Microfundamentos da Função Consumo

Sara Oliveira

07/03/2020

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Macroeconomia III
Microfundamentos da função consumo
Profa. Dra. Andréa Ferreira da Silva
Centro de Estudos Sociais Aplicados
Departamento de Economia
Curso de Ciências Econômicas
VI Semestre
SILVA, Andréa Ferreira (URCA) Macroeconomia III Microfundamentos da função consumo Iguatu, Peŕıodo 2019.2 1 / 28
Estrutura da Apresentação
1 Introdução
2 Teorias do Consumo e da Poupança do Ciclo de Vida-Renda Permanente
3 Teoria do Ciclo de Vida
4 Renda Permanente
5 Consumo sob incerteza: A abordagem moderna
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Introdução
Introdução
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Introdução
Introdução
Introdução ao estudo do Consumo
O consumo é função direta da renda:
C = f (YD) (1)
Determinado por dois componentes:
C = c0 + c1YD (2)
Onde:
c0: Independe das variações da renda;
c1: Altera-se com as variações da renda;
YD : Renda dispńıvel.
A hipótese do consumo é feita em sua maioria sob os bens normais.
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Introdução
Introdução
Intenção:
Compreender o que determina o consumo e a relação dinâmica entre ele e a renda.
Introdução ao estudo do Consumo
Esta renda pode ser de caráter:
1. Temporária (instável, não cont́ınua)
2. Permanente (estável, cont́ınua)
Tais caracteŕısticas podem induzir a um consumo variável ou constante, refletindo na
indução (planejamento) do consumo.
Hipótese: admitindo um modelo para a renda pode-se formular um comportamento
acerca do consumo.
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Teorias do Consumo e da Poupança do Ciclo de Vida-Renda Permanente
Teorias do Consumo e da Poupança do Ciclo de Vida-Renda
Permanente
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Teorias do Consumo e da Poupança do Ciclo de Vida-Renda Permanente
Teorias do Consumo e da Poupança do Ciclo de Vida-Renda Permanente
A teoria do consumo moderno enfatiza a tomada de decisões para toda a vida.
Hipótese do Ciclo de Vida
Originalmente, enfatizava escolhas sobre como manter um padrão de vida estável em face de
mudanças na renda ao longo da vida.
Renda Permanente
Focava em prever o ńıvel de renda dispońıvel para um consumidor ao longo da vida.
Essas duas teorias se fundiram!
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Teoria do Ciclo de Vida
Teoria do Ciclo de Vida
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Teoria do Ciclo de Vida
Teoria do ciclo de vida
A Hipótese do Ciclo da Vida
Considera que os indiv́ıduos planejam seu comportamento de consumo e poupança durante
longos peŕıodos com a intenção de alocar seu consumo da melhor maneira posśıvel durante
toda sua vida.
O principal pressuposto é que a maioria das pessoas escolhem estilos de vida estáveis;
A ideia não é poupar furiosamente em um peŕıodo para ter um enorme gastança no
próximo, mas sim, consumindo aproximadamente igual em cada peŕıodo ao longo da vida;
Prinćıpio básico: o individuo busca distribuir o consumo de forma estável ao longo da
vida, mantendo um padrão de consumo ao longo do tempo;
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Teoria do Ciclo de Vida
Teoria do ciclo de vida
Hipóteses Indiretas
a) Não há renda vitaĺıcia;
b) Tempo de vida > tempo de trabalho;
c) Não existe aposentadoria (direta);
d) Não há remuneração via taxa de juros;
e) Não há inflação;
f) Não há crédito;
Diante destes aspectos, deve haver uma precaução por parte do indiv́ıduo do longo prazo.
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Teoria do Ciclo de Vida
Teoria do ciclo de vida
Questão: há a incidência da renda durante um certo peŕıodo de tempo;
Solução: agentes precisam poupar para manter consumo ao longo do tempo;
Eles poupam diante uma expectativa de vida, sob a qual devem consumir os rendimentos
poupados;
O modelo supõem que haja um consumo estável, que deve ser mantido para permitir os
dispêndios ao longo do tempo.
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Teoria do Ciclo de Vida
Teoria do ciclo de vida
O consumo estável também pode ser definido como o consumo médio, dado por:
C =
WL
NL
∗ YL (3)
Onde:
WL: Anos de vida profissional;
NL: Anos de vida;
YL: Renda Anual
WL
NL é a Propensão Marginal a Consumir.
Observe que, uma vez que temos uma teoria de consumo, também temos uma teoria
de poupança, já que a poupança é simplesmente a renda menos o consumo.
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Teoria do Ciclo de Vida
Dinâmica na teoria do ciclo de vida
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Teoria do Ciclo de Vida
Teoria do ciclo de vida
A estabilidade do consumo é resultado da necessidade de formação da poupança;
Conclusão: a determinação do consumo na teoria do ciclo de vida é feita em vista do
longo prazo e das estimativas acerca da renda.
Exemplos considerando as variações no fluxo da renda.
A PMC da renda permanente é grande e a PMC da renda transitória é pequena,
muito próxima de zero.
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Renda Permanente
Renda Permanente
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Renda Permanente
Renda Permanente
Assim como a hipótese do ciclo de vida, a teoria da renda permanente argumenta que o
consumo está relacionado não com a renda atual, mas com uma estimativa de longo prazo.
A Renda Permanente:
É a taxa constante de gastos (consumo) que uma pessoa poderia manter pelo resto de sua
vida, dados os ńıveis correntes de riqueza e renda obtidos agora e no futuro.
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Renda Permanente
Renda Permanente
Renda Permanente
A renda é composta pela:
i. Renda permanente: constante, estável;
ii. Renda transitória: variável, temporária.
A incidência periódica da renda permite um planejamento maior do consumo, induzindo o
mesmo;
Assim, diante da incidência de uma renda estável, o indiv́ıduo prefere um consumo
proporcional à renda.
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Renda Permanente
Renda Permanente
Renda Permanente
Em sua forma mais simples, a teoria assume que o consumo é proporcional à renda
permanente:
C = cYP (4)
Medição da renda permanente: A pessoa tem um ńıvel de renda corrente e formou
uma ideia do ńıvel de consumo que gostaria de manter para o resto da vida.
Agora a renda sobe. A pessoa tem de decidir se o aumento é permanente, meramente
transitório ou temporário.
A diferença entre as rendas é importante.
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Renda Permanente
Renda Permanente
Importante
O foco das decisões são os rendimentos permanentes auferidos.
Conclusão: De acordo com a Hipótese do Ciclo de Vida-Renda Permanente
(HCV-RP), o consumo é determinado proporcionalmenteà renda permanente,
tornando-o estável ao longo do tempo.
Rendimentos transitórios induzem à oscilações suaves no consumo, devido sua
inconstância temporal.
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Consumo sob incerteza: A abordagem moderna
Consumo sob incerteza: A abordagem moderna
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Consumo sob incerteza: A abordagem moderna
Consumo sob incerteza: A abordagem moderna
Consumo sob incerteza
Se a renda permanente fosse conhecida exatamente, então, de acordo com a HCV-RP, o
consumo nunca mudaria;
A versão moderna da HCV-RP enfatiza a relação entre a incerteza da renda e as variações
no consumo e aceita uma abordagem mais formal para a maximização do consumo.
De acordo com essa versão mais nova, as variações no consumo surgem de
mudanças-surpresa na renda.
Sem surpresas na renda, o consumo desse peŕıodo deve ser o mesmo do peŕıodo anterior.
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Consumo sob incerteza: A abordagem moderna
Consumo sob incerteza
O modelo tradicional contra-ataca
A evidência emṕırica sugere que tanto a função consumo tradicional quanto a HCV-RP
contribuem para explicar o comportamento do consumo.
Assim, alterações no consumo ocorreriam em função de alterações na renda:
i. Alterações previśıveis na renda levariam a fortes mudanças no consumo: sensibilidade;
ii. Alterações não previśıveis (mudanças-surpresas) levariam a baixas mudanças no consumo:
suavidade.
Importante:
O comportamento real do consumo exibe ambos: excesso de sensibilidade e excesso de
suavidade. Com a sugestão de que metade do comportamento do consumo é explicada pela
renda corrente, e não apenas pela renda permanente.
SILVA, Andréa Ferreira (URCA) Macroeconomia III Microfundamentos da função consumo Iguatu, Peŕıodo 2019.2 22 / 28
Consumo sob incerteza: A abordagem moderna
Consumo sob incerteza
O modelo tradicional contra-ataca
A evidência emṕırica sugere que tanto a função consumo tradicional quanto a HCV-RP
contribuem para explicar o comportamento do consumo.
Assim, alterações no consumo ocorreriam em função de alterações na renda:
i. Alterações previśıveis na renda levariam a fortes mudanças no consumo: sensibilidade;
ii. Alterações não previśıveis (mudanças-surpresas) levariam a baixas mudanças no consumo:
suavidade.
Importante:
O comportamento real do consumo exibe ambos: excesso de sensibilidade e excesso de
suavidade. Com a sugestão de que metade do comportamento do consumo é explicada pela
renda corrente, e não apenas pela renda permanente.
SILVA, Andréa Ferreira (URCA) Macroeconomia III Microfundamentos da função consumo Iguatu, Peŕıodo 2019.2 22 / 28
Consumo sob incerteza: A abordagem moderna
Restrições de Liquidez e miopia
Por que uma teoria tão elegante como a HCV-RP falha em explicar tanto comportamento de
consumo?
Restrições de Liquidez
Argumenta que quando a renda permanente é maior do que a renda corrente, os consumidores
não são capazes de tomar emprestado para consumir no ńıvel maior previsto pela HCV-RP.
Miopia
Sugere que os consumidores simplesmente não são tão voltados para o futuro como a HCV-RP
sugere.
Restrição a liquidez: incapacidade de financiar um consumo corrente (na expectativa de
uma renda futura);
Financiar o consumo é uma alternativa atual para antecipar/manter o consumo (futuro);
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Consumo sob incerteza: A abordagem moderna
Incerteza e Poupança de reserva
A hipótese do ciclo de vida é a de que as pessoas economizam amplamente para financiar
a aposentadoria.
As metas adicionais de poupança também são importantes.
As evidências sobre heranças sugerem que parte da poupança é feita para deixar heranças
para os filhos.
Poupança precaucionária: forma de evitar peŕıodos de privações.
A poupança é uma reserva - tempos bons e tempos ruins.
SILVA, Andréa Ferreira (URCA) Macroeconomia III Microfundamentos da função consumo Iguatu, Peŕıodo 2019.2 24 / 28
Conclusões
Conclusões
Conclusões
Os modelos permitem “uma visão” acerca do comportamento do consumo;
Focam o papel da renda;
Focam o consumo como previśıvel, pasśıvel de planejamento (renda): estabilidade;
Contudo, empiricamente, observa-se a não racionalidade do consumidor.
SILVA, Andréa Ferreira (URCA) Macroeconomia III Microfundamentos da função consumo Iguatu, Peŕıodo 2019.2 25 / 28
Referência
Referência
Referência
Caṕıtulo 13: Consumo e poupança.
DORNBUSCH, R.; FISCHER S., STARTZ, R.Macroeconomia. 10a Ed. São Paulo: McGraw
Hill, 2010.
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Atividades
Atividades
Atividades
1. Breve texto descrevendo sobre Os aspectos do consumo no Brasil.
2. Resolver a lista 1: Microfundamentos da Função Consumo.
ENTREGAR PRÓXIMA AULA: 24 de Setembro de 2019
SILVA, Andréa Ferreira (URCA) Macroeconomia III Microfundamentos da função consumo Iguatu, Peŕıodo 2019.2 27 / 28
Agradecimentos
Agradecimentos
Em caso de dúvidas, entrar em
contato com:
<andrea.economia@yahoo.com.br>
Obrigada!
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andrea.economia@yahoo.com.br
	Introdução
	Teorias do Consumo e da Poupança do Ciclo de Vida-Renda Permanente
	Teoria do Ciclo de Vida
	Renda Permanente
	Consumo sob incerteza: A abordagem moderna
	Conclusões
	Referência
	Atividades
	Agradecimentos