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Elasticidade Preço da Demanda na Teoria Econômica

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Teoria
Econômica
ELASTICIDADE
BELO HORIZONTE - 2018
FI
CH
A
 T
ÉC
N
IC
A FUMEC VIRTUAL - SETOR DE 
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Gestão Pedagógica
Coordenação
Gabrielle Nunes Paixão
Transposição Pedagógica
Riane Gonçalves Gervásio
Produção de 
Design Multimídia
Coordenação
Rodrigo Tito M. Valadares
Design Multimídia
Alan J. Galego Bernini
Infra-Estrututura e Suporte
Coordenação
Anderson Peixoto da Silva
AUTORIA
Profa. Adriana França 
Guimarães Viana
APRESENTAÇÃO
Iniciando, um novo módulo em que trabalharemos com a elasticidade. Como sabemos quando os preços se alteram a variação do consumo não é igual em relação a todos os 
produtos, pois alguns são mais importantes que outros. Assim a resposta do consumidor 
depende muito do produto em questão. Quem vai medir essa resposta do consumidor é a 
elasticidade. As elasticidades de forma geral são medidas de sensibilidade, pois medem a 
variação da demanda ou da oferta à mudança em outra variável. Existem três elasticidades 
do lado da demanda e uma do lado da oferta.
As elasticidades são: elasticidade preço da demanda, elasticidade preço cruzada da 
demanda, elasticidade renda da demanda e elasticidade preço da oferta. Hoje iniciaremos 
o estudo da elasticidade preço da demanda.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Ao final do módulo, espera-se que o aluno seja capaz de:
• Conceituar e entender a elasticidade preço da demanda.
• Compreender os fatores que determinam a elasticidade preço da demanda.
• Determinar matematicamente a elasticidade preço da demanda.
ELASTICIDADE
Elasticidade preço da demanda
A elasticidade preço da demanda mede a sensibilidade da demanda a uma mudança no 
preço.
Quando estudamos a demanda vimos pela lei da demanda que quando o preço aumenta o 
consumo cai e vice versa, mas será que isso ocorre de forma homogênea para todo e qual-
quer bem, ou seja, se o preço aumentar o consumo de todos os bens cairá de forma igual?
Você deve estar pensando, logicamente que não, pois alguns produtos são mais impor-
tantes que outros. Quando, por exemplo, o preço dos alimentos aumenta o seu consumo 
cai muito pouco, pois não podemos prescindir do seu consumo. Já se estivermos falando 
de lazer, idas a restaurantes, cinemas, viagens, entre outros, se o preço desses produtos 
aumentar a demanda por eles pode cair substancialmente, pois, não são produtos tão 
essenciais assim. É isso que a elasticidade preço da demanda mede.
A resposta da demanda a uma mudança no preço do produto. Só que ao invés de chamar-
mos estes produtos de essenciais e não essenciais na economia eles terão outro nome.
Bom, antes de falarmos nisso vamos definir melhor a elasticidade preço da demanda.
A elasticidade preço da demanda mede a variação percentual da quantidade demandada 
devido à variação percentual do preço,
e é o coeficiente de elasticidade preço da demanda
A fórmula matemática é a extensão do conceito literal. Assim podemos representar da 
seguinte maneira:
% %
% %
% 1 100 % 1 100
% 1 100 % 1 100
ou
x ou x
x ou x
∆ ∆
= − =
∆ ∆
   −
∆ = − ∆ = −   
   
−   ∆ = − ∆ = −   
   
Q Qe e
P P
Qf Qf QiQ Q
Qi Qi
Pf Pf PiP P
Pi Pi
Como preço e quantidade são inversamente relacionados, o coeficiente de elasticidade 
preço da demanda é um número negativo. Com o objetivo de evitar o trabalho com valores 
negativos, um sinal negativo é frequentemente introduzido na fórmula da elasticidade ou 
é colocado em módulo; ou, dito de outra forma, o que importa é a magnitude da elastici-
dade, se maior que a unidade (elástica) ou menor do que a unidade (inelástica), (não se 
preocupem com isso ainda, pois, iremos estudar essa questão a seguir).
Fazendo-se um levantamento no mercado do que ocorre com o preço e quantidade 
demandada de alguns produtos durante um determinado período de tempo, dependen-
do do valor encontrando para o coeficiente de elasticidade preço da demanda temos a 
seguinte classificação:
- Se a uma variação do preço a demanda responder com uma variação menos do que 
proporcional, esse bem é chamado de inelástico.
Por exemplo, se o preço aumentar e a quantidade demanda cair de forma menos do que 
proporcional ou se o preço diminuir e a quantidade aumentar de forma menos do que propor-
cional é porque esse é um bem essencial, por isso sua variação da quantidade é pequena.
Elasticidade 39
Em economia ele recebe o nome de inelástico. O coeficiente de elasticidade preço da 
demanda é menor que um (e< 1).
Ao usar a fórmula encontraremos um valor para o coeficiente de elasticidade preço de 
demanda e< 1.
O coeficiente menor que um significa que a variação percentual da quantidade vai ter 
qualquer valor menor que o valor da variação do preço. Se o preço variar 10% a quantida-
de vai variar qualquer valor inferior a 10%, ou para mais ou para menos.
Exemplo de bens inelásticos: alimentos, energia, medicamentos.
O pressuposto é que o consumo destes produtos é mais ou menos uniforme assim, se o 
preço destes produtos cair não vamos consumir muito mais. Se o preço dos alimentos, 
medicamentos por exemplo, cair não vamos consumir muito mais em decorrência da 
queda do preço, pois já consumimos o necessário.
Se o preço aumentar também não haverá uma queda sensível na demanda destes produ-
tos, pois não podemos abrir mão do seu consumo.
- Se a uma variação do preço a demanda responder com uma variação mais do que 
proporcional, esse bem é chamado de elástico.
Por exemplo, se o preço aumentar e a quantidade demandada cair de forma mais do 
que proporcional ou se o preço diminuir e a quantidade aumentar de forma mais do que 
proporcional é porque esse é um bem não tão essencial, por isso sua variação da quanti-
dade é grande. Em economia ele recebe o nome de elástico. Neste caso o coeficiente de 
elasticidade preço da demanda é maior que um (e > 1).
Os produtos industrializados (eletrodomésticos, automóveis, alimentos processados), 
roupas e lazer são alguns exemplos de produtos sensíveis a variações de preços.
O coeficiente maior que um significa que a variação percentual da quantidade vai ter qual-
quer valor maior que o valor da variação do preço. Por exemplo, se o preço variar 10% a 
quantidade vai variar qualquer valor maior que 10%.
- Se a uma variação do preço a demanda responder com uma variação na mesma propor-
ção, esse bem tem elasticidade unitária.
Por exemplo, se o preço aumentar e a quantidade demanda cair na mesma proporção ou 
se o preço diminuir e a quantidade aumentar na mesma proporção esse bem tem elasti-
cidade igual a um (e=1). Ao contrário dos bens elásticos que são caracterizados por não 
serem tão essenciais e dos bens inelásticos por serem essenciais os bens unitários não 
tem essa caracterização. É circunstancial que um bem apresente o coeficiente unitário.
Elasticidade40
Vejamos, agora, os fatores que explicam por que uns produtos são elásticos e outros 
inelásticos, ou seja:
FATORES QUE AFETAM A ELASTICIDADE PREÇO DA DEMANDA
• grau de essencialidade do produto – sobre este fator nós já falamos. Alimentos, 
água, energia são exemplos de bens essenciais, portanto, se o preço se alterar a 
mudança no consumo será insignificante, ou seja, os consumidores serão pouco 
sensíveis a variações nos preços, pois, como já dissemos são bens essenciais, não 
podemos deixar de consumir. Assim quanto mais essencial mais inelástico e quanto 
menos essencial mais elástico
• número de bens substitutos - Um produto que tenha muitos substitutos terá uma 
maior elasticidade preço do que outro que não tenha substitutos. A lógica é quan-
do o preço de um produto se eleva e os preços dos seus substitutos se mantêm 
constantes, o consumidor tende a demandar os substitutos. De forma análoga, se 
o preço de um produto cai os consumidores tendem a adquirir menos do produto 
substituto (porque passam a consumir mais do produto com o preço baixo). Ex. 
Apesar de alguns acharem que não a maioria reconhece que Coca é um substituto 
muito próximo da Pepsi e vice-versa. Existe ainda, uma variedade de outros substi-tutos razoavelmente satisfatórios para refrigerantes. Manteiga e margarina também 
podem ser consideradas razoavelmente substitutas. Por outro lado, como os ovos 
não têm um substituto muito próximo, a demanda por ovos é provavelmente menos 
elástica do que a demanda por refrigerantes. Se o preço de um refrigerante sobe 
poderá ser substituído por outro já o ovo não.
Concluindo, quando o preço de um bem aumenta, procuramos por substitutos. Se 
for fácil encontrar reduzimos a demanda do produto em questão e a demanda será 
dita mais elástica. Se for difícil encontrar substitutos próximos, não tem como redu-
zir muito e a demanda será considerada inelástica.
• definição do mercado - O mercado pode ser definido de forma ampla ou restrita. 
Mercados definidos de forma ampla tendem a ter uma demanda menos elástica uma 
vez que é mais difícil encontrar substitutos. Quando falamos alimentos, uma catego-
ria ampla, estamos falando de uma forma geral, e não temos substitutos (produtos 
inelásticos). Já quando especificamos, por exemplo, sucos industrializados, estamos 
falando de um mercado definido, específico, neste caso, temos substitutos (produto 
elástico). Não precisamos consumir sucos industrializados podemos consumir suco 
natural, então temos um produto mais elástico. Assim para mercados definidos de 
forma ampla temos uma demanda inelástica, para mercados definidos de forma 
restrita temos uma demanda mais elástica.
• Peso no orçamento - Produtos que consomem uma parcela grande da renda dos 
consumidores são mais elásticos do que aqueles que consomem uma parcela peque-
na. Produtos mais caros como eletrodomésticos, carros, imóveis têm um peso gran-
de no orçamento comparativamente a outros, como sal, fósforo e alguns alimentos, 
que representam uma porcentagem pequena dos gastos do consumidor. Isso signi-
fica que um aumento no preço destes produtos que normalmente custam barato 
não vai fazer o consumidor deixar de comprar, pois o peso destes produtos no 
orçamento do consumidor é muito pequeno. Por exemplo, um aumento de 10% no 
preço de uma caixa de fósforos não desestimula nenhum consumidor a comprar. 
Já um aumento de 10% no preço de um carro pode fazer um consumidor deixar de 
adquirir o produto.
Em resumo, produtos definidos de forma ampla, produtos essenciais para o consu-
midor, produtos com um menor número de substitutos e com menor peso no orça-
mento terão demanda mais inelástica, ou seja, menor é a resposta do consumidor 
a variação do preço.
O último fator relevante que podemos assinalar é o horizonte ou período de tempo. 
Elasticidade 41
• horizonte de tempo - O horizonte de tempo ou período de tempo se divide em curto 
prazo ou longo prazo.Entendemos por longo prazo o período de um ano ou mais e o 
curtos prazo um período menor que este.
Os bens tendem a ser mais elásticos no longo prazo. Mudar um hábito um costu-
me no curto prazo não é fácil. É mais fácil para os consumidores encontrarem um 
substituto quando eles têm mais tempo. Quando o preço da gasolina aumenta, a 
demanda por gasolina cai pouco inicialmente. Com o passar do tempo, contudo, as 
pessoas se habituam, compram carros que consomem menos gasolina, passam a 
usar transporte coletivo e se mudam para mais perto do local de trabalho. No longo 
prazo a demanda por gasolina cai de forma mais significativa.
VAMOS RELACIONAR AGORA A ELASTICIDADE COM 
A RECEITA TOTAL E COM O GASTO TOTAL
Ou seja, vamos ver o que acontece com a receita e com o gasto quando o preço varia e 
a demanda é elástica ou inelástica.
Antes de começarmos o estudo, entretanto, vamos definir RECEITA TOTAL e GASTO 
TOTAL.
A receita total que as empresas produtoras de determinado bem recebem é igual a quanti-
dade vendida vezes o preço (RT = P x Q), da mesma forma que a despesa dos consumi-
dores na compra desse bem é igual a quantidade comprada vezes seu preço (GT=P x Q) 
(GT = gasto total).
Podemos dizer que receita e gasto são dois lados da mesma moeda, pois, dependem das 
mesmas variáveis, preço e quantidade.
Um exemplo, a receita total de uma livraria depende da quantidade de livros vendidos e do 
preço de mercado dos livros. O gasto do consumidor com os livros depende de quantos 
livros forem comprados e do quanto for pago. Se o preço do livro é de R$ 10,00 e forem 
comprados 5 livros no mês a receita e o gasto vão ser de R$ 50,00.
RT = P x Q 5 x R$10,00 = R$ 50,00
GT = P x Q 5 x R$10,00 = R$ 50,00
Bom, agora que definimos receita e gasto vamos relaciona-la com a demanda elástica e 
inelástica.
Se o bem for elástico: quando o preço aumenta (10%, por exemplo) a quantidade cai mais 
do que proporcionalmente (20% por exemplo). Como a receita total e o gasto total = P x 
Q; a receita total e o gasto total de um bem elástico vão cair quando o preço aumentar.
Quando o preço diminuir a quantidade aumenta mais do que proporcionalmente. Como a 
receita total e o gasto total = P x Q, a receita total e o gasto total de um bem elástico 
vão aumentar quando o preço diminur.
Se o bem for inelástico: quando o preço aumenta (10% por exemplo) a quantidade cai menos 
do que proporcionalmente(5% por exemplo). Como a receita total e o gasto total = P x Q, a 
receita total e o gasto total de um bem inelástico vão aumentar quando o preço aumentar.
Quando o preço diminuir a quantidade aumenta menos do que proporcionalmente. Como 
a receita total e o gasto total = P x Q, a receita total e o gasto total de um bem inelástico 
vão cair quando o preço aumentar.
Se o bem for unitário: quando o preço aumenta a quantidade cai na mesma proporção. 
Como a receita total e o gasto total = P x Q, a receita total e o gasto total de um bem 
unitário não vão se alterar.
Elasticidade42
Quando o preço diminui a quantidade aumenta na mesma proporção. Como a receita total 
e o gasto total = P x Q, a receita total e o gasto total de um bem unitário também não 
vão se alterar.
Vamos agora representar graficamente as curvas de demanda elásticas, inelásticas unitá-
rias e conhecer duas situações novas.
Gráfico e<1 (inelástico)
Se o preço aumenta a quantidade cai menos do que 
proporcionalmente, consequentemente a curva de 
demanda que representa o bem de demanda inelástica 
(e<1) é mais vertical. Lembre-se bem inelástico é um 
bem essencial que tem poucos substitutos, por isso que 
quando o preço aumenta a quantidade demandada cai 
pouco.
Gráfico e>1 (elástico)
Se o preço aumenta a quantidade cai mais do que 
proporcionalmente, consequentemente a curva de 
demanda que representa o bem de demanda elástica 
(e>1) é mais horizontal. Neste caso o bem não é tão 
essencial, por isso quando o preço aumenta a quantida-
de demandada cai de forma mais do que proporcional.
Gráfico e=1 (unitário)
Se o preço aumenta a quantidade cai na mesma propor-
ção, consequentemente a curva de demanda que repre-
senta o bem de demanda unitária ( e = 1) tem inclina-
ção intermediária entre o inelástico e o elástico.
Gráfico e=0 
(perfeitamente inelástico)
O preço pode aumentar que a quantidade demanda-
da não vai se alterar. Neste caso extremo a curva de 
demanda é vertical e qualquer que seja a variação do 
preço, a quantidade demandada é sempre a mesma. 
Pela fórmula temos
 
% , %10%
%
0% 0, 0
10%
∆
= − = ∆
∆
∆ = = =
Qe se P e
P
Q teremos e
Esta é uma situação em que o bem é tão essencial e não tem substitutos que mesmo que 
o preço aumente, dobre, triplique, quadruplique o consumo não vai se alterar. A literatura 
apresenta como exemplo para um bem perfeitamente inelástico o sal. Produto essencial, 
sem substitutos e com peso pequeno no orçamento. Outro exemplo que podemos dar 
seria a insulina para um grupo seleto de pessoas que fazem uso desse produto.
Elasticidade 43
Gráfico e =∞ 
(perfeitamente elástico)
A um preço igual ou inferior a R$ 3,00, por exemplo, 
os consumidores compram qualquer quantidade, ou seja, 
elasticidade infinita (e =∞). Existem tantos substitu-
tos, é o caso de vários produtos iguais, substitutos no 
mercado, várias marcas, que aeste preço, R$3,00 ou 
a um preço menor os consumidores compram qualquer 
quantidade, a quantidade demandada é infinita.
Com isso chegamos ao fim do nosso estudo de elasticidade preço da demanda. É hora 
de ver, portanto, se fixamos o nosso estudo. Vamos passar agora para alguns exercícios.
Elasticidade44
EXERCÍCIOS:
1. A elasticidade preço da demanda do produto A é igual a 0,1. S o preço deste 
produto aumentar em 2%, a quantidade procurada deverá aumentar ou diminuir e 
de quanto?
Resposta:
Menos 0,2% significa que a quantidade vai cair 0,2%. Sabíamos que a quantida-
de iria cair também porque se o preço aumentou e estamos falando da demanda, 
quando o preço aumenta o consumo cai.
2. A elasticidade preço da demanda de um bem é de 1,8 e a quantidade demanda ao 
preço atual de mercado é de 5000 unidades. Caso o preço do bem sofra uma redu-
ção de 5% a quantidade demandada passará a ser de?
Resposta:
1,8
5000 ( )
% 5% ( 5%)
?
e
Q qantidadeinicial
P preçocai
Qf
=
=
∆ = −
=
Para encontrarmos a quantidade final podemos raciocinar da seguinte forma, se 
soubermos a ΔQ%, ou seja, a porcentagem de variação da quantidade de um 
período para outro, sabendo a quantidade inicial chegamos na quantidade final. 
Vejamos:
Vamos encontrar primeiro a ΔQ%, para isso temos a fórmula:
% %1,8
% 5%
% 5% 1,8
% 9%
% 9%
x
∆ +∆
= =
∆ −
∆ =
∆ = +
∆ =
Q Qe
P
Q
Q
Q
A quantidade vai aumentar 9%. O preço cai 5% e a quantidade aumenta 9%.
Agora que sabemos que a quantidade vai aumentar 9% podemos chegar na quan-
tidade final.
Se a quantidade inicial é de 5000 e a quantidade final vai aumentar 9% a quanti-
dade final será:
Qf = 5000 + (9% 5000)
Qf = 5000 + 450
Qf = 5450
0,1
% 2%
% ?
e
P
Q
=
∆ =
∆ =
%
%
%0,1 % 0,2%
2%
Qe
P
Q Q
∆
=
∆
−∆
= ∆ = −
+
Elasticidade 45
3. O que acontecerá com a Receita Total se:
a. o preço aumentar e a demanda for inelástica
b. o preço aumentar e a demanda for elástica
c. o preço diminuir e a demanda for elástica
d. o preço diminuir e a demanda for inelástica
Resposta:
a. Se o preço aumenta e a demanda é inelástica a quantidade demandada irá cair 
menos do que proporcionalmente. Como RT = P x Q, o aumento do preço mais 
do que compensa a pequena redução da quantidade demandada, portanto a recei-
ta total irá aumentar.
b. Se o preço aumenta e a demanda é elástica a quantidade demandada irá cair mais 
do que proporcionalmente. Como RT = P x Q, a redução da quantidade mais do 
que compensa o pequeno aumento do preço, portanto a receita total irá cair.
c. Se o preço diminui e a demanda é elástica a quantidade demandada irá aumentar 
mais do que proporcionalmente. Como RT = P x Q, o aumento da quantidade 
mais do que compensa a pequena redução do preço, portanto a receita total irá 
aumentar.
d. Se o preço diminui e a demanda é inelástica a quantidade demandada irá aumen-
tar menos do que proporcionalmente. Como RT = P x Q, a redução do preço 
mais do que compensa o pequeno aumento da quantidade demandada, portanto 
a receita total irá cair.
4. A elasticidade preço da demanda do bem X é de 0,5. Esta informação permite 
concluir que:
a. Uma elevação do preço de X determina uma elevação de sua demanda em 
proporção maior que a elevação do preço.
b. Uma redução do preço de X determina uma elevação de sua demanda em 
proporção maior que a redução do preço.
c. Uma elevação do preço de X determina uma redução de sua demanda em 
proporção menor que a elevação do preço.
d. Uma redução do preço de X determina uma redução de sua demanda em propor-
ção menor que a redução de preço.
e. Uma elevação de preço de X não altera sua demanda.
Resposta:
Uma elasticidade de 0,5 indica que o bem é inelástico e < 1. Um bem inelástico é 
essencial, portanto as variações do preço levam a variações na quantidade menos 
do que proporcionais (pequenas).
A única opção que mostra esta possibilidade é a letra c.
Elasticidade46
47
Síntese
Neste módulo aprendemos sobre elasticidade preço de demanda. Vimos como a demanda 
responde de forma diferente dependendo do produto. Tem produtos que são mais impor-
tantes e mesmo que o preço aumente sofre pouca variação do consumo e outros que são 
menos importantes.
Referências
Equipe de Professores da USP - Manual de Economia. Editora Saraiva, 2003.
PASSOS, Carlos Roberto Martins; NOGAMI, Otto. Princípios de Economia - Livro de Exercícios. Editora Pioneira, 
1999.
HALL, Robert E.; LEIBERMAN, Marc. Microeconomia - Princípios e Aplicações. Editora Thompson, 2003.
MANKIW, N. Gregory. Introdução à Economia. Editora Thompson, 2005.
O’SULLIVAN, Arthur; NISHIJIMA, Marislei; SHEFFRIN, Steven. Introdução à Economia Princípios e Ferramentas. 
Editora Pearson Prentice Hall, 2004.
SALVATORE, Dominick. Microeconomia. Editora McGraw Hill, 1984.

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