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Fichamento 1 - MALVEZZI, S Psicologia organizacional - da administração científica à globalização uma história de desafios

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REFERÊNCIA: MALVEZZI, S. Psicologia organizacional - da administração científica à globalização: uma história de desafios. São Paulo: USP, 2000.
	 Texto 1 
Nome: 
RA: 
Data: Fev/2020
Apresenta os feitos históricos na solidificação da Psicologia Organizacional (PO) mostrando o progresso da construção da concepção de relação homem-trabalho, tido para esta área da Psicologia, como objeto de estudo e de produção científica. Desenvolve-se uma visão de interdisciplinaridade com diversas outras ciências, como Biologia, Administração, Sociologia e Economia.
Os pesquisadores Patrizi, Kraepelin e Lahy são colaboradores da constituição PO, de forma que os dois primeiros direcionando os estudos na investigação da relação da fadiga e o rendimento da produção, e o último supracitado focou em estudos sobre a organização e divisão de tarefas com relação ao ajustamento do trabalhador e as máquinas, no período da revolução industrial. Lahy desenvolveu um método de seleção aplicável para 60 anos. Outro autor contribuinte foi Munstenberg, com estudos a respeito da tarefa destinada aos trabalhadores adequadas às suas habilidades.
A PO a princípio tem seus fundamentos no modelo positivista, no qual avaliava fatos psicológicos individuais, relacionados aos pré-requisitos das tarefas. Esse grupo de pioneiros baseados na Psicometria, tinha como perspectiva como fatores individuais dissociados do contexto social, cultural e político do trabalhador, tendo como foco na investigação o desempenho do trabalhador e otimização do fluxo de produção.
Dessa forma, estabeleceu-se um modelo normatizador em prol da gestão de desempenho, disciplinando o processo e conduta dos trabalhadores nas empresas, hierarquizando e criando métodos para punir ou recompensar. Essa estruturação da PO convergia para a Administração Científica, aprofundando estudos de desempenho, fluxo de produção e capacitação de funcionários, favorecendo o controle e autoridade gerencial e legitimando o processo de institucionalização do trabalho.
Nos primeiros anos a PO assumiu problemas e sofreu críticas sociais, por não considerar os conflitos sociais, atuando passivamente e técnicos por não se ocupar da transformação do “status quo”. Com o desenvolvimento das ciências sociais, as questões sócio-culturais se tornaram evidentes, assim, para os processos organizacionais, a Administração Científica não sanava toda a área.
Essa transformação levou a PO a modificar o objeto de estudo, passando a considerar os fatores humanos e sócio-históricos, de modo que tanto desempenho quanto produção seriam melhor compreendido do que enquanto isolados da realidade do indivíduo. Os métodos qualitativos tomaram o campo antes somente dos quantitativos e a organização como um todo passou a ser objeto de estudo da PO. 
Outra mutação nas relações de trabalho, se deu devido ao desenvolvimento da tecnologia e a globalização, exigindo flexibilidade, mobilidade entre tarefas e resistência do trabalhador. Desenvolvimento este que trouxe rapidez de transmissão e agilidade nos processos de produção, em contra partida, geraram insegurança, pela rotina de certa forma inconsistente devido à fluidez, e pressão pelas novas circunstâncias de trabalho. Tais desafios da globalização mostraram um cenário de reinstitucionalização do trabalho, com o perfil do trabalhador empreendedor.
Sinteticamente, as transformações socio-históricas, que geraram modificações nas relações de trabalho, alterando o objeto de estudo, quadro de funcionários, demandando mão de obra especializada, de forma que os desafios e alteraram a relação e reconhecimento, a PO engaja conversão de valores, regulando-se ao período histórico de forma a modificar a compreensão do homem no contexto do trabalho, hoje visto como ativo, acompanhando as transformações da globalização e evoluções tecnológicas.

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