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Fraturas Panfaciais

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Fraturas Panfaciais!
Componente Curricular: Cirurgia Hospitalar.
Professores: Maicon Pavelski e Tharzon Barbieri.
Acadêmicas: 
Aline Dalberti;
Caroline Stofella;
Gabriela Ceron;
Heloisa Nesello.
 TOMAZI F. et al.
					 			
•O tratamento de pacientes com fraturas faciais múltiplas, deslocadas e cominuídas pode ser extremamente desafiador tanto para os cirurgiões experientes como para os não experientes.
Fonte: Iovp- Fraturas-pan-faciais
Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson- Volume 1
•Quando o diagnóstico, plano de tratamento e sequência cirúrgica não forem corretos resultará em:
-Maior gasto de tempo para efetuar o procedimento; -Resultados inadequados.
Fonte: Setor Saúde
Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson- Volume 1
Todas as formas e funções da face devem ser preservadas! 
• Oclusão
• Forma da cavidade nasal
• Qualidade da fala do paciente
• Volume orbitário
• Altura, largura e projeção facial
• Nenhum desses fatores pode ser considerado mais importante que o outro porque todos eles juntos constituem a face e todas as funções associadas a ela.
Fonte: sbcp-sc.org.br
Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson- Volume 1
O que são essas fraturas?
As fraturas PANFACIAIS são as que envolvem os terços superior, médio e inferior da face e são lesões complexas da face que envolvem os ossos: frontal, complexo zigomaticomaxilar, região nasorbitoetmoidal, maxila e mandíbula.
Fonte: cdface.com.br
Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson- Volume 1
Etiologia:
Colisões automobilísticas;
Assaltos;
Acidentes esportivos;
Ferimentos por projétil de arma de fogo.
Fonte: g1.globo.com e Douglasmacedo/acidentesesportivos 
Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson- Volume 1
Na maioria das vezes lesões como estas são geralmente resultantes de um trauma de alta energia.
Fonte: jornalvs.com.br
Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson- Volume 1
Antes da chegada da técnica de fixação interna rígida essas fraturas eram tratadas por fixação com fios de aço e aparelhos de fixação cranianos e o uso dessa técnica dificultava a manutenção da estabilidade tridimensional do esqueleto facial.
Fonte: pinterest.com
Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson- Volume 1
Com o passar dos anos, os avanços tecnológicos como a tomografia computadorizada de alta resolução, técnicas de fixação interna rígida, suspensão de tecidos moles e enxertos ósseos primários, auxiliaram muito no tratamento das fraturas faciais resultando ao final em melhores resultados.
Fonte: researchgate.net
Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson- Volume 1
Considerações anatômicas:
 
Os pilares da face são divididos em vertical e horizontal:
• Verticais: Nasomaxilares, Zigomaticomaxilares e Pterigomaxilares.
• Horizontais: Também chamados de pilares ântero-posteriores e dividem-se em frontal, zigomático, mandibular e maxilar.
Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson- Volume 1
Pilares Verticais:
Nasomaxilar: abrange o processo frontal da maxila se estendendo lateralmente a abertura piriforme.
Michael Miloro et al.
Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson- Volume 1
Pilares Verticais:
•Zigomaticomaxilar: é composto pelo processo zigomático do osso frontal, borda orbitária lateral, corpo lateral do zigomático e processo zigomático da maxila.
•
Michael Miloro et al.
Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson- Volume 1
Pilares Verticais:
Pterigomaxilar: inclui as lâminas pterigóides do esfenóide e tuberosidades maxilares.
Michael Miloro et al.
Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson- Volume 1
•Normalmente os pilares nasomaxilar e zigomático maxilar são reconstruídos, porém os pilares pterigomaxilares não devido a dificuldade de acesso.
•O condilo e ramo posterior da mandíbula ainda formam um outro pilar que é responsável por estabelecer a altura facial posterior.
Michael Miloro et al.
Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson- Volume 1
Pilares Horizontais:
Frontal: composto pelas bordas supra orbitárias e região glabelar.
Michael Miloro et al.
Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson- Volume 1
Pilares Horizontais:
Zigomático: consiste no arco zigomático, corpo do zigomático e borda infraorbitária.
Michael Miloro et al.
Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson- Volume 1
Pilares Horizontais:
Maxilar e Mandibular: são compostos pelo osso basal da maxila e arcos mandibulares.
Michael Miloro et al.
Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson- Volume 1
Como nessas áreas os ossos são mais densos com o intuito de neutralizar forças de mastigação e de impacto, a correta redução desses pilares resulta numa boa reconstrução da altura, largura e projeção da face.
Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson- Volume 1
Áreas chaves:
São referências anatômicas conhecidas que são utilizadas para a reconstruções mais precisas das áreas afetadas e são elas:
Arcos dentários;
Mandíbula;
Sutura esfenozigomática;
Pilar maxilar;
Região intercantal.
Fonte: elo7.com.br
Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson- Volume 1
Arcos dentais: se uma ou as duas arcadas encontram-se intactas elas podem ser usadas como guia. 
Fonte: Dra. Carina Garcia
Fonte: radimagemdigital.com.br
Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson- Volume 1
Mandíbula: Uma redução anatômica da sínfise e/ou corpo mandibular pode ser obtida por uma exposição extra-oral e visualização direta da fratura porque esse acesso permite uma visualização direta da borda inferior e algumas vezes da cortical lingual.
Fonte: ossos.com.br
Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson- Volume 1
Sutura esfenozigomática: em conjunto com a superfície da parede lateral da órbita tem sido demonstrada em estudo de cadáveres como sendo área chave para a redução e fixação do complexo zigomaticomaxilar
Fonte: ossos.com.br
Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson- Volume 1
Região Intercantal: também pode ser utilizada para reestabelecer a largura do terço médio facial. O reestabelecimento da distância intercantal apropriada pela redução do complexo nasorbitoetmoidal pode auxiliar na determinação da largura facial. Esta condição está associada principalmente ao tipo de fratura.
•
Fonte: ossos.com.br
Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson- Volume 1
Exames de Imagem:
As radiografias convencionais e tomografias lineares foram o padrão ouro de referência até o advento da tomografia computadorizada (TC).
 
A TC melhorou muito a habilidade em avaliar por imagens o esqueleto facial e obter detalhes anteriormente não possíveis com radiografias convencionais, além disso permite ao profissional determinar não somente a localização das fraturas mas também o grau e direção dos segmentos deslocados.
Fonte: researchgate.net
Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson- Volume 1
A TC permite que o CBMF avalie o padrão fraturário visualizando cortes individuais ou reconstruções tridimensionais podendo assim visualizar detalhes ou o padrão geral do trauma. É possível também visualizar detalhes de tecidos moles e duros que não são possíveis de serem visualizados em radiografias convencionais.
Fonte: researchgate.net
Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson- Volume 1
Com a TC é possível avaliar: 
Lesões intracranianas;
Lesões ao globo ocular;
Presença e localização e corpos estranhos;
Encarceramento da musculatura extrínseca da órbita;
Perda de tecidos moles;
Dentes deslocados;
Trajeto aéreo.
Fonte: researchgate.net
Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson- Volume 1
Se há suspeita de lesão a coluna cervical esta pode ser tomografada ao mesmo tempo em que se adquirem imagens do crânio e região maxilofacial.
Fonte: clinicamedicom.com.br
Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson- Volume 1
Acessos Cirúrgicos: 
Os acessospara as fraturas panfaciais devem permitir uma ampla exposição da fratura que possibilite uma redução anatômica. A localização e magnitude da exposição dependem da gravidade das fraturas e da combinação entre elas.
Fonte: slideshare.net
Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson- Volume 1
•Acesso bicoronal: permite acesso ao seio frontal, aspecto superior nasorbitoetmoidal, ligamento cantal medial, rebordo supra orbital, aspecto superior das paredes mediais e laterais da órbita, arco zigomático e côndilo mandibular.
Fonte: slideshare.net
Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson- Volume 1
Incisões subciliar e transconjuntival com cantotomia lateral: rebordo infra-orbitário, paredes medial e lateral da órbita e soalho orbitário.
Fonte: pdfs.semanticscholar.org
Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson- Volume 1
•A incisão transconjuntival com cantotomia lateral não permite acesso a sutura frontozigomática porque isso requer o descolamento do ligamento cantal lateral e incisão pelo músculo orbicular do olho e periósteo até o plano da pele periosbitária lateral. O acesso subciliar permite melhor acesso à região lateral nasal.
Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson- Volume 1
Incisão no sulco, prega pálpebral superior: regiões superior e lateral da órbita, mas normalmente é utilizada para expor a sutura frontozigomática. 
Esta incisão pode ser dispensada quando se realiza o acesso bicoronal.
Fonte: www.rbcp.org.br
Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson- Volume 1
Incisões perinasais: região nasorbitoetmoidal, ligamento cantal medial e saco nasolacrimal. Essas incisões são normalmente evitadas por produzirem cicatrizes e não são necessárias quando se realiza o acesso bicoronal.
Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson- Volume 1
Incisão em fundo de vestíbulo maxilar: maxila e pilar zigomáticomaxilar.
•
Fonte: elsevier.es
Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson- Volume 1
Incisão em fundo de vestíbulo mandibular: do ramo a sínfise mandibular porem esse acesso não é muito indicado para tratamento das fraturas cominutas.
Fonte: revodonto.bvsalud.org
Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson- Volume 1
Incisões cervicais: mandíbula, exceto em fraturas altas do processo condilar. Esse acesso é geralmente indicado quando a redução anatômica é crucial e permite ao cirurgião visualizar a redução da cortical lingual, sendo também indicada para tratamento de fraturas cominutas e complicadas em mandíbulas atróficas.
•
Fonte: www.scielo.br
Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson- Volume 1
Existem 2 procedimentos que melhoram os resultados do tratamento das fraturas panfaciais que é a enxertia óssea primária e a ressuspensão de tecidos moles após a exposição ampla do esqueleto facial.
Enxertos ósseos e ressuspensão de tecidos moles:
 
Michael Miloro et al.
Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson- Volume 1
•Nos casos de trauma de alta velocidade, a cominuição e perda de segmentos ósseos podem ocorrer nos pilares e áreas não pilarizadas da face e quando esses defeitos são significantes o cirurgião pode fazer uso dos enxertos ósseos para prevenir que hajam colapsos de tecidos moles e também possibilite um suporte estrutural do esqueleto facial.
Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson- Volume 1
Áreas que geralmente precisam de enxerto:
Osso frontal;
Dorso nasal; 
Soalho orbitário;
Parede medial orbitária;
Pilar zigomáticomaxilar. •
Fonte: elo7.com.br
Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson- Volume 1
Uma área doadora de enxerto ósseo é onde se encontra o osso da calvária. 
Para se remover esse enxerto é necessário acessar a área através de um acesso bicoronal.
Fonte: kenhub.com
Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson- Volume 1
Caso Clínico:
•Paciente W. C. R, gênero masculino, 34 anos, vítima de acidente motociclístico, foi encaminhado ao hospital Santa Luzia apresentando fraturas em osso frontal, complexo nasorbitoetmoidal bilateral e fraturas de plexo mandibular e malar bilateralmente, associadas à evisceração de olho esquerdo.
Fonte: https://docplayer.com.br/60695590-Fratura-panfacial-um-relato-de-caso.html
•Tomografia computadorizada de crânio com reconstrução em 3D e realizada um dia após o trauma evidenciou presença de fraturas multifragmentadas nos seios maxilares, fratura nasal bilateral e de septo ósseo, fraturas cominutivas das cavidades orbitárias, fratura bilateral de osso zigomático, fratura com disjunção mediana da maxila e acometimento multifragmentar no mento e corpos da mandíbula.
Fonte: https://docplayer.com.br/60695590-Fratura-panfacial-um-relato-de-caso.html
Fonte: https://docplayer.com.br/60695590-Fratura-panfacial-um-relato-de-caso.html
Após um período de cinco dias internado em CTI, foi submetido à abordagem cirúrgica para redução das fraturas faciais. A sequência proposta foi a de superior para inferior e de lateral para medial.
Fonte: https://docplayer.com.br/60695590-Fratura-panfacial-um-relato-de-caso.html
Realizou-se incisão coronal com exposição de fratura de tábua extensa de osso frontal, multifragmentada e com extensão para órbita bilateral e região nasal. A redução foi efetivada com aplicação de malha de titânio maleável 40 x 40 mm e quatro placas de titânio Z-O em região frontonasal com fixação de parafusos.
•
Fonte: https://docplayer.com.br/60695590-Fratura-panfacial-um-relato-de-caso.html
Em seguida, realizou-se incisão subciliar bilateral com redução de fraturas em rebordo orbitário bilateral com placas de titânio e fixação com parafusos de titânio. 
Fonte: https://docplayer.com.br/60695590-Fratura-panfacial-um-relato-de-caso.html
•Em seguida, realizou-se incisão subciliar bilateral com redução de fraturas em rebordo orbitário bilateral com placas de titânio e fixação com parafusos de titânio. 
Fonte: https://docplayer.com.br/60695590-Fratura-panfacial-um-relato-de-caso.html
•Em sequência, foram aplicados quatro parafusos para bloqueio maxilomandibular e posteriormente feita a redução de fratura completa de maxila com uso de placa de palato duro e fixado com parafusos de titânio, fixação de maxila com quatro placas e parafusos de titânio e fixação de mandíbula com três placas tipo Locking e uma placa de reconstrução de 2,4 mm e parafusos de titânio.
Fonte: https://docplayer.com.br/60695590-Fratura-panfacial-um-relato-de-caso.html
A abordagem cirúrgica teve duração de oito horas e trinta minutos, concluída sem intercorrências, sendo utilizado o total de setenta e seis parafusos de titânio. A figura a seguir evidencia imagens obtidas através de tomografia computadorizada no primeiro dia de pós-operatório.
Fonte: https://docplayer.com.br/60695590-Fratura-panfacial-um-relato-de-caso.html
Fonte: https://docplayer.com.br/60695590-Fratura-panfacial-um-relato-de-caso.html
•O paciente deste caso obteve excelente resultado estético e funcional, sem nenhuma complicação.
Fonte: https://docplayer.com.br/60695590-Fratura-panfacial-um-relato-de-caso.html
Epidemiologia 
O trauma facial pode ser considerado umas das agressões mais devastadoras encontradas em centros de trauma devido às consequências emocionais e à possibilidade de deformidades e também ao impacto econômico que tais traumas causam em sistema de 
saúde. 
Trata-se de um trauma de abrangência multidisciplinar, 
envolvendo principalmente as especialidades 
de trauma, oftalmologia, cirurgia plástica, 
maxilofacial, neurologia, psicólogos. 
Fonte: emedicine.medscape
As fraturas Panfaciais se constituem com as mais complexas e destrutivas afecções traumáticas do esqueleto facial;
Envolve TODOS os pilares e anéis de sustentação;
Geralmente acometem:
Maxila;
Mandíbula;
Complexos Zigomático;
Naso-Orbito-Etmoidal; 
Osso Fontal; 
														Fonte: CLAUSER, G et al
																	. 
CasoClínico
Artigo: Epidemiologia do trauma facial;
Objetivo: Determinar a incidência, etiologia e gravidade do trauma facial e lesões associadas, possibilitando entender melhor o seu alcance e magnitude; 
Métodos: 164 pacientes, sem controle de sexo, idade, cor, atendimento em Pronto Socorro da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo entre Junho a Dezembro de 2003. 
Publicação: Revista Associação Medicina Brasileira 2005; 51(5): 290-5
fonte:http://www.scielo.br/pdf/%0D/ramb/v51n5/a22v51n5.pdf
Pacientes com trauma facial segundo sexo e idade:
Pacientes com trauma facial segundo etiologia e sexo;
Óbitos da amostra
Relatou quatro óbitos em nossa amostra e todos era homens
Correspondem 2,4%
Idade 20 a 39 anos (média 31 anos)
Tratamento
O tratamento das fraturas panfaciais é complexo, pois muitas vezes não há uma estrutura óssea estável servindo de guia para redução das múltiplas fraturas; 
“ De baixo para cima e de dentro para fora”
“De cima para baixo e de Fora para dentro”
A ordem exata do tratamento não é tão
relevante quanto o envolvimento de um 
planejamento
MARZOLA, 2005
Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson- Volume 1
Tratamento
Plano de tratamento e sequência errôneos produzem resultados inadequados e podem aumentar o tempo gasto durante o procedimento;
Disponibilidade de exames de imagem detalhados, fixação rígida, técnicas de enxertia óssea e sequencia correta podem obter resultado otimizado;
Devemos nos esforçar para preservar: Forma e funções faciais 
Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson- Volume 1
Atenção especial para oclusão adequada, pois mudanças na forma de como os dentes se tocam podem ser prontamente detectados pelo paciente;
Tais alterações podem resultar em dores miofasciais e temporomandibulares;
 
 Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson- Volume 1 
Restabelecer a forma da cavidade nasal é importante na preservação da obstrução nasal e de problemas em potencial como sinusite e apneia obstrutiva do sono. 
Esse procedimento também é importante no restabelecimento da qualidade da fala; 
Pequenas mudanças no volume orbitário pode ocasionar: Enoftalmia e Diplopia ;
 
Fonte: researchgate.net
Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson- Volume 1 
O restabelecimento da altura, largura e projeção facial é fundamental para a prevenção de deformidades faciais, alterações psicológicas e para o bem estar do indivíduo;
Nenhum desses fatores pode ser considerado mais importante do que o outro;
Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson- Volume 1 
Energia de Fratura
O tratamento é organizado identificado o grau de lesão (energia ou comunicação da fratura);
 Aplicação e classificação da gravidade da fratura em 
um esquema para determinar a 
necessidade de exposição anterior 
ou posterior;
Fonte: ossos.com Princípios de Cirurgia Bucomaxilofacial de Peterson- Volume 1 
 PRINCIPAIS SEQUELAS:
Má-oclusão;
Dores tempomadibulares;
Obstrução nasal;
Enoftalmia;
Apneia do sono;
Deformidades faciais;
Motilidade ocular inadequada. 
 (CORREA, et. al. 2013)
Manipulação da Fratura 
Bottom up (De baixo para cima) e inside-out (de dentro para fora)
Mandíbula como fundação para o tratamento do restante da face.
Inclui redução aberta e fixação interna rígida de fraturas subcondilares bem como o restante da mandíbula.
A oclusão é estabelecida colocando-se o paciente em imobilização no sentido maxilomandibular
(MILORO,2016)
Sequência 
Imobilização no sentido maxilomandibular
2. Maxila corretamente posicionada 
3. O realinhamento do pilar zigomático segue essa sequência. 
Sua fixação pode causar imprecisão na porção superior do terço médio da face 
MILORO, 2016
Quebra na Sequência 
4. Complexo Zigomático facial é reduzido e fixado. 
5. Maxila fixada no pilar zigomáticofacial 
6. Fratura nasorbitoetmoidal é reduzida e estabilizada. 
MILORO, 2016
Reposição mais precisa da parte superior do terço médio da face antes da fixação do pilar zigomático. 
Sequência 
A e B: Sequência nas fraturas panfaciais inicia com a fixação maximolamandibular é seguida pela redução e fixação das fraturas subcondilares, em seguida a fratura sinfisária, corpo e âncgulo mandibuar. 	 MILORO, 2016
Sequência
C e D: Os zigomas são reduzidos e fixados em seguida utilizando a sutura esfenozigomática, arco zigomático e suturas zigomaticomaxilares como guias
MILORO, 2016
Sequência 
E e F: A maxila é estabilizada sobre o pilar zigomaticomaxilar.
MILORO, 2016
Sequência 
G e H: A fratura nasorbitoetmoidal agora pode ser reduzida e fixada nas suturas nasofrontal e frontomaxilar, rebordo infra-orbitário e abertura piriforme. 
MILORO, 2016
Manipulação da Fratura 
2. Top Down (De cima para baixo) e outside-in (de fora para dentro)
Inicia-se na região zigomática.
Sutura esfenozigomática é fixada na região interna da órbita.
2.Arco zigomático é reduzido e fixado por placas. 
Se não estiverem devidamente resuzidos ocorre falta de projeção da face.
O alinhamento do arco pode ser verificado pela correta posição da sutura esfenozigomática 
MILORO, 2016
Inicia-se na região zigomática.
Manipulação da fratura 
MILORO, 2016
3. O complexo nasorbitoetmoidal é posicionado em relação aos rebordos supra-orbitários, rebordos infra-orbitários e processo maxilar dos ossos frontais.
4. A maxila é abordada utilizando-se a posição dos pilares zigomaticomaxilares e abertura piriforme como guias. 
5. A fixação maxilomandibular pode ser realizada. E a redução e fixação das estruturas mandibulares. 
Sequência 
A e B: A sequência das fraturas panfaciais pode-se iniciar com os zigomas, se utilizando da sutura esfenozigomática e arcos zigomáticos como guias. 
MILORO, 2016
Sequências
C e D: As fraturas nasorbitoetmoidais podem ser reduzidas e fixadas em seguida na sutura nasofrontal, maxilofrontal e rebordo infra-orbitário. 
MILORO, 2016
Sequência 
E e F: A maxila é reduzida e fixada a estabilização é conseguida nos pilares nasomaxilar e zigomaticomaxilar. 
MILORO, 2016
Sequência
G e H: A mandíbula é reduzida ao final nessa seuqência. Isso é conseguido pelo uso da fixação maxilar seguida de redução e fixação das fraturas mandibulares. 
MILORO, 2016
Vantagens e desvantagem 
Vantagens: De cima para baixo e de fora para dentro
Redução aberta e fixação dos côndilos não são necessárias.
-Desvantagem:
- Rotação não visualizada do corpo e ramo da mandíbula resultando em alargamento da face.
-Anquilose temporomadibular causada pela inabilidade de se iniciar um fisioterapia precoce. 
(MILORO,2016)
nenhuma dessas técnicas vai obter ótimos resultados em todas as situações ao inevés disso um acesso que se inicia no conhecido ao não conhecido pode ser mais preciso. 
Escolha da técnica
Nenhuma das técnicas alcançará resultados ideais em todas as situações. (MILORO, 2016)
Independentemente de iniciar pela parte superior ou inferior, o cirurgião deve se basear nos pontos anatômicos de referência e oclusão dental para restabelecer o contorno facial e a função mastigatória. (TOMAZI, et al. 2013)
SEQUELAS DAS FRATURAS PANFACIAIS:
-Tratamento tardio torna o procedimento operatório mais complexo e pode colaborar para que haja má-união dos segmentos ósseos e aparecimentos de cicatrizes no tecido mole;
Um novo método de fixação para fratura panfacial usando um fixador externo do tipo Ilizarov
RELATO DE CASO:
Uma mulher de 70 anos;
Nenhuma obstrução óbvia das vias aéreas; 
Sangramento intra-oral incontrolável causado por uma fratura panfacial grave;
Ela mostrouchoque hemorrágico logo após um exame de tomografia computadorizada (TC);
A TC de cabeça e pescoço de emergência indicou o seguinte: fratura bilateral múltipla da maxila e zigomático, fratura por esmagamento do palato, fraturas naso-órbito-etmoidal (NOE), fraturas abertas do côndilo mandibular e fratura cominutiva do corpo mandibular.
 
 (MASAKATSU HIHARA, et al. 2019)
Fonte:https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2352644019300482#bb0005
Fonte:https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2352644019300482#bb0005
Para melhorar a face larga, as áreas zigomáticas bilaterais foram pressionadas medialmente manualmente de ambos os lados para restaurar os ossos zigomáticos bilaterais à largura facial normal;
 (MASAKATSU HIHARA, et al. 2019)
Fonte:https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2352644019300482#bb0005
Foram colocados doze pinos percutâneos para segmentos ósseos frágeis da maxila e mandíbula, assistidos por uma incisão intraoral, e depois as hastes rosqueadas foram usadas para controlar as posições dos fragmentos ósseos;
 (MASAKATSU HIHARA, et al. 2019)
Fonte:https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2352644019300482#bb0005
O fixador externo do tipo Ilizarov foi então acoplado e, em seguida, foi cuidadosamente ajustado na posição e localização corretas;
 (MASAKATSU HIHARA, et al. 2019)
Fonte:https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2352644019300482#bb0005
Nove dias após a cirurgia de redução, devido a colecistite aguda inesperada, a fixação intermaxilar foi liberada temporariamente;
 Foi realizada novamente fixação -intermaxilar, e também a fixação adicional da sutura zigomatico-frontal direita; 
Foi necessário um pequeno ajuste dos fragmentos ósseos; no entanto, nenhuma infecção nos locais da haste ocorreu graças à esterilização diária do local dos pinos;
 (MASAKATSU HIHARA, et al. 2019)
Todos esses dispositivos foram removidos oito semanas após a re-fixação sem grandes complicações;
 A distância entre as cristas zigomáticas foi reduzida em cerca de 15 mm; 
Cinco meses após a lesão, ainda era necessário mais tratamento ortodôntico, mas a capacidade de ingerir refeições com consistência de mingau e uma distância inter-incisal de 20 mm havia sido alcançada com sucesso.
 
(MASAKATSU HIHARA, et al. 2019)
Fonte:https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2352644019300482#bb0005
DISCUSSÃO:
-Fixador externo do tipo Ilizarov para o tratamento de fraturas panfaciais incluem baixa invasividade e baixo custo potencial;
 -Facilitou a obtenção de uma estrutura e aparência facial aceitáveis, além de boa oclusão dentária;
- É importante ressaltar que não há relatos sobre a tolerância dos pacientes durante a fixação externa de fratura facial triturada, portanto, isso deve ser explorado no futuro.
(MASAKATSU HIHARA, et al. 2019)
Conclusão:
O tratamento cirúrgico das fraturas panfaciais é considerado complexo devido à instabilidade dos componentes de sustentação da face e ao grande risco de acometimento motor e orgânico das estruturas faciais observado nesse tipo de trauma. No entanto, avanços observados nos exames de imagem e nas técnicas cirúrgicas permitem o diagnóstico rápido e o tratamento adequado, com estabilização do paciente, prevenção de comorbidades sistêmicas e posterior intervenção cirúrgica, possibilitando resultado estético e funcional satisfatório e também melhor qualidade de vida para os pacientes. 
REFERÊNCIAS
MASAKATSU HIHARA. A novel fixation method for panfacial fracture using an ilizarov-type external fixator. Jap?o, 2019. Dispon?vel em: <http://https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2352644019300482#bb0005>. Acesso em: 19 oct. 2019.
CORREIA, Ana Paula et al. Princípios de redução das fraturas panfaciais – Revisão da Literatura. Arquivo Brasileiro de Odontologia , FOA/UNESP, ano 2013, v. 9, p. 40- 46, 8 out. 2013. Disponível em: file:///C6917-Texto%20do%20artigo-25933-1-10-20140317%20(1).. Acesso em: 19 out. 2019.
WULKAN, Marcelo, PARREIRA José Gustavi, BOTTER Denise Aparecida. Epidemiologia do Trauma Facial - Revista Associação de Medicina Brasileira 2005, Pronto Socorro Centro de Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, SP, 2005; 51(5): 290-5. 
GUERRISSI Jorge. Fracutas panfaciales. Oportunidad de tratamiento. Revista Argentina Cirurgia. vol.109,no.4 Cap.Fed.dic.2017.

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