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DIREITO CIVIL V - DIREITO DE FAMILIA 2

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DIREITO DE FAMÍLIA
AULAS 7 e 8
EFEITOS JURÍDICOS DO CASAMENTO
REGIMES DE BENS 
 
 Profª Ana Lectícia Erthal
Conhecer os diversos regimes de bens do casamento vigentes no direito civil brasileiro, conceituando, identificando os princípios aplicáveis.
Analisar criticamente o art.1641, I do Código Civil para pessoas maiores de 70 anos.
Analisar prática de atos jurídicos por pessoas casadas e suas consequências jurídicas.
Compreender o instituto do Pacto Antenupcial.
OBJETIVOS 
Os valores patrimoniais, tanto na vida individual, como na familiar, não constituem um fim, mas um instrumento ou meio para que seja possível realizar os objetivos do casal.
Representam a organização econômica do casamento, e geram reflexos perante terceiros.
CONCEITO: 
“É O CONJUNTO DE REGRAS QUE DISCIPLINA AS RELAÇÕES ECONÔMICAS DOS CÔNJUGES, QUER ENTRE SI, QUER NO TOCANTE A TERCEIROS, DURANTE O CASAMENTO.” (Carlos Roberto Gonçalves)
Regimes de bens em geral
CC/1916: a comunhão universal de bens era o regime legal adotado.
 x
Lei n. 6.515/77: alterou o regime para o da comunhão parcial de bens, afastando a comunicação dos bens adquiridos antes do casamento. 
Tal regra foi mantida no CC/02 (art. 1.640)
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
Aos que casarem com mais de 70 anos, haverá imposição obrigatória do regime de bens: regime da separação obrigatória de bens. (art. 1.641, II)
Isso também ocorrerá para aqueles que inobservarem as causas suspensivas (art. 1.523)
É possível a composição de regimes mistos ou híbridos.
Inovações do CC/02
1) Princípio da variedade de regimes 
1) Princípio da liberdade de escolha do estatuto patrimonial (art. 1.639, CC) – autonomia privada
2) Princípio da mutabilidade justificada ou motivada do regime (art. 1.639, § 2º CC)
PRINCÍPIOS BÁSICOS
Os contraentes têm liberdade de escolher entre qualquer dos regimes previstos no CC/02:
1) Regime da comunhão parcial de bens: arts. 1.658 a 1.666)
2) Regime da comunhão universal de bens: arts. 1.667 a 1.671) 
3) Regime da Separação total de bens convencional ou facultativa: arts. 1.687 a 1.688
4) Regime da Participação final nos aquestos: arts. 1.672 a 1.686
Princípio da variedade de regimes
Art. 1.639. É lícito aos nubentes, antes de celebrado o casamento, estipular, quanto aos seus bens, o que lhes aprouver.
§ 1o O regime de bens entre os cônjuges começa a vigorar desde a data do casamento.
PRINCÍPIO DA LIBERDADE DE ESCOLHA
Art. 1.640. Não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorará, quanto aos bens entre os cônjuges, o regime da comunhão parcial.
Parágrafo único. Poderão os nubentes, no processo de habilitação, optar por qualquer dos regimes que este código regula. Quanto à forma, reduzir-se-á a termo a opção pela comunhão parcial, fazendo-se o pacto antenupcial por escritura pública, nas demais escolhas.
NORMA SUPLETIVA 
Possiblidade de estipular combinações entre os regimes. 
Art. 1.639. É lícito aos nubentes, antes de celebrado o casamento, estipular, quanto aos seus bens, o que lhes aprouver.
Se o regime for híbrido, necessariamente deverá ser feito por pacto antenupcial (escritura pública). 
Princípio da livre estipulação
IV Jornada de Direito Civil - Enunciado 331:
“O estatuto patrimonial do casal pode ser definido por escolha de regime de bens distinto daqueles tipificados no Código Civil (art. 1.639 e parágrafo único do art. 1.640), e, para efeito de fiel observância do disposto no art. 1.528 do Código Civil, cumpre certificação a respeito, nos autos do processo de habilitação matrimonial.”
Possibilidade de regime misto
Na criação de regimes mistos ou híbridos, os contraentes não podem incluir cláusulas que atentem contra os princípios de ordem pública ou contrarie a natureza e os fins do casamento.
Art. 1.639. É lícito aos nubentes, antes de celebrado o casamento, estipular, quanto aos seus bens, o que lhes aprouver. 
Art. 1.655. É nula a convenção ou cláusula dela que contravenha disposição absoluta de lei.
LIMITAÇÕES NOS REGIMES MISTOS 
Não valem as cláusulas que dispensam os cônjuges dos deveres conjugais ou que privem um deles do exercício do poder familiar. 
A convenção será feita por Pacto Antenupcial, por escritura pública:
Art. 1.653. É nulo o pacto antenupcial se não for feito por escritura pública, e ineficaz se não lhe seguir o casamento
EXEMPLOS DE CLÁUSULAS NÃO ADMITIDAS
Sendo nula a convenção, será aplicado o regime da comunhão parcial de bens, denominado REGIME LEGAL OU SUPLETIVO:
Art. 1.640. Não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorará, quanto aos bens entre os cônjuges, o regime da comunhão parcial.
Consequências jurídicas
No CC/1916 havia a INALTERABILIDADE DO REGIME que se fundamentava nas seguintes razões:
A) O contrato de casamento era concebido como um pacto de família, inalterável pela vontade dos cônjuges;
B) Havia o propósito de evitar que a influência exercida por um dos cônjuges sobre o outro pudesse provocar abuso dessa ascendência para obtenção de alterações em seu benefício;
C) A defesa do interesse de terceiros. 
Princípio da mutabilidade motivada
REQUISITOS PARA ALTERAÇÃO:
1) PEDIDO FORMULADO POR AMBOS
2) AUTORIZAÇÃO JUDICIAL
3) RAZÕES RELEVANTES 
4) RESSALVA DE DIREITOS DE TERCEIROS
Obs¹. Nessa hipótese não se admite suprimento judicial da vontade.
Obs². Não é possível para o regime obrigatório imposto pelo art. 1.641. 
PRINCÍPIO DA MUTABILIDADE MOTIVADA OU JUSTIFICADA
Art. 1.642.
§ 2o É admissível alteração do regime de bens, mediante autorização judicial em pedido motivado de ambos os cônjuges, apurada a procedência das razões invocadas e ressalvados os direitos de terceiros.
PRINCÍPIO DA MUTABILIDADE DO REGIME DE BENS 
Ex¹. Prova cabal de inexistência de prejuízo para terceiros.
ENUNCIADO 113 DA I JORNADA DE DIREITO CIVIL – CJF/STJ
Art. 1.639: É admissível a alteração do regime de bens entre os cônjuges, quando então o pedido, devidamente motivado e assinado por ambos os cônjuges, será objeto de autorização judicial, com ressalva dos direitos de terceiros, inclusive dos entes públicos, após perquirição de inexistência de dívida de qualquer natureza, exigida ampla publicidade.
Ação de alteração de regime: necessidade de motivação
Ex². Constituir sociedade empresária: 
Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde que não tenham casado no regime da comunhão universal de bens, ou no da separação obrigatória.
Ação judicial devidamente motivada
Ex³. Desaparecimento de causa suspensiva do casamento.
ENUNCIADO 262 CJF/STJ:
“A obrigatoriedade da separação de bens nas hipóteses previstas nos incs. I e III do art. 1.641 do Código Civil não impede a alteração do regime, desde que superada a causa que o impôs.”
Ação de modificação de regime de bens: motivada
I - praticar todos os atos de disposição e de administração necessários ao desempenho de sua profissão, com as limitações estabelecida no inciso I do art. 1.647;
II - administrar os bens próprios;
III - desobrigar ou reivindicar os imóveis que tenham sido gravados ou alienados sem o seu consentimento ou sem suprimento judicial;
IV - demandar a rescisão dos contratos de fiança e doação, ou a invalidação do aval, realizados pelo outro cônjuge com infração do disposto nos incisos III e IV do art. 1.647;
Art. 1.642. Qualquer que seja o regime de bens, tanto o marido quanto a mulher podem livremente:
V - reivindicar os bens comuns, móveis ou imóveis, doados ou transferidos pelo outro cônjuge ao concubino, desde que provado que os bens não foram adquiridos pelo esforço comum destes, se o casal estiver separado de fato por mais de cinco anos;
VI - praticar todos os atos que não lhes forem vedados expressamente.
Art. 550. A doação do cônjuge adúltero ao seu cúmplice pode ser anulada pelo outro cônjuge, ou por seus herdeiros necessários, até dois anos depois de dissolvida a sociedade conjugal.
Art. 1.642. Qualquer que sejao regime de bens, tanto o marido quanto a mulher podem livremente:
I - comprar, ainda a crédito, as coisas necessárias à economia doméstica;
II - obter, por empréstimo, as quantias que a aquisição dessas coisas possa exigir.
Art. 1.644. As dívidas contraídas para os fins do artigo antecedente obrigam solidariamente ambos os cônjuges.
Art. 1.643. Podem os cônjuges, independentemente de autorização um do outro:
Este regime cria três massas distintas de bens
1ª) Da mulher: bens particulares (titularidade exclusiva)
2ª) Do marido: bens particulares (titularidade exclusiva)
3ª) MASSA COMUM: aquirida após o casamento por ambos ou qualquer um deles.
1. Comunhão parcial de bens:
 (Arts. 1.658 a 1.666, CC)
Art. 1.666. As dívidas, contraídas por qualquer dos cônjuges na administração de seus bens particulares e em benefício destes, não obrigam os bens comuns.
BENS PARTICULARES
Art. 1.663. A administração do patrimônio comum compete a qualquer dos cônjuges.
§ 1o As dívidas contraídas no exercício da administração obrigam os bens comuns e particulares do cônjuge que os administra, e os do outro na razão do proveito que houver auferido.
§ 2o A anuência de ambos os cônjuges é necessária para os atos, a título gratuito, que impliquem cessão do uso ou gozo dos bens comuns.
§ 3o Em caso de malversação dos bens, o juiz poderá atribuir a administração a apenas um dos cônjuges.
ADMINISTRAÇÃO DO PATRIMÔNIO COMUM
Art. 1.658. No regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal, na constância do casamento: (c/c art. 1.660)
I - os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que só em nome de um dos cônjuges;
II - os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de trabalho ou despesa anterior;
III - os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de ambos os cônjuges;
IV - as benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge;
V - os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge, percebidos na constância do casamento, ou pendentes ao tempo de cessar a comunhão.
1. Comunhão parcial de bens:
 BENS QUE ENTRAM NA COMUNHÃO
Art. 1.662. No regime da comunhão parcial, presumem-se adquiridos na constância do casamento os bens móveis, quando não se provar que o foram em data anterior.
PRESUNÇÃO – BENS MÓVEIS 
Art. 1.661. São incomunicáveis os bens cuja aquisição tiver por título uma causa anterior ao casamento.
Ex. Doação, herança
INCOMUNICABILIDADE DE BENS
Art. 1.659. Excluem-se da comunhão: 
I - os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constância do casamento, por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar;
II - os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges em sub-rogação dos bens particulares;
III - as obrigações anteriores ao casamento;
IV - as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em proveito do casal;
V - os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão; (tb para comunhão universal)
VI - os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge; (idem)
VII - as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes. (idem)
1. Comunhão parcial de bens:
 BENS EXCLUÍDOS DA COMUNHÃO
Art. 1.667. O regime de comunhão universal importa a comunicação de todos os bens presentes e futuros dos cônjuges e suas dívidas passivas, com as exceções do artigo seguinte.
A administração do patrimônio comum também compete a qualquer dos cônjuges (art. 1.670 c/c 1.663, CC)
2. Comunhão universal de bens:
 (arts. 1.667 a 1.671, CC)
Art. 1.668. São excluídos da comunhão:
I - os bens doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e os sub-rogados em seu lugar;
II - os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro fideicomissário, antes de realizada a condição suspensiva;
III - as dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com seus aprestos, ou reverterem em proveito comum;
IV - as doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com a cláusula de incomunicabilidade;
V - Os bens referidos nos incisos V a VII do art. 1.659.
COMUNHÃO UNIVERSAL:
BENS INCOMUNICÁVEIS
Art. 1.669. A incomunicabilidade dos bens enumerados no artigo antecedente não se estende aos frutos, quando se percebam ou vençam durante o casamento.
Art. 1.671. Extinta a comunhão, e efetuada a divisão do ativo e do passivo, cessará a responsabilidade de cada um dos cônjuges para com os credores do outro.
COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS
Art. 1.687. Estipulada a separação de bens, estes permanecerão sob a administração exclusiva de cada um dos cônjuges, que os poderá livremente alienar ou gravar de ônus real.
Art. 1.688. Ambos os cônjuges são obrigados a contribuir para as despesas do casal na proporção dos rendimentos de seu trabalho e de seus bens, salvo estipulação em contrário no pacto antenupcial.
3. Separação convencional de bens : 
 (arts. 1.687 a 1.688, CC)
Neste regime os cônjuges unem suas vidas e seu destino, mas ajustam, por meio do pacto antenupcial, a separação no campo patrimonial. 
ESFORÇO COMUM: 
Súmula 377 do STF:
“No regime de separação legal de bens, comunicam-se os adquiridos na constância do casamento.” 
REGIME DA SEPARAÇÃO CONVENCIONAL OU ABSOLUTA DE BENS
TJ/RS, Ap. 598.010.791
“Se o patrimônio do marido, ao tempo da separação (isto é, ao tempo em que vigorou o regime da separação de bens), foi formado com esforço comum, resultado de dinheiro destinado pelos dois cônjuges, tem a mulher direito a parte dos bens, ainda que o regime matrimonial seja o da separação absoluta.”
REGIME DA SEPARAÇÃO CONVENCIONAL OU ABSOLUTA DE BENS
Para eventual partilha de bens exige-se a prova do esforço patrimonial comum.
“Ou seja, o cônjuge deverá provar que o bem foi adquirido com sua contribuição patrimonial concreta e efetiva, ônus que lhe cabe.” (Flávio Tartuce)
Fundamento: vedação do enriq. sem causa
Art. 884. “Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será obrigado a restituir o indevidamente auferido, feita a atualização dos valores monetários.”
REGIME DA SEPARAÇÃO CONVENCIONAL OU ABSOLUTA DE BENS
Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento:
I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento;
II – da pessoa maior de 70 (setenta) anos; (Redação dada pela Lei nº 12.344, de 2010)
III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial.
REGIME DA SEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA
Art. 1.672. No regime de participação final nos aquestos, cada cônjuge possui patrimônio próprio, consoante disposto no artigo seguinte, e lhe cabe, à época da dissolução da sociedade conjugal, direito à metade dos bens adquiridos pelo casal, a título oneroso, na constância do casamento.
4. Participação final nos aquestos : conceito e alcance 
(arts. 1.672 a 1.686, CC)
Art. 1.673. Integram o patrimônio próprio os bens que cada cônjuge possuía ao casar e os por ele adquiridos, a qualquer título, na constância do casamento.
Parágrafo único. A administração desses bens é exclusiva de cada cônjuge, que os poderá livremente alienar, se forem móveis.
Art. 1.656. No pacto antenupcial, que adotar o regime de participação final nos aqüestos, poder-se-á convencionar a livre disposição dos bens imóveis, desde que particulares.
Participação final nos aquestos
Art. 1.674. Sobrevindo a dissolução da sociedade conjugal, apurar-se-á o montante dos aquestos, excluindo-se da soma dos patrimônios próprios:
I - os bens anteriores ao casamento e os que em seu lugar se sub-rogaram;
II - os que sobrevieram a cada cônjuge por sucessão ou liberalidade;
III - as dívidas relativas a esses bens.
Parágrafo único. Salvo prova em contrário, presumem-se adquiridos durante o casamento os bens móveis.
Participação final nos aquestos
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta:I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;
II - pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos;
III - prestar fiança ou aval;
IV - fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam integrar futura meação.
 Parágrafo único. São válidas as doações nupciais feitas aos filhos quando casarem ou estabelecerem economia separada.
5. A prática de atos jurídicos por pessoas casadas e suas consequências – art. 1647
c/c 1656 do CC.
Art. 1.648. Cabe ao juiz, nos casos do artigo antecedente, suprir a outorga, quando um dos cônjuges a denegue sem motivo justo, ou lhe seja impossível concedê-la.
Art. 1.649. A falta de autorização, não suprida pelo juiz, quando necessária (art. 1.647), tornará anulável o ato praticado, podendo o outro cônjuge pleitear-lhe a anulação, até dois anos depois de terminada a sociedade conjugal.
Parágrafo único. A aprovação torna válido o ato, desde que feita por instrumento público, ou particular, autenticado.
SUPRIMENTO JUDICIAL DA OUTORGA
Art. 1.650. A decretação de invalidade dos atos praticados sem outorga, sem consentimento, ou sem suprimento do juiz, só poderá ser demandada pelo cônjuge a quem cabia concedê-la, ou por seus herdeiros.
LEGITIMIDADE PARA AÇÃO ANULATÓRIA
Art. 1.651. Quando um dos cônjuges não puder exercer a administração dos bens que lhe incumbe, segundo o regime de bens, caberá ao outro:
I - gerir os bens comuns e os do consorte;
II - alienar os bens móveis comuns;
III - alienar os imóveis comuns e os móveis ou imóveis do consorte, mediante autorização judicial.
ADMINISTRAÇÃO DOS BENS
É UM CONTRATO SOLENE (escritura pública) E CONDICIONAL (só tem eficácia se o casamento se realizar), por meio do qual os nubentes dispõem sobre o regime de bens que vigorará entre ambos, após o casamento.
PACTO ANTENUPCIAL: conceito
Art. 1.653. É nulo o pacto antenupcial se não for feito por escritura pública, e ineficaz se não lhe seguir o casamento.
Art. 1.655. É nula a convenção ou cláusula dela que contravenha disposição absoluta de lei.
Pacto antenupcial: requisito de validade e requisito de eficácia
Art. 1.654. A eficácia do pacto antenupcial, realizado por menor, fica condicionada à aprovação de seu representante legal, salvo as hipóteses de regime obrigatório de separação de bens.
Pacto antenupcial: requisito de validade e requisito de eficácia
Art. 1.657. As convenções antenupciais não terão efeito perante terceiros senão depois de registradas, em livro especial, pelo oficial do Registro de Imóveis do domicílio dos cônjuges.
(art. 167, II, n.1, LRP)
PACTO ANTENUPCIAL E EFEITOS PERANTE TERCEIROS
(DPE-SC Técnico Administrativo 2013) Assinale a alternativa correta de acordo com o Código Civil brasileiro.
a. Poderá ser anulado o pacto antenupcial se não for feito por escritura pública.
b. As convenções antenupciais começam a vigorar desde a data do casamento.
c. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento da pessoa maior de 60 anos.
d. É admissível alteração do regime de bens, mediante pedido motivado de ambos os cônjuges ao juiz, apurada a procedência das razões invocadas e ressalvados os direitos de terceiros.
QUESTÃO OBJETIVA – AULA 7
(TJPR 2013) Tendo em vista as disposições da lei civil com relação ao regime matrimonial de bens, assinale a alternativa INCORRETA:
a. O regime de bens entre os cônjuges, seja o legal seja o contratual, este estabelecido por meio do denominado pacto antenupcial, somente começa a vigorar desde a data do casamento.
b. Mesmo não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorará, quanto aos bens entre os cônjuges, o regime da comunhão parcial.
c. Nada interferindo no regime de bens, pode qualquer dos cônjuges, livremente, independente um da autorização do outro, reivindicar os bens comuns, sejam móveis sejam imóveis, doados ou transferidos pelo outro cônjuge ao concubino.
d. Estabelecido o regime matrimonial de bens, por força de pacto antenupcial ou adoção do regime legal, não é possível, por conta da imutabilidade, a alteração posterior do regime matrimonial de bens.
QUESTÃO OBJETIVA – AULA 8

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