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Lesões Fundamentais

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LESÕES FUNDAMENTAIS 
 
Definição 
Alterações morfológicas que ocorrem na mucosa bucal e assumem determinadas características próprias, 
individualizadas, padronizadas e que a partir delas, juntamente com outros dados clínicos, pode-se 
identificar uma doença. 
 
Importância 
Todo diagnóstico norteia-se pela história e pelas características clínicas da lesão, que se enquadram dentro 
de algum tipo de lesão fundamental. Esse agrupamento em lesões elementares auxilia na padronização e 
facilita o estudo das alterações orais. 
A descrição de uma lesão requer atenção aos detalhes e precisão. No detalhamento da lesão devem ser 
analisadas algumas características: início, duração, sintomatologia, formato, localização, limites, cor, 
tamanho, base, consistência, superfície, textura, contorno ou borda, número. 
Além disso, deve-se ter em mente os fatores que podem produzir alterações nas lesões primárias, uma 
história adequada das lesões é fundamental para o raciocínio diagnóstico. 
 
Formulação do diagnóstico 
- Sinais: ​É tudo aquilo que o profissional pode observar sem que o paciente fale. São manifestações 
objetivas 
- Sintomas: ​É tudo aquilo que é relatado pelo paciente. São manifestações subjetivas, a febre é um 
exemplo. 
 
Exame Clínico 
- Anamnese 
Nessa etapa é feita: identificação do paciente, queixa principal, história da doença atual, história 
odontológica e médica, antecedentes familiares, hábitos nocivos e higiênicos. 
- Exame Físico 
É avaliado o aspecto geral do paciente e são realizados exames loco-regional intra e extrabucal. 
Extrabucal 
Avaliação por palpação das cadeias linfáticas do paciente. As cadeias são submandibulares, 
submentonianas, pré auriculares, pós auriculares e cervical. 
O melhor método de palpar essas cadeias é posicionando-se de frente para o paciente e lentamente ir 
apalpando com movimentos circulares e contínuos todo o trajeto de cada cadeia. 
Ao se detectar um linfonodo, ou grupo de linfonodos, existem 4 características principais que devem, 
obrigatoriamente, ser descritas: 1) tamanho; 2) consistência; 3) sensibilidade à dor; 4) adesão a outros 
linfonodos e aos planos corporais. Outras características válidas de serem descritas são a mobilidade do 
linfonodo e as condições da pele adjacente, como coloração, integridade e presença de secreção. 
 
 
Intrabucal 
Avaliação dos lábios, mucosa alveolar e jugal, palato duro, região de orofaringe, língua (bordas laterais, 
assoalho, ventre). Pergunta: por que o câncer de boca é mais comum em língua que nas demais partes da 
cavidade bucal? 
 
 
LESÕES FUNDAMENTAIS 
 
1. Mácula 
É uma área circunscrita (menor que 1cm) de coloração diferente da região adjacente ​sem que ocorra 
elevação ou depressão tecidual. Pode se apresentar de cor (tons de azul, marrom e preto), tamanho e 
forma bastante variado, podendo sua origem ser devida à presença de melanina (acúmulo de melanócitos) 
ou outras causas patológicas ou não. Pode estar de forma isolada ou em grupo. 
Pergunta: por que ao se apresentar de forma azulada é necessário a realização de biópsia? 
Exemplos: 
➔ Efélides (ou sardas) 
 
➔ Tatuagem por amálgama - nesses casos, solicita-se radiografia para identificar os fragmentos de 
amálgama, caso não encontre, é necessário realização de biópsia. 
 
➔ Mácula melanótica - Pigmentação acastanhada na gengiva vestibular 
 
 
OBSERVAÇÃO: Nevo Azul 
É uma malformação congênita de desenvolvimento, podendo ser observada na pele (normalmente na 
bochecha ou na fronte) ou em mucosas. 
É uma patologia rara de ser encontrada na mucosa bucal mas, quando ocorre sua área preferencial de 
localização é o palato, seguido da mucosa jugal, lábio e língua. 
Trata-se de uma lesão superficial que contém células névicas que ocorre com maior frequência na terceira 
e quarta décadas de vida. 
Possui tamanho variável entre 1 e 30 mm, sendo sua lesão fundamental a mácula ou mais raramente a 
pápula, de coloração castanha, marrom, azul ou negra, que são circunscritas e bem delimitadas, de 
superfície lisa com consistência semelhante ao tecido de origem. 
O tratamento preconizado é a remoção cirúrgica, com margem de segurança para evitar-se que uma lesão 
com tendência a malignização fique exposta aos traumas agudos e crônicos inerentes a mucosa da 
cavidade bucal. É importante ressaltar que o material biopsiado deve ser obrigatoriamente analisado 
histologicamente, em vista do seu potencial de malignização. 
 
 
2. Mancha 
Área circunscrita com alteração de cor maior que a mácula (maior que 1cm). Diferencia-se da epiderme 
pela coloração, textura ou ambas. 
Exemplos: 
➔ Melanose racial - a intensidade da pigmentação é resultante da quantidade de grânulos de 
melanina produzidos pelos melanócitos.. 
 
➔ Eritroplasia - lesão potencialmente maligna na cavidade bucal 
 
 
OBSERVAÇÃO: Vitropressão (exame) 
Pressiona-se a lesão com os dedos ou com um vidro, provocando isquemia local, isso permite avaliar a 
origem da lesão. Quando a lesão desaparece com a pressão, considera-se origem vascular. Quando não 
desaparece, é uma pigmentação e esta pode ser de origem endógena ou exógena. Sugere-se biópsia quando 
a pigmentação foge do acastanhado. 
 
3. Erosão 
Caracteriza-se por uma perda parcial (superficial) do epitélio sem exposição do tecido conjuntivo 
subjacente. 
Exemplo: 
➔ Liquen plano erosivo 
 
 
4. Úlcera 
Perda de todo o tecido epitelial com exposição do tecido conjuntivo, causando dor. São lesões de caráter 
mais crônico. 
Exemplo: 
➔ Úlcera aftosa recorrente 
 
 
5. Cicatriz 
Marca permanente que persiste após o processo de cicatrização. Resulta da reparação de processo 
destrutivo da pele, associado a atrofia, fibrose e discromia. 
 
 
6. Fissura 
Fenda linear, normal ou anormal na epiderme que afeta os lábios e o tecido peribucal. Pode ser de caráter 
normal ou patológico. 
Exemplos: 
➔ Queilite angular - é uma dermatose comum, caracterizada por inflamação, fissuração e maceração 
dos ângulos da boca. Também conhecida como boqueira. É bastante comum em paciente idosos, devido à 
perda da dimensão vertical o que acaba gerando um acúmulo de saliva nas comissuras labiais, e esses 
microrganismos presentes na saliva acabam facilitando a proliferação de outros prejudiciais ao local. 
 
➔ Língua fissurada 
 
 
7. Fístula 
Trajeto anormal que se origina em cavidade supurativa (cisto ou abscesso), indo em direção a superfície da 
epiderme. 
Exemplo: 
➔ Abscessos endodônticos 
 
 
8. Pápula 
São pequenas lesões sólidas (consistência borrachóide), circunscritas, elevadas, cujo diâmetro mede 
menos de 1cm. Podem ser malignas ou benignas, possuindo implantação séssil ou pediculada. 
 
Exemplos: 
➔ Condiloma acuminado - doença sexualmente transmissível pelo HPV, geralmente é assintomático. 
 
➔ Carcinoma epidermóide - neoplasia maligna da cavidade oral, localizando-se principalmente na 
língua, sobretudo na borda lateral posterior. 
➔ Papiloma escamoso - lesão benigno, cuja patogênese tem sido associada à infecção pelo HPV. 
 
 
9. Placa 
Área plana, sólida e elevada, com mais de 1cm. Possui margens inclinadas e liquefação. Podem se estender, 
mais profundamente para o interior da derme do que as pápulas. 
Exemplos: 
➔ Leucoplasia - considerado uma lesão pré cancerígena➔ Melanoma - lesão mais severa com prognóstico sombrio 
 
➔ Candidíase Oral - difere-se da leucoplasia pelo fato de ser raspável 
 
 
10. Membrana 
Possui elevação de 1 a 2mm, mais extensa que espessa e emerge da superfície da mucosa. Pode ser 
removida por raspagem. 
 
11. Nódulo 
É uma massa sólida (endurecido) de tecido (menor que 1cm) que se estende em profundidade. Podem ser 
sésseis, quando sua base de implantação for maior que sua altura, ou pediculado, quando sua altura é 
maior. Possui um crescimento lento. 
Exemplos: 
➔ Fibroma - lesão benigna causado por trauma e formando mais tecido conjuntivo fibroso 
 
➔ Lipoma - lesão benigna causado por tecido adiposo 
 
 
12. Tumor 
É uma massa sólida (maior que 1cm) que se estende em profundidade. Muito utilizado em indicação de 
neoplasia (tecido novo e de crescimento independente). Pode ser benigno ou maligno. 
Exemplos: 
➔ Osteossarcoma 
➔ Neurofibroma 
 
13. Vesícula 
São elevações do epitélio, contendo líquido no seu interior (linfa, plasma ou sangue), possuem um 
revestimento epitelial e são comuns em infecções virais. Vale ressaltar que o conteúdo da vesícula é 
altamente infeccioso. 
Exemplos: 
➔ Varíola/Catapora 
➔ Herpes Simples 
➔ Herpes Zoster 
 
 
14. Bolha 
Difere-se da vesícula pelo seu tamanho, maior que 1cm. 
Exemplos: 
➔ Hemangioma - ​são neoplasias benignas caracterizadas pela proliferação de vasos sanguíneos 
➔ Ranula - tipo de mucocele que ocorre no assoalho bucal. ​Apresenta-se como um inchaço do tecido 
conectivo composto de mucina, gerados por uma ruptura no ducto de glândula condutoras de saliva, 
principalmente a glândula sublingual, o qual geralmente é causada por trauma local. 
 
 
15. Cisto 
Espécie de bolsa de tecido que pode ser cheia de ar, líquido, pus ou outro fluido. Possui um crescimento 
lento e assintomático, podendo se apresentar em milímetros a centímetros. 
Exemplo: 
➔ Cisto nasolabial - cisto de desenvolvimento não odontogênico raro, que acomete os tecidos moles 
entre a asa e base do nariz e o lábio superior podendo levar a assimetria facial.

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