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Universidade Católica do Salvador Rosemary Ferreira Santos Teresa Cristina oliveira Direito Civil Vl - Família 29 de outubro de 2019 Relatório SEMOC No dia 23 de outubro no auditório da universidade Católica do Salvador, deu início a mais uma mesa redonda da SEMOC (Semana de Mobilização Científica), com título a pessoa e seus vínculos, novas responsabilidades de reconhecimento da responsabilidade civil nas relações sociais da atualidade, composta por Teresa Cristina, Teila Rocha, Paloma Braga e Lize Borges. Teila Rocha Albuquerque tratou das relações entre consumidor e fornecedor que vão além da internet que em alguns caso tem aplicação no Código de Defesa do Consumidor mas há situações que não comporta ainda no código como o caso da lei Carolina Dieckmann que foi criada depois que a atriz teve seu computador hackeado e fotos íntimas foram veiculadas na internet, é como ficou conhecida a Lei Brasileira 12.737/2012 com foco criminal depois do ocorrido com a atriz. A pornografia de vingança espécie do gênero violência em que as mulheres são maioria em números de vítimas mas não exclui os homens pois também são atingidos por essas práticas maldosa, a professora Teresa Cristina cita um trecho de uma música sertaneja que demonstra na letra a pornografia de vingança que diz assim: “Semana passada mesmo a gente ficou. E, sem que você percebesse, eu gravei de nós dois um vídeo de amor. Eu vou jogar na internet, nem que você me processe. Eu quero ver a sua cara quando alguém te mostrar, quero ver você dizer que não me conhece”. Pesquisas revelam que as pessoas expostas a esse tipo de violência acabam deixando sua vida pra traz por vergonha das pessoas que estão ao seu redor naquele momento, optando por mudarem de casa, bairro ou cidade, por vergonha das pessoas que teve acesso ao que foi compartilhado pela internet. A professora Tereza Cristina também falou da importância do diálogo nas famílias sobre assuntos tidos ainda como tabu, que é o caso da pornografia de vingança, que muitos pais não conversa com seus filhos que vivem em uma geração que para os jovens mandar um nudes e normal, uma forma de estarem próximos ou de confiar em alguém, dá o exemplo do filme confiar que conta a história de uma adolescente que conhece um homem na internet, que se passa por um garoto até ganhar a confiança de uma jovem para estuprá-la, nota que o pai da garota acredita que a filha nunca seria capaz de se relacionar com alguém pela internet. E nesse momento que observa a necessidade de diálogo nas famílias, a importância de orientar para que situações como a que ocorre no filme não venha acontecer dentro dos nossos lares. A Lei de proteção de dados vem com o objetivo de regulamentar o tratamento de dados pessoais do consumidor por meio de aplicativos e outros programas. Com o intuito de garantir ao cliente segurança nas suas ações e que alguém será responsabilizado, um outro ponto muito interessante quando a professora Teila comentou a respeito dos app que diz ser gratuito, que se mostra preocupado com o cliente quando na verdade está passando seus dados para planos de saúde e outras empresas com a finalidade de vender mais e mais informações pessoais, o que de fato acontece pois não temos o costume de lê os termos de adesão, a vontade e a pressa para usar o aplicativo é bem maior, contudo isso novos meios de violação estão aparecendo como é o caso do cyberbullying, cyberstalking e sextortion. O marco civil está junto com o desenvolvimento da sociedade no que tange à internet, mais fica o alerta pois o mal-uso do celular principalmente por crianças ou adolescentes pode vir a causar danos que serão imensuráveis e irreparáveis, assim finalizou sua palestra com chave de ouro. Paloma falou da Paternidade responsável que vai muito além pois não cabe somente ao pai a responsabilidade, mas sim ao pai e a mãe, e que todos os membros familiar constitui a parentalidade responsável o dever de cuidar, enfatizando que os pais são responsáveis não apenas pela guarda mas pela alimentação, educação, direção, proteção e outros. Parentalidade responsável implica no dever de cuidado, proteção de zelar pelos interesses das crianças. Assuntos polêmicos como transfusão de sangue em crianças em que os pais são testemunhas de Jeová, que no balanceamento entre os valores que estão envolvidos, e como se trata de menor e que não há nenhuma garantia daquela criança continuar na religião dos pais, será garantido o direito à vida diante das jurisprudências. Outra questão interessante que tem a ver com o direito de cuidar e a homeschooling julgada pelo Supremo Tribunal Federal no ano passado negou provimento. Mas existe um projeto de lei 3179/2012 que está em tramitação na câmara para autorizar esse tipo de educação doméstica. O tema deixa muito a deseja pois seria sensato tira da criança o direito de socializar, de um desenvolvimento diferente do que os pais planejam? Será que no futuro uma responsabilidade civil como a perda de uma chance ou oportunidade não venha a ser cobrada? Assim como a vacinação obrigatória que é um mecanismo de proteção da coletividade e não de cada criança individualmente. É grande o número de pais que optam por não vacinar seus filhos. Vem a pergunta, a criança que tem uma doença por não ter tomado a vacina ela pode demandar de seus pais por violação do dever de cuidar? por descumprimento do dever de vacinar? Antigamente os pais para castigar seus filhos com a ilusão de disciplinar cometia atos de tortura que em algumas ações a criança vinha a óbito, com o castigo imoderado dos pais a lei da palmada colocou fim no abuso de direito dos pais. Lize Borges falou da Mãe solo pesquisa que ainda está em andamento mais que ainda mexe com muitas famílias que em sua maioria se identifica com o tema. O peso por ser mãe solteira e que hoje já se reconhece por mãe solo. A importância do casamento ainda visto como positivo como se o ser humano passasse de nível social. A mulher no código civil de 1916 era tida como relativamente incapaz que precisava da autorização do marido para viajar, trabalhar, herdar, comprar, vender e outros que hoje temos liberdade para fazer sem precisar da autorização de terceiros. As mudanças que o Código civil e a Constituição Federal de 1988 tiveram com o passar do tempo que foi citado na fala de Lize Borges como: o uso de sobrenomes tanto por parte das mulheres como para os homens, reconhecimento das uniões estáveis, as questões das famílias monoparentais como entidade familiar, entre outros temas destacados. Que noite maravilhosa! Muito bom está naquele auditório, me sinto privilegiada por estar presente naquela noite, cheia de informações que levarei para vida não só pela questão acadêmica, mas para a vida como todo. Muito obrigada a todas as professoras que participaram da mesa.
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