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1 RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS (macro e micronutrientes) conceitos, aplicações no planejamento e avaliação de dietas Wolney Lisboa Conde UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO HNT- 130 – Nutrição Normal Conceitos fundamentais Gasto energético Necessidades condição saudável Comitê(s) FAO sobre necessidades de calorias (1950 e 1957) Três conceitos gerais: 1. A necessidade de energia de um grupo é representada por uma média das necessidades dos indivíduos naquele grupo; 2. Na medida do possível, as necessidades de energia devem ser determinadas a partir das estimativas do gasto de energia; 3. A necessidade de energia de um homem ou mulher “referência” constitui a linha base para a avaliação das necessidades de energia das pessoas em geral (com ajustes para situações diferentes, por ex: crescimento, gravidez, lactação envelhecimento, clima, etc). Em que estão baseadas as recomendações nutricionais? Gasto energético Necessidades (estimativas de energia e nutrientes) Metabolismo basal (funções vitais) Atividade física (duração e intensidade) condição saudável (capacidade funcional) X Efeito térmico dos alimentos X 2 A variação intra-individual da TMB e GET 1,9FDe Boer (1985) Ingestão energética variável; atividade física controlada 2,4FDe Boer (1985) 2,6FDe Boer (1985) 2,2MGarby at al (1984) 6,0FWebb & Annis (1983) 3,3FWebb & abrams (1983) 1,5MDalloso et al (1982) Ingestão energética e atividade física controladas Gasto energético total 24 h (calorimetria) 2,9MSoares & Shetty (1986) Ingestão energética e atividade física não controladas 2,8MDalloso et al (1982) Ingestão energética variável; atividade física controlada 2,2MDalloso & James (1984) Ingestão energética controlada; atividade física variável 2,0 FJéquier & Schutz (1981) Ingestão energética e atividade física controladas CV (%)SexoTaxa metabolismo basal (consumo O2) Fonte: Shetty et al (EJCN) 50 (S1):S11-S23 Necessidades de energia e proteínas Necessidade de energia: é o nível de ingestão de energia a partir de alimentos que irá equilibrar o gasto de energia do indivíduo com massa, composição corporal e nível de atividade física compatíveis com a boa saúde a longo prazo. Necessidade de proteína: é o menor nível de ingestão de proteína da dieta que irá equilibrar as perdas de nitrogênio a partir do organismo em indivíduo que mantenha equilíbrio de energia nos níveis mais modestos de atividade física. Critério para determinar a necessidade de energia: Manutenção da massa corporal saudável (não há adaptação). Critério para determinar a necessidade de proteína: Equilíbrio de nitrogênio (possível adaptação). Necessidade e Recomendação Necessidade Nutricional: – “As necessidades nutricionais representam valores fisiológicos individuais requeridos para satisfazer suas funções fisiológicas normais e prevenir sintomas de deficiências. São expressas na forma de médias para grupos semelhantes da população”. Recomendação Nutricional: – “As quantidades de energia e de nutrientes que devem conter os alimentos consumidos para satisfazer as necessidades de quase todos os indivíduos de uma população sadia. Assim, as recomendações nutricionais baseiam-se nas necessidades de 97,5% da população”. Necessidade e Recomendação Necessidade média Nível seguro de ingestão 0 .1 .2 .3 .4 .5 In g e st ã o ( % ) Nutriente (necessidade) 0 .1 .2 .3 .4 .5 In g e st ã o ( % ) Nutriente (necessidade) 3 0 .1 .2 .3 .4 .5 .6 .7 .8 .9 1 P ro b. in g es tã o e xc e ss iv a 0 .1 .2 .3 .4 .5 .6 .7 .8 .9 1 P ro b . i ng e st ão in ad e qu a d a Nutriente (necessidade) Curvas de probabilidade para ingestão de energia P ro b a b il id a d e d e q u e a i n g e s tã o e s ti p u la d a s e ja i n a d e q u a d a P ro b a b il id a d e d e q u e a i n g e s tã o e s ti p u la d a s e ja e x c e s s iv a baixa ingestão nível normal de ingestão alta ingestão ri sk -2 0 2 z Curva de probabilidade para ingestão de proteína P ro b a b il id a d e d e q u e a i n g e s tã o e s ti p u la d a s e ja i n a d e q u a d a P ro b a b il id a d e d e q u e a i n g e s tã o e s ti p u la d a s e ja e x c e s s iv a baixa ingestão nível normal de ingestão alta ingestão Variação segura de ingestão Classes de nutrientes: Minerais Vitaminas Micronutrientes Água Proteína Gordura carboidratos Macronutrientes Classes MACRONUTRIENTES 4 Que são macronutrientes? • Macronutrientes: Fontes de energia para o corpo que podem ser usados de maneira intercambiável. Estritamente falando são: carboidratos, proteína e gordura. Qual a importância para dieta e saúde? • Para saúde: – Manter o balanço energético e funções corporais vitais – Relação com doenças crônicas • Doença coronariana cardíaca • Hiperinsulinemia • obesidade macronutrientes Distribuição percentual recomendada para macronutrientes 60 a 7055 a 7545 a 65Carboidrato 20 a 2515 a 3020 a 35Lipídeo 10 a 1210 a 1510 a 35Proteína SBAN, 1990 OMS, 1995, 2003 DRI, 2001 Nutriente MICRONUTRIENTES 5 A importância dos micronutrientes para dieta e saúde • O que são micronutrientes? – Designação usual para o conjunto de vitaminas e minerais da presentes no corpo humano ou na dieta. A importância dos micronutrientes para dieta e saúde • Vitaminas – Composto orgânico – Essencial em quantidades pequenas – Suporte às funções fisiológicas (manutenção. crescimento, desenvolvimento, reprodução) – Ausência causa síndrome deficiência específica A importância dos micronutrientes para dieta e saúde • Vitaminas – Lipossolúveis • Solúveis em solventes não polares: • Ex: A, D, E e K. – Hidrossolúveis • Solúveis em solventes polares: • Ex: Vit. C, Vit B12, riboflavina, niacina, entre outras. A importância dos micronutrientes para dieta e saúde • Minerais – Substâncias encontradas no corpo ou em alimentos em estado iônico (cátions ou ânions) ou como componentes de compostos orgânicos – Papel regulador (atividade de enzimas, equilíbrio ácido-base, pressão osmótica, entre outras) – Alguns (Zn e Fe) envolvidos no processo de crescimento – Representam 4 a 5% do peso corporal adulto 6 A importância dos micronutrientes para dieta e saúde • Minerais – Classificação – Macrominerais (elementos de volume) • Essenciais para os seres humanos adultos em quantidades de 100 md/dia ou mais.Ex:cálcio, fósforo, magnésio, sódio, entre outros. – Micromineral (elemento traço) • Essenciais, em quantidades inferiores a 100 mg/dia, para o desempenho ótimo de funções crescimento e desenvolvimento. Ex: Ferro, Iodo, Zinco, entre outros. As prescrições de nutrientes para alimentação humana Como se trabalham as prescrições de nutrientes para alimentação humana? • Histórico – Primeiras prescrições – Função das prescrições – Bases das prescrições Como se trabalham as prescrições de nutrientes para alimentação humana? • Aspectos da história das prescrições nutricionais: – 1941: recomendações nutricionais (Recommended Dietary Allowances – RDAs) - Food and Nutrition Board/ National Research Council (EUA). � A décima edição da RDA foi publicada em 1989. – 1950/1957 FAO: Necessidades de calorias e proteínas. – 1985: FAO/OMS: recomendações de energia e proteína. – 1990: Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN). – 1997: Ingestão Dietética de Referência (Dietary Reference Intakes – DRIs) - Food and Nutrition Board / Institute of Medicine. • Desenvolvido para substituir as RDAs • Conjunto de 4 valores de referência de ingestão de nutrientes: ▪ EAR (Estimated Average Requirement): Necessidade média estimada. ▪ RDA (Recommended Dietary Allowances): Quota Dietética Recomendada. ▪ AI ( Adequate Intake): Ingestão Adequada. ▪ UL (Tolerable Upper Intake Levels): Nível de ingestão máximo tolerável. 7 Ingestão Dietética de Referência (Dietary ReferenceIntakes – DRI) • O que são? • Conceitos – RDA – EAR – AI – UL • Uso – Planejamento de dietas – Avaliação de dietas – Indivíduos ou grupos Ingestão Dietética de Referência (Dietary Reference Intakes – DRI) • O que são? – São valores de referência. – Representam a quantidade estimada de ingestão do nutriente a ser usada no planejamento e avaliação de dietas de grupos aparentemente saudáveis. – Os valores diários de referência podem ser expressos segundo quatro conceitos: RDA, AI, UL e EAR. Ingestão Dietética de Referência (Dietary Reference Intakes – DRI) • Conceitos – RDA (Recommended Dietary Allowances): Quota Dietética Recomendada. – AI (Adequate Intake): Ingestão Adequada. – UL (Tolerable Upper Intake Levels): Nível máximo de ingestão tolerável. – EAR (Estimated Average Requirement): Necessidade média estimada. – AMDR (Acceptable Macronutrient Distribution Ranges): espectro aceitável da distribuição de macronutrientes. RDA (Quota Dietética Recomendada) – Conceito: • “Média diária de ingestão dietética do nutriente, suficiente para fornecer a necessidade daquele nutriente de aproximadamente todos (97 a 98%) os indivíduos saudáveis em determinado gênero e e estágio de vida”. – Observação: • A RDA de um nutriente é um valor a ser usado como meta de ingestão dietética para indivíduos saudáveis. Não deve ser utilizada para avaliar as dietas de indivíduos ou grupos ou para planejar dieta de grupos. Ingestão Dietética de Referência (DRI) 8 RDA (Quota Dietética Recomendada) –Cálculo: – Requer a definição do valor de EAR: – Quando o desvio padrão do EAR é conhecido • RDA = EAR + 2DPEAR – Quando o desvio padrão de EAR não é conhecido • Assume-se coeficiente de variação igual a 10% • RDA = 1,2 x EAR Ingestão Dietética de Referência (DRI) AI (Ingestão Adequada) – Conceito: • “A Ingestão Adequada é utilizada, no lugar da RDA, quando não há evidência científica suficiente para se calcular o valor de EAR”. – Observações: • A AI de um nutriente é um valor a ser usado como meta de ingestão dietética para indivíduos saudáveis. Não deve ser utilizada para avaliar as dietas de indivíduos ou grupos ou para planejar dieta de grupos. • Não é conhecida a cobertura percentual da ingestão. • Na referência EUA/Canadá, os valores de todos os micronutrientes para menores de 12 meses foram estabelecidos por AI’s (baseadas na composição do leite humano). • Para as crianças de 7 a 12 meses recomenda-se a utilização das EARs e RDAs para ferro e zinco uma vez que o conteúdo destes minerais no leite materno não é suficiente para crianças mais velhas. • Na referência EUA/Canadá, os valores da vitamina K, do cromo (Cr) e do magnésio (Mg) foram estabelecidos por AI em todas as idades. Ingestão Dietética de Referência (DRI) UL (Nível Máximo de Ingestão Tolerável) – Conceito: • “O UL representa o mais elevado nível de ingestão diária do nutriente possível sem apresentar risco de efeitos adversos à saúde da maioria da população”. – Observações: • Os UL’s foram estabelecidos em função dos efeitos adversos à saúde dos indivíduos e referem-se à ingestão total de nutrientes (dieta, água e suplementos) ou à ingestão dietética conforme o caso. • Não foram estabelecidos UL’s, por insuficiência de dados, para arsênio (As), cromo (Cr) e silício (Si). Ingestão Dietética de Referência (DRI) UL (Nível Máximo de Ingestão Tolerável) Passos para derivação dos UL’s: 1. Identificação do risco • Evidência de efeitos adversos para o ser humano • Causalidade • Relevância dos dados experimentais • Mecanismos da ação tóxica • Qualidade e abrangência dos dados • Identificação das distintas e altamente sensíveis subpopulações 2. Componentes da Avaliação Dose-Resposta • Seleção dos dados • Identificação do NOAEL (No Observed Adverse Effect Level) ou LOAEL (Lowest Observed Adverse Effect Level) e ponto final crítico • Avaliação das incertezas • Derivação das ULs • Caracterização da estimativa e considerações especiais Ingestão Dietética de Referência (DRI) Extraído de SBAN/ILSI – 2002 (?) 9 O modelo do risco Identificar o dano Avaliar dose-resposta Estimar o Nível Máximo Tolerável de Ingestão (UL) Avaliar a exposição Estimar o espectro (distribuição) da Ingestão humana Caracterizar o risco Qual fração da população, Se houver, ingere mais do que o UL? Em quanto a ingestão excede o UL? EAR (Necessidade Média Estimada) –Conceito: • “Valor de ingestão diária que é estimado para satisfazer a necessidade, tal como definida pelo indicador ou critério de adequação especificado, de metade dos indivíduos (aparentemente) saudáveis de determinada etapa do ciclo vital ou sexo”. – Observações: • A EAR é usada na determinação da RDA e corresponde à mediana da distribuição de necessidades de um dado nutriente para um dado grupo de mesmo gênero e estágio de vida. Ingestão Dietética de Referência (DRI) Relação entre AIs, EARs e RDAs Figura 1 Ilustra as relações entre esses valores de referência e diversos pontos críticos para a compreensão e uso apropriado desses valores. Curva de risco hipotética para um nutriente com distribuição normal Extraído de SBAN/ILSI – 2002 (?) 10 Curva de risco hipotética para distribuição de vitamina B1, B6 e selênio Extraído de SBAN/ILSI – 2002 (?) Premissas: 1) Independência dos valores de ingestão e necessidade; 2) Distribuição da ingestão conhecida AMDR (Espectro aceitável da distribuição de macronutrientes) – Conceito: • Espectro percentual, em relação ao total energético da dieta, no qual o consumo de carboidratos, gorduras e proteínas não está associado a ocorrência de doenças crônicas. – Representam: • Ingestão associada a risco reduzido de doenças crônicas; • Ingestão na qual os nutrientes essenciais presentes na dieta podem ser consumidos em quantidade sufuciente; • Ingestão baseada na relação adequada entre energia e atividade física para manter o balanço energético. Ingestão Dietética de Referência (DRI) AMDR (Espectro aceitável da distribuição de macronutrientes) Usos da Ingestão Dietética de Referência (DRI) Necessidade de nutriente Ingestão de nutriente Planejamento de dietas Avaliação de dietas GrupoGrupo Indivíduo Indivíduo Extraído de DRI – micronutrients - 2001 11 Ingestão Dietética de Referência (Dietary Reference Intakes – DRI) Use para estimar a porcentagem da população sob risco de efeitos adversos decorrentes do consumo excessivo Ingestão usual acima deste valor indica risco de efeitos adversos decorrentes do consumo excessivo UL Ingestão média usual maior ou igual este valor indica baixa prevalência de ingestão inadequada Ingestão usual maior ou igual este valor indica baixa probabilidade de inadequação AI NÃO USAR PARA AVALIAR INGESTÃO DE GRUPOS Ingestão usual maior ou igual este valor indica baixa probabilidade de inadequação RDA Estimar prevalência de ingestão inadequada no grupo Avaliar probabilidade ingestão usual seja inadequadaEAR GruposIndivíduos Medida da ingestão Uso das DRI para avaliar dietas de indivíduos ou grupos saudáveis Extraído de DRI – micronutrients - 2001 Ingestão Dietética de Referência (Dietary Reference Intakes – DRI) Use para planejar distribuições com baixa prevalência de ingestão com risco de efeitos adversos Use como guia para limite da ingestão. Ingestão continuada de quantidades mais elevadas aumentam risco de efeitos adversos UL Use para planejar ingestão médiaAjuste para este valorAI -Ajuste para este valorRDA Use para planejar distribuições com baixa prevalência de inadequação -EAR GruposIndivíduos Medida da ingestão Uso das DRI para planejar dietas de indivíduos ou grupos saudáveis Extraído de DRI – micronutrients - 2001 Nutrientes com DRI’s • EAR/RDA: – Magnésio, Fósforo, Selênio, Tiamina, Riboflavina, Vitamina B6 e B12, Niacina, Folato, Vitaminas A, C e E, Iodo, Cobre, Ferro, Zinco e Molibdênio. • AI: – cálcio, flúor, biotina, colina, vitaminas D e K, ácido pantotênico,manganês e cromo. • UL: – magnésio, fósforo, selênio, niacina, folato, zinco, molibdênio, níquel, cálcio, flúor, colina, cobre, iodo, ferro, manganês e vitaminas A, C, D, E e B6. Revendo noções de índices globais representativos de uma distribuição • Média – Medida de tendência central de uma distribuição • Desvio – padrão – Medida da média dos desvios em uma distribuição • Escore Z – Medida padronizada da dispersão (posição) relativa à media no interior de uma distribuição. 12 Revendo noções de testes estatísticos no interior de uma distribuição • Comparar o desempenho de um indivíduo: – Situá-lo, de modo padronizado e segundo sexo e idade, em uma distribuição de referência e observar se sua posição excede (ou não) os valores críticos para aquele micronutriente. • Comparar o desempenho de um grupo: – Comparar a média do grupo estudado à média da distribuição de referência (levando em conta sexo e idade) e testar se as médias pertencem a distribuições diferentes Avaliação da ingestão individual baseada nos valores de EAR ou AI Extraído de Barr et al 2002 Distribuição normal (Gaussiana) com valores Z e suas densidades 0.00 0.05 0.10 0.15 0.20 0.25 0.30 0.35 0.40 0.45 d e n s id a d e d e Z -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 valor Z Avaliação da ingestão do grupo baseada no ponto de corte do EAR 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 nutrient distribution requeriment m=1200;sd=180 requeriment m=1800;sd=450 Adaptado de DRI – micronutrients - 2001 13 Avaliação da ingestão do grupo baseada no ponto de corte do EAR Extraído de Barr et al 2002 Avaliação da ingestão do grupo baseada no ponto de corte do EAR Extraído de Barr et al 2002 Avaliação da adequação da ingestão de grupos - baseada nas DRI´s 1651000Total 02000,0>18,23> 97,5 51250,0415,50 – 18,2395 – 97,5 141750,0813,06 – 15,4990 – 95 30,02000,1510,83 – 13,0580 – 90 37,51500,259,64 – 10,8270 – 80 17,5500,358,77 – 9,6360 – 70 12,15270,458,08 – 8,7650 – 60 12,65230,557,47 – 8,0740 – 50 13200,656,88 – 7,4630 – 40 11,25150,756,23 – 6,8720 – 30 8,5100,855,46 – 6,2210 – 20 2,7930,934,89 – 5,455 – 10 0,9610,964,42 – 4,882,5 – 5,0 111,0< 4,42< 2,5 N° mulheres com ingestão inadequada N° mulheres com ingestão dentro do espectro Risco de ingestão inadequada Espectro da ingestão usual associado aos centis (mg/d) Centis da distribuição das necessidades Ilustração da proposta do espectro de probabilidades para estimar a prevalência da inadequação de ferro dietético em grupo de 1000 mulheres. Extraído de DRI – micronutrients - 2001 Planejamento de dietas para indivíduos ou grupos usando Ingestão Dietética de Referência (Dietary Reference Intakes – DRI) 14 Planejamento dietético usando DRI - indivíduo - Extraído de DRI – micronutrients - 2001 Indivíduo Não Sim p. ex. fumante (vitamina C) Atleta (ferro) Vegetariano (ferro, zinco) Pessoa doente (nutriente afetado pela doença) Plano para ingestão adequada do nutriente específico baseado em considerações especiais Planejar para que RDA ou AI sejam alcançados, segundo idade e sexo Permanecer abaixo do UL Outros nutrientes Alguma “ consideração especial”? Planejamento dietético usando DRI - grupos - Extraído de DRI – micronutrients - 2001 grupo Sim O grupo tem EAR e necessidade energética semelhantes, em geral? A distribuição da necessidade é assimétrica? Não Identificou-se a vulnerabilidade do grupo? NãoSim Sim Não Proposta probabilidade; Planejar X% < necessidade Use EAR; Planejar X% < necessidade e Y% > UL O subgrupo vulnerável é apropriado para intervenção? Use proposta da densidade do nutriente Direcione para subgrupo vulnerável (p. ex. alimento fortificado, suplemento, educação) Sim Não Para outros no grupo Planejamento de dietas baseado nas DRI’s • Para indivíduos: – Usar a DRA do nutriente como meta para o consumo diário do nutriente. – Usar a AI do nutriente como meta para o consumo diário (atenção especial no caso de menores de 12 meses). • Para grupos: – Usar EAR e UL para planejar ou recomendar ingestão de determinado nutriente a conjunto de indivíduos. Avaliar o estado nutricional do grupo; avaliar as possíveis intervenções e monitorar o grau de risco a ser tolerado. – Usar AI para grupos na ausência de EAR. Planejamento de dietas baseado nas DRI’s 15 Planejamento de dietas baseado nas DRI´s • Levar em conta: – Biodisponibilidade – Interação nutriente vs nutriente – Absorção em função do tempo e do tipo de consumo (isolado ou na dieta) • Exemplo: – Fe em dieta infantil. DRI’s para macro e micronutrientes • Textos e tabelas com DRI´s (Entregues em arquivos .pdf para os alunos)
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