Buscar

Resumo ética

Prévia do material em texto

AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
Conjunto de conhecimentos, de práticas, de técnicas e de instrumentos.
É requisitada como instrumento para subsidiar decisões, diminuir dúvidas acerca de habilidades, comportamentos, potencialidades, traços de personalidades, reais ou virtuais, de indivíduos ou grupos.
Cunha, 2002: O psicólogo deve se utilizar de estratégias de avaliação psicologicas com objetivos bem definidos para encontrar respostas a questões propostas com vistas a soluções de problemas. 
É a vida da ética que nos diz para quê fazer, com que objetivo fazer e como fazer.
Rios, 2004: A nossa avaliação psicológica reverbera na vida deste sujeito concreto e por isso reverbera na vida. Daí o reconhecimento social deste fazer.
Resolução CFP n° 007/2003:
I. Princípios norteadores da elaboração documental; 
- Recursos tem que ser valorizados e colocados nos testes, não só os problemas e conflitos. 
-Linguagem técnica usada somente entre psicólogos.
II. Modalidades de documentos;
- Declaração: Nesse tipo de documento não devem ser registrados diagnósticos, sintomas ou estados psicológicos do avaliando. Deve conter somente a finalidade específica para o qual o documento foi solicitado.
-Atestado: certifica uma determinada situação ou estado psicológico, informando sobre condições psicológicas de quem é atendido. Tem por finalidade justificar faltas ou impedimentos; justificar estar apto ou não para atividades específicas; e, solicitar afastamento e/ou dispensa do solicitante. 
Esse tipo de documento deve conter o registro do sintoma, característica ou condição psicológica subsidiado na afirmação atestada do fato.
-Relatório ou laudo: É construído a partir de dados colhidos e analisados à luz de instrumental técnico e referencial teórico e científico adotado pelo profissional. 
Deve conter a identificação do sujeito, a descrição da demanda, os procedimentos adotados durante o processo, a análise dos resultados e a conclusão.
-Parecer: se constitui em um documento fundamentado e resumido sobre uma questão focal. Pode ser indicativo ou conclusivo e se caracteriza por apresentar resposta esclarecedora a um pergunta específica. 
Sua estrutura é similar a do laudo, mas é mais reduzida e mais focada, compondo-se dos itens: Identificação; Exposição dos motivos; Análise e Conclusão.
-Devolutiva: O fornecimento dos resultados é uma parte fundamental na prestação de serviços do psicólogo.
III. Conceito/finalidade/estrutura;
A redação de um documento deve estar bem estruturada e definida, expressando objetivamente o que se quer comunicar. O psicólogo deve utilizar expressões concisas, próprias da linguagem profissional, com correlação adequada das frases.
IV. Validade dos documentos;
- Folha de papel timbrado, carimbo com nosso nome, CRP e endereço.
V. Guada dos documentos;
- guardar os documentos por 5 anos.
Reppold (2011): é primordial que o ensino da avaliação psicológica, exercício restrito aos psicólogos, priorize, além de competências técnicas, a vivência de situações práticas que envolvam dilemas relacionados à ética, ao respeito à dignidade e aos Direitos Humanos, à preocupação com o bem-estar do outro e à responsabilidade social. 
Artigo 6° - CEP: Resguardar o caráter confidencial das comunicações, assinalando a responsabilidade de quem as receber de preservar o sigilo.
Artigo 10 – Em caso de quebra de sigilo previsto no caput deste artigo, o psicólogo deverá restringir-se a prestar as informações estritamente necessárias.
Artigo 20 – O psicólogo, ao promover publicamente seus serviços, por quaisquer meios, individual ou coletivamente:
a) Informará o seu nome completo, o CRP e seu número de registro;
b) Fará referências apenas a títulos ou qualificações profissionais que possua;
c) Divulgará somente qualificações, atividades, e recursos relativos a técnicas e práticas que estejam reconhecidas ou regulamentadas pela profissão;
d) Não utilizará o preço do serviço como forma de propaganda;
e) Não fará previsão taxativa de resultados;
f) Não fará auto-promoção em detrimento de outros profissionais;
g) Não proporá atividades que sejam atribuições provativas de outras categorias profissionais;
h) Não fará divulgação sensacionalista das atividades profissionais.
BIOÉTICA:
ética da vida (do grego bios- vida, e ethike- ética). Pode ser definida como o estudo sistemático da moralidade das tecno-ciências da vida e da saúde, examinadas a luz de princípios morais. 
Resolução 196/96 - 466/12 foi elaborada pelo Conselho Nacional de Saúde. Contextualiza a necessidade de parâmetros éticos devido ao progresso da ciência e da tecnologia, que desvendou outra percepção da vida, dos modos de vida, com reflexos não apenas na concepção e no prolongamento da vida humana, como nos hábitos, na cultura, no comportamento do ser humano nos meios reais e virtuais disponíveis e que se alteram e inovam em ritmo acelerado e contínuo.
Encontra-se amparada pela Cultura dos Direitos Humanos e pela Bioética, aplicadas à prática científica, nos cuidados mantidos com o participante da pesquisa. Para isso, os Comitês de Ética necessitam aprovar os protocolos de pesquisas e os projetos desenvolvidos:
- relevância social: os estudos devem contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas envolvidas nas pesquisas, ampliando o conhecimento aplicável a diferentes contextos sociais;
-validade científica: o desenho metodológico deve garantir a validade da pesquisa e a apropriação de resultados pelos países envolvidos;
-seleção equitativa: a escolha dos participantes deve seguir objetivos definidos pela pesquisa e não atender as amostras de conveniência. Pessoas vulneráveis devem ser protegidas e não podem ser excluídas do envolvimento na pesquisa sem razões científicas;
- balanço favorável entre riscos e benefícios: as pesquisas tem que ser conduzidas de acordo com o melhor padrão de atenção à saúde disponível. Deve ser feita uma avaliação dos potenciais riscos e benefícios para os participantes;
-revisão ética do protocolo: deve ser realizada por um Comitê de Ética em pesquisa, de conformação colegiada, que atue de forma independente;
-consentimento livre e esclarecido: Deve ser considerado um processo e não apenas um ato de apresentação de um documento escrito ou oral. O objetivo é garantir a livre e informada decisão de um individuo em participar de um estudo;
- respeito pelos participantes: Refere-se à proteção da confidencialidade, ao acesso a informações sobre a pesquisa e ao direito de se retirar do estudo a qualquer momento;
- capacitação e fortalecimento local: a pesquisa colaborativa internacional deve contribuir para o crescimento científico local e para a consolidação do processo de revisão ética das pesquisas.
Autonomia: 
quando se oferece o termo de consentimento livre e esclarecido ao sujeito, em uma linguagem acessível, explicitando os direitos e deveres do participante. Assim como relatando de forma sucinta, os aspectos metodológicos e analíticos da pesquisa, para que se tenha conhecimento global do trabalho científico que poderá vir a participar.
Não maleficência: 
diz respeito ao não fazer o mal ao sujeito da pesquisa, isso quer dizer, não ter nenhuma atitude interventiva, seja clínica ou dialógica, que coloque em risco a saúde biopsicossocial do individuo que participa do processo investigativo científico. Para ponderar esse aspecto, o pesquisador deve realizar uma reflexão criteriosa sobre os riscos envolvidos em sua pesquisa, e caso não seja possível evitá-los completamente, apresentar ao sujeito da pesquisa, possíveis suportes e amparos para lidar com qualquer mal estar, prejuízo suscitado pela pesquisa científica.
Beneficência: 
diz respeito ao fazer o bem ao sujeito da pesquisa, o que significa promover ganhos com a atividade investigativa, seja no tratamento de uma doença, seja na testagem de medicamentos, ou então, num ganho psicossocial ao refletir conjuntamente com o pesquisador sobre um tema de relevância pessoal e social. Esse valor bioético é essencial numa relação simétrica entre pesquisador e participantes,pois sugere uma relação igualitária, sem uma postura de exploração utilitária.
Equidade e/ou justiça social: 
preocupação em promover o bem estar coletivo e a igualdade social com a pesquisa científica, universalizando o conhecimento desenvolvido e retroalimentando o serviço de saúde que usufrui das pesquisas para atender o grande público.
510/2016 - Esta Resolução dispõe sobre as normas aplicáveis a pesquisas em Ciências Humanas e Sociais cujos procedimentos metodológicos envolvam a utilização de dados diretamente obtidos com os participantes ou de informações identificáveis ou que possam acarretar riscos maiores do que os existentes na vida cotidiana, na forma definida nesta Resolução.
PONTOS IMPORTANTES:
* É falta ética expor qualquer tipo de informação sigilosa. 
* Não podemos induzir convicções políticas, morais ou religiosas. (art2)
* Afirmar algo é muito delicado, trabalhar com a hipótese.
* terapia alternativa ≠ psicoterapia.
*Mídia: produção de subjetividade dos indivíduos, bloqueio da criatividade e alienação em massa; Economia de consumo, bens materiais e relações ‘líquidas’.

Continue navegando

Outros materiais