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AULAS DE PROCESSO CIVIL III

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PROCESSO CIVIL III
07-08-2019
Terminado a fase de instrução quando todas as partes apresentaram as provas o juiz abre vistas para que as partes possam apresentar suas alegações finais no prazo de 15 dias, após as alegações finais o processo vai concluso para o juiz e ele vai proferir uma sentença.
· PRONUNCIAMENTOS DO JUIZ 
· SENTENÇA — RECURSO DE APELAÇÃO
Até 2005 o processo civil era dividido em processo de conhecimento e processo de execução por isso o conceito de sentença era considerado o “ato que põe fim ao processo”. A partir de 2005 o processo passou a ser sincrético não existem mais dois processos agora se fala em fase de conhecimento/fase cognitiva, não se fala mais fase de execução, mas sim fase de cumprimento de sentença.
Conceito de Sentença: Art. 203. §1° (...) Sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz com ou sem análise de mérito põe fim a fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução.
· DECISÃO INTERLOCUTORIA – RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO
São decisões proferidas no curso do processo e que não põe fim a fase cognitiva do processo.
EX: DECISÃO INTERL._RECURSO_Exclusão de Litisconsorte_ “A” e “B” resolvem ingressar com uma ação em litisconsorte ativo contra “C”, processo segue “C” apresenta contestação dizendo que “A” tem legitimidade e “B” não tem, no curso do processo o juiz extingue o processo em relação a “B” sendo assim é uma decisão interlocutória que recorre por meio de um agravo de instrumento. 
EX: Indeferimento de prova, pedido de segredo de justiça, juntada de documento. (Todas são decisões interlocutórias pois não coloca fim ao processo sendo assim cabe agravo de instrumento). 
· DESPACHO SANEADOR – NÃO CABE RECURSO
São decisões proferidas no curso do processo que não tem cunho decisório, são pronunciamentos do juiz que serve simplesmente para impulsionar a marcha processual e que não causa nenhum gravame à parte. 
EX: PETIÇÃO INICIAL_CITE-SE: é um despacho pois só mandou o processo caminhar, (pra dar o CITE-SE o juiz precisou fazer um juízo de admissibilidade da petição, uma análise prévia). Diferente de um DEFERIMENTO/INDEFERIMENTO que é considerado uma decisão interlocutória pois causa gravame a uma parte e beneficia a outra. 
EX: Designação de audiência de pericia. (Não tem gravame a parte). 
· ACÓRDÃO – RECURSO ESPECIAL 
RECURSO ESPECIAL: acórdão especial proferido por tribunal de 2° instância, contra esse acórdão cabe o recurso especial para o STJ, também tem o recurso extraordinário para o STF.
É a decisão de um colegiado, as decisões nos tribunais são proferidas por um órgão colegiado. De regra são três julgadores que julga o processo no tribunal RELATOR – (é aquele que recebe o processo faz o relatório e profere seu voto) REVISOR – JUIZ. 
· DECISÃO MONOCRÁTICA – RECURSO AGRAVO INTERNO 
“É agravo interno por que será endereçado para o relator para ser julgado pelo próprio órgão colegiado que deveria julgar”
Decisão monocrática consiste em decisão proferida por um único magistrado no tribunal, são decisões proferidas pelo relator. O relator pode julgar monocraticamente o próprio mérito do recurso, quando aquele recurso versar sobre uma matéria que já esta pacificada naquele tribunal ou no STJ e STF, a ideia dele proferir a sentença sozinho é não movimentar todos para sentenciar, pois já existe entendimentos pacificados. 
12-08-2019 
Art. 485 NCPC _ Trata de sentenças terminativas 
Art. 487NCPC _ Trata se de sentença definitiva; transitou em julgado não pode mais ajuizar uma nova ação. 
A ação para rescindir uma coisa julgada material é a ação rescisória. (A Ação rescisória é proposta diretamente no Tribunal).
Renúncia: A pretensão faz coisa julgada material, não pode entrar com uma nova ação futuramente. 
Desistência: Sentença sem análise de mérito. ( O juiz homologa a sentença e extingue o processo sem análise de mérito) posso futuramente entrar com a ação novamente pois não fez coisa julgada material. 
· ELEMENTOS DA AÇÃO _ Art. 489 §1° : Toda decisão tem que ser fundamentada. 
- Relatório: Descrição de tudo que ocorreu no processo, se não tiver sentença nula. No juizado especial não precisa de relatório, mas na justiça comum sim. 
- Fundamento: Fundamento pelo qual ele vai decidir acolher ou rejeitar o pedido ( onde se verifica os motivos pelo qual aceita ou rejeita o pedido). 
- Parte dispositiva ou conclusão, fundamento ou motivação: Momento em que depois de fundamentar ele decide, “Diante do exposto julgo procedente o pedido...”
Art. 489. São elementos essenciais da sentença:
I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a identificação do caso, com a suma do pedido e da contestação, e o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo;
· Descrição de tudo que ocorreu no processo, se não tiver essa descrição a sentença é nula.
Obs. No juizado especial NÃO PRECISA DE RELATÓRIO!
II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito;
· O juiz diz (Passo a fundamentar o relatório), é nesse momento que o juiz vai dizer o motivo de colher ou não a parte do autor).
Art. 93, IX CF Toda decisão precisa ser motivada (fundamentada) por livre convencimento motivado.
III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões principais que as partes lhe submeterem.
· Momento em que o juiz depois de fundamentar conclui; nessa parte ele vai ter um cunho decisório. (Diante do exposto...) Obs. O que faz coisa julgada é essa parte dispositiva.
No momento em que a sentença for proferida é preciso dar ciência as partes e manda publica a sentença. 
Proferida a sentença > Publica a sentença 
Depois de publicada a sentença aí o juiz cumpriu com sua função jurisdicional, ele esgotou a função jurisdicional e não pode mais modifica-la. Veja abaixo:
Art. 494. Publicada a sentença, o juiz só poderá alterá-la:
I - para corrigir-lhe, de ofício ou a requerimento da parte, inexatidões materiais ou erros de cálculo;
Ex. Erro de digitação se mudou o nome da parte que nesse caso pode até corrigir de oficio, erro material, inexatidão (Ao invés de colocar 10.000 colocou um 0 a mais).
II - por meio de embargos de declaração. (refere-se a um instrumento jurídico (recurso) pelo qual uma das partes de um processo judicial pede ao juiz (ou tribunal) que esclareça determinado(s) aspecto(s) de uma decisão proferida)
Espécie de recurso dirigido ao próprio juiz ou órgão prolator da decisão, e por ele julgado.
A teoria dos capítulos da sentença está umbilicalmente ligada à estrutura de uma sentença – é importante saber principalmente na fase recursal que quer dizer que a decisão ela pode ser vista como espécies de capítulos. (Cândido Rangel Dinamarco)Se pegarmos um livro ou qualquer artigo jurídico vamos verificar que pra cada determinado assunto é colocado como numa forma de (capítulo) e assim também é vista a SENTENÇA, pois ela tem vários capítulos. Ex. Pode na sentença julgar um pedido de dano material “é o capitulo da sentença” e esse capitulo envolve fundamento e parte dispositiva assim como pedido de dano moral, honorários, juros... 
13-08-2019 
· TEORIA GERAL DO RECURSO
· Recurso: É o remédio voluntário o Juiz não pode de ofício recorrer.
Recurso nada mais é do que o desdobramento da ação, para que eu possa exerce o direito de ação eu preciso preencher as condições da ação sendo LEGITIMIDADE e INTERESSA, não podendo pleitear em nome próprio direito alheio. Quem tem legitimidade para recorrer são as partes, terceiro prejudicado e o Ministério Público.
Recurso de oficio: é chamado remessa necessária, condenações contra a fazenda pública por envolver o interesse público, se ela for condenada e o procurador da fazenda não recorrer mesmo assim o processo deverá ser remetido para o tribunal para que o tribunal possa analisar a sentença do Juiz de primeiro grau. 
Mandado de segurança: é cabível contra atos de autoridade pública (delegado, fiscal), quando você tem um direito líquido e certo e você tem um ato ilegal praticado por uma autoridade pública cabe o mandado de segurança, ele também é cabível contra uma decisãojudicial quando essa decisão não tem recurso. O mandado de segurança não tem natureza RECURSAL e sim de AÇÃO, pois para ser recurso tem que estar dentro do mesmo processo onde foi proferida a ação e o mandado de segurança é uma ação autônoma. 
_ Sentença de mérito com coisa julgada faz coisa julgada material, a coisa julgada material torna imutável a sentença só podendo ser rescindida por via de uma ação rescisória (uma ação que existe para rescindir uma sentença já com transito em julgado, isso não é recurso). 
Reforma da decisão: O réu sofre uma condenação e entra com a apelação dizendo que não cometeu ato ilícito, na hora do tribunal julgar ele reconhece que não houve a prática de ato ilícito do réu, se não houve ato ilícito não pode haver a condenação do réu sendo assim o Tribunal vai reformar a sentença para julgar improcedente o pedido e não devolver para o juiz de primeiro grau para julgar. (Nesse caso houve um erro injudicando, erro de julgamento).
Invalidação da decisão: Nesse caso eu busco a nulidade da decisão, busca-se a nulidade quando aquela decisão contém um vício e não tem como naquele momento aquele órgão reformar; 
EX: Imagine um processo em que houve uma citação nula (recebida por quem não era parte), o processo correu a citação foi irregular e ocorreu à revelia e veio uma sentença condenatória, quando surgiu a sentença a parte ficou sabendo do processo ele pode recorrer da sentença por que ainda não transitou em julgado ai a parte vai lá e faz um recurso de apelação pedindo a Invalidação (quando se pede a invalidação é pra não exista mais). O processo volta para o início para que assim a parte possa apresentar a contestação.
· Recurso Embargos de declaração: Não é um recurso onde a parte busca um recurso infringente modificativo mas busca atacar decisões quando for omissa, contraditória, obscura ou contém erro material. 
· Rol de Recursos cabíveis no CPC: 
- Apelação _ Sentença 
- Agravo Interno _ Decisão monocrática (proferida pelo relator) 
- Agravo de Instrumento _ Decisão interlocutória (desde que prevista no art. 1015) caso queira recorrer de alguma situação e ela não esta prevista no art.1015 poderá recorrer somente em uma eventual apelação/sentença. NÃO CABE MAIS AGRAVO RETIDO. 
- Embargos de declaração: cabíveis contra toda decisão que for omissa, obscura, contraditória ou com erro material.
- Recurso Ordinário – Recurso Especial – Recurso extraordinário – Agravo em recurso especial ou extraordinário.
- Embargo De divergência: Quando em um mesmo tribunal existe entre os órgãos fracionários deles uma divergência. (Órgãos fracionários: São turmas especializadas para cada assunto no Tribunal de Justiça é chamado de Câmaras, já nos Tribunais Superiores é chamados de Turmas por exemplo o Supremo composto por 11 ministro e 1 presidente, quando essas turmas se divergirem da margem para o embargo de divergência). 
INTÂNCIAS
1° Instância __ JUÍZ - justiça comum 
2° Instância __ Tribunais em 2° Instância DESEMBARGADORES TJ/TRF - justiça comum.
3° Instância Superior __ MINISTROS - STJ/STF em Brasília 
19-08-2019
· FORMAS DE IMPUGNAÇÃO À DECISÃO
· TOTAL: Impugnação de toda a decisão recorrida
EX: Vamos imaginar que uma sentença decidiu dois pedidos e “A” perdeu os dois, o juiz acolheu os 2 pedidos do “B”, “A” vai la e faz um recurso de apelação atacando a sentença em um todo. (Quando se faz um recurso total você devolve para 2° instância tudo o que você impugnou, o que permite o tribunal reavaliar tudo, assim você legitima o tribunal a fazer uma revisão total).
· PARCIAL: Impugnação de parte da decisão recorrida
EX: Imagine que a parte se de por satisfeita com relação a um dos pedidos e recorre em relação ao 2° pedido. O juiz acolheu o pedido em relação ao Dano material mas não e relação ao dano moral, neste caso pode-se fazer um recurso do pedido que decaiu (impugnação parcial). 
OBS: Vamos imaginar que só o autor recorreu do pedido de dano moral, falando para o tribunal reformar esse pedido, chegando no Tribunal o TJ (se for justiça estadual) ou TRF (se for justiça federal) o Tribunal poderia por exemplo na hora de análisar o recurso verificar que o Juiz se equivovou no pedido de Dano material e reformar a sentença?
R__ Não pois o Tribunal só poderá análisar aquilo que foi impugnado, ou seja, o que lhe foi devolvido.
OBS: “Reformacio Imperiu” O tribunal não pode sentenciar para piorar, a não ser que o réu recorra, por que ao analisar recurso do réu ele pode negar provimento ao recurso do autor e dar provimento ao recurso do réu para até tirar ou diminuir, mas se não tiver recurso do réu ele não pode reformar para piorar vedação da reformaciu impejus. 
Art. 1.002.  A decisão pode ser impugnada no todo ou em parte.
· RECURSO PRINCIPAL: É o recurso interposto tão logo a parte interessada tenha ciência da decisão que lhe é prejudicial. 
· RECURSO ADESIVO: Depende da interposição de recurso principal pela outra parte. 
EXEMPLO: Imagine que o autor entra com um processo pedindo dano material e moral, ganha parcialmente em relação ao dano material, ele tem interesse que a sentença transite em julgado logo, se ele recorrer o processo vai para o tribunal e vai demorar, se ele não recorrer e a parte contraria também não recorra ele tem um título a executar, então ele não faz o recurso principal na esperança do réu não fazer ai ele já começa a fazer a execução. O RÉU RECORRE E FAZ O RECURSO PRINCIPAL NOS 15 dias, o que o autor pode fazer? Ele será intimado para apresentar contrarrazões (resposta ao recurso do réu), mas nesse mesmo prazo de 15 dias será também uma oportunidade para o autor fazer o recurso adesivo, ou seja, ele vai falar do dano moral que foi o que perdeu. 
OBS: O réu recorre dizendo que não deve pagar o dano material, o autor interpõe um recurso adesivo dizendo que quer receber o dano moral. (que é o que ele perdeu). 
- Cada parte interporá o recurso independentemente, ou seja, cada parte faz seu recurso no prazo e com as observâncias exigidas em LEI. _RECURSO PRINCIPAL. 
- Sendo vencidos autor e réu o Recurso interposto por qualquer deles poderá aderir ao outro, pois é um recurso que só tem existência por que existe o principal da parte contrária. _RECURSO ADESIVO. Obs; Se o recurso principal for interposto fora do prazo o adesivo não irá valer também. 
OBS:__O recurso adesivo apesar de subordinado deve atender os mesmos requisitos de admissibilidade que o principal, então tem que pagar preparo, ter legitimidade, interesse, estar dentro do prazo. 
Cabe RECURSO ADESIVO ___ Art.997 III_ Será admissível na apelação, no recurso extraordinário e especial. 
· DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO? (Quando não se conforma com uma decisão e tem o direito de recurso por uma instância superior). 
- O princípio do duplo grau de jurisdição é um princípio expresso na CF? Poderia existir decisões irrecorríveis onde a parte não pode impugnar? Poderia se pensar em uma LEI ordinária que fala suprimiu o cabimento do recurso? Essa LEI ordinária seria uma LEI inconstitucional?
R_ Apesar de ser um princípio reconhecido não é expresso ele é implícito. Não há inconstitucionalidade no fato de se limita ou restringir o cabimento de recurso em uma determinada decisão, nem toda decisão é recorrível e quem decide isso é a Lei ordinária e essa lei não será inconstitucional. 
· CARACTERÍSTICAS / PRINCÍPIOS – RECURSOS
· TAXATIVIDADE: Art.994 no NCPC não é restritivo. A taxatividade é na LEI não pode existir recursos que não esteja previsto em LEI.
Quer dizer que todos os recursos têm previsão taxativa na LEI isso não impede que haja recursos previstos fora do NCPC. 
EX: Recurso inominado previsto no juizado especial.
· UNIRRECORRIBILIDADE: Para cada decisão comporta uma única espécie de recurso. 
Não pode entrar com mais de um recurso, pois da preclusão consumativa. 
RECURSO ESPECIAL e EXTRAORDINÁRIO SERIA EXCEÇÃO?
Imagine que teve uma sentença, essa sentença teve apelação e essa apelação foi para o TJ ou TRF e assim foi proferido um acórdão, nesse caso somente o autor esta recorrendo, desse acórdão temcabimento o RESP_recurso especial e Recurso extraordinário um para o STJ e um para o STF, ou seja, Recurso especial e extraordinário seria uma exceção ao princípio da unirrecorribilidade? Ou seja, a parte de uma decisão podendo interpor 2 recursos? 
R_ Neste caso esta recorrendo de um acórdão, mas esta recorrendo via RECURSO ESPECIAL da questão de violação de Lei Federal e com relação ao RECURSO ORDINÁRIO esta recorrendo sobre a questão Constitucional. (Não são dois recursos quanto aos fundamentos).
· FUNGIBILIDADE: Necessidade de dúvida objetiva. (É você admitir um recurso errado pelo correto). 
- Decorrente de impasse legal (e não da falta de técnica do profissional contratado pela Recorrente)
- Afasta má-fé e erro grosseiro
- Prazo adequado para o recurso correto
- Prestigia o princípio da instrumentabilidade das formas
ATENÇÃO: Só pode existir quando se tem uma dúvida objetiva, aquela dúvida geral, que esta na doutrina em que a jurisprudência divide opiniões. Aplica-se esse princípio quando_ NÃO EXISTIR ERRO GROSSEIRO. 
EX: A parte faz apelação de uma decisão interlocutória, NÃO PODE! Isso seria um erro grosseiro, pra decisão interlocutória cabe agravo de instrumento. Se existisse uma divergência quando ao cabimento de qual recurso ai poderia se aplicar a fungibilidade. 
O relator que vai fazer o juízo de admissibilidade poderia reconhecer do recurso X como se fosse Y aplicando-se em razão de um princípio. 
20/08/2019
1. As hipóteses de cabimento de agravo de instrumento para o Superior Tribunal de Justiça são as dos arts. 544 e 539, parágrafo único, ambos do Código de Processo Civil.
2. Segundo orientação jurisprudencial desta Corte, os princípios da fungibilidade e da instrumentalidade das formas só têm o condão de amparar as situações em que haja dúvida objetiva quanto ao recurso cabível na espécie, inexistência de erro grosseiro e observância do prazo do recurso adequado.
3. Por se tratar de erro grosseiro e inescusável, inaplicável o princípio da fungibilidade recursal. Precedentes.
4. Agravo de instrumento não conhecido.
· PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO A REFORMATIO IN PEJUS
Quer dizer que quando eu recorro eu recorro para melhorar a minha situação, quando eu me recorro não posso ter a minha situação piorada se a outra parte não recorrer, então em um processo que tem A e B e foi proferida uma sentença, apenas o B recorreu (recorreu para melhorar), se não houve recurso de A, aquela decisão que foi proferida ela não pode ser piorada. Imagine que nessa situação o B ganhou uma decisão de dano moral de 20.000 só que no pedido da inicial dele ele pediu 30.000, e aí ele recorre para majorar para 30.000, pelo principio da “Reformatio in pejus” o que pode acontecer? Mesmo se o tribunal em casos parecidos e semelhantes teve um posicionamento que neste tipo de caso a indenização costuma dar em 10.000 e não é nem de 20.000, será que o tribunal poderia baseado na jurisprudência do tribunal reduzir de 20.000 para 10.000? O tribunal pode no máximo dizer usando a expressão (Nego provimento), vai negar provimento ao recurso dele para não aumentar para 30.000 e manter os 20.000, então se houve recurso dó do B ele não pode ter a sua situação piorada, ele ganhou 20.000 e recorreu para 30.000 e o tribunal NEGA O PROVIMENTO DAÍ VOLTA A VALER OS 20.000.
Ex: Imagine que o A também recorreu e recorreu para tirar o dano moral não quer pagar nada > aqui não tem a vedação da reformatio in pejus porque tem recurso de ambas as partes, no outro exemplo não tinha recurso porque só um recorreu se reformar vai prejudicar ele porque nesse exemplo não tem recurso, mas se tiver o recurso do A pedindo para não pagar nada o tribunal quando vai julgar julga os dois recursos em um único acórdão. 
O tribunal vai fazer o seguinte > Nego provimento ao recurso do autor e dou provimento ao recurso do Réu, ele não está fazendo a reformatio in pejus porque houve recurso do réu, ele não poderia fazer isso se não tivesse o recurso do réu porque o réu já tinha se conformado “se o réu não recorre é sinal de que ele já tinha de conformado com os 20.000 e aceitou, não cabe o tribunal reformar”. 
Pergunta-se: No acórdão o tribunal vai analisar ambos os recursos, e ao analisar os recursos o tribunal pode dar provimento a um e negar provimento ao outro, pode também negar aos dois, o que vai acontecer?R_ Quer dizer que vai ser mantido os 20.000 não vai nem aumentar e nem diminuir.
O Problema da reformatio in pejus é quando um se conformou e não recorreu, o outro recorreu para melhorar, aí só tem recurso dele e ele não pode piorar.
EXCEÇÃO: Quando a parte contraria recorre e quando existir uma questão de ordem pública. 
Questão de Ordem Pública: Quando existe uma questão de ordem pública são questões que podem ser conhecidas pelo juiz independente da provocação da parte a qualquer momento em qualquer grau da jurisdição se verificar que o juiz é absolutamente incompetente pode ser decretado à incompetência em qualquer grau de jurisdição, se eu verificar, por exemplo, que a citação é nula é uma questão que esta ligada a um pressuposto processual e então não pode.
- Questão de ordem publica podem ser reconhecidas inclusive de oficio. 
· LIBERDADE PARA DESISTIR OU RENUNCIAR
Art. 998.  O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso.
· Isso mesmo sem a autorização da parte contraria.
Imagine que eu vou e interponho um recurso, depois disso eu quero desistir do meu recurso, ok eu posso fazer isso e não preciso de anuência do réu.
Art. 999. A renúncia ao direito de recorrer independe da aceitação da outra parte.
· É abrir mão do direito antes de recorrer.
Decisão:
1. A desistência da ação é instituto de natureza eminentemente processual, que possibilita a extinção do processo, sem julgamento do mérito, até a prolação da sentença. Após a citação, o pedido somente pode ser deferido com a anuência do réu ou, a critério do magistrado, se a parte contrária deixar de anuir sem motivo justificado. A demanda poderá ser proposta novamente e se existirem depósitos judiciais, estes poderão ser levantados pela parte autora. Antes da citação o autor somente responde pelas despesas processuais e, tendo sido a mesma efetuada, deve arcar com os honorários do advogado do réu.
2. A desistência do recurso, nos termos do art. 501 do CPC, independe da concordância do recorrido ou dos litisconsortes e somente pode ser formulado até o julgamento do recurso. Neste caso, há extinção do processo com julgamento do mérito, prevalecendo a decisão imediatamente anterior, inclusive no que diz respeito a custas e honorários advocatícios.
3. A renúncia é ato privativo do autor, que pode ser exercido em qualquer tempo ou grau de jurisdição, independentemente da anuência da parte contrária, ensejando a extinção do feito com julgamento do mérito, o que impede a propositura de qualquer outra ação sobre o mesmo direito. É instituto de natureza material, cujos efeitos equivalem aos da improcedência da ação e, às avessas, ao reconhecimento do pedido pelo réu. Havendo depósitos judiciais, estes deverão ser convertidos em renda da União. O autor deve arcar com as despesas processuais e honorários advocatícios, a serem arbitrados de acordo com o art. 20, § 4º do CPC ("causas em que não houver condenação").
· EFEITOS DOS RECURSOS
Aprendemos que todos os atos no processo gera um efeito, então o processo nada mais é que uma sequencia de atos processuais e cada ato processual gera um efeito.
EX: Entrei com uma ação e o juiz manda citar, o que acontece quando cita o réu? Efeitos da citação, ela torna litigiosa a coisa, induz litispendência, interrompe prescrição, constitui em mora o devedor...
EX: Se o réu foi citado e ele não apresentou defesa, então ele passa a ser réu Revel. Quais os efeitos da revelia?R_ Presunção relativa de veracidade dos fatos alagados.
· O recurso, uma vez interposto o recurso qual efeito gerara para o processo?
· Efeito obstativo
É o efeito que toda vez que eu interponho um recurso eu obsto o transito julgadodaquela decisão > preclusão recursal.
Ex. O Juiz decidiu e eu tenho 15 dias para demonstrar o meu inconformismo, recorreu obstou o transito em julgado > a decisão será reanalisada.
Obs, O fato de obstar o trânsito em julgado não está ligado se a decisão pode ou não pode ser cumprida ou exigida.
OBS: Os recursos podem ou não ter efeito suspensivo, o efeito suspensivo é se aquela decisão eu já posso exigir o cumprimento dela.
EX: A Carol foi condenada a me pagar 10.000, mas ela apelou e foi para tribunal de justiça. Será que eu já posso começar executando ela, cobrando ela? 
__Em via de regra na apelação não, porque o recurso de apelação terá em via de regra efeito suspensivo, ou seja, além do efeito obstativo.
EX: Imagine que no recurso de João ele foi condenado a pagar alimentos para o filho dele, ele vai e faz um recurso de apelação, o recurso dele obstou o trânsito em julgado? Sim, porque todo recurso tem efeito obstativo.
O recurso dele terá efeito suspensivo? Não, por vontade do legislador, o recurso de apelação que ataca sentença condenado em alimentos não tem efeito suspensivo de modo que o filho já vai poder exigir o cumprimento mesmo na pendência de um recurso no tribunal.
26-08-2019
· DEVOLUTIVO
Consiste em se devolver ao órgão ad quem. “Matéria que é devolvida para reanálise do órgão Ad quem”. __ O que se impugna. 
Art.1013 CPC; “A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada” 
OBS: Mesmo que trata da apelação é um artigo que se utiliza para todos os recurso, pois devolve tudo que foi impugnado. 
§1° Serão porém objetos de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que não tenham sido solucionadas, desde que relativas ao capítulo impugnado”
OBS: Trata do Plano transversal (na hora de apreciar o capítulo impugnado serão objetos de análise e julgamento todas as questões suscitadas no processo)
ATENÇÃO: Todo recurso tem efeito obstativo e devolutivo.
A QUO = ÓRGÃO QUE PROFERE A DECISÃO 
A QUEM = QUE FAZ A REVISÃO A DECISÃO
Plano horizontal: O que se devolve nesse plano são todas as matérias que são objetos de impugnação. Somente o que se devolve será analisado. Quem delimita é o recorrente, só será objeto de devolução o que ele impugnou
EX: Imagine que eu ingresso com uma ação contra Leticia, alegando que o contrato firmado não é válido e deve ser nulo. Para fazer esse pedido alego que quando assinado o contrato eu era relativamente incapaz e não fui assistida (vício quanto á forma), alego que só assinei por que sofri uma coação. PERGUNTA-SE_ O juiz precisaria enfrentar os dois fundamentos para julgar esse processo? Não! Pois o que o juiz não pode é ser omisso quanto ao pedido. Se um dos fundamentos já foi suficiente ele poderá sentenciar. 
Plano vertical: O Órgão está livre para analisar não só os fundamentos da decisão recorrida mas tudo aquilo que foi debatido no processo. 
EX: A Leticia vai e recorre e devolve ao tribunal a reanalise do pedido impugnado, impugna no recurso dizendo que eu era emancipada então tinha capacidade para assinar o documento. Na hora do órgão ad quem analisar ele constata que eu era mesmo emancipada e tinha capacidade para assinar o documento, PERGUNTA-SE: Será que o Órgão deve devolver o processo ao órgão Ad quo para analisar a coação? Não, pois ele pode ir muito mais além. 
- Jurisdição recursal é uma extensão da jurisdição latu sensu
- Uma vez provocado o Tribunal tem o dever de prestar jurisdição 
- Recurso limita (extensão, mas não profundidade) o âmbito de atuação do Tribunal
- Latum devolutum appelatum 
- Consectário do princípio da inércia 
· TRANSLATIVO
É decorrência do efeito devolutivo - Está devolvendo ao tribunal a matéria impugnada e mesmo que não queira as questões de ordem pública. 
OBS: Chegando no tribunal se ele ver que está prescrito, ou que tenha incompetência absoluta, ou que não tem legitimidade, haverá nulidade da sentença. 
- Decorrência direta da dimensão vertical do efeito devolutivo. 
- Possibilita que o órgão “ad quem” aprecie questão de orem pública. EX: reconhecer prescrição ou decadência. 
· SUSPENSIVO 
É o efeito do recurso que suspende a eficácia da decisão. 
- Suspende os efeitos da decisão recorrida 
- Impede o cumprimento de sentença/execução provisória 
EX: A Edna é condenada a pagar 10 mil reais para o autor da ação, a sentença foi publicada e a Edna faz um recurso de apelação. PERGUNTA-SE; essa decisão que condenou a Edna a pagar deverá ser cumprida? R__Enquanto houver recurso com efeito suspensivo não se fala em cumprimento da decisão, porém se o recurso não tiver esse efeito pode-se exigir o cumprimento.
Imagine que o recurso foi julgado no TJ e foi mantido a Edna vai e recorre para o STJ; imagine que esse recurso já não tem mais efeito suspensivo, será que já poderia mesmo tendo recurso no STJ fazer a execução? R__ Sim a execução provisória. 
EXECUÇÃO PROVISÓRIA caberá quando existir recurso sem efeito suspensivo. 
Quem define quando tem ou não efeito suspensivo é o art. 995 “Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso”
Parágrafo único: A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se da imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do recurso. 
ATENÇÃO ------ REGRA_ Recurso não tem efeito suspensivo. EXCEÇÃO 1: Quando a lei atribuir (Ex; apelação). EXCEÇÃO 2: Se o relator conceder. (Quando ele verificar que possui riscos grave).
RECURSO RECEBIDO NO DUPLO EFEITO: DEVOLUTIVO – SUSPENSIVO (suspende a eficácia da decisão). 
Ex: Entrei com uma ação pedindo para meu cliente o fornecimento de medicamento e eu formulei um pedido de uma tutela de urgência, o juiz indeferiu minha tutela de urgência (contra tutela de urgência cabe agravo de instrumento) No meu agravo devo pedir ao juiz o efeito suspensivo. 
27-08-2019
· SUBSTITUTIVO: 
O recurso ele vai provocar uma decisão do tribunal, se essa decisão do tribunal reformar haverá uma substituição.
- Consiste em substituir a decisão recorrida no que tiver sido objeto de recurso
- A substituição é apenas da parte impugnada 
- Na hipótese de provimento do recurso para invalidação da decisão impugnada (error in procedendo), não há que e falar em substituição da decisão recorrida, mas sim em anulação ou cassação. 
OBS: Verificar qual decisão prevaleceu no final. Se os outros tribunais somente confirmar a sentença prevalece a decisão de primeiro grau (pois as outras só confirmaram). 
· EXPANSIVO:
É a possibilidade de se expandir os efeitos daquele recurso de forma de forma subjetivo e objetivo vai além da parte que recorreu. 
Subjetiva; (do recurso expandir para além de quem não recorreu) 
EX: Recurso por um dos litisconsortes quando um não recorre beneficia aquele que não recorreu. 
Objetivo; O tribunal pode analisar além do que foi impugnado quando existir questão prejudicial.
EX: Vamos imaginar que uma ação de investigação de paternidade cumulado com alimentos onde o réu foi reconhecido como pai e condenou-o a pagar alimentos o réu recorre impugnando a questão de que ele não é pai .... Imagina que o tribunal entenda que ele não é pai isso vai interferir no pagamento de alimentos (matéria que não era matéria de impugnação). 
· REGRESSIVO:
Nada mais é do que o efeito de retratação, a possibilidade do julgador (aquele que proferiu a decisão) se retratar, voltar a trás. 
Apelação só admite retratação em duas hipóteses 1. Indeferimento da inicial. 2. Julgamento liminar improcedência do pedido. 
Decisão interlocutória: Imagine que o juiz deu uma liminar ao autor e a parte contraria fez um agravo de instrumento, o juiz pode se retratar. 
· ADMISSIBILIDADE DO RECURSO: Quem faz o juízo de admissibilidade é o relator ele vai verificar se preenche os requisitos. 
· Legitimidade / Interesse 
· Preparo recursal: “4% do valor da causa para recorrer” Custa que abrange o valor do preparo mais o porte de remessa e retorno “SomenteProcesso Físico” (para os processos físicos o tribunal tem um custo para ficar mandando de ribeirão para São Paulo). 
· Tempestividade: Art.1003 CPC. O recurso deve ser protocolado dentro do prazo legal. 
Prazo recursal: 15 dias úteis salvo embargos de declaração que são 5 dias, recurso inominado no juizado especial 10 dias.
Imagine que meu recurso vence hoje e em ribeirão é feriado no recurso devo abrir uma preliminar, juntar documento e dizer que é feriado local para o relator analisar. Art.1003§4°.
Art.932 IRREGULARIDADES FORMAIS; 
Parágrafo único: Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 dias ao recorrente para que seja sanado o vício ou complementada a documentação exigível. 
Sempre que possível sanar alguma irregularidade tem que ser dado ao recorrente a oportunidade de sanar.
· Art.1007 CPC; - PREPARO RECURSAL
1° análise – Se o recurso é admitido depois passa a ser conhecido, o fato dele ser conhecido não significa que ele foi acolhido. O recurso pode ser provido ou improvido
“EX: Conheço do recurso mas nego provimento” Entendeu que o recurso passou pela admissibilidade, preencheu todos os requisitos legais, mas no mérito não foi provido. 
ATENÇÃO_PERGUNTA-SE_ NÃO RECOLHIMENTO: E se no ato da interposição de recurso não comprovar o pagamento da taxa recursal, o que acontece? R_ Se A parte deixar de comprovar no ato de interposição ela será intimada na pessoa do seu advogado para fazê-lo no prazo de 5 dias para fazer o pagamento em DOBRO. 
INSUFICIENTE: E se na hora de fazer o recolhimento fizer o cálculo errado e recolher valor insuficiente? R_ Será intimado na pessoa de seu advogado para complementar no prazo de 5 dias (recolher a diferença). 
 E se na hora de complementar errar de novo? R_ Não tem complementação da complementação o recurso não será conhecido. 
PREENCHIMENTO ERRADO §7°: Será intimado para preencher errado. 
OBS: Deserção. Recurso não tem preparo, não recolheu ou recolheu errado.
02-09-2019
· RECURSOS EM ESPÉCIE 
· APELAÇÃO
CONCEITO: É o recurso cabível contra sentença, com vistas a obter, por meio do reexame pelo órgão de segundo grau, a reforma ou invalidação do julgado anterior. 
- Pouco importa se a sentença é terminativa ou definitiva
- Irrelevante o procedimento no qual a sentença foi proferida
Art.1009; Da sentença cabe apelação. 
EXCEÇÃO: Sentença proferida no Juizado Especial Cível (art.41 da Lei 9.099/95) recorrível por meio de recurso ordinário; decisão que decreta a falência cabe agravo (art.100 da Lei 11.101/05). 
OBS: O recurso de apelação faz com que o recurso seja remetido para o Tribunal. 
QUE TIPO DE SENTENÇA CABE APELAÇÃO: 
R_ O processo poderá ser julgado com ou sem resolução de mérito, ou seja, pouco importa se é terminativa ou definitiva. Art.487 e 485. Sentença terminativa não faz coisa julgada material. 
· ATENÇÃO: Decisões interlocutórias que não cabe agravo de instrumento por exemplo o indeferimento de prova ou indeferimento de segredo de justiça, o que se faz para recorrer? 
R_ Espera o Juiz proferir a sentença e entra com a Apelação. A APELAÇÃO NÃO ATACA SOMENTE A SENTENÇA, mas também decisões interlocutórias. 
Contra decisão interlocutória não prevista no art.1015 cabe mandado de segurança? NÃO. Pois essas hipóteses que não estão previstas no art. serão recorríveis por meio de apelação. 
OBS: Contra decisão judicial irrecorrível cabe MANDADO DE SEGURANÇA. 
TAXATIVIDADE MITÍGADA; Quando tem decisão interlocutória que não está prevista no art.1015 e não tem como recorrer, ao invés de aguardar a sentença para recorrer por meio de apelação admite a interposição de agravo de instrumento quando verificada a urgência. 
· COMO É O RECURSO DE APELAÇÃO O QUE DEVE CONTER, QUAL O PROCEDIMENTO? 
O QUE DEVE CONTER;
Imagine que o processo esteja em primeiro grau o juiz profere a sentença, contra essa sentença faz a apelação que vai para o órgão Ad Quem, a sentença foi publicada hoje então ainda está no primeiro grau deve ser feito duas peças, uma endereçada ao juiz de primeiro grau que chama “peça de interposição”, e junto vai a outra á “razões de apelação”.
- Peça de interposição: Nesse não vai impugnar a decisão somente vai dizer que quer interpor o recurso de apelação e requer a remessa ao Tribunal.
- Razões de apelação: Nela constará o inconformismo nela estará as questões impugnadas. Cria-se um tópico preliminar para impugnar uma decisão interlocutória na qual não coube agravo de instrumento. 
PROCEDIMENTO 
EX: O processo está em primeiro grau e o juiz proferiu a sentença julgando procedente o pedido o réu recorre o juiz somente poderá intimar o autor para contrarrazões no prazo de 15 dias. 
“Contrarrazões; O apelado será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 dias”
JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE
Se o juízo de primeiro grau verificar que a petição é intempestiva pode por exemplo inadmitir a apelação ou intimar a pessoa a recorrer? NÃO. Pois quem az o Juízo de admissibilidade é o relator no tribunal e não o Juiz de primeiro grau. 
03-09-2019
Art.1011 Recebido o recurso de apelação no tribunal e distribuído imediatamente o RELATOR; 
I – Decidi-lo-á monocraticamente apenas nas hipóteses do art.932, incisos III a V; 
II – Se não for o caso de decisão monocrática, elaborará seu voto para julgamento do recurso pelo órgão colegiado. 
Art.932 INCUBE AO RELATOR; 
III – Não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida. 
IV – Negar provimento ao recurso que for contrário á ....... (a,b,c). 
OBS: O Relator pode negar ou dar provimento, ou seja, ele dispensa uma decisão colegiada um acordão e dar a decisão monocraticamente. _ Art.932 V – Só poderá julgar monocraticamente quando existir sobre aquela matéria que está sendo julgada algum precedente. 
· EFEITOS DA APELAÇÃO 
SUSPENSIVO 
Art. 1012; A apelação terá efeito suspensivo 
OBS: recurso na regra geral não possui efeito suspensivo, salvo disposição legal como por exemplo a apelação. 
ATENÇÃO_. Nesses casos permite a execução provisória, provisória por que não teve o trânsito em julgado e não cabe o efeito suspensivo. 
I - Homologa divisão ou demarcação de terras; II - condena a pagar alimentos; III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado; IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem; V - confirma, concede ou revoga tutela provisória; VI - decreta a interdição.
OBS: Em uma apelação de reconhecimento de paternidade e pagamento de alimentos, pode o alimentando pedir ao relator o efeito suspensivo. 
EX: Imagine que o Mazo é condenado a pagar 10 mil parra Edna, PERGUNTA-SE_ Ela precisa no recurso de apelação montar um tópico pedindo a suspensão? R_ Não pois em regra a apelação já possui efeito suspensivo. 
· COMO SE FAZ O PEDIDO DO EFEITO SUSPENSIVOS NAS HIPOTESES DOS INCISOS DO ART.1012? 
R_ O Juiz dá a decisão o réu entra com a apelação e o juiz intima o autor para contrarrazoar, como a sentença já está gerando efeitos por que não tem efeito suspensivo, poderá então antes mesmo do processo chegar ao Tribunal fazer uma petição avulsa pedindo ao Tribunal para suspender.
“§ 3o O pedido de concessão de efeito suspensivo nas hipóteses do § 1o poderá ser formulado por requerimento dirigido ao”:
I - Tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-la;
II - Relator, se já distribuída a apelação.
DEVOLUTIVO
Art. 1.013.  A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada.
· SUPRESSÃO DE GRAU DE JURISDIÇÃO?
§ 3o Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal deve decidir desde logo o mérito quando:
I - Reformar sentença fundada no art. 485;
II - Decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido ou da causa de pedir;
III - constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo;
IV - Decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação.
§ 4o Quandoreformar sentença que reconheça a decadência ou a prescrição, o tribunal, se possível, julgará o mérito, examinando as demais questões, sem determinar o retorno do processo ao juízo de primeiro grau.
EX: Imagine que a patrícia entra com uma Ação contra o Fernando. Antes de discutir o mérito cabe ao réu alegar as defesas processuais, e em uma das defesas o Fernando alega que a Patrícia não é parte legitima, o Juiz acolheu e extinguiu o processo sem resolução do Mérito, a Patrícia apelou e foi para o tribunal lá o tribunal entende que ela é parte legitima. 
____ O Tribunal pode analisar o mérito desde que a matéria esteja em condições de imediato julgamento, ou seja, o tribunal já tenha elementos para julgar. Se estiver maduro para julgar o tribunal pode julgar, se não estiver deve devolver ao juízo de primeiro grau. 
· ANTECIPAÇÃO DE TUTELA NA SENTENÇA
§ 5o O capítulo da sentença que confirma, concede ou revoga a tutela provisória é impugnável na apelação.
O capítulo dessa sentença não se faz agravo de instrumento, de acordo com o princípio da unirrecorribilidade, para cada decisão cabe somente um recurso. Ou seja, será feito somente uma apelação um único recurso.
A parte pode pedir tutela de urgência ou antecipada no Recurso. 
09-09-2019
IMPORTANTE: 
O agravo de instrumento é um recurso cabível contra decisão interlocutória, diferente da apelação não tem efeito suspensivo, tem que pedir para relator. 
Pedi a tutela de urgência o juiz defere o réu tem que começar a cumprir, ele pode fazer o agravo de instrumento pedindo o efeito suspensivo (suspender a eficácia da decisão). 
· (+) efeito positivo ___ (-) Efeito suspensivo = Juiz defere o pedido o réu recorre pedindo para suspender a eficácia da decisão.
· (-) Decisão negativa___ (+) Juiz indefere = O autor irá pedir para o relator a “Tutela Antecipada” – Efeito Ativo, para conseguir o que lhe foi negado. 
· INOVAÇÃO EM APELAÇÃO
Art.1014 “As questões de fato novo, não proposta no Juízo inferior, poderão ser suscitadas na apelação, se a parte provar que deixou de fazê-lo por motivo de força maior” 
OBS: Na apelação não se pode alegar coisas novas, não se pode inovar, somente por motivo de força maior. 
· JUÍZO DE RETRATAÇÃO
Regressivo: permiti ao prolator a possibilidade de se retratar. Apelação_ uma vez publica o Juiz esgota os meios. 
Só poderá se retratar salvo se houver:
1 . Indeferimento da Inicial_ s/ resolução de mérito.
2. Improcedência Liminar do Pedido_ c/ resolução de mérito. 
Fora essas hipóteses o Juiz não pode fazer a retratação. 
· AGRAVO DE INSTRUMENTO 
Conceito: Recurso para combater as decisões interlocutórias previstas no Art.1015. 
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:
I - tutelas provisórias; II - mérito do processo; III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem; IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica; V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação; VI - exibição ou posse de documento ou coisa; VII - exclusão de litisconsorte; VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio; IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros; X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução; XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1º ; XII - (VETADO); XIII - outros casos expressamente referidos em lei.
Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário.
EX de Taxatividade mitigada: Imagine que o autor entrou com a ação e o réu alegou incompetência absoluta, o Juiz na hora de analisar a preliminar ele indefere (se reconhece incompetente)_.Não teria lógico deixar um juiz incompetente julgar todo o processo e só ao final se julgar incompetente e ter que anular todo o processo. (Nos casos em que não está no rol do 1015 deve-se fazer um agravo de instrumento com base na TAXATIVIDADE MÍTIGADA, ou espera o final do processo para requerer na apelação. 
“Diga que o STJ já reconheceu que é um tipo de TAXATIVIDADE MÍTIGADA”
I – TUTELA PROVISÓRIA _ URGÊNCIA – EVIDÊNCIA: Nesses casos cabe o agravo de instrumento. 
II – MÉRITO DO PROCESSO: O exemplo que a doutrina trazia era a decisão parcial de mérito, pois é uma decisão interlocutória pois não põe fim a fase cognitiva do processo. NOVA DECISÃO DO STJ_ 
EX: Imagine que o réu em sua contestação alegou a prescrição (caso que foi parar no STJ) na hora de sanear o processo indeferiu a arguição de prescrição disse que não estava prescrito, proferiu sentença, na hora de apelar o réu disse que alegou prescrição e o juiz não acolheu, ele disse que olhou o 1015 e não viu nenhuma hipótese que afasta a prescrição, neste caso o STJ verificou que estava precluso o direito de alegar a prescrição.
OBS: Decisão do STJ, a prescrição e decadência por mais que não esteja prevista no art.1015 deverá ser recorrido por meio de um agravo de instrumento sob pena de preclusão. 
10-09-2019 
· Art.1015 - III – REJEIÇÃO DE ALEGAÇÃO DE ARBITRAGEM 
Acolhida --- apelação
Rejeitada --- agravo de instrumento
EX: A Jessica entrou com um processo contra o Fernando sobre um contrato e no contrato está dizendo que se houver algum conflito quem irá decidir será um “arbitro”, neste caso está renunciando o judiciário. O Fernando é citado e na contestação ele alega a convenção de arbitragem, nesse momento o juiz poderá acolher ou rejeitar, se acolher a alegação de arbitragem o processo será extinto (art.485) – terá uma sentença e o recurso cabível seria apelação. Tendo uma rejeição da alegação de arbitragem o processo irá prosseguir nesse caso o recurso cabível será AGRAVO DE INSTRUMENTO. 
· Art.1015 – IV –INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
_ Trata-se de uma intervenção de terceiro, o sócio. 
EX: Imagine que tem uma PJ e ela praticou o ato de desvio de personalidade, nesse caso pede a desconsideração para buscar bens em nome dos sócios. 
Cabe o agravo contra decisões proferidas em incidente de desconsideração da personalidade jurídica. 
ATENÇÃO: O incidente de desconsideração de personalidade jurídica já é um modo de intervenção de terceiro, portanto não seria necessário está previsto no art.1015 pois existe também o inciso IX que prevê “ADMISSÃO OU INADMISSÃO DE INTERVENÇÃO DE TERCEIRO”.
· Art.1015 - VIII- REJEIÇÃO DO PEDIDO DE LIMITAÇÃO DO LITISCONSORTE
EX: Imagine que todos da faculdade querem entrar com uma ação contra a faculdade, juntam-se todos e entram com uma única ação em nome de toda a turma, todos da turma são do polo ativo, quando acontece isso o Juiz NÃO AUTORIZA. O juiz pode limitar o número de litisconsorte. 
· Art.1015 – IX – CONCESSÃO, MODIFICAÇÃO OU REVOGAÇÃO DO EFEITO SUSPENSIVO AOS EMBARGOS Á EXECUÇÃO
Imagine que foi feito um embargos à execução e foi pedido uma suspensão se for concedido/ modificado/ ou rejeitado, cabe EMBARGOS Á EXECUÇÃO.
· Art. 1015 REDISTRIBUIÇÃO DO ÔNUS DA PROVA NOS TERMOS DO art. 373, §1° 
O juiz quando faz a redistribuição do ônus da prova, inverte o ônus da prova, nesse caso cabe o AGRAVO DE INSTRUMENTO. 
ATENÇÃO: Essa hipótese é diferente do INDEFERIMENTO DE PROVA, pois no caso de indeferimento cabe apelação (aguarda o fim do processo para apelar junto a sentença), ou arrisca um AGRAVO DE INSTRUMENTO, com base na TAXATIVIDADE MÍTIGADA. 
· Art.1015 - XII – VETADO
CONVERSÃO D AÇÃO INDIVIDUAL EM COLETIVA
Conversão de ação individual em coletiva, para que a sentença possa valer para todos. O veto disse que ideia não era ruim, porém deveria ser melhorado. 
· Art.1015 - XIII – OUTROS CASOS EXPRESSAMENTE REFERIDOS EM LEI 
Ex: sentença que decreta a queda de uma empresa, prevista na lei de falência, É UMA SENTENÇA QUE RECORRE POR MEIO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO. 
· Parágrafo único: Também caberá agravo de instrumento contra decisão interlocutória proferida na fase de liquidação de sentença ou cumprimento de sentença, no processode execução e no processo de inventário. 
OBS: Toda decisão proferida na execução deve caber agravo pois é um processo que só vai ser praticado ato de expropriação (Não tem Sentença). – Inventário não tem sentença, não cabe apelação, recorre por meio de agravo de instrumento. 
16-09-2019
- Art.1015 Parágrafo único
OBS: Em todas decisões proferidas na fase de cumprimento de sentença, na fase de liquidação de sentença e processo de inventário também cabem agravo de instrumento;
(Liquidação de sentença – serve para quantificar).
EX: Cumprimento de sentença_ O indeferimento de penhora On-line. 
· FORMAS DE INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO 
· Art.1016; O agravo de instrumento será dirigido diretamente ao Tribunal competente, por meio de petição com os seguintes requisitos: 
I - Os nomes das partes;
II - A exposição do fato e do direito;
III - As razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão e o próprio pedido;
IV - O nome e o endereço completo dos advogados constantes do processo.
OBS: No caso de agravo de instrumento já é dirigido diretamente ao Tribunal. Endereçamento diretamente ao tribunal diferente da apelação que é dirigida ao juízo de primeiro grau para depois ser remetido ao tribunal. 
EX: Imagine que houve uma decisão interlocutória, o juiz indeferiu uma tutela antecipada, como pode o Tribunal invalidar ou reformar uma decisão em 2º grau sendo que o processo vai continuar em 1º grau. – protocola um “instrumento” É um recurso então que eu vou impugnar uma decisão, portanto devo instruir o recurso com os instrumento – Cópia do processo de 1º grau. 
Quando se fala em um instrumento, em peça, são: 
· Art. 1.017.  A petição de agravo de instrumento será instruída:
I - Obrigatoriamente, com cópias da petição inicial, da contestação, da petição que ensejou a decisão agravada, da própria decisão agravada, da certidão da respectiva intimação ou outro documento oficial que comprove a tempestividade e das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado;
OBS: OBRIGATORIAS: Peças em que o legislador considerou especiais, o agravo não pode ser conhecido sem essas peças, elas são obrigatórias. 
II - Com declaração de inexistência de qualquer dos documentos referidos no inciso I, feita pelo advogado do agravante, sob pena de sua responsabilidade pessoal;
III - facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis.
FACULTATIVA: São aquelas peças que o agravante quer juntar para mostrar que o Juiz se equivocou (Cópia de um laudo, algum documento).
§ 3o Na falta da cópia de qualquer peça ou no caso de algum outro vício que comprometa a admissibilidade do agravo de instrumento, deve o relator aplicar o disposto no art. 932, parágrafo único (POSSIBILIDADE DE CORREÇÃO).
OBS: E se o agravante deixar de juntar algum documento obrigatório? R_ No novo CPC permite sempre que possível a correção do vício. “Primazia do mérito”.
§ 5o Sendo eletrônicos os autos do processo, dispensam-se as peças referidas nos incisos I e II do caput, facultando-se ao agravante anexar outros documentos que entender úteis para a compreensão da controvérsia (PROCESSO ELETRÔNICO).
ATENÇÃO: Todos esses documentos se aplicam somente para processo FÍSICO, se for eletrônico não precisa de peças obrigatórias. 
______
17-09-2019 
· Comprovação da Interposição do Recurso
· Art. 1.018.  O agravante poderá (deverá) requerer a juntada, aos autos do processo, de cópia da petição do agravo de instrumento, do comprovante de sua interposição e da relação dos documentos que instruíram o recurso.
§ 1o Se o juiz comunicar que reformou inteiramente a decisão, o relator considerará prejudicado o agravo de instrumento.
§ 2o Não sendo eletrônicos os autos, o agravante tomará a providência prevista no caput, no prazo de 3 (três) dias a contar da interposição do agravo de instrumento.
OBS: Se o processo for físico tem que fazer em 3 dias sob pena de invalidade. Se o processo for eletrônico essa comunicação de interposição é facultativa. 
§ 3o O descumprimento da exigência de que trata o § 2o, desde que arguido e provado pelo agravado, importa inadmissibilidade do agravo de instrumento.
· Procedimento
· Art. 1.019.  Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído imediatamente, se não for o caso de aplicação do art. 932, incisos III e IV, o relator, no prazo de 5 (cinco) dias:
I - Poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão;
OBS: Diferente da apelação que a regra é ter o efeito suspensivo, o agravo de instrumento só terá o efeito suspensivo se o interessado pedir. 
Ex: Imagine que eu entro com um processo pedindo para meus vizinhos pararem de tocar (peço uma tutela de urgência) o juiz indefere o pedido de tutela antecipada no meu agravo eu peço uma TUTELA ANTECIPADA RECURSAL.
II - Ordenará a intimação do agravado pessoalmente, por carta com aviso de recebimento, quando não tiver procurador constituído, ou pelo Diário da Justiça ou por carta com aviso de recebimento dirigida ao seu advogado, para que responda no prazo de 15 (quinze) dias, facultando-lhe juntar a documentação que entender necessária ao julgamento do recurso;
III - Determinará a intimação do Ministério Público, preferencialmente por meio eletrônico, quando for o caso de sua intervenção, para que se manifeste no prazo de 15 (quinze) dias.
· Art. 1.020.  O relator solicitará dia para julgamento em prazo não superior a 1 (um) mês da intimação do agravado.
OBS: Ou o relator irá julgar monocraticamente ou vai colocar para sessão de julgamento. A decisão do agravo poderá ser decisão monocrática ou um acórdão 
· AGRAVO INTERNO
CONTRA DECISÃO PROFERIDA PELO RELATOR MONOCRÁTICAMENTE – BUSCA UMA DECISÃO COLEGIADA 
ATENÇÃO: Agravo Interno é o recurso dirigido ao relator devido a uma decisão monocrática proferida por ele, ele poderá se retratar ou não, caso não se retrate será julgado pelo órgão colegiado que é composto pelo próprio relator, pelo revisor e pelo 3º juiz. 
OBS: Sempre que um relator julgar monocraticamente poderá interpor o agravo interno, independente se for no STJ, STF quem irá julgar a decisão monocrática será o órgão colegiado. 
Art. 1.021.  Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal.
§ 1o Na petição de agravo interno, o recorrente impugnará especificadamente os fundamentos da decisão agravada.
§ 2o O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-se sobre o recurso no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do qual, não havendo retratação, o relator levá-lo-á a julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão em pauta.
§ 4o Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou improcedente em votação unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada, condenará o agravante a pagar ao agravado multa fixada entre um e cinco por cento do valor atualizado da causa (MULTA RECURSO PROTELATÓRIO).
ATENÇÃO: A aplicação da multa do §4º do Art1021 não é automática. Ela só poderá ser aplicada se ficar caracterizado o intuito protelatório do recurso. (intuito de utilizar do agravado de instrumento para atrapalhar o processo). 
Exemplo de interposição de agravo interno 
SENTENÇA (1º GRAU) – APELAÇÃO (2º GRAU), imagine que a apelação foi julgada por um relator, dessa decisão a parte interpõe AGRAVO INTERNO – desse agravo a decisão será um - ACÓRDÃO. 
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA 1015 – AGRAVO DE INSTRUMENTO – será designado um - RELATOR se ele decidir monocraticamente cabe o AGRAVO INTERNO – a decisão do agravo interno é um ACÓRDÃO. 
EX: Fernando inconformado com a sentença interpõe um recurso de apelação, no tribunal o Relator julga monocraticamente e nega provimento, Fernando vai e interpõe um agravo interno para o próprio relator, mas quem vai julgar será o órgão colegiado. 
ORGÃO COLEGIADO (Relator – Revisor – 3º Juiz).
§ 5o A interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao depósitoprévio do valor da multa prevista no § 4o, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final.
23/09/2019 
AV2
· EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 
Conceito
Art.1022 – Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para: 
I – Esclarecer obscuridade ou eliminar contradição 
II – Suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento 
III – Corrigir erro material 
OBS: Não tem como objetivo invalidar ou reformar a sentença.
Parágrafo único: Considera-se omissa a decisão que: 
I – Deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento.
A doutrina diz que é um recurso que não tem efeito infringente (efeito modificativo), mas possui casos excepcionais. 
· PRESSUPOSTOS 
· OMISSÃO: Falta de manifestação acerca de pedido, argumentos relevantes, questão de ordem pública, etc. 
A lei diz que o juiz não pode julgar nem além, nem a quem, nem fora do pedido, então o juiz não pode ser omisso quanto ao pedido. 
EX: O juiz na hora de julgar, julga o dano material e esquece do dano moral.
EX: Na contestação Francisco alega a prescrição e o juiz não analisa, pode o réu fazer o embargo. 
· OBSCURIDADE: Falta de clareza, ininteligível.
EX: Quando uma decisão não fica bem clara, não da pra entender.
· CONTRADIÇÃO: Entre proposições inconciliáveis (entre fundamentação e dispositivo, p. ex).
EX: Imagine que o Juiz na hora de proferir a sentença utiliza um fundamento que se contradiz com a perícia isso da ensejo a embargos? R_ Não. A contradição se verifica nas preposições da própria decisão. 
EX: Julga procedente o pedido e condena o autor a pagar sucumbências. (Se contradiz no mesmo tópico). 
EX: Entro com uma ação contra Ana, eu fui até a loja dela comprei uns artigos e ela não tirou a trava da roupa, na hora de sair da loja dispara o alarme, fico sabendo que isso da margem ao dano moral, entro com uma ação de Dano Moral contra a Ana, na hora de proferir a sentença o Juiz diz que esse tipo de situação não enseja dano moral, ai o Juiz condena a Ré ao pagamento de 10 mil reais. ESTÁ HAVENDO UMA CONTRADIÇÃO, ou tem direito ou não.
· ERROS MATERIAIS
Esses podem ser sanados até mesmo de ofício pelo Juiz; 
EX: Erro de digitação, erro no nome, no valor. 
ATENÇÃO: Depois de publicada a sentença o juiz não pode mais modifica-la salvo por meio de embargos de declaração ou para corrigir erro material. 
 DOUTRINA - FRED DIDIE__ Diz que surge um erro material quando o juiz utiliza de premissa equivocada. 
EX: Um cliente tem uma máquina e contrata uma empresa para fazer uma peça, faz a peça e começa a esquentar demais a máquina, o advogado entra com a ação dizendo que a peça é inadequada, faz-se a perícia e sai favorável ao réu dizendo que a peça é defeituosa. 
OBS: O juiz para julgar o pedido partiu de uma premissa equivocada, em momento algum o advogado do autor diz que a peça é defeituosa, diz -se que é inadequada para se utilizar nessa máquina.
21-10-2019
· EFEITOS DO EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 
Art. 1.026.  Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para a interposição de recurso.
§ 1o A eficácia da decisão monocrática ou colegiada poderá ser suspensa pelo respectivo juiz ou relator se demonstrada a probabilidade de provimento do recurso ou, sendo relevante a fundamentação, se houver risco de dano grave ou de difícil reparação.
Interrupção: Para e começa a contar novamente 
EX: O autor interpõe no prazo de 5 dias no prazo dos embargos de declaração, o juiz irá analisar (quem julga é o próprio órgão que da a Sentença), quando a decisão dos embargos for publicada começa a correr o prazo de 15 dias para o recurso cabível. “No juizado também se interrompe o prazo para o recurso seguinte”. 
Suspensão: Não suspende a eficácia da decisão. Porém o órgão julgador pode dar efeito suspensivo desde que seja verificado a probabilidade de provimento do recurso e o grave risco de dano grave e de difícil reparação. 
Contraditório: 
APELAÇÃO – Contra razões 
AGRAVO DE INSTRUMENTO – Contra minuta 
RESP / RE – Contra razões 
AGRAVO INTERNO – Contra minuta de agravo interno. 
ATENÇÃO: De regra não tem efeito infringente, mas pode ter quando o juiz verificar que existe a possibilidade de modificar a sentença (decisão), neste caso o juiz irá ouvir o embargado, se não acarretar a modificação da decisão não irá ouvir.
· RATIFICAÇÃO: Sentença de parcial procedência, faz o recurso de embargos no prazo de 5 dias a parte contraria não fica sabendo do recurso no 15º o réu faz a apelação. Neste caso quando tem embargos antes de tudo vai julgar os embargos, ao julgar o juiz venha e faça uma modificação na decisão, já foi feito a apelação, como ficaria nesse caso? 
R__Art. 1024 §4º “Caso o acolhimento dos embargos de declaração implique modificação da decisão embargada, o embargado que já tiver interposto outro recurso contra a decisão originária tem o direito de complementar ou alterar suas razões, nos exatos limites da modificação, no prazo de 15 (quinze) dias, contado da intimação da decisão dos embargos de declaração”.
OBS: § 5o Se os embargos de declaração forem rejeitados ou não alterarem a conclusão do julgamento anterior, o recurso interposto pela outra parte antes da publicação do julgamento dos embargos de declaração será processado e julgado independentemente de ratificação.
· PROCEDIMENTO – PRAZO E PREPARO
Art. 1.023.  Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao juiz, com indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão, e não se sujeitam a preparo.
§ 1o Aplica-se aos embargos de declaração o art. 229 (PRAZ O EM DOBRO).
§ 2o O juiz intimará o embargado para, querendo, manifestar-se, no prazo de 5 (cinco) dias, sobre os embargos opostos, caso seu eventual acolhimento implique a modificação da decisão embargada (EFEITO INFRINGENTE).
Art. 1.024.  O juiz julgará os embargos em 5 (cinco) dias.
§ 1o Nos tribunais, o relator apresentará os embargos em mesa na sessão subsequente, proferindo voto, e, não havendo julgamento nessa sessão, será o recurso incluído em pauta automaticamente.
§ 2o Quando os embargos de declaração forem opostos contra decisão de relator ou outra decisão unipessoal proferida em tribunal, o órgão prolator da decisão embargada decidi-los-á monocraticamente.
§ 3o O órgão julgador conhecerá dos embargos de declaração como agravo interno se entender ser este o recurso cabível, desde que determine previamente a intimação do recorrente para, no prazo de 5 (cinco) dias, complementar as razões recursais, de modo a ajustá-las às exigências do art. 1.021, § 1o.
· PRÉ-QUESTIONAMENTO: Questionar antes a matéria. Para se chegar na instância superior precisa ir lapidando o processo desde o começo fazendo o pré-questionamento.
Matérias discutidas na instancia superior são matérias de direito não pode se discutir no STJ/STF matéria de prova por exemplo pois isso é discutido na instancia ordinária. No STJ vai verificar se houve alguma ofensa a LEI FEDERAL e no STF se houve alguma ofensa a CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Pra chegar na instancia superior essas matérias tem que ter tido o pré-questionamento antes. 
Art. 1.025.  Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade (PREQUESTIONAMENTO PARA OS RECURSOS AO STJ E STF).
OBS: Caso rejeitado os embargos entram com o recurso especial no prazo de 15 dias pois foi interrompido. 
ATENÇÃO: São cabíveis embargos de declaração para fins de pré-questionamento.
EX: Fui condenado a pagar danos morais, aleguei na minha apelação que a sentença ofendeu o art. Do código civil, vem o acórdão e nega provimento ao recurso silenciando sobre essa questão de direito que eu aleguei. NESTA HIPÓTESE É CABIVÉL EMBARGOS. 
SÚMULA 98 STJ“Embargos de declaração para fins de pré-questionamento não podem ser considerados protelatórios pois é o direito que a parte tem para.....
PERGUNTA_ Cabe embargos de declaração contra embargos de declaração?
Sim, desde que os embargos sejam referentes a omissão, contradição, obscuridade da própria sentença dos embargos.
· EMBARGOS DE DECLARAÇÃO PROTELATÓRIO
Art.1026 § 2º Quando manifestamente protelatórios os embargos de declaração, o juiz ou o tribunal, em decisão fundamentada, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente a dois por cento sobre o valor atualizado da causa.
§ 3º Na reiteração de embargos de declaração manifestamente protelatórios, a multa será elevada a até dez por cento sobre o valor atualizado da causa, e a interposição de qualquer recurso ficará condicionada ao depósito prévio do valor da multa, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que a recolherão ao final.
§ 4º Não serão admitidos novos embargos de declaração se os 2 (dois) anteriores houverem sido considerados protelatórios.
 - Se o Juiz ou tribunal verificar que os embargos tem caráter protelatório ele pode condenar o embargante com uma multa que vai até 2% do valor da causa que será revertido. 
EX: Imagine que fiz um embargo de declaração e o juiz verifica que é protelatório e aplica a multa de 2% vou e entro com outro embargo, nesse caso a multa pode ser elevada até 10%.
ATENÇÃO: A interposição do Recurso fica condicionada ao deposito da multa além do preparo. 
· EMBARGOS INFRIGENTE 
NÃO EXISTE MAIS 
Art. 942.  Quando o resultado da apelação for não unânime, o julgamento terá prosseguimento em sessão a ser designada com a presença de outros julgadores, que serão convocados nos termos previamente definidos no regimento interno, em número suficiente para garantir a possibilidade de inversão do resultado inicial, assegurado às partes e a eventuais terceiros o direito de sustentar oralmente suas razões perante os novos julgadores.
§ 1º Sendo possível, o prosseguimento do julgamento dar-se-á na mesma sessão, colhendo-se os votos de outros julgadores que porventura componham o órgão colegiado.
§ 2º Os julgadores que já tiverem votado poderão rever seus votos por ocasião do prosseguimento do julgamento.
Eram cabíveis quando a decisão era não unânime que viesse a reformar a sentença.
EX: Imagine que o Juiz entendeu por exemplo pela procedência do pedido e o tribunal reformou (sinal de que ele entendeu que era improcedente) imagine que o voto vencido é do tribunal por decisão não unânime nesse caso fazia o embargo. 
22-10-2019
· RECURSOS NA INSTÂNCIA SUPERIOR STJ / STF 
1º e 2º instância – instância ordinária – “3” Instância Superior. 
· STF – Para o processo chegar aqui ou ele será de competência própria desse tribunal ou por via recursal através do RECURSO EXTRAORDINÁRIO. Art.102 NCPC
CF, Art.102-Compete ao Supremo Tribunal Federal, principalmente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
III-julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas sem única ou última instância, quando a decisão recorrida:
· STJ – Chega no STJ através do RECURSO ESPECIAL. Art.105 NCPC
CF,Art.105–Compete ao Superior Tribunal de Justiça
III-julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:
ATENÇÃO: Será discutido se na instância ordinária foi aplicada a Lei ordinária ou a Constituição Federal de forma correta. 
NOÇÕES GERAIS
- Recursos excepcionais 
- Não reapreciam prova, só questão de direito
- RECURSOS – FUNDAMENTAÇÃO VINCULADA 
· RECURSO EXTRAORDINARIO: Somente se houver ofensa a CF. 
· RECURSO ESPECIAL: Quando houver ofensa a LEI FEDERAL (por exemplo quando a decisão violar o código civil), violação de uma lei instrumental também enseja esse recurso (por exemplo quando indefere uma prova).
Também será interposto quando; 
Imagine que teve um caso julgado no TJSP sobre uma questão de direito e ele tem um entendimento X porém verifico que no Rio Grande do Sul a mesma questão tem um entendimento diferenciado, nesse caso tem um dissídio jurisprudencial. Se existe tribunais superiores com divergência o STJ irá decidir. 
SUMÚLA 7 STJ: “Na instância superior não é permitido a valoração de prova”. 
· ADMISSIBILIDADE DE RECURSO 
PRÉ-QUESTIONAMENTO: Além dos requisitos necessários existem outros por exemplo o pré-questionamento. 
SÚMULA 282 DO STJ: “É inadmissível o recurso extraordinário quando não ventilada na decisão recorrida a questão federal suscitada.”
-Súmula356 do STF: “O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento.”
- Súmula 211 do STJ: “Inadmissível recurso especial quanto à questão que, a despeito da oposição de embargos declaratórios, não foi apreciada pelo tribunal ‘aquo’”.
Para suscitar uma questão de direito de ofensa a Lei Federal ou Constitucional deve ter sido questionada na instancia ordinária. 
Os embargos de declaração são admissíveis para fins de pré-questionamento; 
NCPC-Art.1.025.Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento , ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade.
Súmula98 do STJ: “Embargos de declaração manifestados com notório propósito de prequestionamento não têm caráter protelatório.”
· ESGOTAMENTO DAS INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS
EX: Imagine uma sentença, eu vou lá e faço apelação e o processo foi para o tribunal e o relator proferiu uma decisão monocrática negando provimento ao meu recurso eu posso interpor recurso especial? NÃO! Devo faz um AGRAVO INTERNO. 
SÚMULA 381: “É inadmissível o recurso extraordinário quando couber, na Justiça de origem, recurso ordinário da decisão impugnada.”
· INTERPOSIÇÃO E CONTEÚDO
Art.1029; O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na Constituição Federal, serão interpostos perante o presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, em petições distintas que conterão:
I - a exposição do fato e do direito;
II - a demonstração do cabimento do recurso interposto;
III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão recorrida.
OBS: Dirigido ao presidente ou vice-presidente do tribunal.
Princípio da unirrecorribilidade: Para cada decisão um único recurso EXCEÇÃO 
EX: Imagine um único acordão pode ensejar dois recursos protocolados em peças distintas com fundamentos distintos.
28-10-2019 
· INTERPOSIÇÃO SIMULTÂNEA 
Art. 1.031. Na hipótese de interposição conjunta de recurso extraordinário e recurso especial, os autos serão remetidos ao Superior Tribunal de Justiça.
§ 1º Concluído o julgamento do recurso especial, os autos serão remetidos ao Supremo Tribunal Federal para apreciação do recurso extraordinário, se este não estiver prejudicado.
§ 2º Se o relator do recurso especial considerar prejudicial o recurso extraordinário, em decisão irrecorrível, sobrestará o julgamento e remeterá os autos ao Supremo Tribunal Federal.
§ 3º Na hipótese do § 2º, se o relator do recurso extraordinário, em decisão irrecorrível, rejeitar a prejudicialidade, devolverá os autos ao Superior Tribunal de Justiça para o julgamento do recurso especial.
Ex: Contra um acórdão existe a possibilidade de interpor 2 recursos (2 recursos com fundamentos diferentes) um recurso especial e um recurso extraordinário, feito em petições distintas. 
ATENÇÃO: Se são 2 recursos e são para Tribunais diferentes para onde o processo será remetido? R_ Será remetido ao STJ. Excepcionalmente: se ele entender que existe uma questão prejudicial ele pode remeter os autos ao STF para o Supremo Julgar e só depois devolver para o STJ julgar. 
· FUNGIBILIDADE E RELEVAÇÃO FORMAL 
· Art. 1.032. Se o relator, no Superior Tribunal de Justiça, entender que o recurso especial versa sobre questão constitucional,deverá conceder prazo de 15 (quinze) dias para que o recorrente demonstre a existência de repercussão geral e se manifeste sobre a questão constitucional.
Parágrafo único. Cumprida a diligência de que trata o caput , o relator remeterá o recurso ao Supremo Tribunal Federal, que, em juízo de admissibilidade, poderá devolvê-lo ao Superior Tribunal de Justiça.
PERGUNTA-SE; Eu vejo em uma Lei Federal e vejo que tenho direito a cotas raciais e entro com uma ação, e todo enfoque que dei é totalmente constitucional, vem o acórdão contrário, na hora de fazer o recurso para instância superior na hora de fazer o recurso especial eu não fiz a preliminar de repercussão geral pois somente o recurso extraordinário necessita dessa preliminar, e se o STJ entender que é matéria constitucional ele poderá mandar para o STF julgar como recurso extraordinário? RESPOSTA ART.1032.
· Art. 1.033. Se o Supremo Tribunal Federal considerar como reflexa a ofensa à Constituição afirmada no recurso extraordinário, por pressupor a revisão da interpretação de lei federal ou de tratado, remetê-lo-á ao Superior Tribunal de Justiça para julgamento como recurso especial.
EX: Imagine que no curso do processo se pede uma prova pericial, o juiz julgou antecipadamente e falou que não era caso de perícia, na minha apelação aleguei que houve cerceamento de defesa, veio o acórdão e negou provimento, contra o acórdão eu fiz o recurso extraordinário alegando ofensa ao artigo 5º da CF; .............
- Para chegar no supremo a violação á CF tem que ser realmente frontal e não reflexa, a CF tem muitos dispositivos genéricos, abertos, e que foram regulamentados por lei infraconstitucional. 
Mas no recurso especial estou alegando a necessidade ou não da perícia, nesse caso, se o supremo entender que não é um valor constitucional, que a constituição pode ter sido violada mas de forma reflexa e que estou querendo recorrer de uma lei federal ao invés de inadmitir o recurso o STF deverá aplicar a fungibilidade (Admissão de um recurso errado pelo certo), o STF irá remeter o recurso ao STJ para julgar como recurso especial.
Art.2019 § 3º O Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de Justiça poderá desconsiderar vício formal de recurso tempestivo ou determinar sua correção, desde que não o repute grave.
· PROCESSAMENTO 
· Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual os autos serão conclusos ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, que deverá: (...).
I – Negar seguimento:  
a) a recurso extraordinário que discuta questão constitucional à qual o Supremo Tribunal Federal não tenha reconhecido a existência de repercussão geral ou a recurso extraordinário interposto contra acórdão que esteja em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal Federal exarado no regime de repercussão geral;  
b) a recurso extraordinário ou a recurso especial interposto contra acórdão que esteja em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça, respectivamente, exarado no regime de julgamento de recursos repetitivos;
II – Encaminhar o processo ao órgão julgador para realização do juízo de retratação, se o acórdão recorrido divergir do entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça exarado, conforme o caso, nos regimes de repercussão geral ou de recursos repetitivos;  
EX: Imagine que o acórdão julgou de modo X e o STJ tenha um entendimento Y sobre essa matéria de direito, ou seja, o acórdão não está em consonância com o entendimento do STJ, neste caso a parte irá fazer um recurso especial alegando que o entendimento do STJ que deve prevalecer, o processo irá para o presidente ou vice. PERGUNTA-SE; Será que o vice ou presidente pode reformar a decisão? NÃO! Ele não tem competência para reformar a decisão do próprio tribunal do qual ele faz parte, vai mandar para a câmara que julgou novamente para dizer que não está em consonância para ter a possibilidade do juízo de retratação. 
_ Poderá se retratar ou manter, se manter o presidente ou vice deverá mandar ao STJ. 
III – sobrestar o recurso que versar sobre controvérsia de caráter repetitivo ainda não decidida pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça, conforme se trate de matéria constitucional ou infraconstitucional;  
EX: Imagine que surgiu para o presidente ou vice um recurso especial e ele verificou que essa questão já esta no STJ e lá tem um RECURSO ESPECIAL REPETITIVO, nesse caso o presidente ou vice verifica que a matéria discutida no RESP já esta sendo analisada no STJ ele deverá SOBRESTAR (deixar dormindo), somente depois que o RESP for julgado que irá ou mandar para o STJ ou negar provimento. 
29-10-2019
IV – Selecionar o recurso como representativo de controvérsia constitucional ou infraconstitucional, nos termos do § 6º do art. 1.036;  
RECURSO ESPECIAL EXTRAORDINÁRIO REPETITIVO 
EX: Imagine que o presidente ou vice se depare com vários recursos especiais todos questionando a mesma matéria de direito, por exemplo uma Lei Federal, imagine que todos estão corretos, porém já existe um recurso de demandas repetitivas no STJ sendo julgado. Nesse caso o presidente ou vice irá sobrestar esse recurso que já está sendo julgado a mesma matéria no STF. (SOBRESTAR – deixar parado para julgar o recurso repetitivo). 
Imagine que existe várias demandas repetitivas, todos eles versam sobre a mesma questão de direito (a inconstitucionalidade de uma determinada lei), imagine que todos esses recursos são admissíveis, imagine se todos os presidentes de vários locais fossem mandar para o STJ (não teria estrutura), cairia em várias câmaras e cada um julgaria de um jeito. Foi pensando nisso que: O presidente ou vice ao invés de subir todos eles selecionam 2 ou mais recursos representativos da controvérsia. 
V – Realizar o juízo de admissibilidade e, se positivo, remeter o feito ao Supremo Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça, desde que: 
O presidente ou vice tem o poder de fazer o juízo prévio de admissibilidade. 
· EFEITOS: DEVOLUTIVO E POSSIBILIDADE DE SUSPENSIVO
§ 5º O pedido de concessão de efeito suspensivo a recurso extraordinário ou a recurso especial poderá ser formulado por requerimento dirigido:
I – Ao tribunal superior respectivo, no período compreendido entre a publicação da decisão de admissão do recurso e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-lo;
II - Ao relator, se já distribuído o recurso;
III – Ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, no período compreendido entre a interposição do recurso e a publicação da decisão de admissão do recurso, assim como no caso de o recurso ter sido sobrestado, nos termos do art. 1.037.
PERGUNTA-SE: Na instância superior os recursos tem efeito suspensivo?
R_ Via de regra não tem efeito suspensivo de modo que posso começar a requerer a execução provisória. 
A QUEM PEDE O EFEITO SUSPENSIVO? O QUE ANÁLISA? 
Vai depender de onde está o processo; 
Fiz o recurso especial ou extraordinário ele ainda não foi admitido e quem pode admitir é o presidente ou vice, se não houve ainda a admissão eu vou pedir a suspensão para o próprio presidente ou vice. Se já houve a admissão e não chegou lá em cima ainda irei pedir para o tribunal STJ se for especial ou STF se for extraordinário, se já foi admitido e já foi mandando para o tribunal vou pedir ao relator. 
Irá analisar só se será caso de suspensão ou não, irá analisar a probabilidade de provimento (reforma ou invalidação da decisão) e também o dano grave e difícil reparação. 
ATENÇÃO: O processo civil tem 2 fases a fase cognitiva (fase de dizer o direito quem está certo e quem está errado), e tem a fase de cumprimento de sentença (essa é a fase de satisfação do direito de quem já ganhou). 
PERGUNTA-SE: A partir de que momento pode iniciar a fase de execução?
· CUMPRIMENTO DE SENTENÇA 
DEFINITIVO: aquele que já houve o trânsito em julgado.

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