Buscar

Regime de bens do casamento: comunhão universal

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Plano	de	Aula:	Regime	de	bens	do	casamento.
DIREITO	CIVIL	V	-	CCJ0225
Título
Regime	de	bens	do	casamento.
Número	de	Aulas	por	Semana
Número	de	Semana	de	Aula
7
Tema
Regime	da	comunhão	universal	de	bens.
Objetivos
-	Estudar	o	regime	da	comunhão	universal	de	bens.
Estrutura	do	Conteúdo
Unidade	4	-	Regime	de	bens	do	casamento.
(...)
4.6.	Regime	da	comunhão	universal	de	bens:	conceito,	tratamento	legal,	bens
excluídos	e	extinção.
Regime	da	comunhão	universal	de	bens
O	regime	da	comunhão	universal	de	bens	está	previsto	no	art.	1.667,	CC,	que
prevê	o	seguinte:
Art.	1.667.	O	regime	de	comunhão	universal	 importa	a	comunicação	de	todos
os	 bens	 presentes	 e	 futuros	 dos	 cônjuges	 e	 suas	 dívidas	 passivas,	 com	 as
exceções	do	artigo	seguinte.
Este	 dispositivo	 evidencia	 o	 que	 Gagliano	 e	 Pamplona	 Filho	 (2018,	 p.	 1.288)
chamam	de	?unicidade	patrimonial?,	ou	seja,	seu	?princípio	básico	determina,
salvo	 as	 exceções	 legais,	 uma	 fusão	 do	 patrimônio	 anterior	 dos	 cônjuges	 e,
bem	assim,	a	comunicabilidade	dos	bens	havidos	a	título	gratuito	ou	oneroso,
no	 curso	 do	 casamento,	 incluindo-se	 as	 obrigações	 assumidas?,	 todavia,	 tal
comunicabilidade	não	é	absoluta.
?Assim,	em	regra,	todos	os	bens	adquiridos	durante	a	união,	por	um	ou	ambos
os	cônjuges,	são	comunicáveis	na	comunhão	universal.	Também	se	comunicam
os	 bens	 recebidos	 por	 um	 ou	 por	 ambos	 por	 herança	 ou	 doação	 durante	 o
casamento?	(TARTUCE,	2017,	p.	182).
O	 art.	 1.668	 elenca	 os	 bens	 que	 estão	 excluídos	 da	 comunhão,	 prevendo	 o
artigo	 seguinte	 que	 a	 incomunicabilidade	 não	 se	 estende	 aos	 frutos
percebidos	ou	vencidos	durante	o	casamento.
O	STJ	já	afastou	a	comunicação	de	pensão	por	invalidez	mesmo	em	se	tratando
de	 comunhão	 universal	 de	 bens	 (REsp	 631.475/RS,	 Rel.	 Ministro	 HUMBERTO
GOMES	DE	BARROS,	Rel.	p/	Acórdão	Ministra	NANCY	ANDRIGHI,	TERCEIRA	TURMA,
julgado	em	13/11/2007,	DJ	08/02/2008,	p.	662).
Entendimento	 diverso	 se	 deu	 em	 relação	 às	 verbas	 trabalhistas	 e	 ao	 FGTS,
bem	como	às	verbas	referentes	a	benefício	previdenciário	da	aposentadoria	do
INSS,	que	se	comunicam	tanto	na	comunhão	parcial	quanto	na	universal	(REsp
878.516/SC,	 Rel.	 Ministro	 LUIS	 FELIPE	 SALOMÃO,	 QUARTA	 TURMA,	 julgado	 em
05/08/2008,	DJe	18/08/2008).
No	 tocante	 à	 administração	 dos	 bens,	 determina	 o	 Código	 Civil	 que	 serão
aplicadas	as	regras	descritas	para	ao	regime	da	comunhão	parcial	(arts.	1.663
a	1.666,	CC),	como	dispõe	o	art.	1.670,	CC.
Por	fim,	o	art.	1.671,	CC,	traz	regra	que	determina	a	separação	do	patrimônio	e
cessação	das	responsabilidades	de	um	cônjuge	em	relação	ao	outro,	quando
da	extinção	da	comunhão,	que	pode	ocorrer	pela	morte	de	um	ou	ambos	os
cônjuges,	pelo	divórcio	ou	pela	alteração	do	regime	de	bens.
Aplicação	Prática	Teórica
Questão	objetiva	1:
(DPE/TO	-	CESPE	-	2013)	Acerca	do	regime	de	bens	entre	cônjuges,	assinale	a
opção	correta.
(A)	O	regime	de	comunhão	universal	 implica	a	comunicação	de	todos	os	bens
presentes	e	futuros	dos	cônjuges	e	suas	dívidas	passivas,	com	exceção,	entre
outras,	dos	bens	doados	ou	herdados	com	a	cláusula	de	incomunicabilidade	e
os	sub-rogados	em	seu	lugar.
(B)	O	 regime	de	 participação	 final	 nos	 aquestos	 foi	 revogado	 do	Código	Civil,
haja	 vista	 que	 o	 seu	 desuso	 desde	 a	 entrada	 em	 vigor	 do	 referido	 diploma
legal	demonstrou	que	os	demais	regimes	de	bens	existentes	eram	suficientes
para	reger	as	relações	patrimoniais	entre	os	cônjuges.
(C)	No	 casamento	 celebrado	 sob	 o	 regime	 da	 separação	 de	 bens,	 enquanto
não	 sobrevier	 a	 separação	ou	divórcio,	 a	 administração	dos	bens	é	 conjunta
dos	 consortes,	 que	 não	 poderão	 aliená-los	 ou	 gravá-los	 de	 ônus	 real	 sem	 a
anuência	do	outro.
(D)	É	obrigatório	o	regime	da	separação	de	bens	no	casamento	das	pessoas
que	o	contraírem	com	inobservância	das	causas	suspensivas	da	celebração	do
casamento;	 da	 pessoa	 maior	 de	 sessenta	 anos	 e,	 ainda,	 de	 todos	 os	 que
dependerem,	para	casar,	de	suprimento	judicial.
(E)	 No	 regime	 de	 comunhão	 parcial	 de	 bens,	 comunicam-se	 os	 bens	 que
sobrevierem	 ao	 casal	 na	 constância	 do	 casamento,	 denominados	 bens
aquestos,	sem	qualquer	exceção.
Questão	objetiva	2:
(OAB/XX	 Exame	 de	 Ordem	 Unificado/Fundação	 Getúlio	 Vargas/2016)	 Juliana	 é
sócia	 de	 uma	 sociedade	 empresária	 que	 produz	 bens	 que	 exigem	 alto
investimento,	por	meio	de	 financiamento	 significativo.	Casada	com	Mário	pelo
regime	 da	 comunhão	 universal	 de	 bens,	 desde	 1998,	 e	 sem	 filhos,	 decide	 o
casal	 alterar	 o	 regime	 de	 casamento	 para	 o	 de	 separação	 de	 bens,	 sem
prejudicar	 direitos	 de	 terceiros,	 e	 com	 a	 intenção	 de	 evitar	 a	 colocação	 do
patrimônio	 já	 adquirido	 em	 risco.	 Sobre	 a	 situação	 narrada,	 assinale	 a
afirmativa	CORRETA.
a)	A	alteração	do	 regime	de	bens	mediante	escritura	pública,	 realizada	pelos
cônjuges	e	averbada	no	Registro	Civil,	é	possível.
b)	 A	 alteração	 do	 regime	 de	 bens,	 tendo	 em	 vista	 que	 o	 casamento	 foi
realizado	antes	da	vigência	do	Código	Civil	de	2002,	não	é	possível.
c)	 A	 alteração	 do	 regime	 de	 bens	mediante	 autorização	 judicial,	 com	 pedido
motivado	de	ambos	os	cônjuges,	apurada	a	procedência	das	razões	invocadas
e	ressalvados	os	direitos	de	terceiros,	é	possível.
d)	 Não	 é	 possível	 a	 alteração	 para	 o	 regime	 da	 separação	 de	 bens,	 tão
somente	 para	 o	 regime	 de	 bens	 legal,	 qual	 seja,	 o	 da	 comunhão	 parcial	 de
bens.
Questão	subjetiva:
No	regime	da	comunhão	universal	de	bens	existe	previsão	de	exclusão	da
comunhão	dos	bens	doados	ou	herdados	com	a	cláusula	de
incomunicabilidade,	e	os	correspondentes	sub-rogados	(art.	1.668,	I,	CC).	Esse
bem	gravado	com	a	incomunicabilidade	pode	ser	vendido	ao	outro	cônjuge?
(TARTUCE,	2017,	p.	183).

Continue navegando