Dietética - DRI (Dietary reference intake)

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Nutrição-UFGD 
–
Expressão “Dietary Reference Intake”: 4 valores de 
referência. 
Estimativas quantitativas de ingestão de nutrientes; 
Planejamento e avaliação de dietas de indivíduos 
saudáveis. 
DEFINIÇÕES 
EAR: Estimated Average Requirement 
• Necessidade média estimada. 
RDA: Recommended Dietary Allowance. 
• Ingestão dietética recomendada. 
AI: Adequada Intake. 
• Ingestão adequada. 
UL: Tolerable Upper Intake Level. 
• Limite superior de ingestão tolerável. 
CURVA DE GAUSS 
 
EAR
Nível de ingestão diária do nutriente estimado para 
atender às necessidades de metade dos indivíduos 
saudáveis em um determinado estágio de vida e gênero. 
• 50% têm necessidade atingida; 
• 50% não têm necessidade atingida. 
 
Fonte: IOM, 2002. 
Elaborada a partir de uma revisão detalhado da 
literatura. 
Estabelecida em critério específico de adequação mínima 
às necessidades nutricionais. 
Considera-se a redução de risco para doenças por 
carência ou excesso de nutrientes, além de outros 
parâmetros de saúde. 
Utilização: determinar RDA, avaliar ingestão individual e 
planejar e avaliar o consumo alimentar de grupos 
populacionais. 
RDA
Nível de ingestão diária suficiente para atender a 
necessidade do nutriente para quase todos 
(aproximadamente 98%) indivíduos saudáveis em um 
determinado estágio de vida e gênero. 
 
 
Nutrição-UFGD 
Derivada matematicamente: 
• A partir da EAR e desvio padrão; 
• Baseia-se na normalidade da necessidade do 
nutriente. 
Definida: 
• Valor correspondente a dois desvios-padrão 
acima da EAR. 
 
Meta de ingestão diária do nutriente pelo indivíduo. 
Utilizada como meta de ingestão alimentar para o 
planejamento de dietas individuais. 
Não é apropriada para avaliar ingestão de nutrientes de 
indivíduos, nem a ingestão ou planejar dietas para grupos 
populacionais (em virtude da grande variação na 
ingestão). 
AI
Evidências científicas não suficientes para definir EAR → 
RDA → estabelecimento de AI 
Baseada em médias observadas ou ingestão 
experimentalmente derivada da ingestão média de um 
dado nutrientes, por uma população ou grupo específico. 
E que parece sustentar um estado nutricional definido, 
evidenciado por indicadores funcionais de saúde (níveis 
circulantes normais do nutriente, crescimento, dentre 
outros). 
Não relacionada com EAR e RDA. 
Esperado: AI > RDA. 
Meta de ingestão dietética em planejamento de dietas de 
indivíduos – ausência de EAR/RDA. 
Não deve ser utilizado para avaliar as dietas de indivíduos 
ou para avaliar e planejar dietas de grupos populacionais 
por motivo de escassez de dados científicos 
Estabelecimento de AI para nutrientes: 
• Necessidade de mais pesquisas: determinar, com 
grau de confiança, média e distribuição do 
nutriente; 
• Com esse conhecimento: substituição da AI por 
EAR/RDA. 
EAR/RDA x AI: 
 
EAR: estimativa da necessidade que se aplica à 
indivíduos. 
AI: derivada a partir de ingestões médias de grupos 
AI > EAR/RDA se pudessem ser determinadas. 
UL
Nível mais elevado da ingestão diária do nutriente que 
provavelmente não coloca em risco de efeitos adversos à 
saúde da maioria da população em um determinado 
estágio de vida e gênero. 
Nível de ingestão com alta probabilidade de ser tolerado 
biologicamente: 
• Não é um nível de ingestão recomendado; 
• Ingestão ↑, acima da UL → ↑ risco potencial de 
danos à saúde. 
Nível entre RDA/AI e UL: não há benefícios estabelecidos. 
Investigação da ingestão excessiva de nutrientes – levar 
em conta: 
• Fonte do nutriente; 
• Estado fisiológico do indivíduo; 
• Período de tempo de ingestão acima da UL. 
Nutrientes com UL estabelecida: 
• Magnésio; 
• Iodo; 
• Fósforo; 
• Ferro; 
• Selênio; 
• Manganês; 
• Cálcio; 
• Flúor; 
 
Nutrição-UFGD 
• Zinco; 
• Molibdênio; 
• Níquel; 
• Cobre; 
• Colina; 
• Vitaminas A, E, D; 
• Vitamina B6, B3; 
• Vitamina C; 
• Folato. 
 
FUNDAMENTOS DO VALORES DE UL 
Objetivo: minimizar potenciais riscos de efeitos adversos 
por uso excessivo de determinados nutrientes. 
• Modelo matemático específico para nutrientes. 
UL: valor máximo que pode ser ingerido, sem oferecer 
risco de efeito adverso às pessoas, inclusive as mais 
vulneráveis. 
DRIs
Categorias de estágio de vida. 
Pesos e alturas de referência. 
CATEGORIAS DE ESTÁGIO DE VIDA 
Recomendações para ingestão de nutrientes. 
Estágios da vida: 
• Primeira infância; 
• Infância; 
• Pré-escolar; 
• Puberdade/adolescente; 
• Adulto jovem e meia idade; 
• Adultos idosos; 
• Gestação e lactação. 
Primeira infância: 
• Nascimento até 12 meses; 
• Dividido em 2 intervalos de 6 meses. 
Infância: 
• 1 a 3 anos de idade; 
• Divisão da infância: grande velocidade de 
crescimento nessa faixa, comparada com 4-5 
anos. 
Pré-escolar: 
• 4 a 8 anos de idade; 
• Mudanças biológicas: velocidade do crescimento, 
estado endócrino. 
Puberdade/adolescência: 
• 9 a 13 anos de idade; 
• 14 a 18 anos de idade; 
• Diferenças no amadurecimento sexual entre 
meninos e meninas: divisão entre idade e 
gêneros. 
Adultos jovens/meia idade: 
• 19 a 30 anos de idade;31 a 51 anos de idade; 
• Benefícios ingestão mais elevada de nutrientes 
nos anos inicias da fase adulta: alcançar 
potencial genético na formação óssea; 
• Maiores 30 anos: ↓ gasto energético e 
necessidade de nutrientes; 
• Alguns nutrientes: igual nas 2 categorias. 
Adultos e idosos: 
• 51 a 70 anos: período produtivo; 
• Maiores que 70 anos de idade: alteração nas 
funções fisiológicas e atividade física. 
Gestação e lactação: 
• Mudanças fisiológicas; 
• Mudanças nas necessidades de nutrientes e 
energia. 
DRIs 
Planejamento ou avaliação de dietas. 
Grupos ou indivíduos. 
AVALIAÇÃO DA DIETA 
Indivíduos: 
 
Nutrição-UFGD 
• EAR: probabilidade da ingestão habitual estar 
inadequada; 
• RDA: ingestão habitual do nutriente nesse nível, 
ou acima – pequena probabilidade de estar 
inadequada. 
• AI: ingestão habitual do nutriente nesse nível, ou 
acima – pequena probabilidade de estar 
inadequada; 
• UL: ingestão habitual deste nível – indivíduo em 
risco de efeitos nocivos à saúde. 
Grupos de indivíduos: 
• EAR: prevalência de inadequação de ingestão de 
nutriente em determinado grupo de indivíduos; 
• RDA: não utilizada para avaliação de grupos; 
• AI: ingestão habitual de nutriente nesse nível, ou 
acima, provavelmente baixa % da população com 
ingestão inadequada. 
Aplicação prática das DRI: 
 
Resumo para adequação de micronutriente para o 
planejamento dietético segundo as DRIs: 
 
PLANEJAMENTO DA DIETA 
Indivíduo: 
• EAR: não usada no planejamento para indivíduo; 
• RDA: meta de ingestão; 
• AI: meta de ingestão. 
• UL: guia para limitar a ingestão. Ingestão crônica, 
ou acima, pode levar a potencial risco de efeitos 
adversos. 
Grupo de indivíduos: 
• EAR: usar para planejar distribuição da ingestão, 
com baixa prevalência de ingestão inadequada; 
• RDA: não usada no planejamento para grupos; 
• AI: planejar ingestão média; 
• UL: usada para planejar distribuição da ingestão, 
com baixa prevalência de ingestão com potencial 
risco de efeitos adversos. 
 
AMDR: Aceptable macronutrient distribution range. 
Faixa de ingestão das fontes de energia (carboidratos, 
lipídios e proteínas) associada a um menor risco para 
DCNTs. 
Caso a ingestão exceda a AMDR, há possibilidade de 
aumento do risco para as DCNTs e/ou para a ingestão de 
doses insuficientes de nutrientes essenciais. 
AMDR apresentada em forma de percentual do total de 
energia ingerida, e a ingestão se baseia na relação 
adequada entre energia e atividade física para manter o 
balanço energético. 
DRI (2001): 
• Proteína: 10 a 35%; 
• Lipídio: 20 a 35%; 
• Carboidrato: 45 a 65%.