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Pablo Tavares Costa Produção de Cordeiros Introdução » Alimentação » “Crença que as ovelhas preferem pastos rapados” » super lotação » Suplementação » Categorias mais exigentes: » ovelhas final da gestação/lactação » cordeiros desmamados » 3 – 4 semanas: completamente dependentes do leite materno » A partir do 7 - 10° dia: alimento sólido » Estímulo transição para ruminante funcional Cordeiros Desenvolvimento do Trato Digestivo em Ovinos Pré – Ruminante Ruminante Alimento sólido » O rúmen dos cordeiros se torna totalmente funcional com 42 a 56 dias de idade. » Começam a ingerir sólidos significativamente com 6 semanas » ↑ qualidade mais rápida transição de liquido para sólido; » 8 semanas ruminantes completo » Alimento disponibilizado alta palatabilidade e >18% PB Fonte: EMBRAPA » Ingestão de leite e de pastagem de um cordeiro em crescimento » Desmame “...suspensão total da ingestão de leite materno por parte do cordeiro; passando a ser alimentado a base pasto ou forragem, ou de um concentrado e feno ou palha, podendo também utilizar um sistema misto entre os dois...” » Desmame: » precoce » semi-precoce » tardio (Berg e Butterfield, 1979) Momento do Desmame – Fatores a considerar » Necessidades nutricionais ≠ de ovelhas e cordeiros; » Eficiência de conversão; » Infestação Parasitária; » O peso no desmame. “Los animales más pesados al destete son los más eficientes a lo largo de todo el proceso productivo!” (Casaretto, 2011) Desmame » Etapa critica na vida do ovino: » Separação “afetiva” e nutricional; » Troca de piquete; » Dieta exclusivamente de ruminante: “qualidade”; » Imunidade: animal imaturo » Verão: época critica !! Manejo e Sanidade » Três meses pré-desmama: » Escolha do piquete » Pastoreio com categorias bovinas adultas » No desmame: » Dosificação » Descarga pós-dosificação: 12-24 hs » Pós-demama: » Pastoreio misto com bovinos adultos (Castells e Nari 1993) (Castells e Nari 1993) Manejo e Sanidade » Lotes por peso - animais mais leves » Esquilar!? Desolhe!? » Uso de ovelhas “sinuelo” » Eficácia das dosificações: 8-12 dias » Oportunidade de adaptação a suplementacão Tosquia Tratamento GPD (gr) Não tosquiado/sol 120 Não tosquiado/sombra 148 Tosquiado/sol 130 Tosquiado/sombra 139 + 23% (Banchero, 2005) Terminar Engordar O que é terminação? » Obter a composição da carcaça desejada pelo mercado com processos funcionais eficientes e com custos mínimos de produção. » Qualquer desvio deste princípio resultará em uma produção de carne com custo maior. Levar em consideração: » Animais » Alimentação » Mercado Crescimento dos Tecidos (Adaptado de Owens, 1993) A = Concepção B = Nascimento C = Puberdade D = Maturidade Tecido ósseo Tecido Muscular Tecido adiposo » Animais que crescem em um plano nutricional positivo, quando atingem a puberdade, apresentam uma diminuição do crescimento da musculatura em relação a deposição de gordura. (Berg e Butterfield, 1979). Velocidade de crescimento em função da maturidade Relação Músculo:Osso aumenta rapidamente até o animal alcançar 60% do peso maduro, para logo aumentar lentamente até alcançar o peso maduro. (Butterfield, 1988) » Portanto, seria conveniente o abate dos cordeiros a pesos baixos, não superando 50-60% do peso maduro. Além disso com o passar do tempo: » Incremento nos custos de produção. » Depleção do crescimento pós-desmame. » Aumento dos riscos (verminoses, mortalidade, abigeato). » A velocidade de engorduramento e a quantidade de gordura depositada será determinada pelo plano de nutrição, pela maturidade, pela raça e pelo sexo do animal. (Berg e Butterfield, 1979) » Assim, dentro de uma mesma raça e sexo, os animais mais pesados tendem a apresentar maior quantidade de gordura. » A resposta máxima à manipulação da dieta para aumentar a massa muscular se dá entre o nascimento e a puberdade. (Pereira e Santos, 2001) Idade Menor crescimento do tecido muscular e maior do tecido adiposo A = Concepção B = Nascimento C = Puberdade D = Maturidade » Levar em consideração a diversidade racial e/ou genótipo de cada animal ou grupo de animais » Cruzamento Industrial » No cenário gaúcho: Ao pé da mãe Desmamado » Campo nativo » Campo nativo melhorado » Campo nativo c/suplementação » Pastagem cultivada » Confinamento Como Terminar o Cordeiro? » Adequação do sistema de alimentação com o propósito da terminação e mercado consumidor. » Considerar diferenças regionais - ambientais e sociais (realidade estadual e nacional). Sistemas de Alimentação ATENÇÃO » Os sistemas de terminação precisam ser bem planejados e sofrer acompanhamento periódico, efetuando-se ajustes em função das condições exploratórias. Plano Nutricional Pode Variar: » Desde a mantença TAXA ÓTIMA DE GANHO - $ » custo da alimentação » produto final desejado » retorno do capital investido Máximo possível de ganho de peso » Composição botânica e capacidade de produção ao longo do ano » Sazonalidade na produção ovina » Categorias mais exigentes » Diferimento Campos Nativos » Introdução de espécies exóticas Campos Melhorados » Estratégia de alimentação Pastagens Cultivadas Pastagem de Azevém anual » Utilização de silagens e fenos » Concentrados » “Creep grazing” ou “Creep feeding” A Campo com Suplementação » Viabilidade econômica » Uniformidade de produção » Sanidade Confinamento Em % Campo Nativo Pastagem Confinado Carcaça 40,79 a 46,77 b 45,64 b Vísceras 26,28 a 15,13 b 19,98 c Pele 14,38 a 20,04 b 15,15 a Fonte: Osório et al., 1998 Obs. Cordeiros da raça Corriedale Componentes Corporais (%) de acordo com os Sistemas de alimentação OSSO MÚSCULO GORDURA 26,95 1,34 a 154 dias 222 dias 30,72 4,27 b Fonte: Osório et al., 2000 IDADE 67,20 b 71,42 a Composição tecidual da perna (%) em cordeiros Corriedale de acordo com a idade Qual o Melhor Sistema de Terminação? » Não há um sistema padrão para a terminação de ovinos que funcione de maneira eficiente em todas as regiões. » Deve-se levar em consideração as características climáticas, a localização, a disponibilidade de alimentos, a raça e as condições de mercado. » Importância na Terminação » Determinar o ponto ótimo de abate » Relação músculo e gordura » Grau de acabamento » % gordura na carcaça Fonte: OSÓRIO, José Carlos da Silveira Como determinar se um ovino está terminado? Avaliação IN VIVO - ECC » Década de 80/90 Adaptado de Osório et al IN VIVO Adaptado de Osório et al A B C Pontos para apalpação A. Cauda (última parte a engordurar-se) B. Vértebra lombar C. Ao longo do Esterno ECC » Exame subjetivo » Simples » Estima a quantidade de músculo e de gordura que os animais apresentam em um determinado momento. » Escala » 1 a 5 » Intervalo 0,5 Adaptado de Thompson & Meyer 1,0 = Excessivamente magro 1,5 = Muito magro 2,0 = Magro 2,5 = Ligeiramente magro 3,0 = Normal 3,5 = Ligeiramente engordurada 4,0 = Gorda 4,5 = Muito gorda 5,0 = Excessivamente gorda ATENÇÃO » Raças de Lã/dupla aptidão » Raças especializadas em produção de carne Adaptadode Osório et al ECC Localização Adaptado de Thompson & Meyer ECC 1 ECC 5 Na carcaça = estado de engorduramento 1,0 = Excessivamente magra 1,5 = Muito magra 2,0 = Magra 2,5 = Ligeiramente magra 3,0 = Normal 3,5 = Ligeiramente engordurada 4,0 = Gorda 4,5 = Muito gorda 5,0 = Excessivamente gorda » Imaginemos duas carcaças, ambas com 13 kg: Terminar Engordar » Mas... e se forem provenientes de raças diferentes? Ideal Texel » Quando se deseja produzir carne a partir de raças diferentes deve-se atentar para o momento adequado para o abate em cada uma. » É praticamente impossível produzir carcaças idênticas com animais de diferentes raças e em distintos estágios de maturidade. Considerações Finais » Ambientes diferentes exigem modelos de produção diferentes. » Na terminação de cordeiros deve-se levar em consideração o animal, a alimentação e o mercado. Considerações Finais Foto: Guarda Nova Consultoria Agropecuária Foto: EMBRAPA Muito Obrigado!! pablocostta@hotmail.com
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