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Eng Trafego aula 5 - Densidade, tempo de viagem, Pesquisa OD

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Engenharia de Tráfego 
Prof. Ms. Alexsander Amaro Parpinelli 
 
Aula 5 
Densidade, Tempo de Viagem, 
Pesquisa Origem-Destino 
 
Densidade e espaçamento 
DENSIDADE 
 
Número de veículos por unidade de comprimento da via. Pode 
ser medida experimentalmente, ou calculada. (DNIT/IPR 2006) 
Baixa densidade Alta densidade 
Densidade e espaçamento 
Equação para fluxos não saturados. 
 
D = F / V (equação para fluxos não saturados) 
 
Onde: 
 
D = densidade; 
F = fluxo do tráfego; 
V = velocidade. 
 
Exemplo: Dado ¼ Km de via, com 3 faixas em uma direção, 
foram observados 20 veículos por faixa num determinado 
instante. 
Dfaixa = 20veic / ¼ Km = 80veic / faixa 
Dvia = 80 x 3 = 240veic /Km 
 
HEADWAY espacial (hd) ou Espaçamento 
 
É a distância entre a passagem sucessiva da frente de dois 
veículos consecutivos num dado período de tempo, expresso 
em metros. 
HEADWAY médio espacial ( ) 
 
É a média de todos os headways espaciais (hd) da via, 
expresso em metros/veículo, podendo ser obtido através da 
densidade. 
(metros) 
Densidade e espaçamento 
HEADWAY – equação da continuidade 
 
Densidade e espaçamento 
CAPACIDADE 
 
Partindo da velocidade de fluxo livre Vfl, aumentando o 
valor do fluxo, reduz-se a velocidade média até chegar a 
um ponto de densidade ótima Fmax, que corresponde ao 
fluxo máximo que a via pode carregar, chamado 
capacidade. A partir deste ponto, a entrada de mais 
veículos na corrente provoca turbulência, e tanto a 
velocidade como o volume diminuem. 
Densidade e espaçamento 
Atraso e tempo de viagem 
Estudos de velocidade/retardamento são utilizados para: 
 
 análise do desempenho de uma rota (sua eficiência em 
atender o tráfego); 
 
 identificação de locais congestionados e seu 
relacionamento com características geométricas e de 
sinalização; 
 
 avaliação do impacto de alterações em uma rota, 
através dos estudos do tipo “antes- depois”; 
 
análise global do sistema viário (levantamentos 
periódicos de velocidade/retardamento nas principais 
rotas); 
Atraso e tempo de viagem 
 
 estudos de capacidade e nível de serviço das rotas 
(estabelecer valores característicos do sistema 
analisado); 
 
 levantamento dos tempos de percurso nos limites do 
sistema, para uso nos modelos de distribuição 
e alocação de tráfego. 
 
 
 
A pesquisa de atraso e tempo de viagem mede duas 
variáveis: a velocidade média no espaço e os 
retardamentos sofridos pelo fluxo de tráfego. 
Atraso e tempo de viagem 
O atraso tem algumas definições de caráter classificatório: 
 
 atraso: tempo perdido quando o tráfego é impedido por algum 
elemento sobre o qual o motorista não tem controle; 
 
 atraso operacional: causado pela interferência de atrito lateral 
com veículos estacionados, pedestres ou outros objetos, bem 
como por congestionamentos, redução de capacidade, 
manobras de entrelaçamento, entre outros; 
 
 atraso fixo: causado pelos controles de tráfego; 
 
 atraso parado: quando o veículo está realmente parado; 
 
 atraso de tempo de viagem: causado pela aceleração e 
desaceleração. 
Atraso e tempo de viagem 
Representação da diferença entre atraso parado e atraso de 
tempo de viagem em um diagramaespaço-tempo 
Atraso e tempo de viagem 
Métodos para medição do atraso em trechos de vias 
 
 Método das placas; 
 
 Método do veículo-teste com cronômetro; 
 
 Método do veículo teste com aparelho. 
 
Métodos para medição do atraso em interseções 
 
 Métodos de origem-destino por placa de veículos; 
 
 Método para obter atraso parado. 
Atraso e tempo de viagem 
Análise e apresentação dos resultados 
 
 tabelas; 
 
 gráficos; 
 
 mapas temáticos; 
 
 diagrama de espaço-tempo; 
 
 isócronas: 
Atraso e tempo de viagem 
Atraso e tempo de viagem 
Pesquisa Origem / Destino 
Modelo de movimentação de pessoas e mercadorias 
em áreas de interesse. 
 
 Estudo da natureza das viagens; 
 
 Características sócio-econômicas da população; 
 
 Características de produção e consumo; 
 
 Características dos sistemas de transporte. 
 
 
Pesquisa Origem / Destino 
A pesquisa é utilizada para fins de 
 
 planejamento 
 
 localização 
 
 projeto 
 
 programação 
 
de novas e melhores de vias, transporte público e 
estacionamento. 
 
Pesquisa Origem / Destino 
Perguntas relevantes sobre as viagens: 
 
 aonde as pessoas e mercadorias iniciam e terminam suas 
viagens, independentemente do itinerário atual; 
 
 como são realizadas as viagens (automóvel, transporte 
coletivo, caminhão); 
 
 quando ocorrem as viagens (horário e duração); 
 
 por que ocorrem as viagens (trabalho, recreação ou 
compras); 
 
 aonde são estacionados os veículos (caso as viagens 
sejam realizadas por automóveis). 
Pesquisa Origem / Destino 
Com os dados OD é possível determinar: 
 
 demanda das viagens (facilidades existentes e futuras de 
transporte); 
 adequabilidade do estacionamento (existente e de outros 
terminais); 
 adequabilidade do transporte coletivo existente; 
 possibilidade de rotas secundárias; 
 informações necessárias para planejar, localizar e projetar novos 
ou melhores sistemas viários; 
 informações necessárias para planejar, localizar e projetar novos 
ou melhores sistemas de transporte coletivo; 
 itinerário dos caminhões e do tráfego direto; 
 características das viagens dos vários tipos de uso do solo; 
 os meios para estimar os padrões futuros das viagens e as 
necessidades por facilidades de transporte. 
Pesquisa Origem / Destino 
Definição da área de estudo 
 
A área a ser estudada deve ser definida por uma linha limite, 
conhecida como linha de contorno ou cordão externo (“cordon line”). 
Pesquisa Origem / Destino 
A definição da área de estudos deve seguir alguns critérios: 
 
Cordão externo: 
 
 isolar aqueles problemas de movimento, os quais são 
cruciais para a vida diária do centro urbano em estudo; 
 
 incluir áreas que, embora não povoadas presentemente, 
são passíveis de um relativo desenvolvimento durante a vida 
do plano; 
 
 satisfazer alguns requerimentos técnicos para entrevistas 
de veículos ao longo das principais rotas. 
Pesquisa Origem / Destino 
A abrangência da área de estudos deve considerar: 
 
 o tamanho da área de estudos; 
 as características topográficas; 
 a densidade populacional; 
 os volumes de tráfego; 
 a concentração de atividades; 
 a produção e o consumo; 
 as características de homogeneidade; 
 as divisões anteriormente realizadas (o que permite a 
comparação de dados novos com antigos); 
 as barreiras naturais e artificiais; 
 o propósito de estudo; 
 a associação com alguma outra divisão regional já 
realizada (IBGE, divisão bairros, ...). 
Pesquisa Origem / Destino 
Zoneamento da área de estudo 
 
A área de estudos deve ser dividida em áreas internas de 
análise e as viagens marcadas por zonas de origem e zonas 
de destino. 
 
As zonas são numerosas e se supõe que todas as viagens 
com origens e destinos dentro de uma zona iniciam ou 
terminam no centroide de tal zona. 
Pesquisa Origem / Destino 
Zonas de tráfego divididas de acordo com os setores censitários do IBGE 
Pesquisa Origem / Destino 
Classificação das viagens 
 
Modelo de ORTUZAR; WILLUMSEN (2001) – adequação dos 
dados aos diferentes modos de pesquisa de campo: 
 
 jornada (trip): movimento de ida de um ponto de origem 
para um ponto de destino (normalmente a partir de 300m); 
 
 viagens baseadas na residência (“home-based”): a 
moradia é, ou a origem, ou o destino da jornada; 
 
 viagens não baseadas na residência (“non-home-
based”): nem a origem e nem o destino da jornada é uma 
moradia. 
Pesquisa Origem / Destino 
Outros tipos de classificação úteis são os seguintes: 
 
 de acordo com a origem ou o destino dos deslocamentos: 
 
 residenciais; 
 anegócios; 
 para o trabalho; 
 recreativas; 
 para compras; 
 escolares; 
 outros fins; 
Pesquisa Origem / Destino 
 de acordo com o meio de transporte utilizado: 
 
 carro particular; 
 ônibus; 
 carro de aluguel; 
 trem; 
 metrô; 
 moto; 
 bicicleta; 
 a pé; 
 outros meios. 
Pesquisa Origem / Destino 
Métodos de levantamento de dados 
 
 Pesquisa domiciliar 
 endereço da residência; 
 renda familiar; 
 número de pessoas residentes na casa; 
 idade das pessoas; 
 número de pessoas economicamente ativas; 
 seus trabalhos e locais correspondentes; 
 número de viagens diárias por residente; 
 origem, destino, tempo do início e duração das viagens; 
 finalidade das viagens; 
 veículo utilizado nos deslocamentos; 
 paradas intermediárias; 
 demais informações julgadas necessárias. 
Pesquisa Origem / Destino 
Tamanho de amostra recomendada para estudos com 
entrevistas domiciliares (DNIT/IPR, 2006) 
Pesquisa Origem / Destino 
 Entrevista direta com os motoristas na rodovia 
 
 tipos de veículos; 
 número de pessoas no veículo; 
 origem e destino das viagens; 
 propósito da viagem; 
 localização do estacionamento; 
 paradas intermediárias; 
 rotas de viagem; 
 sexo, idade, freqüência das viagens. 
Pesquisa Origem / Destino 
Aspectos para escolha dos locais de realização das pesquisas 
 
 visibilidade: o local escolhido deverá oferecer visibilidade de 
pelo menos 200 m entre os postos e os veículos que se 
aproximam do local; 
 
 acostamento: o local deverá dispor de acostamento nos 
dois lados da rodovia, a fim de possibilitar a parada de 
veículos para a entrevista. 
Pesquisa Origem / Destino 
Critérios para dimensionamento das amostras de O/D DNER (1970) 
 
 Rodovias com volume inferior ou igual a 2.500 vpd: 
 
entrevistar todos os veículos, 24 horas por dia, durante 7 dias 
consecutivos; 
 
 Rodovias com volume superior a 2.500 vpd: 
 
entrevistar diariamente 2.500 veículos, durante 7 dias 
consecutivos, estratificando a amostra por tipo de veículo e 
efetuar contagens volumétricas classificatórias durante 24 
horas por dia, totalizadas a períodos não superiores a uma 
hora. 
Pesquisa Origem / Destino 
Modelo de ficha de pesquisa de origem-destino para veículos de passageiros 
Pesquisa Origem / Destino 
Modelo de ficha de pesquisa de origem-destino para veículos de carga 
Pesquisa Origem / Destino 
 Registro das placas dos veículos passando na rodovia 
 
• vantagens: 
 
 simplicidade na estruturação dos dados; 
 não interfere no tráfego; 
 possibilidade de automação; 
 
• desvantagens: 
 
 se a observação for feita por pessoas, se torna difícil utilizar 
em áreas muito grandes; 
 não informa o propósito da viagem ou sobre o 
estacionamento dos veículos; 
 perda de informação entre postos. 
Pesquisa Origem / Destino 
 Distribuições de cartões postais aos motoristas da rodovia 
 
• vantagens: 
 
 baixo custo, pouco tempo, fácil análise; 
 podem ser utilizadas pessoas sem treinamento para 
entregar os cartões; 
 
• desvantagens: 
 
 sem garantia de resultado (os motoristas não devolvem); 
 dificuldade de analisar movimentos importantes dos 
veículos nas grandes cidades. 
Pesquisa Origem / Destino 
 Outros métodos 
 
 Registro de veículos com faróis acesos; 
 Registro de placas de veículos estacionados: os destinos 
são os estacionamentos e as origens são obtidas nos 
registros de veículos do DETRAN; 
 Questionário remetido pelo correio aos proprietários de 
veículos; 
 Questionário aos passageiros em terminais de transporte 
coletivo; 
 Questionários aos passageiros em veículos coletivos; 
 Questionários aplicados às empresas. 
Pesquisa Origem / Destino 
 Apresentação dos resultados 
 
Matriz de Origem e Destino (OD) 
Pesquisa Origem / Destino 
 Apresentação dos resultados 
 
Mapa de Origem e Destino (OD) 
Obrigado! 
Prof. Ms. Alexsander Amaro Parpinelli 
 
e-mail: alexsander.parpinelli@anhembi.br

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