Portifólio EJA

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EJA - EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
EDILSON DE SOUZA BARBOSA – 793808
PEDAGOGIA
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GUARULHOS
2020
EDILSON DE SOUZA BARBOSA
EJA - EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Trabalho apresentado ao Curso (Pedagogia da Faculdade ENIAC para a disciplina [EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS]. 
Profª. LUCIANA 
Guarulhos
2020
Portifólio – Desafio I
Questão:
Este ano, você recebeu o desafio de ampliar sua jornada e ser o professor de uma turma de EJA. Primeiro segmento no turno da escola municipal em que é concursado. Você aceitou prontamente, pois entendeu que, pela sua experiência de alfabetizador, seria tarefa fácil.
Ao começar suas aulas com grupo, porém, você não obteve sucesso, e houve manifestações de insatisfação e evasão por parte de alguns alunos. Você não entendeu o que estava acontecendo, pois estava fazendo exatamente o mesmo trabalho que fazia com seus alunos crianças, porém, sem resultado.
Reflita sobre essa situação. O que você acredita que pode ter acontecido? Como você pode reverter esse quadro?
Em primeiro lugar houve um grotesco erro de planejamento de metododologia quando acreditou-se que o mesmo trabalho implantado com crianças, fosse suficientemente cabível e adequado também para desenvolvê-la com o mesmo sucesso entre o grupo de jovens e adultos daquela turma em que foi assumida com um grau de responsabilidade maior. Vários fatores podem ter contribuído para o resultado negativo desse ensino aprendizado. 
Um desses fatores acredito que tenha sido a forma de comunicação e expressão entre professor aluno, aluno professor, pois a linguagem é totalmente diferente quando se programa atividades para crianças e quando se programa atividades para jovens e adultos. O aluno é quem pode medir a real prática pedagógica do educador em termo de aprendizagem. De acordo com as práticas os alunos aprendem de sua própria maneira diferentemente pela qual as crianças aprendem. Os alunos desse programa são pessoas que normalmente trabalham durante o dia todo e a noite participa das aulas do EJA como forma de compensação do sistema educacional.
Conforme afirma Libâneo (1994, p. 253) e diferentemente do que foi apresentado para a turma, os conteúdos precisam ser significativos, para que a atenção do aluno mantenha satisfatória e atraente para seus interesses. 
outros pontos importantes que deves ter atrapalhado e contribuído para que as coisas não dessem certo, foi o não envolvimento com os alunos levando em consideração o respeito do tempo necessário para assimilação dos conteúdos, sem esquecer que cada um já trás uma bagagem de experiência de vida. A falta de conhecimento de cada aluno e o tratamento de forma infantil deve ter desistimulado alguns aprendizes, levando ao descontentamento e suposta evasão. O material didático, os trabalhos elaborados, a não vinculação com o mundo efetivo e o pouco diálogo contribuiram para o fracasso geral. Além da diversidade de idades onde um não consegue acompanhar o outro no fator entendimento dos conteúdos propostos. 
Além da dificuldade encontrada no dia-a-dia de cada um, leva-os a sensação de exclusão por parte da instituição que remete a falta de moticação e perspectiva levou ao desistência da maioria da turma.
Conforme Ewerton Fernandes de Souza, coordenador geral no CIEJA prefeitura de São Paulo, um educador desta modalidade está fadada ao fracasso. Pressupõe um grande envolvimento com os alunos. Precisa se aproximar, ouvir, conversar, compreender os problemas (da aprendizagem e da vida) e estimular seus educandos. Sem esse tete-a-tete, qualquer esforço será em vão. 
Levando em consideração que houve uma grande mudança nesse tipo de modalidade de ensino com relação as últimas décadas, onde hoje em dia jovens e adultos necessitam do Ensino Básico concluído para conseguir iniciar seu processo de inclusão no mercado de trabalho.
Junto com essas mudanças, porque não dizer evolução, também aumentaram as responsabilidades do professor para manter ou aumentar o nível de qualidade desse programa social mediado pela rede pública de ensino no Brasil. Sabemos que o principal objetivo dessa modadalidade é desenvolver o grau escolar de pessoas em geral que não tiveram a oportunidade de completar o ensino médio. Com foco na qualificação social e no desenvolvimento capital e econômico do país.
Como mensiona Paulo Freire, a chave do sucesso para um ensino adequado é tão somente a aprendizagem dialógica, que procura por meio da educação conectar-se com a sua cultura, o jeito de ser, viver e pensar. Projetando o futuro e idealizando-se da necessidade da busca de uma alfatização competente tornando o aluno capaz de exercer a cidadania em prol dos direitos e deveres sociais.
Mediante o fatídico erro cometido na turma do EJA condiciona o ensinador a tomar alguns cuidados com essa modalidade como não enfantilizar as atividades, devendo utilizar mais os princípios da andragogia (educação para adulto) do que a pedagogia. As ações práticas na educação de jovens a dultos diferenciam-se das práticas pedagógicas em outros níveis do ensino.
Para mudar esse quadro é necessário estabelecer junto com a turma a metodologia e o objetivo como proceder e se alcançar. Envolvendo os alunos com participações e deixando claro a aplicabilidade das tarefas e avaliações como princípio básico do trabalho. 
Para combater esse fracasso conforme afirma Nevado Carvalho e Menezes (2007), consiste portanto em não mais conceber uma prespectiva tradicional mas renascer de um novo movimento, combatendoa desigualdade, tirando as dúvidas, deixando a incerteza, se apegando a necessidade do apoio, buscando novas alternativas, envolvendo-os em debates, troca de idéias em busca de uma nova visão inovadora construtiva.
De acordo com Fernando Pessoa “é preciso sempre ir mais além” Isso é o que deve fazer o docente que atua em turmas de EJA. Basta olhar o retrato e a trajetoria de vida de cada aluno que retorna à escola já na fase adulta, pode ser enfado, mas no fundo é motivador para ambos os lados: alunos e professores.
Conclusão
É de fundamental importância o aperfeiçoamento dos conteúdos e metodologia aos educadores, diminuindo a margem de erro e mantendo o programa EJA (Educação de Jovens e Adultos) de forma progressiva sempre acreditando que o aprendizado acontece de forma mútua garantindo a excelência da saber real, projetando oportunidades aquelas pessoas que não conseguiram concluir seus estudos básicos. A EJA é uma modalidade de ensino para os que não tiveram acesso a educação ou não finalizaram. Seu principal objetivo é aprofundar os trabalhos dos especialistas (professores mediadores) para contribuírem de forma evolutiva, atendendo toda necessidade dos estudantes de acordo com o ensino aprendizagem e atuando como facilitador na formação apropriada dos jovens e adultos. Com isso, garantir acessibilidade por meio dos estudos e protagonizando a inclusão social, politica e econômica dessas pessoas.
Referências:
http://www.pucrs.br/edipucrs/XSalaoIC/Ciencias_Humanas/Educacao/70664-PATRICIAMENDESRODRIGUES.pdf - publicado pela pucrs 2009 - citado por CARVALHO, M. J. S.; NEVADO, R. A.; MENEZES, C. S. Arquiteturas Pedagógicas para Educação a Distância. In: pesquisa 29.02.20
https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/article/view/994NEVADO. R. A.; CARVALHO, M. J. S.; MENEZES, C. S. (Org.). Aprendizagem em rede na educação a distância: estudos e recursos para formação de professores. Porto Alegre: Ricardo Lenz, 2007. - pesquisado 29.02.20
LIBÂNEO, José Carlos. Didática (1994, p. 253). São Paulo: Cortez, 1992. - publicado pela pucrs 2009 – pesquisado em 29.02.20
https://gestaoescolar.org.br/conteudo/2147/os-cinco-mandamentos-do-professor-da-eja. Citado por Ewerton de Sousa, 28 de março 2019. Pesquisado 29.02.20