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PONTO 02 (ADMINISTRATIVO) - AÇÃO INDENIZATÓRIA

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PONTO 02 (ADMINISTRATIVO) - AÇÃO INDENIZATÓRIA
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE __, ESTADO DO RIO DE JANEIRO
JANAINA, nacionalidade, estado civil, profissão, RG nº..., CPF nº..., residente e domiciliada na rua..., vem, por sua advogada infrafirmada (instrumento de procuração anexa), com endereço profissional na rua..., onde serão encaminhadas as intimações do feito, propor a presente AÇÃO INDENIZATÓRIA em face do Município de ..., pessoa jurídica de direito público interno, CNPJ nº..., com sede na rua..., pelos fatos e fundamentos a seguir.
DOS FATOS
JANAINA, moradora de um Município da Baixada Fluminense, Rio de Janeiro, ao caminhar pela rua de casa para o trabalho, em direção ao ponto de ônibus, às 7:00 horas da manhã do dia 08/10/2010, caiu em um bueiro aberto desprovido de sinalização de aviso pelo Poder Público, sendo socorrida por moradores locais.
Em razão da queda, sua perna direita se prendeu, ocasionando-lhe uma fratura no joelho direito e outras lesões externas leves, todas constatadas após o socorro prestado após a chegada dos bombeiros militares para ser levada ao hospital municipal mais próximo. 
Em virtude das consequências do acidente, JANAINA permaneceu em casa pelo período de 2 (dois) meses, com sua perna direita imobilizada e sem trabalhar, em gozo de auxílio-doença. Entretanto, além de seu emprego formal, JANAINA prepara bolos e doces para vender em casa, auferindo renda complementar de aproximadamente R$ 100,00 (cem reais) por semana. Assim, também não pôde preparar suas encomendas durante o referido período de 2 (dois) meses em que esteve com sua perna imobilizada.
DO MÉRITO
Resta consagrado o entendimento de que a Administração Pública responde objetivamente pelos danos causados aos particulares. Prescinde, por tal razão, de investigação de qualquer elemento subjetivo do ente estatal para que nasça seu dever de responder pelos danos, na forma do art. 37, § 6º da CRFB e art. 43 do Código Civil.
No caso em análise, houve grave omissão do ente público por não manter o bueiro devidamente tampado, tampouco sinalizar o local em situação que sua estrutura poderia ocasionar acidentes, evitando, assim, expor a risco a incolumidade física dos transeuntes. 
O ato omissivo do ente público foi causa evidente da queda que ocasionou as lesões à autora, o que configura o nexo de causalidade entre a omissão e o dano, passível de ser indenizado.
Conforme relatado acima, a autora permaneceu em casa pelo período de 2 (dois) meses com a perna direita imobilizada e sem trabalhar, sobrevivendo apenas com o auxílio-doença, sem poder contar o valor da venda dos bolos e doces que fazia para complementar sua renda, o que lhe rendia um extra de cerca de R$ 100,00 por semana, quantia esta que deixou de ganhar em decorrência dos danos sofridos. Desse modo, deve o ente estatal reparar integralmente seus lucros cessantes.
É inegável, por outro lado, que a autora sofreu grave lesão aos seus direitos de personalidade, estando sujeito a grande sofrimento físico e psíquico. Desse modo, deve ser devidamente indenizada pelo dano moral sofrido.
Não obstante tratar-se de danos causados em razão de ato omissivo do Poder Público, para o qual se aplica a teoria subjetiva de responsabilidade civil, a culpa ou dolo do ente estatal está presente pelo fato de que o município, ora réu, não fez a manutenção do bueiro e não o sinalizou devidamente para evitar acidentes ao particular, como o ocorrido no caso em apreço.
Nesses casos, a jurisprudência tem manifestado entendimento no sentido de que, quando o dano experimentado pelo particular ocorre em razão da evidente omissão do Poder Público julga-se procedente o pedido de indenização, bastando para isso que se demonstre uma situação que ordinariamente faz presumir a existência de uma lesão de cunho moral.
A demonstração da omissão do município, mais uma vez, decorrente da falta de tampa e de sinalização no bueiro, comprovando haver nexo causal entre a conduta do Estado e os danos sofridos pela Autora, não restando dúvidas quanto ao dever do Município réu em indenizá-la, na forma do Art. 37, § 6º, da CRFB, c/c Art. 43 CC.
DOS PEDIDOS
Pelo exposto, requer:
1. a citação do Réu, na pessoa do Procurador-Geral do Município, para que, querendo, contestar o feito;
2. a procedência dos pedidos com a condenação do Município Réu ao pagamento de indenização pelos danos morais e materiais sofridos pela Autora, bem como pelos lucros cessantes, aquilo que ela deixou de ganhar com a venda dos seus bolos e doces durante os dois meses em que esteve com a perna imobilizada, tudo com valores atualizados;
3. a produção de todos os meios de provas admitidos em direito e necessários à solução da controvérsia, inclusive a juntada dos documentos anexos.
4. a condenação do Réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios;
Dá-se à causa o valor de R$ 10.000,00.
Termos em que pede deferimento.
Local, data.
Advogado
OAB/...

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