Prévia do material em texto
SISTEMA PIRAMIDAL E EXTRAPIRAMIDAL Profa. Liana Praça ESTRUTURAS SUPRA-ESPINHAIS QUE ATUAM NA MOTRICIDADE: Sistema piramidal Sistema extra-piramidal Prof ª. Socorro Brito INTRODUÇÃO SOBRE OS ATOS MOTORES Motricidade voluntária (sist. Piramidal) Motricidade automática (sist. Extra- piramidal) Movimentos reflexos (sist. Motor periférico) Prof ª. Socorro Brito SISTEMA PIRAMIDAL Responsável pela motricidade voluntária Prof ª. Socorro Brito SOMATOTOPIA NO CÓRTEX MOTOR: O HOMÚNCULO DE PENFIELD POR QUE PIRAMIDAL? O trato piramidal é o único que cursa pelas pirâmides bulbares. Nesse ponto do percurso, está totalmente isolado dos outros tratos corticofugais. Prof ª. Socorro Brito FISIOLOGIA DO SISTEMA PIRAMIDAL Classicamente, o sistema piramidal tem duas grandes funções: Elaboração e condução do influxo motor voluntário; Inibição (modulação) dos sistemas Extra-piramidal e Motor periférico . Prof ª. Socorro Brito ORIGEM DO TRATO PIRAMIDAL: O CÓRTEX MOTOR A origem do trato piramidal é no córtex motor, situado no lobo frontal (área 4 e 6 de Brodmann, principalmente). Os corpos celulares de seus neurônios partem daí (5ª camada), atravessam todos os “andares” do encéfalo e chegam à medula, onde emergem pelo Neurônio Motor Periférico. Prof ª. Socorro Brito A CÁPSULA INTERNA Após saírem do córtex motor, as fibras penetram na substância branca subcortical. O próximo passo é a cápsula interna: região de substância branca localizada entre o tálamo e o núcleo lentiforme. Prof ª. Socorro Brito O AFUNILAMENTO É importante destacar que as fibras do trato piramidal (e de outros tratos) sofrem um AFUNILAMENTO ao nível da cápsula interna, chegando a ocupar apenas uma pequena porção no braço posterior. Significa dizer que lesões na cápsula interna, mesmo que em pequenas proporções, determinam grandes seqüelas. Prof ª. Socorro Brito O TRONCO CEREBRAL Depois da cápsula interna, as fibras alcançam o tronco cerebral. É nesse ponto do percurso que se esgotam as corticonucleares, de acordo com o andar do tronco em que se encontra os núcleos dos nervos cranianos. Prof ª. Socorro Brito O MESENCÉFALO No mesencéfalo, o trato piramidal (e outros corticofugais) cursa pela base do pendúnculo cerebral. Faz-se necessário destacar que aí estão presentes o núcleo rubro e os núcleos motores do óculo-motor (III par) e do troclear (IV). Prof ª. Socorro Brito A PONTE Neste ponto, merece destaque as fibras pontocerebelares. É na ponte que se encontram os núcleos do trtigêmeo (V), abducente (VI) e facial (VII). Prof ª. Socorro Brito O BULBO Na pirâmide bulbar, o trato piramidal se isola dos outros tratos corticofugais e continua seu trajeto descendente. É importante a presença no núcleo do hipoglosso (XII). Prof ª. Socorro Brito A DECUSSAÇÃO DAS PIRÂMIDES No terço caudal do bulbo ocorre a decussação das pirâmides: as fibras oriundas do hemisfério cerebral esquerdo cruzam para o lado direito e vice-versa. Este constitui o corticoespinhal lateral. Porém, nem todas as fibras cruzam. Essas constituem o corticoespinhal anterior. Prof ª. Socorro Brito ANATOMOFISIOLOGIA DO SISTEMA PIRAMIDAL É constituído por neurônios cujos os corpos celulares situam- se no córtex cerebral e cujos axônios atravessam todos os andares do encéfalo, alcançando a medula (corno anterior) – TRAJETO DO NEURÔNIO SUPERIOR OU I NEURÔNIO MOTOR. No corno anterior encontra-se os corpos celulares do II NEURÔNIO MOTOR OU NEURÔNIO MOTOR PERIFÉRICO no qual o neurônio motor superior estabelece sinapse e transmitindo o impulso nervoso que chega até o músculos estriado O tônus muscular tem comando superior e inferior A via piramidal é uma via de inibição, controla as hiperreflexias e hipertonias. Prof ª. Socorro Brito TRAJETO DO TRATO PIRAMIDAL Anterior Tracto Córtico Espinhal Lateral Direto Tracto Córtico Nuclear Cruzado Prof ª. Socorro Brito TRACTO CÓRTICO ESPINHAL As fibras oriundas dos corpos celulares situadas principalmente na quinta camada do córtex motor, assumem direção descendente, mergulhando na substância branca de toda região subcortical e sofrem um afunilamento condensando-se em uma pequena área do segmento posterior da cápsula interna( região da substância branca situada entre o tálamo e o núcleo lentiforme). Ultrapassando a cápsula interna as fibras do tracto córtico espinhal alcançam o tronco encefálico passando sucessivamente pelos três andares, mesencéfalo, ponte e bulbo, onde algumas fibras se desgarram terminando seu trajeto nos respectivos núcleos dos nervos cranianos aí localizados. Prof ª. Socorro Brito TRACTO CÓRTICO ESPINHAL As fibras corticoespinhais atingem ainda no bulbo as pirâmides bulbares ocorre a decussação das pirâmides, onde o tracto córtico espinhal é dividido em dois feixes: as fibras que cruzam para o lado oposto formam o TRACTO CORTICOESPINHAL LATERAL que atinge a medula pelo funículo lateral. E as fibras que não cruzaram ( a minoria 20%) forma o TRACTO CORTICOESPINHAL ANTERIOR que descem para a medula pelo funículo anterior homolateral. Prof ª. Socorro Brito TERMINO DO TRACTO CÓRTICO ESPINHAL O tracto córtico espinhal lateral, nas regiões cervical e lombar correspondem as intumescência cervical e lombar estabelecendo sinapse com os motoneurônios α e γ no corno anterior. Essas sinapses são facilatórias para os músculos flexores e inibitória para os extensores. Nas demais regiões estabelecem sinapses com o interneurônios. Prof ª. Socorro Brito TERMINO DO TRACTO CÓRTICO ESPINHAL O tracto corticoespinhal anterior, algumas fibras cruzam para o lado oposto a nível de comissura mediana anterior para o corno anterior motoneurônios. E as que não cruzam fazem sinapse com os motoneurônios epsolaterais do corpo anterior. Prof ª. Socorro Brito TRACTO CÓRTICO NUCLEAR Origina-se na face lateral do córtex cerebral (área 4) na sua porção inferior. Converge para a cápsula interna ocupando o seu segmento posterior e atinge o tronco encefálico.Onde estabelecem sinapse com os núcleos motores dos nervos cranianos. Oculomotor → Mesencéfalo → Feixe córtico nuclear direto Troclear → Mesencéfalo → Feixe córtico nuclear direto Trigêmeo→ Ponte→ Feixe córtico nuclear direto e cruzado Abducente → Ponte→ Feixe córtico nuclear direto Facial → Ponte→ Feixe córtico nuclear direto e cruzado Vestíbulo Coclear → Ponte e Bulbo→ Feixe córtico nuclear direto e cruzado Hipoglosso → Bulbo→ Feixe córtico nuclear direto e cruzado Prof ª. Socorro Brito O NÚCLEO DO NERVO FACIAL O núcleo do nervo facial, como alguns outros, recebe fibras corticonucleares diretas e cruzadas, porém de forma diferenciada. A porção do núcleo que supre a hemiface superior, recebe fibras de ambos os lados; a que supre a hemiface inferior, apenas contralateral. Prof ª. Socorro Brito FISIOPATOLOGIA DO SIST. PIRAMIDAL A lesão do sistema piramidal compõe-se de duas entidades: Síndrome deficitária Síndrome de libertação Prof ª. Socorro Brito SISTEMA EXTRA - PIRAMIDAL Responsável pela motricidade automática e pelo tonus postural. Prof ª. Socorro Brito CONCEITO Todas as estruturas motoras encefálicas que atuam sobre a motricidade, com exceção do trato piramidal. Vias corticofugais CÓRTEX MOTOR MOTONEURÔNIOS TÁLAMO NÚCLEO DA BASE CEREBELO Prof ª. Socorro Brito OS NÚCLEOS DA BASE Núcleo caudado Núcleo lentiforme (putamen e pálido) OBS: é importante citar o núcleo amigdalóide e a substância negra por suas correlações com os núcleos da base e porque suas lesões levam a certas síndromes extra-piramidais. Prof ª. Socorro Brito OS NÚCLEOS DA BASE O núcleo caudado, juntamente com o putamen, é denominado neoestriado. O pálido é também chamado paleoestriado. Prof ª. Socorro Brito CIRCUITOS ENTRE OS NB Existem várias conexões entre os núcleos da base e entre os núcleos da base e o córtex motor, a substância negra e o núcleo subtalâmico. Algumas dessas conexões ainda são de fisiologia complexae de neurotransmissores desconhecidos. Prof ª. Socorro Brito PRINCIPAIS CIRCUITOS ESTABELECIDOS Córtico-neoestriado-paleoestriado-tálamo- cortical Córtico-neoestriado-substância negra- tálamo-cortical Nigroestriatal e estriatonigral (Pankinsonismo) Palido-subtalâmico e subtálamo-palidal Prof ª. Socorro Brito FISIOLOGIA DOS NÚCLEOS DA BASE De um modo geral, pode-se estabelecer: Exercem atividade sobre o córtex motor primário, na estabilização dos atos motores; Estabelecem um equilíbrio entre os motoneurônios alfa e gama, atuando na regulação do tônus muscular. Prof ª. Socorro Brito FISIOPATOLOGIA EXTRA-PIRAMIDAL De acordo com a fisiologia exposta, pode-se prever duas características na patologia dos Núcleos da Base: Aparecimento de movimentos involuntários espontâneos (hipercinesias) Alterações do tônus muscular (hipertonia ou hipotonia) Prof ª. Socorro Brito Sist. Piramidal Origina-se no córtex cerebral Tem trajeto direto Área cortical mais importante Fibras que vão para a medula passam pelas pirâmides Responsável por mov. Voluntários Lesões produzem paralisia Filogeneticamente é recente Mieliniza-se tardiamente Sist. Extra-piramidal Origina-se no córtex cerebral e cerebelar Tem trajetos com vários reles intermediários Área mais importante nucleos da base Maioria da fibras que vão para a medula não passam pelas pirâmides Responsável pelos mov. automáticos Regulação tônus e postura Lesões não produzem paralisia e geralmente causam mov. involuntários espontâneos e alt. do tônus. Filogeneticamente é integro Mieliniza-se precocemente