cardíaco. 2/28/2020 3 Introdução ao sistema nervoso autônomo Luta ou fuga? Atividade do sistema nervoso simpático - Aumenta glicogenólise (maior oferta de glicose). - Aumento do suprimento sanguíneo nos músculos esqueléticos. - Vasodilatação nos vasos dos músculos. - Aumento do ritmo cardíaco e da circulação coronária. - Aumento da pressão arterial. - Vasoconstrição nos vasos mesentérios e cutâneos (palidez). - Dilatação dos brônquios (melhora oxigenação). - Dilatação das pupilas (midríase). - Diminuição do peristaltismo intestinal e fechamento dos esfíncteres. - Aumento da sudorese e ereção dos pelos. 2/28/2020 4 Introdução ao sistema nervoso autônomo Introdução ao sistema nervoso autônomo 2/28/2020 5 • A acetilcolina (ACh) não é exclusiva do sistema parassimpático, pois esse neurotransmissor participa das sinapses do parassimpático, do simpático, com a medula adrenal, junção neuromuscular e até no SNC. • A ACh atua tanto em receptores muscarínicos quanto em receptores nicotínicos. • A ligação ao receptor muscarínico representa a ação do sistema parassimpático propriamente dito, enquanto a ligação ao nicotínico pode levar a contração muscular (sistema somático) e ativação simpática e parassimpática. • O receptor muscarínico apresenta cinco sub-divisões: M1, M2, M3, M4 e M5, sendo o M1, M2 e M3 os mais frequentes. • O receptor nicotínico apresenta duas subdivisões principais: Nm (da junção neuromuscular) e Nn (do sistema nervoso). Transmissão colinérgica 2/28/2020 6 2/28/2020 7 Síntese de acetilcolina Efeitos gerais do sistema nervoso parassimpático 2/28/2020 8 • Neurotransmissores: noradrenalina/norepinefrina e adrenalina/epinefrina (principalmente proveniente da medula adrenal). • A noradrenalina atua em receptores alfa1, alfa2 e beta1-adrenérgicos. A adrenalina age em alfa1, alfa2, beta1 e beta2. Transmissão adrenérgica 2/28/2020 9 Dopamina Transmissão adrenérgica Efeitos gerais do sistema nervoso simpático 2/28/2020 10 Efeitos gerais do sistema nervoso simpático Fármacos de ação colinérgica Colinomiméticos Anticolinesterásicos Antagonistas muscarínicos Bloqueadores ganglionares Bloqueadores neuromusculares 2/28/2020 11 • Os fármacos colinérgicos são aqueles que aumentam a ação do sistema nervoso parassimpático. • Os fármacos colinérgicos podem ser divididos em de ação direta – agonistas dos receptores colinérgicos (muscarínicos e nicotínicos) – e de ação indireta – inibidores da acetilcolinesterase (AChE). • A AChE é uma enzima que hidrolisa a ACh em colina e acetato em questão de segundos. Fármacos colinérgicos Fármacos colinérgicos 2/28/2020 12 Os efeitos farmacológicos dos colinomiméticos são a exacerbação da ativação do sistema parassimpático. Olho: miose (constrição do músculo constritor – diminuição do diâmetro da pupila) e acomodação da visão para perto (constrição do músculo ciliar). Importante: isso facilita a drenagem do humor aquoso que reduz a pressão intraocular. Uso clínico: glaucoma (pilocarpina na forma de colírio) e cirurgia intraocular. Efeito (adverso): distúrbio da visão noturna (o simpático regula a visão noturna com midríase). Agonistas colinérgicos – Efeitos farmacológicos Glândulas exócrinas: aumento da secreção. Usos clínicos: xerostomia (baixa produção de saliva) (pós- quimioterapia/radioterapia); olho seco (aumentar secreção lacrimal). Efeitos (adversos): sudorese, aumento da secreção brônquica e gástrica (contraindicado para pacientes com úlceras). Agonistas colinérgicos – Efeitos farmacológicos Trato geniturinário: constrição da bexiga e relaxamento esfincteriano. Uso clínico: auxiliar no esvaziamento vesical. Efeito (adverso): urgência para urinar. TGI: aumento da motilidade e relaxamento esfincteriano. Uso clínico: aumentar mobilidade (constipação). Efeito (adverso): cólicas intestinais, diarreias. 2/28/2020 13 Sistema cardiovascular: redução da frequência cardíaca, força atrial e vasodilatação periférica (redução da resistência vascular periférica). Efeitos (adversos): bradicardia, hipotensão. Agonistas colinérgicos – Efeitos farmacológicos Pulmão: broncoconstrição. Efeito (adverso): agravar quadro de asma. Sistema nervoso central (SNC) (para fármacos lipossolúveis) Efeito (adverso): convulsão. ÉSTERES DE COLINA Os ésteres de colina são drogas similares à ACh. • Acetilcolina: pouco lipossolúvel (não atravessa a barreira hematoencefálica). Apresenta a mesma afinidade por receptores muscarínicos e nicotínicos e é substrato da AChE por apresentar o grupo éster. • Metacolina: apresenta um grupo metila a mais que a Ach - continua sendo pouco lipossolúvel, mas apresenta maior afinidade por receptores muscarínicos do que por nicotínicos. Agonistas colinérgicos 2/28/2020 14 ÉSTERES DE COLINA • Carbacol: pouco lipossolúvel, com a mesma afinidade por receptores muscarínicos e nicotínicos, mas não é substrato da AChE. • Betanecol: mistura do carbacol com a metacolina. Pouco lipossolúvel, com maior afinidade por receptores muscarínicos do que por nicotínicos, mas não é substrato da AChE. É utilizado para tratamento de hipotonia da bexiga e do trato gastrointestinal. Agonistas colinérgicos ALCALOIDES Os alcaloides são fármacos semelhantes a muscarina e nicotina, clássicos agonistas que dão nome aos receptores colinérgicos. Os principais exemplos são: muscarina, pilocarpina, nicotina e lobelina. As duas primeiras são agonistas muscarínicos, enquanto as duas últimas são agonistas nicotínicos. • Muscarina: É pouco lipossolúvel (não atravessa a barreira hematoencefálica), apresenta maior afinidade por receptores muscarínicos e não sofre degradação pela AChE. Não é usada na clínica e é causa de um tipo de envenenamento por cogumelos. Agonistas colinérgicos 2/28/2020 15 ALCALOIDES • Pilocarpina: É lipossolúvel (tem capacidade de atravessar a barreira hematoencefálica), apresenta maior afinidade por receptores muscarínicos e não sofre degradação pela AChE. É utilizada no tratamento de glaucoma. Agonistas colinérgicos Os anticolinesterásicos são fármacos que inibem a acetilcolinesterase, aumentando o tempo de ação da ACh na fenda sináptica e, dessa forma, apresentam ação indireta. Anticolinesterásicos Araújo et al. Rev. Virtual Quim., 8 (6), 1818- 1834, 2016 2/28/2020 16 • Os efeitos farmacológicos dos anticolinesterásicos decorrem de aumento da ativação do parassimpático. • Há quatro usos clínicos:atonia de musculatura lisa do TGI (íleo paralítico) e da bexiga urinária; redução da pressão intraocular por causar miose e constrição do músculo ciliar (tratamento de glaucoma); ação sobre a junção neuromuscular aumentando a força de contração (tratamento de miastenia gravis – perda dos receptores nicotínicos; reversão dos bloqueadores de junção neuromuscular – pós-anestesia); tratamento de intoxicação por atropina e da doença de Alzheimer leve a moderada. • Os efeitos adversos são: sudorese, hipersalivação, cólica e risco de crise asmática. Anticolinesterásicos • Anticolinesterásicos reversíveis: Há duas drogas principais: o edrofônio (álcool simples) e os ésteres de ácido carbâmico, como a neostigmina e a fisostigmina, de ação intermediária. • O edrofônio tem importância no diagnóstico de miastenia gravis (injeção intravenosa causa um aumento da força muscular). Anticolinesterásicos 2/28/2020 17 • Anticolinesterásicos irreversíveis: Esses fármacos são organofosforados, derivados do ácido fosfórico. Em geral, são lipossolúveis, sendo de uso clínico o ecotiofato, que é menos lipossolúvel (foi usado no tratamento de glaucoma). Eles ligam-se fortemente ao sítio esterásico da AChE, não sofrendo hidrólise espontânea. Essas substâncias são utilizadas como inseticidas e armas químicas. Anticolinesterásicos • Intoxicação por organofosforados: Ocorre principalmente na zona rural por manipulação de áreas expostas a inseticidas. Essas drogas são lipossolúveis e atingem o SNC, causando vários efeitos decorrentes de superestimulação parassimpática: miose, dificuldade visual, dificuldade respiratória, espasmos musculares, salivação, sudorese, diarreia, paralisia flácida (bloqueio por despolarização) e convulsão. O tratamento deve conter bloqueadores de receptor muscarínico (atropina) e pralidoxima, droga que reverte a inibição da AChE por clivar o grupo fósforo da AChE. Além disso, é necessário descontaminar as roupas do paciente. Anticolinesterásicos 2/28/2020 18 2/28/2020 19 • Os antagonistas muscarínicos previnem os efeitos da acetilcolina por bloquearem a ligação do receptor muscarínico em células efetoras do parassimpático (e simpático colinérgico), em junções neuroefetoras, em gânglios autonômicos e no sistema nervoso central (SNC). • Geralmente, os anticolinérgicos causam pequeno bloqueio nicotínico, mas, geralmente, apenas muscarínico. Dessa forma, pode-se considerar, para efeito de praticidade, que os anticolinérgicos são antimuscarínicos e bloqueiam apenas a via final do sistema parassimpático. Anticolinérgicos A molécula base anticolinérgica é a atropina, derivada da planta Atropa belladonna. As preparações dessa planta eram utilizadas desde o Império Romano como veneno e têm em Átropos – divindade responsável por cortar a linha da vida – a origem de seu nome. Já o termo belladonna deriva do uso dessa preparação por mulheres italianas para dilatar a pupila. Anticolinérgicos 2/28/2020 20 ATROPINA, ESCOPOLAMINA E IPRATRÓPIO • Atropina: é o mais famoso anticolinérgico. Atinge o SNC, onde tem ação estimulatória. • Escopolamina: tem ação depressora do SNC. • Ipratrópio: não atravessa a barreira hematoencefálica. Cada tecido apresenta sensibilidade diferente aos anticolinérgicos. Por exemplo, pequenas doses de atropina diminuem a secreção salivar e brônquica. Doses maiores ocasionam dilatação pupilar e inibição da acomodação da visão para perto. Anticolinérgicos EFEITOS FARMACOLÓGICOS De forma geral, os anticolinérgicos retiram o tônus do sistema parassimpático. • Sistema cardiovascular Coração: aumento da FC; não há alteração pressórica ou no débito cardíaco. Circulação: em doses clínicas, inibição da vasodilatação periférica e da redução da pressão arterial (PA); contudo, se dada sozinha, o resultado é variável; em doses tóxicas, pode ocasionar rubor na área da face, não por vasodilatação, mas por efeito compensatório para diminuir a temperatura já que a sudorese está inibida. Anticolinérgicos 2/28/2020 21 EFEITOS FARMACOLÓGICOS • Sistema respiratório: Embora a atropina possa causar alguma broncodilatação e diminuir a secreção traqueobrônquica em indivíduos normais por bloquear o tônus parassimpático, seu efeito é muito mais importante em pacientes com doenças pulmonares (p.ex., asma). No entanto, por passar ao SNC, é pouco usado pelos efeitos colaterais. Uso clínico: efeito broncodilatador. Ipratrópio é utilizado para tratar asma, em conjunto com agonistas beta2-adrenérgicos. Anticolinérgicos EFEITOS FARMACOLÓGICOS • Olho: Inibe o tônus colinérgico do músculo circular da íris e do músculo ciliar, causando, respectivamente, midríase e paralisia da acomodação. A intensa dilatação pupilar promove fotofobia; a cicloplegia promove dificuldade para enxergar objetos próximos, além da inibição do reflexo pupilar pela luz. Em conjunto, isso causa aumento da pressão intraocular. Uso clínico: midriático (consulta oftalmológica). Anticolinérgicos 2/28/2020 22 EFEITOS FARMACOLÓGICOS • TGI: De forma geral, a atropina diminui a peristalse e as secreções. Uso clínico: cólicas (contração espasmódica da musculatura lisa). • Bexiga: Relaxamento vesical (utilizado para retenção urinária). Usos clínicos: bexiga hiperativa (incontinência urinária) e cistite (se associado com antibiótico) • Glândulas exócrinas: Bloqueio de secreções: causa xerostomia (sialosquese) e, em elevadas concentrações, inibição da secreção de ácido gástrico. Intoxicação por anticolinesterásicos (organofosforados). Anticolinérgicos ANTIMUSCARÍNICOS ESPECÍFICOS Diferentemente da atropina, escopolamina e ipratrópio apresentam maior especificidade a um tipo de receptor muscarínico (M1, M2 ou M3). São úteis por causarem menos efeitos colaterais. • Pirenzepina: anti-M1 específico. É importante por apresentar ação neural e ação na secreção gástrica. Tem uso clínico em alguns países para tratar úlceras pépticas. • Metoctramina: anti-M2 específico. Tem ação cardíaca, promovendo taquicardia. • Darifenacina: anti-M3 específico. Tem importância na modulação da contração da musculatura lisa e nas secreções. Anticolinérgicos 2/28/2020 23 A intoxicação atropínica ocorre principalmente em crianças que, inadvertidamente, comem plantas contendo alcaloides belladonna ou tomam drogas. O quadro clínico é rico: xerodermia (pele seca), hipertermia (inibição da sudorese), xerostomia, excitação (estimulante do SNC), rubor atropínico em faces, abdômen distendido (redução da mobilidade intestinal) e bexigoma (retenção urinária). O tratamento deve apresentar anticolinesterásicos, sonda vesical, sonda retal, sedação com benzo-diazepínico e bolsa de gelo. Anticolinérgicos 2/28/2020 24 • Os gânglios autonômicos, tanto simpáticos como parassimpáticos, apresentam grande semelhança entre si: ambos têm como neurotransmissor principal a acetilcolina (ACh), e os receptores são nicotínicos. • Dessa forma, um agonista nicotínico é capaz de estimular os gânglios autonômicos, gerando uma ativação do simpático, do parassimpático, da medula adrenal e da junção neuromuscular (contração). • De forma análoga, um antagonista nicotínico é capaz de inibir o gânglio autonômico, diminuindo o tônus. Gânglios autonômicos 2/28/2020 25 Gânglios autonômicos • Os agonistas ganglionares são capazes de se ligar ao receptor nicotínico. Alguns fármacos com esse efeito são: nicotina, lobelina, tetrametilamônio e DMPP. • A nicotina, quando administrada endovenosamente, provoca uma resposta complexa, pois ativa tanto o simpático quanto o parassimpático. De modo geral, primeiramente, ocorre ativação do parassimpático (por questão anatômica, pois o gânglio parassimpático está na parede do órgão-alvo), em seguida, ativação do simpático e, por fim, resposta adrenérgica por secreção de adrenalina. • No trato gastrointestinal (TGI), aumenta otônus e a atividade motora intestinal, promovendo náusea, vômitos e diarreia. Nas glândulas exócrinas, causa intensa estimulação da salivação, sudorese e secreção brônquica, com posterior inibição. Já no sistema cardiovascular, a resposta é mais complexa. Agonista ganglionar 2/28/2020 26 Efeito da nicotina sobre a pressão arterial. Inicialmente, há uma fase em que ocorre queda da PA, por ativação do sistema parassimpático, ocasionando vasodilatação e queda da resistência vascular periférica (RVP). Posteriormente, inicia-se a fase hipertensiva, composta por dois picos. O primeiro pico é decorrente da ativação do simpático, que apresenta ação local e rápida; e o segundo ocorre por causa da secreção de adrenalina pela medula da suprarrenal, com resposta difusa, hormonal e de longa duração. Agonista ganglionar • Os bloqueadores ganglionares têm efeito difuso e retiram o tônus do sistema autônomo predominante. Dessa forma, causam hipotensão importante, com vasodilatação de vários territórios, taquicardia, midríase, aumento da pressão intraocular, constipação, retenção urinária e disfunção erétil (inibição da ejaculação e da ereção). • Historicamente, o hexametônio foi utilizado como droga anti-hipertensiva. Contudo, por apresentar diversos efeitos colaterais, logo foi abandonado com o surgimento de betabloqueadores. • O decametônio, o análogo “C10” do hexametônio, é um agente bloqueador neuromuscular despolarizante. • A mecamilamina, foi desenvolvida para melhorar o grau e a extensão de absorção do trato gastrintestinal, porque os compostos bloqueadores ganglionares aminas quaternárias eram absorvidos de forma errada após administração. Bloqueador ganglionar 2/28/2020 27 • Bloqueadores ganglionares são usados raramente, porque agentes bloqueadores autonômicos mais seletivos estão disponíveis. • A mecamilamina bloqueia receptores nicotínicos centrais e tem sido defendida como um possível adjuvante do adesivo de nicotina transdérmico para reduzir a ânsia por nicotina em pacientes que tentam deixar de fumar. Bloqueador ganglionar
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